128 - 139 Adesao ao tratamento de pessoas.indd 128 Samilly Márjore Dantas Liberato1 Rhayssa de Oliveira e Araújo2 Amanda Jéssica Gomes de Souza3 Aline Maino Pergola Marconato4 Isabelle Katherinne Fernandes Costa5 Gilson de Vasconcelos Torres6 Adesão ao tratamento de pessoas com úlceras venosas atendidas na atenção primária à saúde 1 orcid.org/0000-0003-1611-286X. Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Brasil. gvt@ufrnet.br 2 orcid.org/0000-0002-5068-2906. Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Brasil. gvt@ufrnet.br 3 orcid.org/0000-0002-5611-0140. Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Brasil. gvt@ufrnet.br 4 orcid.org/0000-0001-5071-865X. Universidade Estadual de Campinas, Brasil. apergola@unicamp.br 5 orcid.org/0000-0002-1476-8702. Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Brasil. isabellekfc@pq.cnpq.br 6 orcid.org/0000-0003-2265-5078. Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Brasil. gvt@ufrnet.br Recibido: 14 de abril de 2015 Enviado a pares: 23 de septiembre de 2015 Aceptado por pares: 18 de agosto de 2016 Aprobado: 22 de agosto de 2016 DOI: 10.5294/aqui.2017.17.2.2 Para citar este artículo / To reference this article / Para citar este artigo Liberato SMD, Araújo RO, Souza AJG, Marconato AMP, Costa IKF, Torres GV. Adesão ao tratamento de pessoas com úlceras venosas atendidas na atenção primária à saúde. Aquichan. 2017;17(2):128-139. DOI: 10.5294/aqui.2017.17.2.2 RESUMO Objetivo: verificar a adesão ao tratamento de pessoas com úlceras venosas (UV) e sua associação com as características sociode- mográficas, de saúde e assistenciais. Materiais e métodos: trata-se de um estudo analítico, transversal, realizado com 101 pessoas com UV. Utilizaram-se dois instrumentos: um formulário para caracterizar os aspectos sociodemográficos, de saúde e da assistência, e a Escala Multidimensional de Adesão Terapêutica. Resultados: verificou-se pior adesão ao tratamento na dimensão terapia com- pressiva. Identificou-se associação entre o domínio estilo de vida saudável e estado civil, e entre o domínio vigilância neurovascular e faixa etária, estado civil, profissão e etilismo. Foram encontradas associações entre as dimensões de adesão e as caraterísticas da assistência: adesão à terapia compressiva, orientação para uso de terapia compressiva e orientação para exercícios regulares e quem realiza o curativo fora das unidades. Conclusões: há maior dificuldade de adesão ao tratamento quanto à terapia compressiva, além disso a assistência prestada está associada à adesão à terapia compressiva, à orientação para uso de terapia compressiva e à orientação para exercícios regulares. PALAVRAS-CHAVE Atenção primária à saúde; cooperação do paciente; enfermagem; estratégia saúde da família; úlcera varicosa (Fonte: DeCS, BIREME). AÑO 17 - VOL. 17 Nº 2 - CHÍA, COLOMBIA - JUNIO 2017 l 128-139 129 Adesão ao tratamento de pessoas com úlceras venosas atendidas na atenção primária à saúde l Samilly Márjore Dantas-Liberato e outros AÑO 17 - VOL. 17 Nº 2 - CHÍA, COLOMBIA - JUNIO 2017 l 128-139 Adherencia al tratamiento de personas con úlceras venosas atendidas en la atención primaria a la salud RESUMEN Objetivo: estudiar la adherencia al tratamiento de personas con úlceras venosas (UV) y su asociación con las características socio- demográficas, de salud y asistenciales. Materiales y métodos: se trata de un estudio analítico, transversal, realizado con 101 personas con UV. Se emplearon dos instrumentos: un cuestionario para caracterizar los aspectos sociodemográficos, de salud y de asistencia, y la Escala Multidimensional de Adherencia Terapéutica. Resultados: se halló peor adherencia al tratamiento en la dimensión terapia compresiva. Se identificó asociación entre el dominio estilo de vida saludable y estado civil, y entre el dominio vigilancia neurovascular y rango de edades, estado civil, profesión y etilismo. Se encontraron asociaciones entre las dimensiones de adherencia y las características de asistencia: adherencia a terapia compresiva, orientación para uso de terapia compresiva y orientación para ejercicios regulares y quien realiza la curación fuera de las unidades. Conclusiones: hay mayor dificultad de adherencia al tratamiento en cuanto a terapia compresiva; la asistencia prestada está asociada a la adherencia a terapia compresiva, a orientación para uso de terapia compresiva y a orientación para ejercicios regulares. PALABRAS CLAVE Atención primaria a salud; cooperación del paciente; enfermería; estrategia salud de la familia; úlcera venosa (Fuente: DeCS, BIREME). 130 AQUICHAN - ISSN 1657-5997 - eISSN 2027-5374 Adherence to Venous Ulcer Treatment among Patients in Primary Health Care ABSTRACT Objective: Adherence to treatment by patients with venous ulcers (VU) and how it that adherence is associated with sociodemographic characteristics and features of health and care. Materials and methods: This is an analytical, cross-sectional study of 101 patients with venous ulcers. Two instruments were used: a questionnaire designed to characterize sociodemographic aspects, health and care, and the Multidimensional Therapeutic Adherence Scale. Results: The poorest adhesion to treatment was found with respect to compression therapy. The study identified an association between the domain of a healthy lifestyle and marital status, and between the domain of neu- rovascular surveillance and age range, marital status, profession and alcoholism. Associations also were found between the dimensions of adherence and the characteristics of care: adherence to compression therapy, guidance on the use of compression therapy, guidance on regular exercises, and who applies treatment outside the primary care units. Conclusions: There is greater difficulty in adhering to treatment in terms of compression therapy. The assistance given is associated with adherence to compression therapy, guidance on the use of compression therapy and guidance on exercises to be performed regularly. KEYWORDS Primary health care; patient cooperation; nursing; family health strategy; venous ulcer (Source: DeCS, BIREME). AÑO 17 - VOL. 17 Nº 2 - CHÍA, COLOMBIA - JUNIO 2017 l 128-139 131 Adesão ao tratamento de pessoas com úlceras venosas atendidas na atenção primária à saúde l Samilly Márjore Dantas-Liberato e outros Introdução A úlcera da perna é uma síndrome em que há destruição de camadas cutâneas, tais como epiderme e derme, podendo atingir tecidos mais profundos. Acomete geralmente o terço inferior dos membros inferiores. Estas úlceras são consideradas lesões crôni- cas por serem de longa duração e com recorrência frequente (1). A úlcera venosa (UV) afeta a população adulta em diferentes faixas etárias e causa importante impacto social e econômico, visto que, pode resultar em afastamento do portador da lesão das ativi- dades diárias, redução na qualidade de vida (QV), bem como neces- sidades de cuidados médicos e de enfermagem constantes. Além disso, pode, por muitas vezes, gerar a aposentadoria precoce (2). A interferência na atividade de locomoção faz com que muitos indivíduos acometidos por úlceras venosas se declarem impotentes, insatisfeitos, dependentes, frágeis e desestimulados. Acrescentase que a experiência dolorosa, muito frequente na vida desses pacien- tes, pode interferir ainda mais nas ações cotidianas (3). Estudo mostrou que, em longo prazo, estes pacientes dimi- nuem a adesão ao tratamento, pois passam a perceber a cura como improvável ou acreditam na inevitabilidade de recorrência da úlcera (4). Isso levanta preocupações sobre a motivação des- tes em aderir às recomendações do tratamento. De acordo a Organização Mundial de Saúde, a adesão tera- pêutica refere-se ao grau de concordância entre o comporta- mento de uma pessoa e as prescrições da equipe de saúde. O conceito remete à ideia de uma relação de colaboração entre paciente e profissional de saúde no desenvolvimento e ajuste do plano de cuidados (5). Nesse sentido, a adesão terapêutica tem se mostrado um dos fatores responsáveis pela redução significativa do tempo de cica- trização, além de prolongar o período de recidiva da úlcera (6). Entretanto, a adesão terapêutica ainda consiste em um grande problema entre os portadores da lesão, pois o tratamento é lon- go, dispendioso e demanda alterações no estilo de vida. Acrescenta-se ainda que estudos desenvolvidos com pessoas acometidas por diferentes doenças crônicas constataram relação significativa entre adesão ao tratamento e qualidade de vida, si- nalizando a relevância dessa temática (7). Frente ao exposto, julga-se necessário a busca pelo aumen- to da compreensão do fenômeno da adesão ao tratamento das pessoas com úlceras venosas com vistas a subsidiar e auxiliar uma mudança na prática de atenção à saúde superando a visão simplista e limitada da assistência. Elencaram-se como problemas desta pesquisa: como se caracteriza a adesão das pessoas com úlceras venosas ao tra- tamento? Existe associação da adesão ao tratamento com as ca- racterísticas sociodemográficas, de saúde e assistenciais? Para tanto, o objetivo deste estudo foi verificar a adesão ao tratamento de pessoas com úlceras venosas atendidas na aten- ção primária à saúde e sua associação com as características sociodemográficas, de saúde e assistenciais. Materiais e métodos Trata-se de um estudo analítico, transversal, com abordagem quantitativa, tendo como cenário as Unidades de Saúde da Família (USF) e Unidades Mistas da cidade de Natal, capital do estado do Rio Grande do Norte, que são coordenadas pela Secretaria Mu- nicipal de Saúde (SMS) e têm como eixo estruturante da atenção básica a Estratégia de Saúde da Família (ESF). A população alvo foi composta por pessoas com UV indicadas pelas equipes da ESF durante o período da coleta de dados por acessibilidade e que atendessem aos seguintes critérios de inclu- são: apresentar no mínimo uma úlcera venosa; estar orientado e em condições de ser entrevistado; ter idade mínima de 18 anos. Foram excluídos os usuários que não concluíram todos os pro- cessos da coleta de dados e aqueles que apresentaram outros tipos de feridas: oncológicas, arterial ou de etiologia mista (ve- nosa e arterial ou venosa e hansênica). Tal condição justifica-se, porque estas feridas apresentam características diferenciadas das úlceras venosas típicas. O procedimento de coleta concretizou-se nos meses de fe- vereiro a setembro de 2014, resultando em uma amostra de 101 pessoas com UV. Durante os meses de maio a julho, os servidores municipais das unidades deflagraram greve o que interrompeu temporariamente a continuidade da coleta. A coleta de dados concretizou-se por meio da aplicação de dois instrumentos, o primeiro corresponde a um protocolo assis- tencial (8) do qual foram utilizados 27 itens que caracterizam os 132 AÑO 17 - VOL. 17 Nº 2 - CHÍA, COLOMBIA - JUNIO 2017 AQUICHAN - ISSN 1657-5997 - eISSN 2027-5374 aspectos sociodemográficos, de saúde e da assistência. O segun- do instrumento refere-se à Escala Multidimensional de Adesão Terapêutica (9), composta por 24 itens que correspondem a três dimensões: estilo de vida saudável, terapia compressiva e vigilân- cia neurovascular. Os itens recebem pontuação a partir de uma escala do tipo likert variando de 1 a 5, atentando que quanto mais próximo de 1 melhor a adesão. Os dados obtidos foram organizados em uma planilha eletrô- nica, e, após correção, exportados para um software estatístico no qual foram realizadas a análise descritiva, com frequências ab- solutas, relativas e média dos escores de adesão, e a análise in- ferencial, com aplicação do Teste de Mann Whitney, adotando-se como nível de significância estatística o p-valor menor que 0,05. Destaca-se que o estudo está de acordo com a Resolução 466/2012 (10), que envolve pesquisas com seres humanos, tendo sido apreciado e aprovado pela Comissão de Ética em Pesquisa/ Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) com CAAE: 07556312.0.0000.5537. Além disso, todos os participantes assi- naram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, concordan- do com a realização da pesquisa e utilização dos dados, desde que resguardadas as suas identidades. Resultados O perfil sociodemográfico das pessoas com UV caracterizou-se por um predomínio do sexo feminino (66,3 %), com idade superior ou igual a 60 anos (61,4 %), casado/união estável (63,4 %), não alfabetizado/alfabetizado/ensino fundamental (85,1 %), sem pro- fissão (75,2 %) e renda de até um salário mínimo (90,1 %). Com relação à caracterização de saúde, evidenciou-se que a maioria das pessoas relataram doenças crônicas associadas, (60,4 %) afirmaram sono maior que seis horas, (82,2 %) dor pre- sente, (88,1 %) negaram etilismo e tabagismo (80,2 %) e apresen- taram número de recidivas maior ou igual a (71,3 %). Os dados que caracterizam a assistência são apresentados na Tabela 1, distribuídos conforme tempo de UV atual. Com relação à adesão terapêutica e utilizando como referên- cia o escore médio (pontuado de 1 a 5 para cada dimensão), é possível verificar por meio dos dados da Tabela 2 que é na dimen- são terapia compressiva em que há pior adesão. A Tabela 3 apresenta as características sociodemográficas e de saúde segundo os escores de adesão terapêutica nos domínios estilo de vida saudável, terapia compressiva e vigilância neuro- vascular. Identificou-se associação entre o domínio estilo de vida saudável e estado civil (p=0,040) e entre o domínio vigilância neurovascular e faixa etária (p=0,010), estado civil (p=0,034), profissão (p=0,014) e etilismo (p=0,032). A análise da associação entre as características da assistên- cia e as dimensões da escala multidimensional de adesão ao tra- tamento mostrou que a adesão ao estilo de vida saudável esteve associada a orientações para realização de exercícios regulares (p=0,046). No caso da dimensão terapia compressiva obser- vouse associação com o uso de terapia compressiva (p<0,001) e orientações para uso de terapia compressiva (p=0,002). A dimensão vigilância neurovascular apresentou associação com quem realiza o curativo fora das unidades (p=0,005) e com orien- tações para realização de exercícios regulares (p=0,037), como demonstrado na Tabela 4. Discussão Analisando as características sociodemográficas, nota-se que o perfil da população estudada corrobora com o que tem sido constata- do por outros estudos no cenário nacional (2,11) e internacional (12). Com relação à caracterização de saúde, cabe destaque ao fato de que um elevado percentual dos participantes desta inves- tigação negou tabagismo e etilismo. Torna-se pertinente elucidar que esses hábitos sociais implicam em efeitos expressivamente negativos sobre o processo cicatricial, retardam a evolução da ferida e, portanto, devem ser completamente desencorajados às pessoas com UV (13). No que se refere ao número de recidivas, os dados desta pes- quisa não diferem da maioria dos estudos, que sinalizam que as úlceras venosas têm elevadas taxas de recorrência (14,15). Acredita-se que o principal motivo das recidivas é a não ade- são do paciente com relação às medidas preventivas muitas vezes por não conhecê-las ou não ter sido bem orientado. No próprio estudo em questão, 60,4 % dos pesquisados referiram não terem sido orientados quanto ao uso de terapias compressivas, eleva- ção de MMII e exercícios regulares, o que demonstra uma falha preocupante considerando o valor de tais medidas tanto para o tratamento quanto para a prevenção de recidivas. 133 Adesão ao tratamento de pessoas com úlceras venosas atendidas na atenção primária à saúde l Samilly Márjore Dantas-Liberato e outros Tabela 1. Caracterização da assistência dos pacientes com UV segundo o tempo de UV atual. Natal/RN, 2014. *Unidade de Saúde da Família **Unidade Básica de Saúde ***Hospital Universitário Onofre Lopes Fonte: elaboração própria. Caracterização da assistência Tempo de UV atual >= 6 meses Até 6 meses Total n % n % N % Adequação dos produtos utilizados Adequado 45 44,6 20 19,8 65 64,4 Inadequado 29 28,7 07 6,9 36 35,6 Realização do curativo fora da USF*/Unidade Mista Profissional/Cuidador sem treinamento 42 41,6 15 14,9 57 56,4 Profissional/Cuidador treinado 32 31,7 12 11,9 44 43,6 Local de tratamento da UV Domicílio 30 29,7 17 16,8 47 46,5 UBS**/USF/HUOL***/Hospital Municipal 44 43,6 10 9,9 54 53,5 Terapia compressiva Ausente 63 62,4 25 24,8 88 87,1 Presente 11 10,9 02 2,0 13 12,9 Orientação para o uso de terapias compressivas, elevação de MMII e exercícios regulares Ausente 42 41,6 19 18,8 61 60,4 Presente 32 31,7 08 7,9 40 39,6 Exames laboratoriais e específicos Exames de sangue ou urina 37 36,6 17 16,8 54 53,5 Exames de sangue ou urina e doppler 23 22,8 04 4,0 27 26,7 Nenhum 11 10,9 06 5,9 17 16,8 Doppler 03 3,0 00 0,0 03 3,0 Número de consultas com o angiologista no último ano < de 4 consultas por ano 70 69,3 24 23,8 94 93,1 ≥ 4 consultas por ano 04 4,0 03 3,0 07 6,9 Documentação dos achados clínicos Com registro no prontuário 52 51,5 20 19,8 72 71,3 Sem registro no prontuário 22 21,8 07 6,9 29 28,7 Referência Ausente 55 54,5 18 17,8 73 72,3 Presente 19 18,8 09 8,9 28 27,7 134 AÑO 17 - VOL. 17 Nº 2 - CHÍA, COLOMBIA - JUNIO 2017 AQUICHAN - ISSN 1657-5997 - eISSN 2027-5374 Tabela 2. Valores mínimo, máximo, média e desvio padrão (DP) das dimensões da Escala Multidimensional de Adesão Terapêutica. Natal/RN, 2014. Tabela 3. Características sociodemográficas e de saúde segundo escores de adesão terapêutica. Natal/RN, 2014. Dimensões Mínimo Máximo Média DP Estilo de vida saudável 1 4 2,30 0,50 Terapia Compressiva 3 5 4,83 0,47 Vigilância Neurovascular 1 5 2,31 1,31 Fonte: elaboração própria. Caracterização sociodemográfica e de saúde Estilo de vida saudável Terapia Compressiva Vigilância Neurovascular n Média (DP) p-valor* Média (DP) p-valor* Média (DP) p-valor* Sexo Feminino 67 2,56 (0,62) 0,222 4,77 (0,55) 0,085 2,34 (1,25) 0,399 Masculino 34 2,74 (0,53) 4,96 (0,17) 2,24 (1,44) Faixa etária 60 anos 62 2,57 (0,63) 0,364 4,87 (0,37) 0,638 2,54 (1,32) 0,010 Até 59 anos 39 2,70 (0,55) 4,77 (0,59) 1,94 (1,22) Estado civil Solteiro/viúvo/ divorciado 37 2,79 (0,52) 0,040 4,84 (0,50) 0,565 2,58 (1,20) 0,034 Casado/União estável 64 2,52 (0,62) 4,83 (0,45) 2,15 (1,35) Escolaridade Não alfabetizado/ alfabetizado/ Ensino Fundamental 86 2,66 (0,60) 0,103 4,83 (0,46) 0,431 2,37 (1,30) 0,193 Ensino Médio e Superior 15 2,40 (0,52) 4,86 (0,51) 1,95 (1,34) Profissão/ Ocupação Presente 25 2,80 (0,52) 0,775 4,86 (0,43) 0,803 1,82 (1,19) 0,014 Ausente 76 2,56 (0,61) 4,82 (0,48) 2,47 (1,32) Renda per capita Até 1 SM** 91 2,60 (0,60) 0,130 4,82 (0,48) 0,650 2,32 (1,33) 0,958 >1 SM 10 2,88 (0,58) 4,92 (0,23) 2,22 (1,23) Doenças crônicas associadas Presente 61 2,54 (0,61) 0,156 4,80 (0,50) 0,370 2,39 (1,41) 0,759 Ausente 40 2,75 (0,55) 4,88 (0,41) 2,18 (1,15) 135 Adesão ao tratamento de pessoas com úlceras venosas atendidas na atenção primária à saúde l Samilly Márjore Dantas-Liberato e outros *Teste de Mann-Whitney **Salário mínimo Fonte: elaboração própria. Caracterização sociodemográfica e de saúde Estilo de vida saudável Terapia Compressiva Vigilância Neurovascular n Média (DP) p-valor* Média (DP) p-valor* Média (DP) p-valor* Sono Até 6 horas 18 2,59 (0,66) 0,993 4,93 (0,23) 0,636 2,26 (1,27) 0,839 Maior igual 6 horas 83 2,63 (0,59) 4,81 (0,50) 2,32 (1,33) Etilismo Presente 13 2,60 (0,41) 0,730 4,85 (0,55) 0,549 1,75 (1,31) 0,032 Ausente 88 2,62 (0,62) 4,83 (0,46) 2,39 (1,30) Tabagismo Presente 15 2,86 (0,32) 0,085 4,66 (0,72) 0,377 2,20 (1,32) 0,698 Ausente 86 2,58 (0,63) 4,86 (0,41) 2,32 (1,32) Dor Presente 88 2,62 (0,61) 0,911 4,83 (0,46) 0,879 2,34 (1,36) 0,889 Ausente 13 2,60 (0,53) 4,82 (0,55) 2,09 (0,91) Recidivas 1 72 2,60 (0,59) 0,764 4,81 (0,48) 0,516 2,23 (1,22) 0,570 Nenhuma 29 2,67 (0,63) 4,87 (0,42) 2,50 (1,51) Tabela 4. Características da assistência à saúde segundo escores de adesão terapêutica. Natal/RN, 2014. Caracterização da assistência à saúde n Estilo de vida saudável Terapia Compressiva Vigilância Neurovascular Média (DP) p-valor* Média (DP) p-valor* Média (DP) p-valor* Adequação de materiais Adequado 65 2,32 (0,47) 0,614 4,77 (0,55) 0,071 2,34 (1,34) 0,871 Inadequado 36 2,27 (0,55) 4,94 (0,23) 2,25 (1,27) Quem realiza o curativo fora das unidades Profissional/cuidador treinado 44 2,32 (0,52) 0,495 4,92 (0,25) 0,190 2,71 (1,36) 0,005 Profissional/cuidador sem treinamento 57 2,28 (0,49) 4,76 (0,57) 2,00 (1,19) Local de tratamento da UV UBS, USF, HUOL, Hosp. Municipal 54 2,27 (0,53) 0,445 4,84 (0,45) 0,781 2,45 (1,38) 0,224 Domicílio 47 2,34 (0,46) 4,81 (0,49) 2,13 (1,22) 136 AÑO 17 - VOL. 17 Nº 2 - CHÍA, COLOMBIA - JUNIO 2017 AQUICHAN - ISSN 1657-5997 - eISSN 2027-5374 Nesse sentido, a prática de educação em saúde configura-se como medida de grande relevância uma vez que permite ao enfer- meiro estimular o conhecimento da pessoa sobre sua condição de saúde e sensibilizar o usuário a aderir ao tratamento (16). A terapia compressiva é a base fundamental do tratamento da UV e tem demonstrado ser capaz de melhorar as taxas de cicatriza- ção e reduzir a recorrência da lesão, pois melhora a microcirculação e a eficácia da bomba muscular da panturrilha, reduzindo o edema e a hipertensão venosa (17), no entanto na presente pesquisa essa prática estava instituída para apenas 12,9 % dos pesquisados. O reduzido número de pessoas que foram orientadas sobre o uso de terapia compressiva somado à baixa taxa de implementa- ção dessa terapêutica refletiram nos achados referentes à medi- da de adesão ao tratamento. Segundo os escores identificados, a terapia compressiva foi a dimensão em que se observou piores índices de adesão. A dimensão terapia compressiva apresentou associação sig- nificativa com o uso de terapia compressiva e orientações sobre terapia compressiva. Essa constatação elucida a ideia de que a educação em saúde é capaz de influenciar positivamente altera- ções de comportamento e a adesão ao tratamento desde que os profissionais levem em consideração os contextos cultural e so- cial de cada indivíduo ao elencar a linguagem mais adequada para nortear o processo de comunicação terapêutica (18). Caracterização da assistência à saúde n Estilo de vida saudável Terapia Compressiva Vigilância Neurovascular Média (DP) p-valor* Média (DP) p-valor* Média (DP) p-valor* Faz uso de terapia compressiva Não 88 2,31 (0,51) 0,549 4,93 (0,28) <0,001 2,29 (1,29) 0,938 Sim 13 2,21 (0,39) 4,17 (0,83) 2,38 (1,52) Tempo de tratamento da UV 6 meses 84 2,32 (0,52) 0,388 4,81 (0,50) 0,706 2,28 (1,30) 0,638 Até 6 meses 17 2,20 (0,39) 4,92 (0,24) 2,44 (1,39) Orientações para uso de terapia compressiva Ausente 54 2,28 (0,53) 0,581 4,94 (0,30) 0,002 2,47 (1,28) 0,072 Presente 47 2,32 (0,46) 4,70 (0,58) 2,11 (1,33) Orientações elevação dos MMII Ausente 09 2,50 (0,77) 0,414 5,00 (0,00) 0,211 2,91 (1,60) 0,265 Presente 92 2,28 (0,46) 4,81 (0,49) 2,25 (1,27) Orientações exercícios regulares Ausente 59 2,39 (0,52) 0,046 4,88 (0,38) 0,201 2,46 (1,24) 0,037 Presente 42 2,18 (0,45) 4,76 (0,56) 2,08 (1,39) Referência e Contrarreferência Ausente 73 2,30 (0,53) 0,973 4,87 (0,40) 0,397 2,43 (1,39) 0,199 Presente 28 2,30 (0,42) 4,73 (0,61) 2,00 (1,03) *Teste de Mann-Whitney Fonte: elaboração própria. 137 Adesão ao tratamento de pessoas com úlceras venosas atendidas na atenção primária à saúde l Samilly Márjore Dantas-Liberato e outros A dimensão estilo de vida saudável investiga a adesão a há- bitos de vida importantes na cicatrização da UV e foi a dimensão em que se verificou melhor adesão. Essa dimensão apresentou associação estatística significativa com estado civil e orientações para realização de exercícios regulares, demonstrando que pes- soas que têm companheiro e que foram orientadas quanto à rea- lização de exercícios físicos regulares aderem melhor à dimensão estilo de vida saudável. A presença de um companheiro configura-se como uma fonte adicional importante de apoio social, pois auxilia o enfrentamento de dificuldades e atua como agente facilitador no processo de tra- tamento, podendo, portanto, influenciar positivamente a adesão ao tratamento (19). No panorama das doenças crônicas, as mudanças compor- tamentais e adoção de hábitos saudáveis de vida constituem um desafio adicional que permeia toda a vida do usuário. Alguns au- tores valorizam a estratégia de grupos de apoio no enfrentamen- to desse obstáculo e como meio alternativo para educação em saúde, verificando que esta ferramenta foi capaz de estimular a autonomia dos sujeitos, incentivar o autocuidado, promover mudanças de comportamentos e potencializar a adesão ao tra- tamento (20,21). A dimensão vigilância neurovascular avalia a atenção por parte da pessoa, no que concerne a sinais de comprometimento circulatório das extremidades, tais como o edema, a coloração, a sensibilidade e a mobilidade. Os achados deste estudo mostra- ram melhor adesão à vigilância neurovascular do que em estu- do desenvolvido em Portugal (9). Nessa dimensão, verificou-se associação estatística com faixa etária, estado civil, profissão/ ocupação, etilismo, quem realiza o curativo fora das unidades e orientações para realização de exercícios regulares. Esse contexto remete à importância do papel do profissional enfermeiro no estímulo do autocuidado. Em uma investigação com pessoas com úlceras venosas, os entrevistados expressaram que suas próprias ações não se relacionavam à cura ou eram vistas como de importância secundária, desconsiderando seu papel na promoção da saúde (22). Analisando a faixa etária, autores alertam que, com frequên- cia, o idoso é dissuadido quanto à capacidade para o autocuidado, em nome da eficiência e proteção e evidenciam que os idosos aceitam o controle sem questionar e têm pouco envolvimento na tomada de decisão (23), estando a adesão ao tratamento condi- cionada às ações de terceiros. Quando se considera quem realiza o curativo fora das unida- des de saúde, emerge a importância das ações sobre o conheci- mento do paciente e de seus familiares com vistas a aumentar a colaboração em vários aspectos dos cuidados, principalmente no ambiente domiciliar, onde a continuidade do cuidado com a UV depende essencialmente das ações do usuário. Ampliando a reflexão sobre o autocuidado para além de da- dos estatísticos há de se considerar que os valores adquiridos ao longo da vida e a própria história de vida também influenciam as decisões das pessoas no que diz respeito ao seu próprio cuidado. Há, assim, fatores culturais, sociais e de vida pessoal que moldam o autocuidado e, portanto não podem ser desconsiderados pelo profissional de saúde, pois a experiência de adoecer é um conhe- cimento único de cada pessoa (23). Conclusão Mesmo sendo expressivamente reconhecida como a melhor prática no tratamento da úlcera venosa, a terapia compressiva foi a dimensão em que houve pior adesão, poucos pacientes rece- beram essa forma de tratamento e um número muito pequeno foi orientado quanto a essa medida. Tal fato representa uma importante lacuna na assistência prestada a essa população no nível de atenção primária à saúde, o que inevitavelmente contribui para a cronicidade das lesões e aumento da ocorrência de complicações culminando com a de- manda por cuidados dos outros níveis de atenção à saúde. Além disso, a análise dos dados conseguiu sinalizar grupos que merecem maior atenção e variáveis que influenciam positiva- mente o comportamento de adesão. Foi possível ainda elucidar o valor significativo das orienta- ções realizadas pelos profissionais de saúde durante o processo terapêutico, o que denota que o cuidado prestado a essa popula- ção deve abarcar mais que somente a execução de um curativo. Diante do exposto emerge a necessidade de que os profissio- nais, especialmente os enfermeiros, sejam sensibilizados e ca- pacitados a estabelecer um cuidado holístico e verdadeiramente efetivo às pessoas com úlceras venosas. 138 AÑO 17 - VOL. 17 Nº 2 - CHÍA, COLOMBIA - JUNIO 2017 AQUICHAN - ISSN 1657-5997 - eISSN 2027-5374 Referências 1. Oliveira BGRP, Nogueira GA, Carvalho MR, Abreu AM. Caracterização dos pacientes com úlcera venosa acompanhados no Ambulatório de Reparo de Feridas. Rev eletr enf [Internet]. 2012 [acesso em 09 jul 2014]; 14(1):156-63. Disponível em: http://www.fen.ufg.br/fen_revista/v14/n1/pdf/v14n1a18.pdf 2. Evangelista DG, Magalhães ERM, Moretão DIC, Stival MM, Lima LR. Impacto das feridas crônicas na qualidade de vida de usuários da estratégia de saúde da família. Rev Enferm Cent-Oeste Min [Internet]. 2012 [acesso em 29 mai 2014]; 2(2):254-63. Disponível em: http://www.seer.ufsj.edu.br/index.php/recom/article/view/15/308 3. Almeida AS, Salomé GM, Dutra RAA, Ferreira LM. Feelings of powerlessness in individuals with either venous or diabetic foot ulcers. Journal of tissue viability [Internet]. 2014 [acesso em 29 jan 2015]; 23(3):109-14. Disponível em: http:// www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0965206X14000321# 4. Green J, Jester R, McKinley R, Pooler A. Patient perspectives of their leg ulcer journey. Journal of wound care [Internet]. 2013 [acesso em 29 jan 2015]; 22(2):58-66. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23665659 5. World Health Organization (WHO). Adherence to long-term therapies: evidence for action. Genebra: WHO; 2003. 6. Weller CD, Buchbinder R, Johnston RV. Interventions for helping people adhere to compression treatments for venous leg ulceration. Cochrane Database of Systematic Reviews [Internet]. 2013 [acesso em 29 mai 2014]; (9). Disponível em: http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD008378.pub2/pdf 7. Liberato SMD, Souza AJG, Gomes ATL, Medeiros LP, Costa IKF, Torres GV. Relação entre adesão ao tratamento e qua- lidade de vida: revisão integrativa da literatura. Rev eletr enf [Internet]. 2013 [acesso em 01 jun 2014]; 16(1):191-8. Disponível em: http://www.fen.ufg.br/revista/v16/n1/pdf/v16n1a22.pdf 8. Costa IKF. Validação de protocolo de assistência para pessoas com úlcera venosa na atenção primária [tese]. Natal: Departamento de Enfermagem/UFRN; 2013. p.147. 9. Favas SMHS. Qualidade de vida e adesão terapêutica da pessoa portadora de úlcera venosa de perna [dissertação]. Lisboa: Instituto de Ciências da Saúde/UCP; 2012. p.129. 10. Resolução Nº 466 do Conselho Nacional de Saúde, de 12 de dezembro de 2012 (BR) [Internet]. Aprova as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Diário Oficial da União. 13 jun 2013 [acesso em 29 mai 2014]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2013/res0466_12_12_2012.html 11. Luz BSR, Araujo CS, Atzingen DANCV, Mendonça ARA, Mesquita Filho M, Medeiros ML. Evaluating the effectiveness of the customized Unna boot when treating patients with venous ulcers. An Bras Dermatol [Internet]. 2013 [acesso em 29 mai 2014]; 88(1):41-9. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/abd/v88n1/0365-0596-abd-88-1-0041.pdf 12. Saraiva DMRF, Bandarra AJF, Agostinho ES, Pereira NMM, Lopes TS. Qualidade de vida do utente com úlcera venosa crônica. Rev eletr enf [Internet]. 2013 [acesso em 29 mai 2014]; 3(10):109-18. Disponível em: http://www.scielo.gpeari. mctes.pt/pdf/ref/vserIIIn10/serIIIn10a13.pdf 13. Hussain SMA. A comparison of the efficacy and cost of different venous leg ulcer dressings: a retrospective cohort study. International Journal of Vascular Medicine [Internet]. 2015 [acesso em 10 abr 2015]; 2015:1-21. Disponível em: http://www.hindawi.com/journals/ijvm/2015/187531/ 14. Brito CKD, Nottingham IC, Victor JF, Feitoza SMS, Silva MG, Amaral HEG. Úlcera venosa: avaliação clínica, orientações e cuidados com o curativo. Rev RENE [Internet]. 2013 [acesso em 29 mai 2014]; 14(3):470-80. Disponível em: http://www. revistarene.ufc.br/revista/index.php/revista/article/view/689/pdf 15. Sant’Ana SMSC, Bachion MM, Santos QR, Nunes CAB, Malaquias SG, Oliveira BGRB. Úlceras venosas: caracterização clí- nica e tratamento em usuários atendidos em rede ambulatorial. Rev. bras. enferm. [Internet]. 2012 [acesso em 29 mai 2014]; 65(4):637-44. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reben/v65n4/a13v65n4.pdf 16. Pereira DA, Costa NMSC, Sousa ALL, Jardim PCBV, Zanini CRO. Efeito de intervenção educativa sobre o conhecimento da doença em pacientes com diabetes mellitus. Rev Latino-Am Enfermagem [Internet]. 2012 [acesso em 14 abr 2015]; 20(3):478-85. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rlae/v20n3/pt_a08v20n3.pdf 139 Adesão ao tratamento de pessoas com úlceras venosas atendidas na atenção primária à saúde l Samilly Márjore Dantas-Liberato e outros 17. Wounds International. Principles of best practice: a practitioner’s guide to treatment and prevention of venous leg ulcers. Londres: MEP; 2013. Disponível em: http://www.woundsinternational.com/pdf/content_10802.pdf 18. Garcia RP, Budó MLD, Oliveira SG, Beuter M, Girardon-Perlin NMO. Setores de cuidado à saúde e sua inter-relação na assistência domiciliar ao doente crônico. Esc Anna Nery [Internet]. 2012 [acesso em 16 mai 2014]; 16(2):270-76. Dispo- nível em: http://www.scielo.br/pdf/ean/v16n2/09.pdf 19. Medeiros ABA, Andriola IC, Fernandes MICD, Silva BBL, Sá JD, Lira ALBC. Perfil socioeconômico de pessoas com úlcera venosa: aspectos relevantes para a enfermagem. Rev enferm UFPE on-line [internet]. 2013 [acesso em: 14 mar 2015]; 7(8):5220-4. Disponível em: http://www.revista.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/article/ view/4251/pdf_3214 20. Neves JS, Azevedo RS, Soares SM. Atuação multiprofissional na construção de grupo operativo envolvendo pacientes com lesão de membros inferiores. Renome. [Internet]. 2014 [acesso em 29 mai 2014]; 3(1):86-95. Disponível em: http:// www.renome.unimontes.br/index.php/renome/article/view/72/ 21. Tavares AA, Freitas LM, Silva FCM, Sampaio RF. (Re) Organização do cotidiano de indivíduos com doenças crônicas a partir da estratégia de grupo. Cad Ter Ocup UFSCar [Internet]. 2012 [acesso em 29 mai 2014]; 20(1):95-105. Disponível em: http://www.cadernosdeterapiaocupacional.ufscar.br/index.php/cadernos/article/view/553/367 22. Van Hecke A, Beeckman D, Grypdonck M, Meuleneire F, Hermie L, Verhaeghe S. Knowledge deficits and information-see- king behavior in leg ulcer patients: an exploratory qualitative study. J wound ostomy continence nurs. 2013; 40(4):381-7. 23. Tanqueiro MTOS. A gestão do autocuidado nos idosos com diabetes: revisão sistemática da literatura. Rev enf ref. [In- ternet]. 2013 [acesso em: 14 mar 2015]; serIII(9):151-60. Disponível em: http://www.scielo.mec.pt/pdf/ref/vserIIIn9/ serIIIn9a16.pdf