Microsoft Word - 3-Agra_13398 18 Original Article Biosci. J., Uberlândia, v. 31, n. 1, p. , Jan./Feb. 2015 APLICAÇÃO DE PROGRAMAS DE ADUBAÇÃO FOLIAR COM SILÍCIO E POTÁSSIO ASSOCIADOS A FUNGICIDAS NO CONTROLE DE FERRUGEM ASIÁTICA NA CULTURA DA SOJA PROGRAMS OF FOLIAR FERTILIZATION USING SILICON AND POTASSIUM ASSOCIATED WITH FUNGICIDES TO CONTROL ASIAN RUST IN SOYBEANS Edson Ricardo de ANDRADE JUNIOR1; Daniel CASSETARI NETO2; Andréia Quixabeira MACAHADO3; Patrícia Maria Coury de Andrade VILELA4; 1. Engenheiro Agrônomo, M.Sc., Pesquisador do Departamento de Proteção de Plantas IMAmt, Cuiabá, MT, Brasil. edsonjunior@imamt.com.br; 2. Professor, Doutor, Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade, Universidade Federal do Mato Grosso - UFMT, Cuiabá, MT, Brasil; 3. Professora, M.Sc., UNIVAG, Várzea Grande, MT, Brasil; 4. Engenheira Agrônoma, M.Sc., Pesquisadora do IMAmt, Cuiabá, MT, Brasil. RESUMO: O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência de programas de adubação foliar com Si e K, associada a fungicidas no controle de ferrugem asiática na cultura da soja em condições de campo no Sul do Mato Grosso. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso com 10 tratamentos e 4 repetições. As avaliações de severidade de ferrugem asiática foram realizadas nos estádios R1, R3, R5.1 e R5.3. Foi avaliada a porcentagem de desfolha (estádio R6), massa de mil grãos e produtividade da cultura. Na avaliação final realizada em R5.3, a menor severidade da ferrugem asiática foi proporcionada pelos programas contemplados por epoxiconazole + piraclostrobin (0,5 L ha-1) em R1, tebuconazole + carbendazin (0,5 + 0,5 L ha-1) em R3 e tebuconazole (0,5 L ha -1) em R5.1 e por epoxiconazole + piraclostrobin (0,5 L ha-1) em R1, adubação foliar (0,5 L ha -1) em R3 e tebuconazole (0,5 L ha -1) em R5.1. O programa epoxiconazole + piraclostrobin (0,5 L ha-1) em R1, adubação foliar (0,5 L ha -1) em R3 e tebuconazole (0,5 L ha -1) em R5.1 proporcionou ganho em produtividade de 15,2 sc ha-1. Além de proporcionar uma redução na severidade da ferrugem asiática em soja, o uso associado de adubação foliar com Si e K e fungicidas promove aumento na produtividade da cultura. PALAVRAS-CHAVE: Controle alternativo. Phakopsora pachyrhizi. Glycine max; INTRODUÇÃO A cultura da soja pode ser hospedeira de um complexo de agentes patogênicos com potencial limitante para a produtividade das lavouras. O uso de fungicidas tem sido a medida mais imediata no controle destes patógenos, visando proteger o potencial produtivo das lavouras, que pode ser reduzido em até 70% (EMBRAPA, 2006). A antracnose, a mancha alvo e a partir do ano de 2001, a ferrugem asiática, consistem nas enfermidades mais importantes desse complexo de doenças, nas áreas de plantio do cerrado do Centro- Oeste e Nordeste do Brasil (ALMEIDA et al., 2005). Os sintomas iniciais da ferrugem são caracterizados por minúsculos pontos (1-2 mm de diâmetro) mais escuros que o tecido sadio da folha, de uma coloração esverdeada a cinza-esverdeada. Devido ao hábito biotrófico (nutre-se do tecido vivo das plantas) do fungo, em cultivares suscetíveis, as células infectadas morrem somente após ter ocorrido abundante esporulação. Devido a isso, as lesões são facilmente visíveis no inicio da infecção (YORINORI et. al., 2002). Segundo Zambolin et al. (2001), a nutrição das plantas determina, em grande parte, sua resistência ou suscetibilidade às doenças, suas estruturas histológicas ou morfológicas, as funções dos tecidos em reduzir a atividade patogênica, a virulência e habilidade do patógeno sobreviver. A deficiência dos nutrientes ao redor do ponto de infecção, tão necessários para sintetizar compostos químicos e barreiras físicas, pode resultar em suscetibilidade da planta as doenças. Novas técnicas, como o uso de nutrição mineral, têm sido introduzidas no manejo integrado de doenças na cultura da soja. Os nutrientes são fatores ambientais que podem ser manipulados com relativa facilidade e usados como complemento no controle de doenças, uma vez que exercem importantes funções no metabolismo vegetal, influenciando tanto no crescimento e na produção, como nos mecanismos de defesa das plantas aos patógenos (CASSETARI et al., 2008). O silício, apesar de não fazer parte da lista dos elementos essenciais as plantas, é um elemento cada vez mais utilizado na prática de manejo integrado de doenças. A aplicação de silicato de potássio na cultura da soja e milho tem proporcionado aumentos na produção, não só devido ao controle de doenças (principalmente a ferrugem), mas também pelo efeito na nutrição e Received: 27/07/12 Accepted: 07/07/14 19 Aplicação de programas... ANDRADE JUNIOR, E. R. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 31, n. 1, p. , Jan./Feb. 2015 metabolismo das plantas, devido ao aumento da eficiência fotossintética (RODRIGUES et al., 2007). O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência de programas contemplados com adubação foliar contendo Si e K, associada a fungicidas no controle de ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi) na cultura da soja em condições de campo. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi instalado na Fazenda Santo Antônio (Grupo Bom Futuro), no município de Campo Verde, Mato Grosso, coordenadas 15°18’34,24”S e 54°53’39,67”O, altitude de 705 m em relação ao nível médio do mar, na safra 2007/2008. Foi utilizada a cultivar de soja Monsoy 9056 RR, semeada em linhas espaçadas de 0,45 m e densidade de plantio de 12 sementes/m, apresentando um estande final de 11,4 plantas/m linear. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso com 10 tratamentos e 4 repetições (Tabela 1). Cada parcela foi constituída de 5 linhas de plantas de soja com 5 metros de comprimento, espaçadas de 0,45 m, sendo considerada a área útil as 3 linhas centrais com 4 metros de comprimento. Tabela 1: Programas de aplicação de fungicidas e adubos foliares com respectivos ingredientes ativos e doses avaliados no controle de Phakopsora pachyrhizi na cultura da soja. Campo Verde-MT, safra 2007/2008 Ingredientes Ativos (doses p.c. L ha-1) Programa 1a. Aplicação 2a. Aplicação 3a. Aplicação 1 Testemunha – sem aplicação 2 Epoxiconazole + Piraclostrobin (0,5) Tebuconazole (0,5) + Carbendazin (0,5) Tebuconazole (0,5) 3 Epoxiconazole + Piraclostrobin (0,5) Adubo Foliar - 35,1%P2O5 e 25,7% K2O (0,5) Tebuconazole (0,5) 4 Adubo Foliar - 35,1%P2O5 e 25,7% K2O (0,5)) Epoxiconazole + Piraclostrobin (0,5) Tebuconazole (0,5) 5 Adubo Foliar - 35,1%P2O5 e 25,7% K2O (0,5) Tebuconazole (0,5) + Carbendazin (0,5) Tebuconazole (0,5) 6 Adubo Foliar - 35,1%P2O5 e 25,7% K2O (0,5) Adubo Foliar - 35,1%P2O5 e 25,7% K2O (0,5) Tebuconazole (0,5) 7 Adubo Foliar - 35,1%P2O5 e 25,7% K2O (0,5) Tebuconazole (0,5) + Carbendazin (0,5) Adubo Foliar - 35,1%P2O5 e 25,7% K2O (0,5) 8 Adubo Foliar - 35,1%P2O5 e 25,7% K2O (0,5) Adubo Foliar - 35,1%P2O5 e 25,7% K2O (0,5)) Tebuconazole (0,5) + Carbendazin (0,5) 9 Adubo Foliar - 35,1%P2O5 e 25,7% K2O (0,5) Epoxiconazole + Piraclostrobin (0,5) Adubo Foliar - 35,1%P2O5 e 25,7% K2O (0,5) 10 Adubo Foliar - 35,1%P2O5 e 25,7% K2O (0,5) Adubo Foliar - 35,1%P2O5 e 25,7% K2O (0,5) Adubo Foliar - 35,1%P2O5 e 25,7% K2O (0,5) Foram realizadas três aplicações de cada programa em avaliação, em intervalos de 15 dias. As pulverizações foram efetuadas, utilizando-se um equipamento de pulverização costal de pressão constante (CO2) com uma barra de 2 metros de comprimento com 4 bicos tipo cone vazio, operando com uma pressão de 50 psi e volume de calda de 200 L ha-1. As aplicações foram realizadas nos estádios fenológicos (descritos em EMBRAPA, 2008) R1, R3 e R5.1 As condições climáticas durante as aplicações foram, com umidade relativa de 79%, temperaturas mínima e máxima de 20,4ºC e 28,2ºC, ventos variáveis entre 3,2 a 6,5 km/h (brisa leve) sem ocorrência de precipitação. As avaliações de severidade de ferrugem asiática foram realizadas nos estádios R1 (no momento da 1ª aplicação dos tratamentos), R3, R5.1 e R5.3 (15 dias após a última aplicação dos tratamentos). Foi avaliada a severidade da doença (porcentagem de área foliar infectada), a Área Abaixo da Curva de Progresso da Doença (AACPD*) proposta por Campbell e Madden 20 Aplicação de programas... ANDRADE JUNIOR, E. R. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 31, n. 1, p. , Jan./Feb. 2014 (1990), a porcentagem de desfolha (no estádio R6), a massa de mil grãos (MMG) e a produtividade (kg ha-1). *AACPD = Σ {(yi + yi+1) / 2} x {ti+1 – ti} Onde: yi = severidade da doença no tempo t ti = intervalo de tempo entre as avaliações da severidade Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias dos tratamentos comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Os demais tratos culturais realizados: controle de pragas (lufenurom na dose de 0,3 L ha-1, lambda-cialotrina na dose de 0,05 L ha-1 e metamidofós na dose de 0,3 L ha-1), plantas daninhas (2 aplicações de glifosato na dose de 2,5 L ha-1) e adubação (270 Kg ha-1 de 7-40-00 e 170 Kg ha-1 de 0-0-60), foram os mesmos para todos os tratamentos seguindo o padrão da propriedade. RESULTADOS E DISCUSSÃO Na avaliação inicial de severidade, no estádio R1, não foi observada diferença estatística significativa entre os tratamentos, o que demonstra que a distribuição da ferrugem asiática na área do experimento encontrava-se homogênea, (Tabela 2). Na avaliação realizada no estádio R3, os programas 2 e 3, com Epoxiconazole + Piraclostrobin (0,5 L ha-1) na primeira aplicação se diferenciaram dos demais, sendo que esses programas receberam na primeira aplicação fungicida, já os demais programas, que receberam Adubo Foliar, contendo 24,13% K2O e 9,02% Si, não diferiram significativamente entre si, porém, diferiram significativamente do programa da testemunha, que não recebeu aplicação. No estádio R5.1, observou-se que os menores índices de severidade foram alcançados novamente pelos programas 2 - Epoxiconazole + Piraclostrobin (0,5 L ha-1) em R1/Tebuconazole (0,5 L ha -1) + Carbendazin (0,5 L ha-1) em R3 e 3 - Epoxiconazole + Piraclostrobin (0,5 L ha-1) em R1/ Adubo Foliar (0,5 L ha-1) em R3. Os programas 5 - Adubo Foliar (0,5 L ha-1) em R1/Tebuconazole (0,5 L ha -1) + Carbendazin (0,5 L ha-1) em R3 e 7 - Adubo Foliar (0,5 L ha-1) em R1/Tebuconazole (0,5 L ha -1) + Carbendazin (0,5 L ha-1) em R3 não diferiram significativamente do programa 3 -Epoxiconazole + Piraclostrobin (0,5 L ha-1) em R1/ Adubo Foliar (0,5 L ha-1) em R3, sendo que estes receberam aplicação dos fungicidas Tebuconazole e Carbendazin na segunda aplicação. Na avaliação final de severidade, no estádio R5.3, todos os programas diferiram significativamente da testemunha. O programa 2 - Epoxiconazole + Piraclostrobin (0,5 L ha-1) em R1/Tebuconazole (0,5 L ha -1) + Carbendazin (0,5 L ha-1) em R3/ Tebuconazole (0,5) L ha -1) em R5.1, apresentou uma menor severidade da doença. Seguido pelo programa 3 - Epoxiconazole + Piraclostrobin (0,5 L ha-1) em R1/ Adubo Foliar (0,5 L ha-1) em R3 /Tebuconazole (0,5 L ha -1) em R5.1, que não diferiu do tratamento citado acima e recebeu uma aplicação de Adubo Foliar (2ª. Aplicação). O programa 5 - Adubo Foliar (0,5 L ha- 1) em R1/Tebuconazole (0,5 L ha -1) + Carbendazin (0,5 L ha-1) em R3/ Tebuconazole (0,5 L ha -1) em R5.1 que também recebeu uma aplicação de Adubo Foliar (1ª. Aplicação) apresentou um baixo índice de severidade. Com isso observou-se, com o programa 3 - Epoxiconazole + Piraclostrobin (0,5 L ha-1) em R1/ Adubo Foliar (0,5 L ha-1) em R3 /Tebuconazole (0,5 L ha-1) em R5.1 que poderíamos substituir uma aplicação de fungicida por uma de Adubo Foliar, na seqüência acima descrita. Esses resultados estão de acordo com Reis e Guimarães (2008), que usando de silicato de potássio na dose de 4 L ha-1, obteve eficiência semelhante ao fungicida epoxiconazole + piraclostrobin no controle da ferrugem e mancha de Phoma e Ascochyta no cafeeiro. Porém Roese et. al. (2009), estudando efeitos de indutores abióticos de resistência no controle de ferrugem da soja, observaram que o tratamento com cinco aplicações de silicato de potássio não diferenciou significativamente da testemunha. Aquino et.al. (2008) também não encontraram eficiência no silicato de potássio para o controle de ramularia no algodoeiro, obtendo índices de severidade e produtividade próximos da testemunha. Bezerra et. al. (2009), os quais estudando o efeito de silicato de potássio no desenvolvimento de Corynespora cassiicola in vitro observaram que o patógeno foi altamente sensível ao silicato de potássio, inibindo 100% do crescimento micelial, demonstrando que o produto possui ação sobre esse patógeno. Com os dados da área abaixo da curva de progresso (Tabela 2), observou-se que os programas que proporcionaram menores áreas foram: 2 - Epoxiconazole + Piraclostrobin (0,5 L ha-1) em R1/Tebuconazole (0,5 L ha -1) + Carbendazin (0,5 L ha-1) em R3/ Tebuconazole (0,5 L ha -1) em R5.1 (3 aplicações de fungicidas) e 3 - Epoxiconazole + Piraclostrobin (0,5 L ha-1) em R1/ Adubo Foliar (0,5 L ha-1) em R3/ Tebuconazole (0,5 L ha -1) em R5.1 (duas aplicações de fungicida e uma de Adubo 21 Aplicação de programas... ANDRADE JUNIOR, E. R. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 31, n. 1, p. , Jan./Feb. 2014 Foliar). Levando-se em consideração o complexo de doenças estudadas pode-se sugerir a substituição de uma aplicação de fungicida por adubo foliar, na seqüência acima descrita. Os resultados de desfolha (porcentagem), avaliados no estádio R6, massa de mil grãos (MMG) e produtividade apenas confirmam os resultados anteriores, onde os programas 2 - Epoxiconazole + Piraclostrobin (0,5 L ha-1) em R1/Tebuconazole (0,5 L ha-1) + Carbendazin (0,5 L ha-1) em R3/ Tebuconazole (0,5 L ha-1) em R5.1 e 3 - Epoxiconazole + Piraclostrobin (0,5 L ha-1) em R1/Adubo foliar (0,5 L ha -1) em R3/ Tebuconazole (0,5 L ha-1) em R5.1 proporcionaram uma menor desfolha, uma maior massa de mil grão e uma maior produtividade, conseqüentemente com maiores ganhos quando comparados a testemunha, sendo de 17,7 e 15,2 sc ha-1 respectivamente (Tabela 3). A produtividade obtida nas parcelas que receberam aplicação do programa 3 - Epoxiconazole + Piraclostrobin (0,5 L ha-1) em R1/Adubo foliar (0,5 L ha-1) em R3/ Tebuconazole (0,5 L ha -1) em R5.1 demonstrou que além de uma redução na severidade da ferrugem asiática, houve ganhos de produtividade quando substituiu-se uma aplicação de fungicida por uma de adubo foliar, contendo 35,1%P2O5 e 25,7% K2O, conforme seqüência descrita acima, que além de um menor custo, não apresenta toxidade tanto para o ambiente (redução do impacto ambiental causado pelo uso de agroquímicos), quanto para o homem. CONCLUSÕES A adubação foliar com Si e K, quando utilizada intercalada a aplicação de fungicidas, foi eficiente no controle de ferrugem asiática; A adubação foliar com Si e K, quando utilizada intercalada a aplicação de fungicidas, proporcionou ganhos de produtividade quando comparada a testemunha. AGRADECIMENTOS A Universidade Federal de Mato Grosso pelo ensino proporcionado no curso de mestrado em Agricultura Tropical e ao Instituto Mato-Grossense do Algodão, pelo apoio aos seus pesquisadores no desenvolvimento desse trabalho. 22 Aplicação de programas... ANDRADE JUNIOR, E. R. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 31, n. 1, p. , Jan./Feb. 2014 Tabela 2. Severidade (% de área foliar infectada) da ferrugem asiática na cultura da soja. Campo Verde-MT, safra 2007/2008 Severidade AACPD Programas (Programa de aplicação, I.A. doses ( L ha-1) nas sequências de aplicação) R1 R3 R5.1 R5.3 Ferrugem 1-Testemunha 4,1ns 52,1 c 72,6 d 100 e 2475,4 d 2- Epoxiconazole + Piraclostrobin (0,5) / Tebuconazole (0,5) + Carbendazin (0,5) / Tebuconazole (0,5) 3,6 14,8 a 20,4 a 30 a 727,1 a 3- Epoxiconazole + Piraclostrobin (0,5) / Adubo Foliar - 35,1%P2O5 e 25,7% K2O (0,5) / Tebuconazole (0,5) 3,4 13,1 a 29,8 ab 37,3 ab 884,6 a 4- Adubo Foliar - 35,1%P2O5 e 25,7% K2O (0,5) / Epoxiconazole + Piraclostrobin (0,5) / Tebuconazole (0,5) 4,8 32,5 b 62,3 cd 68 cd 1835,8 c 5- Adubo Foliar - 35,1%P2O5 e 25,7% K2O (0,5) / Tebuconazole (0,5) + Carbendazin (0,5) / Tebuconazole (0,5) 3,9 30,8 b 35,8 b 47,3 b 1288,9 b 6- Adubo Foliar - 35,1%P2O5 e 25,7% K2O (0,5) / Adubo Foliar - 35,1%P2O5 e 25,7% K2O (0,5) / Tebuconazole (0,5) 3,9 31,8 b 54 c 69,8 cd 1715,9 c 7- Adubo Foliar - 35,1%P2O5 e 25,7% K2O (0,5) / Tebuconazole (0,5) + Carbendazin (0,5) / Adubo Foliar - 35,1%P2O5 e 25,7% K2O (0,5) 4,4 32,1 b 43,8 bc 70 cd 1582,9 bc 8- Adubo Foliar - 35,1%P2O5 e 25,7% K2O (0,5) / Adubo Foliar - 35,1%P2O5 e 25,7% K2O (0,5) / Tebuconazole (0,5) + Carbendazin (0,5) 2,6 32,5 b 64,3 cd 66,3 c 1836,6 c 9- Adubo Foliar - 35,1%P2O5 e 25,7% K2O (0,5) / Epoxiconazole + Piraclostrobin (0,5) / Adubo Foliar - 35,1%P2O5 e 25,7% K2O (0,5) 4,3 30,8 b 60,5 cd 81,5 d 1877,8 c 10- Adubo Foliar - 35,1%P2O5 e 25,7% K2O (0,5) / Adubo Foliar - 35,1%P2O5 e 25,7% K2O (0,5) / Adubo Foliar - 35,1%P2O5 e 25,7% K2O (0,5) 2,6 32,5 b 56 c 81,3 cd 1826,1 c CV (%) 31,66 15,16 10,76 9,45 8,35 Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey (5%) ; ns = não significativo 23 Aplicação de programas... ANDRADE JUNIOR, E. R. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 31, n. 1, p. , Jan./Feb. 2014 Tabela 3. Porcentagem de desfolha (R6), Massa de mil grãos (MMG) e Produtividade média na cultura da soja. Campo Verde-MT, safra 2007/2008 Desfolha MMG Produtividade. Ganho Programass (Programa de aplicação, I.A. com respectivas doses (L ha-1) nas sequências de aplicação) (%) (g) (sc ha-1) (sc ha-1) 1-Testemunha 100,0 c 91,2 a 19,3 a - 2- Epoxiconazole + Piraclostrobin (0,5) / Tebuconazole (0,5) + Carbendazin (0,5) / Tebuconazole (0,5) 62,3 a 103,4 b 37,0 c 17,7 3- Epoxiconazole + Piraclostrobin (0,5) / Adubo Foliar - 35,1%P2O5 e 25,7% K2O (0,5) / Tebuconazole (0,5) 72,3 ab 108,1 b 34,5 c 15,2 4- Adubo Foliar - 35,1%P2O5 e 25,7% K2O (0,5) / Epoxiconazole + Piraclostrobin (0,5) / Tebuconazole (0,5) 81,5 b 90,0 a 24,7 ab 5,4 5- Adubo Foliar - 35,1%P2O5 e 25,7% K2O (0,5) / Tebuconazole (0,5) + Carbendazin (0,5) / Tebuconazole (0,5) 81,8 b 91,8 ab 24,5 ab 5,2 6- Adubo Foliar - 35,1%P2O5 e 25,7% K2O (0,5) / Adubo Foliar - 35,1%P2O5 e 25,7% K2O (0,5) / Tebuconazole (0,5) 84,0 b 92,5 ab 22,8 ab 3,5 7- Adubo Foliar - 35,1%P2O5 e 25,7% K2O (0,5) / Tebuconazole (0,5) + Carbendazin (0,5) / Adubo Foliar - 35,1%P2O5 e 25,7% K2O (0,5) 83,8 b 94,2 ab 24,2 ab 4,9 8- Adubo Foliar - 35,1%P2O5 e 25,7% K2O (0,5) / Adubo Foliar - 35,1%P2O5 e 25,7% K2O (0,5) / Tebuconazole (0,5) + Carbendazin (0,5) 82,5 b 95,6 ab 28,3 b 9,0 9- Adubo Foliar - 35,1%P2O5 e 25,7% K2O (0,5) / Epoxiconazole + Piraclostrobin (0,5) / Adubo Foliar - 35,1%P2O5 e 25,7% K2O (0,5) 84,8 b 90,5 a 25,0 ab 5,7 10- Adubo Foliar - 35,1%P2O5 e 25,7% K2O (0,5) / Adubo Foliar - 35,1%P2O5 e 25,7% K2O (0,5) / Adubo Foliar - 35,1%P2O5 e 25,7% K2O (0,5) 90,0 bc 91,5 a 25,0 ab 5,7 CV (%) 6,18 5,1 9,04 - Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey (5%). 24 Aplicação de programas... ANDRADE JUNIOR, E. R. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 31, n. 1, p. 18-24, Jan./Feb. 2014 ABSTRACT: The purpose of this study was to evaluate the effectiveness of foliar fertilization programs with Si and K, combined with fungicides to control Asian rust in soybeans under field conditions in southern Mato Grosso. The experimental design was randomized blocks with 10 treatments and 4 replicates. Assessments of severity of rust were performed at stages R1, R3, R5.1 and R5.3. The percentage of defoliation (stage R6), thousand grain weight and yield were evaluated. In the final evaluation, carried out in R5.3, the lower rust severity was provided by the programs covered by epoxiconazole + pyraclostrobin (500 mL / ha) in R1, tebuconazole + carbendazin (500 + 500 ml / ha) and tebuconazole in R3 (500 mL / ha) in R5.1 and epoxiconazole + pyraclostrobin (500 mL / ha) in R1, foliar fertilization (500 mL / ha) in R3 and tebuconazole (500 mL / ha) in R5.1. The program epoxiconazole + pyraclostrobin (500 mL / ha) in R1, foliar fertilization (500 mL / ha) in R3 and tebuconazole (500 mL / ha) resulted in R5.1 productivity gain of 15.2 sacks / ha. Besides providing a reduction in the severity of soybean rust on soybeans, the combined use of foliar fertilization with Si and K and fungicides increases crop productivity. KEYWORDS: Alternative control. Phakopsora pachyrhizi. Glycine max. REFERÊNCIAS ALMEIDA et al. – Doenças de Soja: Manual de Fitopatologia Vol. 2 – Doenças das Plantas Cultivadas. 4ª. ed. Agronômica Ceres. São Paulo, SP. 2005. p. 569-588. AQUINO, L. A.; BERGER, P. G.; RODRIGUES, F. A.; ZAMBOLIM, L.; OGOSHI, F.; MIRANDA, L. M.; LÉLIS, M. M. Controle alternativo de mancha de Ramularia do algodoeiro. Summa Phytopathology, Botucatu, v. 34, n. 2, p. 131-136. 2008. BEZERRA, E. J. S.; SILVA, A. M.; BENTES, J. L. S. Efeito do Acibenzolar-S-metil, silicato de potássio e Ecolife no desenvolvimento de Corynespora cassiicola in vitro. 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