Microsoft Word - 11-Agra_12250.doc 224 Original Article Biosci. J., Uberlândia, v. 28, n. 2, p. 224-234 , Mar./Apr. 2012 RENDIMENTO DE MASSA DE MATÉRIA SECA E RELAÇÃO C/N DA AVEIA PRETA EM FUNÇÃO DO LODO DE ESGOTO E ADUBAÇÃO NITROGENADA YIELD OF DRY MATTER AND C/N RATIO OF OATS AS A FUNCTIONAL OF SEWAGE SLUDGE AND NITROGEN Thomaz Figueiredo LOBO1; Helio GRASSI FILHO2; Leonardo Theodoro BULL2 1. Engenheiro Agronomo, Pos doutorando; Faculdade de Ciências Agronomicas, Universidade Estadual Paulista – UNESP, Botucatu, SP, Brasil. thomaz.lobo@superig.com.br ; 2. Engenheiro Agronomo, Professor, Doutor, Faculdade de Ciências Agronomicas - UNESP- Botucatu, SP, Brasil. RESUMO: A disposição final do lodo de esgoto vem se caracterizando como um dos problemas ambientais urbanos mais relevantes da atualidade, e que cresce diariamente tanto nos países desenvolvidos quanto naqueles em desenvolvimento, com reflexos da ampliação das redes de coleta e incremento dos níveis de tratamento. O objetivo deste trabalho foi verificar o efeito do N mineral e do lodo de esgoto no rendimento de matéria seca e na relação C/N da aveia preta. O experimento foi conduzido na Fazenda Experimental São Manuel, pertencente à Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp Campus de Botucatu. Foi adotado o delineamento experimental em blocos casualizados, constituídos por 6 tratamentos e 5 repetições assim definidos: T0 – sem adubação nitrogenada; T1 – 70 kg ha-1 de N mineral; T2 – 35 kg ha-1 de N proveniente do lodo de esgoto e 35 kg ha-1 de N na forma mineral; T3 – 70 kg ha-1 de N proveniente do lodo de esgoto; T4 – 105 kg ha-1 de N proveniente do lodo de esgoto; T5 – 140 kg ha-1 de N proveniente do lodo de esgoto. Os parâmetros avaliados foram acúmulo da matéria seca e a relação C/N com coletas efetuadas aos 60, 75, 90, 105 e 120 dias após a semeadura. O aumento da dose de lodo proporcionou incremento no rendimento de matéria seca da aveia. O N proporcionou uma menor relação C/N na planta da aveia. PALAVRAS CHAVES: Avena Strigosa. Mineralização de N. Matéria orgânica e nutrição de plantas. INTRODUÇÃO A disposição final do lodo de esgoto vem se caracterizando como um dos problemas ambientais urbanos mais relevantes da atualidade, e que cresce diariamente tanto nos países desenvolvidos quanto naqueles em desenvolvimento, com reflexos da ampliação das redes de coleta e incremento dos níveis de tratamento (PEGORINI et al., 2003). O lodo de esgoto é um resíduo que contem N e por ser um resíduo orgânico a liberação do N para a planta é ao longo do tempo diferenciando de fonte de N mineral, ou seja se a planta não absorver este pode ser facilmente perdido. Além do N, o lodo de esgotos contém todos os nutrientes essenciais para a planta, porem a concentração de K no lodo de esgoto é baixa devendo ser suplementada. O lodo de esgoto pode liberar, à solução do solo, grande quantidade de N inorgânico nos primeiros dias após a aplicação, se houver condições propicias a mineralização da matéria orgânica (BOEIRA, 2004). Marques et al. (2007) trabalhando com lodo de esgoto em cana de açúcar concluíram que a associação do lodo de esgoto com a adubação mineral, permite a economia de metade da adubação mineral recomendada, mantendo-se a produtividade. O processo de decomposição dos resíduos da aveia é responsável pela liberação da maior parte dos nutrientes acumuladas na sua fitomassa. Fatores bióticos e abióticos governam o processo de decomposição e, consequentemente, a liberação de nutrientes. Dentre estes fatores, a relação C/N dos resíduos aportados ao solo assume importante papel da decomposição e imobilização/mineralização de N (JANSSEN, 1996). A imobilização torna-se o processo predominante a partir de uma faixa de relação C/N variável de 15 a 36, dependendo do tipo de planta e do estádio de maturação e da composição microbiana do solo (KUDEYAROV, 1999). No entanto, de maneira geral se aceita que materiais com relação C/N em torno de 25 causam equilíbrio entre esses processos; os valores superiores causam a imobilização liquida, enquanto os valores inferiores promovem mineralização liquida de N (AITA, 1997). Camargo e Piza (2007) conduziram experimento com quatro espécies para a produção de palhada de aveia preta, aveia branca, nabo forrageiro, braquiaria e vegetação espontânea e dentre estas espécies a aveia preta foi a que obteve maior produtividade de massa de matéria seca, logo, para sistemas de semeadura direta quanto maior a produção de matéria seca o solo ficara por mais tempo protegido. Received: 04/04/11 Accepted: 23/03/12 225 Rendimento de massa... LOBO, T. F.; GRASSI FILHO, H.; BULL. L. T. Biosci. J., Uberlândia, v. 28, n. 2, p. 224-234 , Mar./Apr. 2012 Em muitas situações, o desenvolvimento desta gramínea é limitado pela baixa disponibilidade de N no solo. Neste contexto, o N pode ser uma alternativa para aumentar a eficiência da aveia preta como cultura de cobertura no sistema de plantio direto (SANTI et al., 2003). O N é o nutriente que tem maior efeito no crescimento da aveia e o que, frequentemente, mais limita a sua produção de fitomassa. A disponibilidade de N estimula o crescimento e a atividade radicular, com reflexos positivos na absorção de outros nutrientes (OLSON; KURTZ, 1982; YANAI et al., 1996) e na quantidade de matéria seca produzida pela aveia (SANTI, 2001), isto se deve ao incremento no numero de perfilho da aveia preta quando fertilizada com este nutriente. Assim objetivou-se verificar o efeito do N e do lodo de esgoto, no rendimento de massa de matéria seca e na relação C/N da aveia preta ao longo do desenvolvimento da cultura. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi conduzido na Fazenda Experimental São Manuel, pertencente à Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp - Campus de Botucatu, localizada no município de São Manuel a 22º 25’ Latitude Sul, 48º 34’ Longitude Oeste, com altitude de 750 metros. Antecedendo a instalação do experimento, foram cultivados 2 ciclos consecutivos de girassol semeados em dezembro de 2004 e novembro de 2005, respectivamente, com aplicações de lodo de esgoto e cultivado com trigo e triticale em abril de 2006 sem aplicação de lodo de esgoto. Já o presente ensaio teve a semeadura efetuada em 26 de abril de 2007. Antes do primeiro cultivo do girassol, foi realizada uma análise química de solo nas faixas de profundidades de 0-20 a 20-40cm (Tabela 1). Utilizou-se o método proposto por Raij et al. (2001). Tabela 1. Características químicas do solo onde foi instalado o experimento (básicas) Prof. pH M.O. P(res.) H+Al Al+3 K+ Ca+2 Mg+2 SB T V cm CaCl2 g dm -3 mg dm-3 ------------------------ mmolc dm -3 ------------ % 0 – 20 6,1 12 20 13 1 1,9 19 12 32,9 45,9 71 20 – 40 6,1 7 6 13 1 1,6 17 9 27,6 40,6 68 O delineamento experimental adotado foi em blocos casualizados, constituídos por 6 tratamentos e 5 repetições assim definidos: T0 – sem adubação nitrogenada; T1 – adubação química nitrogenada de acordo com CAMARGO et al., (1997) (70 kg ha-1 de N) ; T2 – 50% adubação nitrogenada proveniente do lodo de esgoto (35 kg ha-1 de N) e 50% na forma mineral (35 kg ha-1 de N) ; T3 – 100% adubação nitrogenada proveniente do lodo de esgoto (70 kg ha-1 de N) ; T4 – 150% adubação nitrogenada proveniente do lodo de esgoto (105 kg ha-1 de N) ; T5 – 200% adubação nitrogenada proveniente do lodo de esgoto (140 kg ha-1 de N). Os tratamentos T1, T2 e T3 receberam as mesmas doses de N variando somente as fontes. Foi utilizado como fonte de adubo mineral a uréia. Na semeadura não foi efetuado adubações, isto porque nas culturas anteriores as adubação de P e K foram feitas seguindo a recomendação do BT 100. Foram dois cultivos sucessivos de girassol e sabendo que o sistema radicular do girassol tem alta capacidade de reciclar nutrientes em profundidade, e sabendo também que a aveia utilizada como cobertura vegetal, não retira nutrientes da área, não houve a necessidade de adubação de semeadura com P e K, como mostra a analise de solo retirada após o primeiro cultivo do girassol presente na Tabela 2. Tabela 2. Características químicas do solo após a o primeiro cultivo com doses de lodo de esgoto Trat. pH M.O. P(res.) H+Al Al+3 K+ Ca+2 Mg+2 SB T V CaCl2 g dm -3 mg dm-3 ------------------------ mmolc dm -3 ------------ % T0 6,2 18 19 11 - 1,4 23 9 33,4 44,4 75 T1 6,0 14 17 11 - 1,4 22 9 32,4 43,4 72 T2 6,1 16 15 11 - 1,4 23 9 33,4 44,4 73 T3 6,0 14 22 12 - 1,5 24 9 34,5 46,5 73 T4 5,8 16 21 12 - 1,6 23 9 33,6 45,6 71 T5 5,9 16 20 13 - 1,4 24 9 34,4 47,4 73 O lodo de esgoto foi proveniente da Estação de Tratamento de Esgoto da cidade de Jundiaí/SP. A análise do resíduo foi realizada determinando-se N, P2O5, K2O, umidade, C, Ca, Mg, S e C/N (LANARV, 1988). Os resultados estão apresentados na Tabela 3. 226 Rendimento de massa... LOBO, T. F.; GRASSI FILHO, H.; BULL. L. T. Biosci. J., Uberlândia, v. 28, n. 2, p. 224-234 , Mar./Apr. 2012 Tabela 3. Características químicas do lodo de esgoto. N P2O5 K2O Umid. MO C Ca Mg S Na Cu Fe Mn Zn C/N pH ------------------------------% ------------------------------ --------------- mg kg-1 ---------- 3,9 2,1 0,16 57 58,1 32,3 1,1 0,19 4,7 1160 428 23450 630 3000 8/1 6,0 Adotou-se o seguinte cálculo para determinação da dose de lodo de esgoto utilizada nos tratamentos: Cada 100 kg de lodo de esgoto na base seca contém 3,9 kg de N; considerando o teor de água de 57, ou seja, 43% base seca, teremos 1,67% de N na base úmida; considerando que 30% do N serão mineralizados de lodo de esgoto (CONAMA, 2006), tem-se 0,50 % de N mineralizado; as quantidades de lodo de esgoto destinadas para cada tratamento foram: T2 – 7.000 kg ha-1, correspondente a 35 kg ha-1 de N mineralizado; T3 – 14.000 kg ha-1 (70 kg ha-1 de N) ; T4 – 21.000 kg ha-1 (105 kg ha-1 de N) ; T5 – 28.000 kg ha-1 (140 kg ha-1 de N). O preparo do solo foi efetuado com uma gradagem em uma profundidade aproximada de 10 cm em seguida foi realizada uma aração mais profunda de 20 cm e duas gradagens leves com intuito de nivelar o solo. A aplicação do lodo de esgoto nos tratamentos foi efetuada com um distribuidor de esterco, regulado na menor dosagem (7.000 kg ha-1), que foi aplicado no tratamento T2. Os tratamentos T3, T4 e T5 foram passados 2, 3 e 4 vezes, respectivamente. Em seguida, foi incorporado com uma grade niveladora. A aveia foi semeada em um espaçamento de 0,18 m entre linha e 100 sementes por metro na profundidade de 0,03 m. O N foi aplicado no T1, aos 12 dias após a semeadura, na dosagem de 10 kg ha-1 de N na forma de uréia (450 g kg-1 de N), (CAMARGO et al., 1997). Em seguida foi distribuída água (2,5 mm) através de um caminhão pipa, com a finalidade de incorporar a uréia. Aos 33 dias da semeadura, foi efetuada adubação nitrogenada nos tratamentos (T1 e T2) nas doses de 60 e 35 kg ha-1, respectivamente (CAMARGO et al.,1997), totalizando os 70 kg ha-1, conforme a recomendação de N para a cultura de aveia no Estado de São Paulo. A fonte utilizada para a cobertura foi a uréia que, em seguida, foi incorporada com a enxada. Os parâmetros avaliados foram rendimento da massa de matéria seca e a relação C/N, para tanto foram efetuadas coletas aos 60, 75, 90, 105 e 120 dias após a semeadura. Para amostragens de plantas, foi retirado 1 metro linear em cada parcela em 5 repetições, totalizando 5 metros lineares. As amostras foram recolhidas aleatórias do ensaio e, em seguida, transformadas em hectares, considerando o espaçamento utilizado (0,18 m ) entre linhas. Essas amostras foram colocadas em estufa a 60º C e retiradas quando atingiram o peso constante para a determinação da massa de matéria seca, e sucessivamente transformadas em kg ha-1. Para a determinação de C e N, foram moídas e analisadas seguindo a metodologia de MALAVOLTA et al. (1997). A precipitação pluviometrica foi medida no local com auxílio de um pluviômetro. Os dados de temperatura mínima média, média e máxima média foram fornecidos pela Estação Climatológica da Fazenda Experimental de São Manuel, do Departamento Recursos Naturais, Área de Ciências Ambientais da Faculdade de Ciências Agronômicas de Botucatu, localizada na própria Fazenda Experimental São Manuel. Os dados climatológicos são apresentados na Figura 1. precipitação pluviométrica 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 0 a 30 dias da semeadura 31 a 60 dias da semeadura 61 a 90 dias da semeadura 91 a 120 dias da semadura m m 0.0 5.0 10.0 15.0 20.0 25.0 30.0 abril maio junho julho agosto meses ºC temp. min temp. max temp média Figura 1. Precipitação pluviométrica, Temperatura mínimas, médias e máximas no ciclo da aveia. 227 Rendimento de massa... LOBO, T. F.; GRASSI FILHO, H.; BULL. L. T. Biosci. J., Uberlândia, v. 28, n. 2, p. 224-234 , Mar./Apr. 2012 Os dados foram submetidos a análise de variância e as média comparadas pelo teste de Duncan 5%, realizando o programa de estatística SAEG, (1993). Nos tratamentos T0, T3, T4 e T5, referentes ao aumento da dose de lodo, foi efetuada análise de regressão. Foi feito uma analise de regressão no tempo para cada tratamento. RESULTADOS E DISCUSSÃO Na primeira medida de rendimento de matéria seca aos 60 dias da semeadura verifica-se na Tabela 4 que o tratamento (T4), foi igual aos tratamentos (T2, T3 e T5) e foi superior estatisticamente aos tratamentos (T0 e T1), que não receberam lodo de esgoto. A diferença do tratamento que recebeu a maior dose de lodo (T5) em relação ao (T0) que não recebeu N, foi de 401,6 kg ha-1 que corresponde a 28% da produtividade do T5. LUZ et al. (2008) observaram que não houve diferença estatística para o rendimento de matéria seca aos 60 dias dos tratamentos sem N e com doses de 50, 100 e 150 kg ha-1, houve apenas o efeito da irrigação. Na equação da Figura 2 observa-se que para cada tonelada de lodo aplicado aumentou-se 15,34 kg de matéria seca. Tabela 4. Rendimento médio de matéria seca de aveia preta em dias após a semeadura Tratamentos Produção de matéria seca em dias após o plantio (kg ha-1) 60 dias 75 dias 90 dias 105 dias 120 dias T0 1034,4 c 1970,6 b 2705,3 b 4229,5 b 5288,9 b T1 1122,2 bc 2262,0 ab 2837,3 b 4156,2 b 5372,7 b T2 1275,9 abc 2005,3 b 3188,3 ab 4173,7 b 5241,9 b T3 1434,7 ab 2294,1 ab 3283,6 ab 4719,6 ab 5966,0 ab T4 1486,2 a 2309,4 ab 3218,0 ab 5324,9 a 6171,2 ab T5 1435,9 ab 2497,2 a 3772,2 a 4746,9 ab 6536,6 a F 3,06 2,21 3,61 2,59 2,93 Média 1298,22 2223,1 3167,43 4558,45 5762,9 CV 18,60 13,53 13,95 14,09 12,23 Médias seguidas pelas mesmas letras não diferem entre si pelo teste de Duncan 5% de probabilidade. T0 – sem N, T1 –100% AM, T2 - 50% AM + 50% LE, T3 – 100% LE, T4 – 150% LE, T5 – 200% LE. AM – Adubação mineral; LE – Lodo de esgoto Aos 75 dias da semeadura observa-se que o tratamento (T5), foi superior estatisticamente que os tratamentos (T0 e T2) e não diferiram dos tratamentos T1, T3 e T4. A diferença do T5 em relação ao T0 neste tempo foi de 526 kg ha-1, que representa 21% da produtividade do T5. Observa-se na Figura 2 um incremento linear no rendimento de matéria seca em função do aumento da dose de lodo de esgoto e a cada tonelada de lodo aplicada aumentou 17,89 kg de matéria seca da cultura da aveia. Aos 90 dias o tratamento (T5) foi superior dos tratamentos T0 e T1 e não diferiu dos demais tratamentos. A diferença entre os tratamentos T5 e o T0 foi de 1067 kg ha-1, que representa 28% da produtividade do T5. Verifica-se na Figura 2 que para cada tonelada de lodo de esgoto aumentou 34,4 kg do rendimento de matéria seca. Nos 105 dias de semeadura o T4 foi igual ao T3 e T5 e superior ao T0, T1 e T2. A diferença do T4 em relação ao T1 foi de 1169 kg ha-1, que representa 22% da produtividade do T4. Aos 120 dias de semeadura o T5 obteve um rendimento de matéria seca superior ao T0, T1 e T2. A diferença entre o tratamento T5 que obteve a maior produtividade de matéria seca com o tratamento T2 que obteve a menor produtividade foi de 1295 kg ha-1 que corresponde a 20% da produtividade do T5. Na equação da Figura 2 observa-se que aos 120 dias de semeadura que para cada tonelada de lodo de esgoto aplicada aumentou- se 43,7 kg no rendimento da matéria seca de aveia nos 120 dias da semeadura. AITA et al., (2006) obtiveram um incremento de 2,5 t ha-1 na produtividade de matéria seca da aveia com 40 m3 ha-1 de dejetos de suínos em relação onde não foi aplicado este resíduo. Um dos fatores que podem ter levado ao aumento da matéria seca da aveia no tratamento que receberam o lodo de esgoto foi a própria matéria orgânica do lodo, devido o aumento de retenção de umidade uma vez que pode ser observado que a precipitação pluviométrica (Figura 1) foi muito baixa e o solo onde foi instalado este experimento é arenoso. Santos et al. (2009) trabalharam com doses de lodo de esgoto até 50 t ha-1 a base seca concluíram que a adição do lodo de esgoto estimulou a atividade microbiana do solo e ainda, o lodo aumentou o carbono orgânico do solo, com isso comprova que o aumento do carbono pode ter 228 Rendimento de massa... LOBO, T. F.; GRASSI FILHO, H.; BULL. L. T. Biosci. J., Uberlândia, v. 28, n. 2, p. 224-234 , Mar./Apr. 2012 influenciado na retenção de umidade no solo para a cultura da aveia. y = 15,384x + 1105,5 R2 = 0,7632 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 0 10 20 30 lodo de e sgoto t ha R e n d . M S 6 0 d ia s a p o s a s e m e a d u ra k g h a -1 y = 17,849x + 1986,6 R2 = 0,9552 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 0 10 20 30 dose de lodo de e sgoto t ha R e n d . M S 7 5 d ia s a p o s a s e m e a d u ra k g h a -1 y = 34,404x + 2702,9 R2 = 0,8879 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 0 10 20 30 dose s de lodo de e sgoto t ha R e n d . M S 9 0 d ia s a p o s a s e m e a d u ra k g h a -1 y = -2,1735x 2 + 84,9x + 4190,2 R 2 = 0,7253 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 0 10 20 30 dose s de lodo de e sgoto t ha R e n d . M S 1 0 5 d ia s a p o s a s e m e a d u ra k g h a -1 y = 43,694x + 5302,6 R2 = 0,9935 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 0 10 20 30 dose s de lodo de e sgoto t ha R e n d . M S 1 2 0 d ia s a p o s a s e m e a d u ra k g h a -1 Figura 2. Rendimento de matéria seca no decorrer do ciclo da aveia em função do aumento da dose de lodo de esgoto Observa-se na Figura 1, que nos primeiros 2 meses da semeadura o índice de chuva foi muito baixo não chegando a 70 mm, segundo Nakagawa et al, (1995) na fase de perfilhamento que esta aos 40 aos 60 dias de semeadura é a fase em que a aveia preta absorve a maior quantidade de N e para ocorrer esta absorção a água é extremamente importante que não ocorreu nesta fase. Já no terceiro mês ocorreu uma intensidade de chuva mais expressiva de 220 mm, porem já tinha passado a fase da cultura que haveria uma maior absorção. Devido a este fato somente no terceiro mês da semeadura que ocorreu uma maior mineralização do N proveniente do lodo de esgoto, onde ocorreu uma diferença maior nos tratamentos que receberam doses maiores de lodo de esgoto e a maior absorção de N pela aveia ocorre na fase de perfilhamento, 30 dias da semeadura, conseqüentemente esta fase já 229 Rendimento de massa... LOBO, T. F.; GRASSI FILHO, H.; BULL. L. T. Biosci. J., Uberlândia, v. 28, n. 2, p. 224-234 , Mar./Apr. 2012 havia ocorrido. Observa-se também que o tratamento que não recebeu N (T0) e o tratamento que foi fornecido N mineral (T1) não diferiu em nenhum momento, justamente porque na ocasião da adubação com N que era a fase que a cultura necessitava uma maior quantidade de N, não choveu o suficiente, para o melhor aproveitamento deste nutriente. Observa-se na Tabela 5 que o tratamento T0, onde não foi aplicado N, apresentou uma relação C/N superior ao tratamento que recebeu adubação nitrogenada (T1). No T0 aos 75 dias após a semeadura ocorrerá a mineralização da aveia se for manejada nesta fase, devido a relação C/N da aveia estar abaixo de 20, enquanto aos 105 dias após a semeadura em diante ocorrera à imobilização da planta da aveia, devido a sua alta relação C/N. Enquanto no tratamento T1 que recebeu N, a partir dos 105 dias da semeadura a palha da aveia não irá fornecer N para a cultura subseqüente, por apresentar uma relação C/N elevada. A partir dos 120 dias haverá uma imobilização do N pelos microorganismos do solo. Com isso pode-se ganhar tempo para a semeadura da cultura sucessiva. Para que ocorra a mineralização do N a relação C/N tem que estar abaixo de 20/1, entre 20 a 30 a mineralização e a imobilização estarão em equilíbrio e acima de 30 ocorrerá a imobilização do N, ou seja, os microorganismos irão utilizar o N do solo para que eles possam decompor o resíduo. Tabela 5. Relação C/N ao longo do ciclo da aveia Tratamentos 60 dias 75 dias 90 dias 105 dias 120 dias T0 14,94 a 20,43 a 25,09 a 35,62 a 40,85 a T1 11,54 c 17,03 b 18,83 b 22,57 b 30,47 b T2 11,71 c 17,71 ab 18,92 b 25,24 b 31,32 b T3 13,93 ab 17,49 b 26,56 a 25,98 b 44,38 a T4 12,68 bc 17,15 b 18,97 b 28,27 b 39,51 a T5 11,17 c 15,90 b 18,46 b 25,40 b 31,21 b F 7,72 2,59 6,69 5,45 5,52 Média 13,03 17,62 21,19 27,18 36,29 CV 10,34 11,92 14,97 15,91 15,78 Médias seguidas pelas mesmas letras não diferem entre si pelo teste de Duncan 5% de probabilidade. T0 – sem N, T1 –100% AM, T2 - 50% AM + 50% LE, T3 – 100% LE, T4 – 150% LE, T5 – 200% LE. AM – Adubação mineral; LE – Lodo de esgoto Verificando os tratamentos T1, T2 e T3 (Tabela 5), que receberam a mesma dose de N, a relação C/N da aveia do T3, estava sempre superior aos T1 e T2, comprovando que a mineralização do N do T3 foi inferior a 30% (CONAMA, 2006), devido a baixa quantidade de chuva nos primeiros dois meses e baixa temperatura. Os tratamentos T1 e T2 se comportaram praticamente da mesma maneira, sendo que até os 105 dias a mineralização do N proveniente da aveia seria mais rápido, enquanto que aos 120 dias irá ocorrer o processo de imobilização do N, ou seja, os microrganismos do solo irão retirar N do sistema para poder decompor a palha. Já no tratamento T3 a mineralização da palha da aveia ocorrera até aos 75 dias, dos 90 aos 105 dias estará em uma fase de equilíbrio e nos 120 dias ocorrera à imobilização (KIEHL,1985), o processo de mineralização e imobilização ocorre simultaneamente, porem quando a relação esta abaixo de 20 predomina a mineralização e acima de 30 vai predominar a imobilização. Os tratamentos T4 e T5 que receberam a maior dosagem de lodo de esgoto se comportaram da mesma forma, até os 90 dias ocorrera uma mineralização do N na palha da aveia. Nos 105 dias ocorreu um equilíbrio entre mineralização e imobilização e aos 120 dias ocorre uma imobilização de N para a cultura subseqüente. Observa-se na Figura 3 que ao aumentar a dose de lodo compostado a relação C/N vai diminuindo em todos os instantes. Verifica-se na Figura 4 o tratamento que não recebeu N substituindo a equação da regressão com 74 dias de semeadura obtem-se uma relação C/N de 20 e uma produtividade de 1.897 kg ha-1 de matéria seca favorecendo desta maneira o processo de mineralização e aos 96 dias de semeadura obtem- se uma relação C/N de 30 com uma produtividade de 3.476 kg ha-1, se permanecer por um período maior de 96 dias ira prevalecer a imobilização do N em relação a mineralização da palha da aveia tendo que ser esperado um tempo para implantar a outra cultura ou fornecer mais N ao sistema. 230 Rendimento de massa... LOBO, T. F.; GRASSI FILHO, H.; BULL. L. T. Biosci. J., Uberlândia, v. 28, n. 2, p. 224-234 , Mar./Apr. 2012 y = -0,1313x + 15,247 R 2 = 0,9292 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 0 10 20 30 dose s de lodo de e sgoto R e la ç ã o C /N a o s 6 0 d ia s d a s e m e a d u ra y = -0,1576x + 20,225 R 2 = 0,9652 0 5 10 15 20 25 0 10 20 30 dose s de lodo de e sgoto t ha re la ç ã o C /N a o s 7 5 d ia s d a s e m e a d u ra y = -0,0156x2 + 0,1515x + 25,434 R 2 = 0,7479 0 5 10 15 20 25 30 0 10 20 30 dose s de lodo de e sgoto t ha re la ç ã o C /N a o s 9 0 d ia s d a s e m e a d u ra y = 0,0162x 2 - 0,7807x + 35,35 R 2 = 0,8791 0 5 10 15 20 25 30 35 40 0 10 20 30 dose s de lodo de e sgoto t ha re la ç ã o C /N a o s 1 0 5 d ia s d a s e m e a d u ra y = -0,0419x 2 + 0,8254x + 40,877 R 2 = 0,9991 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 10 20 30 dose s de lodo de e sgoto t ha -1 re la ç ã o C /N a o s 1 2 0 d ia s d a s e m e a d u ra Figura 3. Relação C/N da aveia em função da dose de lodo de esgoto Figura 4. Produtividade de matéria seca (A) e Relação C/N ao longo do desenvolvimento da aveia preta no tratamento (T0) 231 Rendimento de massa... LOBO, T. F.; GRASSI FILHO, H.; BULL. L. T. Biosci. J., Uberlândia, v. 28, n. 2, p. 224-234 , Mar./Apr. 2012 Observa-se na Figura 5 que quando foi aplicado uma fonte de N mineral a imobilização do N ira ser maior que a mineralização somente após os 124 dias com uma produtividade de 5.506 kg ha-1. Figura 5. Produtividade de matéria seca (A) e Relação C/N ao longo do desenvolvimento da aveia preta no tratamento (T1) O tratamento que foi aplicado metade da dose de N proveniente do lodo de esgoto e o restante com N mineral (Figura 6) a imobilizazação ira prevalecer depois dos 119 dias e nesta fase tem-se uma produtividade de matéria seca de 5.130 kg ha-1. Figura 6. Produtividade de matéria seca (A) e Relação C/N ao longo do desenvolvimento da aveia preta no tratamento (T2) Para o tratamento que foi aplicado somente o lodo de esgoto para atender a necessidade de N da cultura da aveia preta (70 kg ha-1) observa-se na Figura 7 que a imobilização do N vai ser prevalecida somente após os 99 dias de semeadura e que nesta fase ira obter uma produtividade de 4.228 kg ha-1 de matéria seca. A imobilização do N no tratamento (T4) prevaleceu aos 105 dias de semeadura com uma produtividade de 4.941 kg ha-1 (Figura 8). Na Figura 9 observa-se que no tratamento (T5) a imobilização da palhada da aveia ira ocorrer somente aos 119 dias da semeadura com uma produtividade de 6.205 kg ha-1 de matéria seca. Considerando os rendimentos de matéria seca, a relação C/N da aveia e a relação C/N do lodo podem-se efetuar o melhor manejo da aveia sem prejudicar a cultura subseqüente da seguinte maneira: o tratamento que não recebeu N o T0 deveria ser efetuado o manejo da palha da aveia aos 96 dias da semeadura após este período haverá uma imobilização da palha prejudicando a cultura subseqüente. Para os tratamentos T1, T2, T3, T4 e T5 poderão ser efetuados o manejo da palhada aos 124, 119, 99, 105 e 119 dias respectivamente. Com isso temos os seguintes rendimentos de matéria seca T0 – 3.476 kg ha-1; T1 – 5.506 kg ha-1, T2 – 5.130 kg ha-1, T3 – 4.228 kg ha-1, T4 – 4.941 kg ha-1, T5 – 6.205 kg ha-1. Verifica-se a diferença entre o tratamento que não recebeu N (T0) em relação ao tratamento que recebeu a maior dose de lodo (T5), esta diferença foi de 2.729 kg ha-1 a mais de palha 232 Rendimento de massa... LOBO, T. F.; GRASSI FILHO, H.; BULL. L. T. Biosci. J., Uberlândia, v. 28, n. 2, p. 224-234 , Mar./Apr. 2012 da aveia, para a produção de palhada no sistema de plantio direto esta diferença é muito importante. Figura 7. Produtividade de matéria seca (A) e Relação C/N ao longo do desenvolvimento da aveia preta no tratamento (T3) Figura 8. Produtividade de matéria seca (A) e Relação C/N ao longo do desenvolvimento da aveia preta no tratamento (T4) Figura 9. Produtividade de matéria seca (A) e Relação C/N ao longo do desenvolvimento da aveia preta no tratamento (T5) 233 Rendimento de massa... LOBO, T. F.; GRASSI FILHO, H.; BULL. L. T. Biosci. J., Uberlândia, v. 28, n. 2, p. 224-234 , Mar./Apr. 2012 CONCLUSÕES O aumento da dose de lodo proporcionou um incremento no rendimento de matéria seca de aveia após dois cultivos sucessos de girassol. O fornecimento de N proporcionou uma menor relação C/N na matéria seca das plantas da aveia. ABSTRACT: The final display of sewage sludge has been characterized as one of the most relevant environmental problems in the cities; it daily increases in both developed and developing countries, resulting in larger collection networks and increased treatment levels. The aim of this study was to verify the effect of mineral N and sewage sludge on dry matter yield and C/N ratio in black oat. The experiment was conducted in São Manuel Experimental Farm, belonging to the Faculty Agronomic Sciences, Unesp, Botucatu. The adopted experimental design was in randomized blocks constituted of 6 treatments and 5 replicates, as follows: T0 – without nitrogen fertilization; T1 – 70 kg ha-1 of the N mineral; T2 – 35 kg ha-1 of the N from sewage sludge and 35 kg ha-1 of the N in the mineral form; T3 – 70 kg ha-1 of the N from sewage sludge; T4 – 105 kg ha-1 of the N from sewage sludge;- T5 – 140 kg ha-1 of the N from sewage sludge. The parameters evaluated were dry matter acumulation and C/N ratio; with collections made at 60, 75, 90, 105 and 120 days after sowing. Increasing the dose of sewage sludge provided increment in dry matter yield in oat. The N provided a lawoer C/N ratio in plant oats. KEYWORDS: Avena Strgigosa. N mineralization. Organic matter and plant nutrition. REFERÊNCIAS AITA, C. Dinâmica do nitrogênio no solo durante a decomposição de plantas de cobertura: efeito sobre a disponibilidade de nitrogênio para a cultura em sucessão. In: FRIES, M. R.; DALMOLIN, R. S. D. (Eds.) Atualização em recomendação de adubação e calagem: ênfase em plantio direto. Santa Maria: Universidade federal de Santa Maria, 1997. p. 76-111. AITA, C.; PORT, O.; GIACOMINI, S. J. Dinâmica do nitrogênio no solo e produção de fitomassa por planta de cobertura no outono/inverno com uso de dejeto de suínos. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa, v. 30, n. 5, p. 901-910, 2.006. BOEIRA, R. C. 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