1 Edison Vitório de Souza Júnior1 Cristiane dos Santos Silva2 Poliana Souza Lapa3 Laís Emily Souza Trindade4 Benedito Fernandes da Silva Filho5 Namie Okino Sawada6 Influência da sexualidade na saúde dos idosos em processo demencial: revisão integrativa 1 https://orcid.org/0000-0003-0457-0513. Universidade de São Paulo, Brasil. edison.vitorio@usp.br 2 https://orcid.org/0000-0003-3822-1397. Universidade Norte do Paraná, Brasil. 3 https://orcid.org/0000-0002-9262-7745. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Brasil. 4 https://orcid.org/0000-0002-8760-5736. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Brasil. 5 https://orcid.org/0000-0003-2464-9958. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Brasil. 6 https://orcid.org/0000-0002-1874-3481. Universidade Federal de Alfenas, Brasil. Recebido: 29/10/2019 Submetido: 19/11/2019 Aceito por pares: 14/01/2020 Aceito: 23/01/2020 DOI: 10.5294/aqui.2020.20.1.6 Para citar este artículo / To reference this article / Para citar este artigo Souza Júnior EV, Silva CS, Lapa OS, Trindade LES, Silva Filho BF, Sawada NO. Influence of Sexuality on the Health of the Elderly in Process of Dementia: Integrative Review. Aquichan. 2020;20(1):e2016. DOI: https://doi.org/10.5294/aqui.2020.20.1.6 RESUMO Objetivo: verificar a influência da sexualidade na saúde dos idosos em processo demencial. Materiais e métodos: trata-se de uma revisão integrativa. Realizou-se uma busca criteriosa em nove bases de dados, no entanto somente cinco delas disponibilizaram artigos que atendessem ao escopo do estudo: Medline, Lilacs, BDENF, Scopus e WoS. Adotaram-se os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “sexualidade”, “demência” e “idoso”, e os descritores catalogados no Medical Subject Headings (MeSH): “sexuality”, “dementia” e “aged”. Após a aplicação dos critérios de inclusão, foram selecionados oito artigos que compuseram a amostra do estudo. Resultados: o exer- cício da sexualidade influencia, com alguns efeitos benéficos, a saúde de idosos com demência por proporcionar, especialmente, melhor percepção de qualidade de vida e bem-estar. Contudo, não se pode generalizar em virtude da insuficiência metodológica evidenciada nos AÑO 20 - VOL. 20 Nº 1 - CHÍA, COLOMBIA - ENERO-MARZO 2020 l e2016 Temática: promoção e prevenção. Contribuições para a disciplina: fica evidente a implicação do estudo para o aprimoramento das práticas assistenciais em saúde da população idosa. Os resultados aqui revelados indicam que o exercício da sexualidade entre os idosos com demência apresenta alguns efeitos benéficos para a saúde. No entanto, não se pode generalizar, em virtude da insuficiência metodológica evidenciada nos estudos encontrados para a construção desta revisão. Todavia, os profissionais de saúde podem orientar e incen- tivar o exercício da sexualidade sempre que for desejado pelos idosos como cumprimento da proposta do envelhecimento ativo, que inclui a temática em seus planos de cuidado. Assim, será possível agregar melhor qualidade aos anos de vida, especialmente nos indivíduos que cursam com algum tipo de demência. Espera-se que este estudo estimule o desenvolvimento de mais pesquisas com maior rigor metodológico para garantir a reprodutibilidade dos resultados. https://orcid.org/0000-0003-0457-0513 https://orcid.org/0000-0003-3822-1397 https://orcid.org/0000-0002-9262-7745 https://orcid.org/0000-0002-8760-5736 https://orcid.org/0000-0003-2464-9958 https://orcid.org/0000-0002-1874-3481 https://doi.org/10.5294/aqui.2020.20.1.6 https://orcid.org/0000-0003-0457-0513 https://orcid.org/0000-0003-3822-1397 https://orcid.org/0000-0002-9262-7745 https://orcid.org/0000-0002-8760-5736 https://orcid.org/0000-0003-2464-9958 https://orcid.org/0000-0002-1874-3481 https://doi.org/10.5294/aqui.2020.20.1.6 2 AQUICHAN - ISSN 1657-5997 - eISSN 2027-5374 AÑO 20 - VOL. 20 Nº 1 - CHÍA, COLOMBIA - ENERO-MARZO 2020 l e2016 estudos encontrados para a construção desta revisão. Conclusões: devido à limitação de estudos que abordassem a temática e à insufi- ciência metodológica dos que foram incluídos na presente revisão, torna-se necessário o desenvolvimento de pesquisas que demonstrem com profundidade a influência da sexualidade nessa população, pois poderá se constituir como mais uma abordagem de promoção e proteção da saúde para os idosos com demência. PALAVRAS-CHAVE (Fonte: DeCS) Saúde pública; saúde do idoso; demência; qualidade de vida; promoção da saúde. Influencia de la sexualidad en la salud del anciano con demencia: revisión integradora RESUMEN Objetivo: averiguar la influencia de la sexualidad en la salud de los ancianos con demencia. Materiales y métodos: se trata de una revisión integradora. Se realizó una búsqueda cuidadosa en nueve bases de datos; sin embargo, solo cinco bases de datos proporcionaron artículos que cumplían con el alcance del estudio: Medline, Lilacs, BDENF, Scopus y WoS. Se adoptaron los Descriptores en Ciencias de la Salud (DeCS): “sexualidad”, “demencia” y “ancianos”, y los descriptores catalogados en los Medical Subject Headings (MeSH): “sexuality”, “dementia” y “aged”. Luego de aplicar los criterios de inclusión, seleccionamos ocho artículos que comprendían la muestra del estudio. Resultados: el ejercicio de la sexualidad influye en la salud de los ancianos con demencia con algunos efectos beneficiosos, ya que proporciona, especialmente, una mejor percepción de la calidad de vida y el bienestar. Sin embargo, no se puede generalizar en razón de la insuficiencia metodológica evidenciada en los estudios encontrados para la construcción de esta revisión. Conclusiones: debido a la limitación de los estudios que abordan el tema y la insuficiencia metodológica de los incluidos en la presente revisión, es necesario desarrollar investigaciones que demuestren con profundidad la influencia de la sexualidad en esta población, ya que se puede constituir como otro enfoque para la promoción y protección de la salud de los ancianos con demencia. PALABRAS CLAVE (Fuente: DeCS) Salud pública; salud del anciano; demencia; calidad de vida; promoción de la salud. 3 Influência da sexualidade na saúde dos idosos em processo demencial: revisão integrativa l Edison Vitório de Souza Júnior e outros Influence of Sexuality on the Health of the Elderly in Process of Dementia: Integrative Review ABSTRACT Objective: this work sought to inquire on the influence of sexuality on the health of the elderly during dementia. Materials and Me- thods: this was an integrative review. A careful search was conducted in nine databases; however, only five databases provided articles fulfilling the scope of the study: Medline, Lilacs, BDENF, Scopus, and Web of Science (WoS). The health science descriptors (DeCS) were adopted: “sexualidad”, “demencia” and “anciano”, and the descriptors cataloged in the Medical Subject Headings (MeSH): “sexuality”, “de- mentia” and “aged”. After applying the inclusion criteria, eight articles were selected to comprise the study sample. Results: the practice of sexuality influences upon the health of the elderly with dementia with some beneficial effects, given that it provides, especially, better per- ception of quality of life and wellbeing. Nevertheless, it cannot be generalized due to methodological insufficiency evidenced in the studies found to construct this review. Conclusions: due to the limitation of studies addressing the theme and the methodological insufficiency of those included in this review, it is necessary to conduct research that shows in depth the influence of sexuality on this population, given that it can be constituted as another approach for the promotion and protection of health in the elderly with dementia. KEYWORDS (SourCe: DeCS) Public health; health of the elderly; dementia; quality of life; health promotion. AÑO 20 - VOL. 20 Nº 1 - CHÍA, COLOMBIA - ENERO-MARZO 2020 l e2016 4 AÑO 20 - VOL. 20 Nº 1 - CHÍA, COLOMBIA - ENERO-MARZO 2020 l e2016 AQUICHAN - ISSN 1657-5997 - eISSN 2027-5374 Introdução A sexualidade é definida como um constructo multidimensio- nal em que o indivíduo expressa sentimentos, pensamentos e cog- nição, como as demonstrações de intimidade, o carinho, o amor, o toque, o afeto, o abraço, inclusive o contato sexual propriamente dito (1-5). O erotismo se destaca como o maior atributo da sexua- lidade (6), mas não está ligado somente a ela, uma vez que indica também a exaltação do sexo no contexto das artes, por meio da pintura e da literatura, por exemplo. Essa característica distin- gue o erotismo da pornografia, visto que esta última tem maior preocupação com o ato sexual do que com os aspectos estéticos, presentes no erotismo (7). Nesse sentido, “o erotismo é uma arte que tem como matéria- -prima o ato sexual, visto de maneira produzida e bela, sem vulga- ridade, ou seja, sem tratar o sexo de forma banal ou medíocre, e sim de maneira bonita e elegante” (8:30). Desse modo, há uma se- paração entre ele e o ato sexual, além de estar associado a uma dimensão de fantasias que revela todas as atividades amorosas e sexuais do indivíduo (9). Além disso, vale destacar que o erotismo também está incluso no campo da sexualidade (10). Considera-se que a sexualidade seja uma necessidade humana básica, essencial para a saúde (11, 12), para a qualidade de vida (13-17) e para o bem-estar (18, 19), cuja expressão se inicia no nascimento (19), permanece na velhice (1, 20, 21) e se encerra apenas com a morte do indivíduo (22). Diante disso, não há faixa etária em que a sexualidade é ex- tinta. Pelo contrário, a maioria dos idosos refere manutenção dos interesses sexuais, ainda que sua expressão possa sofrer influência do declínio hormonal observado fisiologicamente na velhice (23). Isso quer dizer que, embora os idosos sofram declínio de suas funções hormonais e orgânicas, que refletem no desempenho sexual, como a falta de lubrificação vaginal e a dificuldade de ereção, eles continuam capazes de desfrutar a sexualidade de forma satisfatória. Define-se como idoso o indivíduo com idade igual ou superior a 65 anos em países economicamente desenvolvidos e 60 anos ou mais em países em desenvolvimento (24). A transição demográ- fica da população idosa está sendo modificada e um dos fatores determinantes é a redução das taxas de mortalidade, em virtude, principalmente, da implementação de políticas públicas de prote- ção e promoção da saúde. Em decorrência disso, há um aumento na proporção de idosos, o que provoca significativas alterações na estrutura etária da população (25), estimando-se que, até 2050, o quantitativo de idosos aumentará de 12,3 % para 21,5 % da população mundial (26). Com o processo do envelhecimento, volta-se a atenção à saúde dessa população, com a inclusão de todos os aspectos que de- terminam e condicionam a sua saúde, como a sexualidade (27). Há algumas décadas, pensava-se que os idosos, mesmo que saudáveis, não tinham interesse em relacionar-se sexualmente. Entretanto, nos últimos anos, esse pensamento vem sendo mo- dificado, visto que são amplamente divulgados os benefícios da atividade sexual como a promoção do bem-estar físico e psico- lógico, além da redução de problemas físicos e mentais associa- dos ao envelhecimento (28). Os idosos revelam que a sexualidade se constitui em parte integrante de sua identidade, relações sociais e saúde mental. A intimidade e as relações interpessoais, além de promoverem be- nefícios quanto à manutenção do humor e à redução das incapaci- dades, promovem melhor percepção de qualidade de vida e atuam como fator protetor para diversas doenças, como a artrite (23). Entretanto, ao contrário do que se proclamou durante tanto tempo, a capacidade de viver plenamente a sexualidade não se perde com a idade, apenas se modifica (24). Todavia, devido ao julgamento e à vigilância que a sociedade mantém sobre os ido- sos, imputando-os que somente as pessoas mais jovens são con- dicionadas a vivenciar a sexualidade, eles acabam inibindo sua identidade sexual, que deveria ser expressa com naturalidade. Em decorrência dessa inibição, a saúde mental do indivíduo pode ser afetada por não se sentir permitido em realizar tal ato (29). A crença de que os idosos são assexuados e não possuem de- sejos sexuais está fortemente presente na sociedade (23, 30-38), inclusive entre os profissionais da saúde (23, 30). Diante disso, justifica-se, em partes, a limitação quantitativa de estudos que abordam a sexualidade na velhice. Além disso, quando se trata da sexualidade entre idosos com demência, a limitação se torna mais evidente (31). Destaca-se que o envelhecimento populacional se torna um problema no momento em que a sociedade não está apta a enca- rar seu próprio processo de envelhecimento e, como consequên- 5 Influência da sexualidade na saúde dos idosos em processo demencial: revisão integrativa l Edison Vitório de Souza Júnior e outros cia, exprime posturas negativas em relação a essa etapa do ciclo vital. Desse modo, torna-se imprescindível incrementar os estu- dos voltados aos preconceitos contra a velhice, além dos este- reótipos vinculados à sexualidade nessa idade, por serem temas de relevância para a saúde pública e pouco abordados no meio científico (26). Os idosos que vivem com algum tipo de demência são erro- neamente considerados inaptos para a prática de qualquer tipo de ato sexual e incapazes de sentir prazer. Além do mais, a maio- ria dos estudos que se aproxima dessa temática se refere ao chamado “comportamento sexual inadequado” (39), decorrente de perturbações cerebrais que desencadeiam processos de hi- persexualidade, que leva o indivíduo a praticar atos libidinosos, como a pedofilia e a promiscuidade (40). Nesse sentido, uma maior compreensão sobre a vivência da sexualidade na velhice apresenta potencial significativo para promover melhor qualidade de vida das pessoas com demência (30). Considerando a importância da temática, a limitação de estudos publicados e a necessidade de reorientar as práticas profissionais para a promoção e proteção da saúde do idoso, elaborou-se a seguinte questão de pesquisa: há influência da sexualidade na saúde dos idosos em processo demencial? No intuito de responder a ela, objetivou-se, por meio deste estudo, verificar a influência da sexualidade na saúde dos idosos em processo demencial. Materiais e métodos Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, caracteri- zada por representar o mais alto grau de abrangência dentre as revisões, pois permite a inclusão de artigos com diferentes deli- neamentos metodológicos para promover a compreensão com- pleta do objeto estudado, o que inclui informações da literatura teórica e empírica (41). A revisão foi construída por meio da estratégia Pico — sigla metodológica para se referir aos seguintes elementos: problema, intervenção, controle ou comparação e desfecho. Trata-se de um método sistemático que auxilia na identificação de palavras-chave relevantes para a temática e, por consequência, aumenta a possi- bilidade de encontrar estudos estritamente relacionados à ques- tão de pesquisa, o que reduz vieses e evita a realização de buscas desnecessárias (42, 43). Desse modo, no presente estudo, o primeiro elemento (P) consistiu em idosos com demência; o segundo (I), na vivência da sexualidade e o quarto elemento (O), na influência da sexualidade na saúde. Destaca-se que o terceiro elemento (C) não foi adotado neste estudo pelo fato de se referir à comparação/controle. O levantamento bibliográfico foi realizado em setembro de 2019 em nove bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (Medline), Scopus, Scientific Electronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), Base de dados em Enfermagem (BDENF), Índice Biblio- gráfico Espanhol de Ciências de Saúde (IBECS), Science Direct e Web of Science. Adotaram-se os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “sexualidade”, “demência” e “idoso”, além dos des- critores catalogados no Medical Subject Headings (MeSH): “se- xuality”, “dementia” e “aged”, ambos intercalados com o operador booleano AND. A busca, seleção e extração dos artigos foram realizadas pe- los cinco primeiros autores. Para a busca, os autores foram sub- metidos a duas etapas de sorteio presenciais, para que todos os integrantes tivessem a mesma probabilidade, diferente de zero, de serem escolhidos. A primeira etapa consistiu em sortear as bases de dados entre os autores, o que levou a cinco bases defi- nidas para o autor correspondente realizar a busca, a seleção e a extração. Ainda assim, restaram-se quatro bases que foram alo- cadas para a segunda etapa do sorteio. Nesta, as bases restan- tes foram elencadas em ordem alfabética e foram sorteados os autores que assumiriam a segunda responsabilidade de buscar, selecionar e extrair os artigos. Após os autores notificarem o término da busca, da seleção e da extração, os artigos foram submetidos à leitura crítico-reflexiva, e os principais elementos foram registrados em dois quadros si- nópticos. Logo após, foi realizado um rodízio, de tal forma que 100 % dos artigos foram lidos por todos os autores, com suas respectivas contribuições nos quadros citados. Ressalta-se que a última autora contribuiu na revisão do conteúdo, na adequação científica, na análise geral e na aprovação da versão final. Para sistematizar o percurso metodológico, foi utilizado o fluxograma Prisma (44) e incluídos os estudos que contempla- ram os seguintes critérios de inclusão: artigos de diferentes abordagens metodológicas publicados nos últimos seis anos 6 AÑO 20 - VOL. 20 Nº 1 - CHÍA, COLOMBIA - ENERO-MARZO 2020 l e2016 AQUICHAN - ISSN 1657-5997 - eISSN 2027-5374 (2014-2019), sem restrições idiomáticas, disponíveis para do- wnload e que abordassem informações relevantes sobre como a sexualidade influencia na saúde dos idosos com demência. Res- salta-se que foram excluídos todos os estudos que abordassem a hipersexualidade decorrente de demências, por entender que tal situação se configura como um estado mórbido de alterações comportamentais (45), o que se desvia totalmente do tema es- tudado. Após a aplicação dos critérios e a triagem dos artigos, selecionaram-se nove estudos para a discussão, conforme ilus- trado na Figura 1. Figura 1. Prisma — Fluxograma do percurso metodológico (44) Resultados A análise dos estudos selecionados mostrou uma lacuna cientí- fica sobre a temática, visto que apenas 2,5 % foram elegíveis para responder ao objetivo proposto (23, 47, 48, 49-53). Identificou-se, ainda, que a maioria das pesquisas (75 %) abordou a sexualidade de idosos com ou sem demência que vivem em lares residenciais (23, 48, 49-52). As demais características dos estudos estão des- critas nos Quadros 1 e 2. Discussão Considera-se a sexualidade um componente vitalício do ser humano (54, 55) e, quando é vivenciada de forma satisfatória pelos idosos com demência, proporciona saúde e qualidade de vida (49, 51, 53), preserva a identidade e a autonomia, reduz as taxas de solidão e os sentimentos de medo (23), diminui a sensibilidade dolorosa, aumenta a capacidade de relaxamento e reduz os índices de depressão (48); além disso, melhora a saúde mental e aumenta o desempenho em algumas dimensões cognitivas avaliadas por meio de testes funcionais (52, 56, 57). Trata-se, portanto, de um aspecto fundamental da experiência humana (48, 58), além de ser considerada uma vivência indis- pensável para o envelhecimento ativo (59). Nessa perspectiva, é possível afirmar que a sexualidade se constitui em uma neces- sidade universal que transcende faixa etária, incapacidades ou declínios cognitivos (48). Divulga-se, no âmbito científico, que a sexualidade e as rela- ções íntimas são únicas e não há, até o momento, algo que possa substituí-las, nem mesmo as relações sociais ou as amizades de maneira geral (60). Essa inferência aponta para a necessidade de valorizar a sexualidade na população idosa com demência, visto que sua experiência é única e obedece a uma necessidade fisioló- gica e emocional de cada indivíduo, influenciando nos aspectos de autoimagem, saúde mental e relações sociais (34). Corroborando essa afirmação, estudos (61, 62) revelam que, para muitos idosos com e sem demência, a sexualidade ainda é importante. Além do mais, os direitos à privacidade e à expres- são sexual estão recebendo maior reconhecimento e aceitação científica, visto que são partes importantes na vida dos idosos em processo demencial (63). Fonte: elaboração própria. Vale destacar que a construção deste estudo se pautou nas seguintes etapas: identificação do tema e seleção da questão de pesquisa; estabelecimento de critérios para a inclusão e exclu- são de estudos/amostragem ou busca na literatura; definição das informações a serem extraídas dos estudos selecionados/ categorização dos estudos; avaliação dos estudos incluídos; in- terpretação dos resultados; apresentação da revisão/síntese do conhecimento (46:9). Por se tratar de um estudo que não envolve a participação de seres humanos e que foi construído por meio de revisão da literatura, dispensou-se a avaliação por um comitê de ética em pesquisa, conforme estabelece a Resolução 510, de 7 de abril de 2016, do Conselho Nacional de Saúde do Brasil. BVS (n = 71) Medline (n = 461) Scopus (n = 4) SciELO (n = 1) Lilacs (n = 9) BDENF (n = 1) IBECS (n = 0) (n = 1.538) (n = 1) Science direct Web of Science Artigos encontrados após a aplicação dos criterios de inclusão BVS (n = 15) Medline (n = 297) Scopus (n = 1) SciELO (n = 0) Lilacs (n = 1) BDENF (n = 1) IBECS (n = 0) (n = 0) (n = 1) Science direct Web of Science Artigos availados com a leitura do título, do resumo e do ano (n = 316) Artigos availados na íntegra para elegibilidade (n = 11) Artigos incluídos no estudo (n = 8) Artigos excluídos por duplicação e/ou inadequação aos critérios de inclusão após a leitura completa do título e do resumo (n = 316) Artigos excluídos por inadequação ao tema após a leitura do texto completo (n = 3) In cl us ão El eg ib ili da de S el eç ão Id en ti fi ca çã o 7 Influência da sexualidade na saúde dos idosos em processo demencial: revisão integrativa l Edison Vitório de Souza Júnior e outros Quadro 1. Características dos estudos selecionados Autores (ano) Título Objetivos Metodologia Participantes do estudo Wilkins JM (2015) More than capacity: alternatives for sexual decision making for individuals with dementia (23) Não informado. Fórum. Não possui. Lima CFM, Trotte LAC, Souza TA, Ferreira AMO, Caldas GP (2017) Sexualidade do cônjuge que cuida do idoso demenciado: revisão integrativa da literatura (47) Identificar e analisar a produção científica da sexualidade do cônjuge que cuida do idoso em processo demencial. Revisão integrativa de artigos científicos indexados nas bases Lilacs, Medline, CINAHL e Web of Science. Não possui. Grigorovich A, Kontos P (2018) Advancing an Ethic of Embodied Relational Sexuality to Guide Decision-Making in Dementia Care (48) Não possui. Fórum. Não possui. Roelofs TS, Luijkx KG, Embregts PJ (2015) Intimacy and sexuality of nursing home residents with dementia: a systematic review (49) Fornecer uma visão geral estruturada de todos os elementos da intimidade em todo o espectro de intimidade e sexualidade em pessoas com demência, no contexto de atendimento residencial especializado. Revisão sistemática com artigos indexados na PubMed, PsychInfo, e Medline. Não possui. Iacub R, Rodríguez R (2015) The eroticism of persons with dementia in nursing homes for the elderly (50) Apresentar os modelos com os quais as instituições de repouso organizam o erotismo de seus moradores, principalmente para aqueles que sofrem de demências. Não informado. Não informado. Roelofs TS, Luijkx KG, Embregts PJ (2019) Love, Intimacy and Sexuality in Residential Dementia Care: A Spousal Perspective (51) Explorar as experiências e necessidades dos cônjuges do lar de idosos residentes com demência, relacionados a amizade, amor, intimidade e sexualidade. Pesquisa qualitativa. Nove cônjuges de pessoas com demência. Lindau ST, Dale W, Feldmeth G, Gavrilova N, Langa KM, Makelarski JA et al. (2018) Sexuality and Cognitive Status: A U.S. Nationally Representative Study of Home-Dwelling Older Adults (52) Determinar padrões e prevalência de comportamento sexual, problemas e atitudes em indivíduos com diferentes condições cognitivas. Estudo longitudinal que usa dados da National Social Life, Health, and Aging Project. 3.196 participantes. Cindy LAJ, Wendy M (2016) Sexuality & dementia: An eLearning resource to improve knowledge and attitudes of aged-care staff (53) Avaliar a facilidade de uso, a qualidade e a eficácia de uma intervenção educacional para aumentar o conhecimento e melhorar as atitudes dos funcionários em relação à expressão da sexualidade por pessoas com demência que vivem em instalações residenciais para idosos. Estudo de método misto que utiliza intervenções e questionários educacionais on-line, seguido de uma entrevista semiestruturada. Estudantes de graduação em Enfermagem, enfermeiros, cuidadores e terapeutas. Fonte: elaboração própria. 8 AÑO 20 - VOL. 20 Nº 1 - CHÍA, COLOMBIA - ENERO-MARZO 2020 l e2016 AQUICHAN - ISSN 1657-5997 - eISSN 2027-5374 Diante da diversidade de desejos sexuais presentes nos idosos com demência, deve-se, então, distinguir quando o com- portamento sexual é apropriado ou inapropriado. As expressões consideradas apropriadas são as que devem ser estimuladas, en- quanto os comportamentos inapropriados devem ser reprimidos para evitar danos aos envolvidos, com destaque para o idoso em processo demencial. Logo, o desafio deve ser focado no exercí- cio saudável e seguro da sexualidade desses indivíduos e acom- panhar suas repercussões na sua saúde. Os comportamentos inapropriados são definidos como aqueles caracterizados como inseguros, perturbadores e que prejudicam o cuidado, como as expressões verbais sexualmente explícitas e os atos libidinosos (agarrar, expor genitália, tocar, masturbar-se em público, dentre outros) (23, 64, 65). De outro modo, evidencia-se que a expressão sexual entre idosos com demência caracteriza-se por ser uma vivência saudá- vel e que pode ser incentivada se assim o desejarem. Entretanto, no intuito de evitar abusos, respeitar a sua autonomia e garantir a segurança no exercício da sexualidade (23), esse incentivo deve ser acompanhado de mecanismos capazes de avaliar o grau de consentimento dos envolvidos. A dúvida central é definir o momento exato em que o declínio cognitivo indica a necessidade de limitar a vivência da sexualidade (50). Para isso, os aspectos éticos relacionados à tomada de de- cisão podem ser úteis na prática em que há essa situação (30). O princípio que direciona o cuidado aos idosos com demência ante a sexualidade é a proteção e observa-se que tanto as equipes de saúde quanto os familiares adotam esse comportamento protetor no intuito de prevenir abusos físicos ou mentais (49). Além do mais, existem relatos na literatura que o parceiro saudável demonstra constrangimento em exercer práticas se- xuais com o cônjuge que, em decorrência do processo demencial, não é mais capaz de reconhecê-lo. Cita-se também que o cônjuge Quadro 2. Categorização dos estudos selecionados Artigo Principais resultados dos autores A (23) A intimidade sexual pode contribuir para o alívio da solidão e do medo relacionados ao processo de demência, além de preservar a identidade do idoso em sua família, diante dos prejuízos decorrentes do processo demencial como a tomada de decisões financeiras. B (47) Há a redução dos impactos da demência na vida de um casal de idosos que vivenciam as práticas sexuais, e o paciente evolui de forma mais satisfatória quando se encontra sexualmente ativo, ou seja, o sexo pode influenciar como um fator de equilíbrio a partir da boa compreensão emocional entre o casal. C (48) A sexualidade também tem efeitos benéficos para os idosos, como prazer e intimidade, diminuição da sensibilidade à dor, aumento do relaxamento e níveis mais baixos de depressão. E (49) A expressão da intimidade e da sexualidade é considerada um elemento vitalício do ser humano e é reconhecida cientificamente sua influência na qualidade de vida. A abertura de discussão e uma visão mais liberal entre as partes interessadas sobre a temática são pré-requisitos para alterar a subcultura das equipes de atendimento. Isso permitiria que os equívocos sobre intimidade e sexualidade nos idosos com demência fossem abordados com mais facilidade e, dessa forma, promoveria melhorias na qualidade de vida dos idosos que vivem em lares residenciais. F (50) O foco na pessoa com demência deve investigar todos os aspectos que melhoram sua qualidade de vida, entre os quais o erotismo certamente é relevante. Nesse sentido, o papel das residências é garantir o direito de manifestar o erotismo e a sexualidade, por meio de um controle que proteja os residentes que sofrem de demência e permita qualidade de vida para eles. Desse modo, a sexualidade e suas variáveis quanti-qualitativas, como o erotismo, influen- ciam na melhor percepção de qualidade de vida dos idosos. G (51) A amizade, o amor, a intimidade e a sexualidade ainda estão incorporados na vida dos casais. Ressalta-se que são necessários programas educacionais para a equipe de cuidados residenciais no intuito de aprimorar os conhecimentos e habilidades adequados e, com isso, otimizar a qualidade de vida das pessoas com demência e seus cônjuges por meio da assistência integral, a qual envolve o estímulo e o apoio à sexualidade. H (52) Nosso estudo revelou dados semelhantes a um de base populacional realizado na Europa, no qual se verificou que a atividade sexual na velhice está associada a melhores condições de saúde mental, a melhor qualidade de vida, a menores taxas de solidão e, nos homens ingleses, a melhor desempenho em alguns aspectos do teste da função cognitiva. I (53) A facilitação de um ambiente de assistência que apoie a verbalização e expressão de preferência sexual, necessidade e desejo de pessoas com demência pode melhorar a sua qualidade de vida, a saúde e o bem-estar, bem como reduzir as tensões em potencial entre funcionários, idosos e familiares. Fonte: elaboração própria. 9 Influência da sexualidade na saúde dos idosos em processo demencial: revisão integrativa l Edison Vitório de Souza Júnior e outros do sexo masculino relata sentimentos de culpa por se relacionar sexualmente com sua esposa sem ter o conhecimento de sua real vontade ou consentimento, uma vez que há o declínio da capacidade decisória à medida que a demência avança. Portanto, notam-se dilemas referentes a conflitos entre a proteção dos envolvidos e a satisfação dos desejos sexuais dos casais (39). No caso dos lares residenciais, apoiar a sexualidade entre os idosos implica diversos dilemas éticos (66), uma vez que se trata de um ambiente laboral para profissionais e doméstico para os idosos residentes. Quando se trata de pessoas com demência, a complexidade da temática aumenta, no sentido de equilibrar a proteção contra danos e respeitar a autonomia dos envolvidos (48). Além do mais, tais vivências tornam-se ainda mais compli- cadas, visto que, nesses locais, a sexualidade e a atividade se- xual raramente são incentivadas. Justifica-se tal fato, pois alguns profissionais ainda são adeptos à percepção de que sua vivência deve ser evitada (48, 67). No entanto, ressalta-se que o objetivo do cuidado em longo prazo deve-se pautar na preservação e restauração das capa- cidades comunicativas e dignificar a identidade do idoso com demência. Nessa perspectiva, torna-se necessária a criação de diretrizes nas instituições residenciais no intuito de sistematizar e direcionar o cuidado aos idosos nesse contexto (48). Além disso, as equipes que atuam nesses locais devem receber capacitações com o objetivo de aperfeiçoar conhecimentos e habilidades para que, desse modo, possam otimizar a qualidade de vida e o bem- -estar das pessoas com demência e seus cônjuges (51, 53). Outro aspecto importante a ser considerado diz respeito à formação profissional na temática. O corpo docente deve incluir a sexualidade, o envelhecimento e a demência na grade curricu- lar de formação e no treinamento profissional, a fim de evitar a centralidade assistencial nos aspectos patológicos e proporcio- nar uma visão holística da pessoa idosa (30, 32). Nesse cuidado holístico, destaca-se a sexualidade por esta se constituir fator de equilíbrio entre o casal que vivencia a demência (47), pelo fato de a maioria desses idosos ser sexualmente ativa (56) e pela im- portância da sexualidade na sua reafirmação na sociedade, o que melhoraria a autoestima e a saúde mental deles (23). Um estudo que sustenta a inferência de que os profissionais não estão preparados para abordar a temática é o que foi realizado em Nottingham, Reino Unido. Os pesquisadores investigaram ati- tudes de enfermeiros e cuidadores ante a sexualidade de idosos que vivem em lares residenciais. Os resultados apontaram que as variáveis “idade jovem” e “tempo de experiência laboral menor que cinco anos” foram as que mais se associaram às posturas ne- gativas e restritivas quando o assunto foi sexualidade na velhice (68). No entanto, reconhece-se que a educação e a formação so- bre o envelhecimento devem ser realizadas desde os anos iniciais de vida, o que contribuirá para a redução dos preconceitos contra os idosos (26). Além do mais, é imprescindível incrementar a atuação das equipes de saúde junto aos idosos no intuito de reconstruir para- digmas e reduzir atitudes não permissivas para que se aumente a qualidade de vida dessa população (26). Os idosos precisam liberar-se das normas sexistas e que desvalorizam a velhice no contexto da sexualidade, preestabelecidas pela sociedade e pe- las redes midiáticas (69). Em compensação, aspectos biológicos, psicológicos e sociais devem ser considerados quando se trata da sexualidade dos idosos, a fim de que estes possam desfrutá-la de forma integral e natural (69). Vale destacar que a temática é promissora e aponta para a necessidade de mais estudos que contribuam para a inovação de intervenções científicas no cuidado aos idosos com demência quanto à sexualidade (47). Além do mais, as evidências éticas, políticas e legais no tocante à sexualidade de pessoas com e sem demência sustentam a ideia de que a sexualidade entre essa po- pulação consiste em uma necessidade integral e legítima (1). Talvez, na perspectiva de reconhecer a importância da sexua- lidade na vida dos idosos, nos últimos anos, a ciência tenha avan- çado nas opções terapêuticas para combater a disfunção sexual. Citam-se, como exemplo, os métodos cirúrgicos, as próteses pe- nianas, o tratamento hormonal, a psicoterapia e os medicamentos orais ou medicamentos injetáveis diretamente no órgão genital masculino (70). Por fim, revelou-se limitação quantitativa de artigos sobre a temática. A maioria dos estudos tem enfoque nos comporta- mentos sexuais inapropriados e na hiper ou hipossexualidade decorrente do processo demencial, contribuindo com restritas reflexões sobre os benefícios da sexualidade entre idosos que vivem com demência. Uma pesquisa (39) evidenciou poucos estudos com delinea- mento metodológico significativo e ausência de instrumentos fidedignos para a avaliação, sendo que a maioria dos estudos 10 AÑO 20 - VOL. 20 Nº 1 - CHÍA, COLOMBIA - ENERO-MARZO 2020 l e2016 AQUICHAN - ISSN 1657-5997 - eISSN 2027-5374 encontrados se referiu a fóruns e a revisões da literatura. As- sim, torna-se necessário o desenvolvimento de pesquisas que demonstrem com profundidade a influência da sexualidade nessa população, pois poderá se constituir como mais uma abordagem de promoção e proteção da saúde para os idosos com demência. Conclusões Os resultados indicam que o exercício da sexualidade entre os idosos com demência apresenta alguns efeitos benéficos para a saúde. No entanto, não se pode generalizar, em virtude da insufi- ciência metodológica evidenciada nos estudos encontrados para a construção desta revisão. Todavia, os profissionais de saúde podem orientar e incen- tivar seu exercício sempre que for desejado pelos idosos como cumprimento da proposta do envelhecimento ativo, a qual inclui a temática em seus planos de cuidado. Assim, será possível agre- gar melhor qualidade aos anos de vida, especialmente nos indiví- duos que cursam com algum tipo de demência. Conflitos de interesse: nenhum declarado. Referências 1. 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