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Original Article
Biosci. J., Uberlândia, v. 29, n. 3, p. 634-643, May/June 2013
ARQUITETURA DE PLANTAS E PRODUTIVIDADE DA SOJA
DECORRENTE DO USO DE REDUTORES DE CRESCIMENTO
PLANT ARCHITECTURE AND PRODUCTIVITY OF SOYBEAN AFFECTED BY
PLANT GROWTH RETARDANTS
Clovis Arruda SOUZA¹; Bruno Pezzi FIGUEIREDO²; Cileide Maria Medeiros COELHO¹;
Ricardo Trezzi CASA¹; Luis SANGOI¹
1. Professores Doutores, Departamento de Agronomia, Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC, Lages, SC, Brasil.
souza_clovis@cav.udesc.br ; 2. Acadêmico do curso de Agronomia, UDESC, Lages, SC, Brasil
RESUMO: O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito dos redutores do crescimento sobre características
morfológicas da planta e dos componentes da produção em soja, cv. CD226 RR. O experimento foi desenvolvido em
condições de campo, sob delineamento experimental inteiramente casualizado, com quatro repetições, tendo como
tratamentos a combinação de quatro redutores de crescimento (cloreto de mepiquate, cloreto de clormequate, cloreto de
clorocolina e trinexapac-ethyl), e a testemunha (sem aplicação do redutor); em duas épocas de aplicação dos respectivos
produtos: R1 e R1+R2. A colheita e as avaliações foram realizadas com as plantas na maturidade de colheita. O emprego
de cloreto de mepiquate e cloreto de clormequate possibilitou a redução da estatura de plantas. Ocorreu redução da massa
de mil grãos sob tratamento com trinexapac-ethyl. Os reguladores não afetaram os caracteres: diâmetro da haste e número
de entrenós na haste principal, acamamento de plantas, número vagens por planta, número de grãos por planta e número de
grãos por vagem. Observou-se correlação negativa entre estatura de plantas com o número de grãos por planta, vagens por
planta e massa de mil grãos e positiva entre rendimento de grãos com número de vagens por planta, grãos por planta e
massa de mil grãos e uma maior produtividade de grãos foi observada em plantas de menor estatura. É possível diminuir a
estatura das plantas pelo uso de regulador de crescimento e tornar a arquitetura da planta mais ereta, mais tolerante ao
acamamento associado a um maior potencial de rendimento de grãos de soja.
PALAVRAS-CHAVE: GlycineMax.Regulador de crescimento. Estatura de planta.Componentes da produção.
INTRODUÇÃO
O Brasil é o segundo maior produtor
mundial de soja, com uma produção de 68,5 milhões
de toneladas, menor que a dos Estados Unidos que é
de 91,4 milhões de toneladas (FAO, 2011). A
produtividade brasileira de soja na safra 2010 foi de
2.941 kg ha-¹, e passa de 3.000 kg ha-¹ no estado de
Mato Grosso, o maior produtor brasileiro de soja
(IBGE, 2011).
Fatores adversos refletem em diminuição do
potencial de rendimento de grãos, um destes fatores
que gera perdas qualitativas e quantitativas é o
acamamento das plantas. O acamamento pode
ocorrer devido a fatores como a alta densidade de
plantas por área, excesso de fornecimento hídrico,
ventos fortes e emprego de cultivares de porte alto
entre outros (MARCHIORI et al., 1999; TOURINO
et al., 2002; CATO; CASTRO, 2006; LINZMEYER
JUNIOR et al., 2008).
Além dos fatores mencionados, a escolha da
cultivar e o local de cultivo podem ser fatores
agravantes, visto que algumas cultivares apresentam
maior tendência ao acamamento quando
comparadas a outras, como por exemplo emprego de
cultivares de maior estatura associada com tipo de
crescimento indeterminado. Outro fator que pode
levar as plantas a acamarem é o excesso plantas ou
do elemento nitrogênio disponível a estas, pois, o
nitrogênio é responsável pelo grande crescimento da
parte aérea, comparativamente ao crescimento das
raízes, características estas que aumentam a
suscetibilidade ao acamamento e também à seca e
pode predispor à deficiência de nutrientes
(REZENDE et al., 2004) o cultivo de sojas, em
regiões de maiores altitudes (maior que 500 m)
associado a presença de solos com altos teores de
matéria orgânica há maior probabilidade de ocorrer
o acamamento de plantas de soja (COODETEC,
2009). O acamamento é um dos fatores que pode
limitar a produção da cultura da soja dependendo da
intensidade e do estádio de desenvolvimento da
planta em que ocorrer (COBER et al., 2005), bem
como, prejudicar a qualidade dos grãos e a
eficiência da colheita mecanizada (CATO;
CASTRO, 2006; SILVA et al., 2008).
Uma das práticas culturais que pode ser
utilizada para melhorar o desempenho da cultura da
soja é a aplicação de reguladores de crescimento
para minimizar a ocorrência do acamamento de
plantas. Os reguladores de crescimento atuam como
sinalizadores químicos na regulação do crescimento
e desenvolvimento de plantas. Normalmente ligam-
se a receptores na planta e desencadeiam uma série
Received: 16/12/11
Accepted: 06/06/12
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de mudanças celulares, as quais podem afetar a
iniciação ou modificação do desenvolvimento de
órgãos ou tecidos (KERBAUY, 2004; TAIZ;
ZEIGER, 2004).
Dentre os reguladores de crescimento,
existem os redutores como o cloreto de clorocolina,
cloreto de clormequate, cloreto de mepiquate,
trinexapac-ethyl e outros (RADEMACHER, 2000).
Estes redutores são empregados visando tornar a
arquitetura das plantas mais adaptadas e eficientes
no uso dos recursos ambientais e de insumos para
suportar alto rendimento agronômico e, são
amplamente estudados para monocotiledôneas: na
cultura do trigo (BERTI et al., 2007), cevada
(TEIXEIRA; RODRIGUES, 2003; AMABILE et
al., 2004) e cana-de-açúcar (LEITE et al., 2011) e
em dicotiledôneas, por exemplo, na cultura do
algodão (NAGASHIMA et al., 2010) e em menor
escala para a soja (LINZMEYER JUNIOR et al.,
2008; CORREIA et al., 2012).
Os redutores de crescimento, normalmente,
apresentam ação antagonista às giberelinas e agem
modificando o metabolismo destas
(RADEMACHER, 2000; RODRIGUES et al.,
2003). Contudo, os efeitos da aplicação de redutores
de crescimento (tipo de produto, época de aplicação
e dose a aplicar) na cultura da soja necessitam de
mais estudos, particularmente, sob condições de
nutrição das plantas para altos rendimentos de grãos
(mais que 3.000 kg ha-1), assim como, para controlar
o excesso de vigor de genótipos de tipo de
crescimento indeterminado. O objetivo deste
trabalho foi avaliar o desenvolvimento da parte
aérea e a produtividade de grãos de soja transgênica
tolerante ao herbicida glifostato (RoundupReady®)
decorrentes da aplicação de redutores de
crescimento.
MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi realizado sob condições
de campo, na safra 2009/2010, na área experimental
pertencente a Universidade do Estado de Santa
Catarina - UDESC, situada nas coordenadas
geográficas 27º52’30’’S, 50º18’20’’W a 930m de
altitude, em Lages/SC – região sul do Brasil. A
cultivar utilizada foi CD226 RR da Coodetec de
crescimento determinado e altura média de 95 cm
para a região de Santa Catarina (COODETEC,
2009). A semeadura foi realizada no dia 15 de
dezembro de 2009 (Figura 1), com uma população
de 30 plantas m-²(15 plantas por metro linear e
entrelinhas espaçadas a 0,5 m). A cultura foi
estabelecida em área sob sistema de semeadura
direta em rotação de culturas com milho e sucessão
ao trigo. Os dados climatológicos referentes a
precipitação pluvial e temperaturas locais (máximas,
médias e mínimas) estão apresentados na Figura 1.
Figura 1. Precipitação pluvial e temperaturas (máxima, média e mínima) registradas na safra agrícola
2009/2010 correspondentes ao período de semeadura até a colheita da soja, no local do experimento
(Lages/SC). Fonte: INMET (2011).
A correção do pH do solo e a adubação
seguiram as recomendações para a cultura da soja
descritas pela Comissão de Química e Fertilidade do
Solo - CQFS-RS/SC (2004). O pH do solo foi
corrigido para 6,0 com calcário dolomítico. A
adubação de base foi fornecida como N-P2O5-K2O
(02-28-19; 400 kg ha-¹), na quantidade recomendada
para cultura com base na CQFS-RS/SC. Foi
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realizada a inoculação das sementes com bactérias
do gênero Bradirhyzobum, das estirpes disponíveis e
recomendadas para a cultura com a finalidade de
fixação biológica de nitrogênio. Foi realizado o
controle de plantas daninhas em dessecação pré-
semeadura (15 dias antes da semeadura) e uma
aplicação em pós-emergência (aos 35 dias após a
emergência - DAE da soja) com o herbicida
glifosato (Roundup Original, 720 g ha-¹ em
equivalente ácido). O controle de doenças foi
realizado pela aplicação detebuconazole para oídio
(Microsphaeradiffusa) e azoxystrobina +
cyproconazole (2 aplicações: 41 DAE e 56 DAE) e
piraclostrobina + epoxiconazole (uma aplicação, aos
67 DAE) paramíldio (Peronosporamanshurica) e
ferrugem asiática (Phakopsorapachyrhizi). As
pragas foram controladas através de duas aplicações
de metamidofós, principalmente para o controle de
percevejos (Nezaraviridula e Piezodorusguildinii)
na fase de enchimento dos grãos (aos 77 e 93 DAE).
O delineamento experimental utilizado foi
em blocos inteiramente casualizados, em esquema
fatorial 5x2, composto de 5 redutores de
crescimento {um sem aplicação de redutor
(testemunha) e quatro redutores de crescimento:
cloreto de mepiquate (Pix® HC 1,0 L ha-¹); cloreto
de clormequate (Tuval® 0,25 L ha-¹); cloreto de
clorocolina (Cycocel® 1,0 L ha-¹); trinexapac-ethyl
(Moddus® 0,4 L ha-¹)} aplicados em 2 épocas
diferentes, a primeira com as plantas de soja no
estádio R1 (escala fenológica proposta por FEHR;
CAVINESS, 1977) e a segunda em R1+R2 (15 dias
após a aplicação da primeira), em quatro repetições.
Cada parcela experimental foi composta por
cinco linhas de 10 m cada, considerando-se a área
útil as três fileiras centrais excluindo-se 0,5 m de
suas extremidades, totalizando-se 13,5 m².
A colheita foi efetuada com as plantas no
estádio R8 – maturidade de colheita, no dia 17 de
abril de 2010. No ato da colheita foram efetuadas as
avaliações morfométricas: acamamento (AC), pela
metodologia proposta por Moes e Stobbe (1991)
considerando AC(%) = I x A x 2, onde “I”
representa o grau de inclinação das plantas
acamadas e “A” o percentual da área na parcela com
plantas acamadas; estatura de planta (EP) medido
com uma régua desde o nível do solo até o ápice de
cada planta; diâmetro da haste principal (DH)
medido com paquímetro digital no entrenó situado
entre as folhas cotiledonares e às folhas primárias;
número de entrenós (NE); comprimento de entrenós
(CE) na haste principal de cada planta; e os
componentes primários da produção: número de
vagens por planta (NVP); grãos por planta (NGP);
grãos por vagem (NGV), massa de mil grãos
(MMG); e rendimento de grãos (RG) pela pesagem
de todos os grãos provenientes da área útil da
parcela. As avaliações de planta (EP, DH, NE, CE,
NVP, NGP, NGV) foram realizadas em dez plantas
colhidas consecutivamente na linha central de cada
parcela amostral conforme cada tratamento.
A análise de variância (ANOVA) foi
efetuada para efeito geral tratamentos e também
para avaliar a ocorrência de interação entre
redutores com as épocas de aplicação. Dados
referentes a contagens e porcentuais foram
transformados pela equação (x + 0,5)0,5, apenas para
a realização da ANOVA. Devido ao uso de um
controle (sem emprego de redutor), o teste Dunnett
foi empregado como teste de comparação dos
redutores e, para comparar as duas épocas de
aplicação o teste F foi conclusivo. Foram estimados
coeficientes de correlação de Pearson entre as
variáveis e sua significância foi avaliada pelo teste t.
Todas as análises foram consideradas a p<0,05, e
foram realizadas via programa computacional SAS
(SAS, 2003)
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A estatura de plantas, o comprimento dos
entrenós, a massa de mil grãos e o rendimento de
grãos foram os parâmetros afetados
significativamente pelos redutores (p<0,05) (Tabela
1);entretanto o índice de acamamento, número de
entrenós na haste principal, número de vagens por
planta, número de grãos por planta e número de
grãos por vagem não apresentaram diferenças em
decorrência dos tratamentos aplicados.
Quanto a estatura, os tratamentos
promoveram diferenças estatísticas, sendo que os
tratamentos com o cloreto de clormequate e cloreto
de clorocolina as plantas apresentaram as menores
estaturas, quando comparados à testemunha (sem
aplicação de redutor) (Figura 2). A aplicação de
redutores de crescimento possibilitou plantas de
menor estatura, porém não de tamanha magnitude a
encontrada,também em soja (LINZMEYER
JUNIOR et al., 2008), os quais observaram uma
redução de2 a5 cm a estatura de plantas de soja pela
aplicação de 100 gi.a. ha-¹ de trinexapac-ethyl.
O índice de acamamento nas unidades
amostrais, em média, foi 4,65% e não deferiu entre
os tratamentos, embora a aplicação dos redutores em
R1 tenha promovido redução no índice de
acamamento em 6% quando comparado com a
aplicação em R1+R2. Estes resultados se devem
principalmente ao fato que esta safra agrícola não
foi propícia à ocorrência de acamamento, pela
semeadura ter sido realizada no final do período
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preferencial de semeadura para a região e também
pela baixa ocorrência de ventos. Entretanto é
semelhante ao trabalho de Linzmeyer Junior et al.
(2008) também na cultura da soja em que o
acamamento não diferiu estatisticamente em
decorrência da aplicação de trinexapac-ethyl.
Tabela 1. Quadrado médio da estatura de planta (EP), diâmetro da haste principal (DH), acamamento (AC),
rendimento de grãos (RG), comprimento dos entrenós (CE), número de entrenós (NE), número de
vagens por planta (NVP), número de grãos por planta (NGP), número de grãos por vagem (NGV) e
massa de mil grãos (MMG); referente a tipo de redutor (RED) e ao número de aplicação (NAP) do
redutor sobre plantas de soja, cv CD 226RR no estádio R1 (uma aplicação) e R1+R2 (duas
aplicações). Lages/SC, safra 2009/2010.
F.V. G.L. EP DH AC RG CE NE MMG NVP NGV NGP
RED (A) 4 138,27 * 0,007 ns 0,83 ns 581.836,0 * 1,37 * 0,37 ns 455,4 ** 0,61 ns 0,03 ns 0,93 ns
NAP (B) 1 3,25 * 0,003 * 0,55 ns 477.859,0 ns 1,06 * 0,03 ns 352,2 * 0,30 ns 0,09 ns 2,59 ns
A x B 4 25,13 ns 0,001 ns 0,97 ns 48.658,0 ns 0,22 ns 0,10 ns 113,1 ns 1,06 ns 0,03 ns 1,61 ns
Bloco 3 24,95 ns 0,002 ns 6,61 ns 562.361,0 ns 0,08 ns 0,01 ns 243,3 ns 0,90 ns 0,04 ns 3,44 ns
Erro 27 48,60 0,003 2,09 251.660,0 0,14 0,01 66,1 0,86 0,02 1,80
Média 95,47 0,660 4,65 2.381,7 5,62 15,30 160,9 57,70 1,88 108,50
(cm) (cm) (%) (kgha-¹) (cm) --- (g) --- --- ---
C.V. 7,30 8,200 31,10 21,0 6,70 3,900 5,1 12,20 8,40 12,90
** e * = diferem estatisticamente pelo teste F a p<0,01 e p<0,05, respectivamente; ns: não significativo; F.V. = fontes de variação; G.L.
= graus de liberdade; C.V. = coeficiente de variação.
( A ) ( B )
( C ) ( D )
Figura 2. (a) Estatura de planta (EP); (b) rendimento de grãos (RG), (c) comprimento dos entrenós (CE) e (d)
massa de mil grãos (MMG); de plantas de soja, cv CD 226RR tratadas com redutores de
crescimento no estádio R1 (uma aplicação) e R1+R2 (duas aplicações). Lages/SC, safra 2009/2010.
* = difere do tratamento testemunha pelo teste Dunnett a p<0,05.
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O diâmetro da haste foi maior em
decorrência da aplicação de redutores de
crescimento vegetal, proporcionado pela aplicação
na primeira época (p<0,01), tal resultado pode ser
devido aos fotoassimilados terem sido desviados do
destino de aumentar a estatura e assim proporcionar
este aumento do DH (Figura 3a, 3b). Não foi
observada diferença estatística entre os redutores
para DH. Linzmeyer Junior et al. (2008)
encontraram resposta polinomial quadrática ao
aumento da dose de trinexapac-ethyl em soja para o
caráter diâmetro da haste principal.O número de nós
por planta não diferiu significativamente, porém o
comprimento médio dos entrenós diferiu (Figura 2),
apresentando entrenós de maior comprimento
apenas no tratamento com trinexapac-ethyl.
(A) (B)
(C) (D)
Figura 3. Efeitos simples de época de aplicação dos redutores de crescimento. (a) estatura de plantas (EP); (b)
diâmetro da haste principal (DH); (c) comprimento dos entrenós (CE); (d) massa de mil grãos
(MMG) de soja, cv CD 226RR tratadas com redutores de crescimento no estádio R1 (uma
aplicação) e R1+R2 (duas aplicações). Lages/SC, safra 2009/2010. 1/Médias seguidas de letras
distintas diferem estatisticamente pelo teste “F” a p<0,05.
Em relação ao rendimento de grãos
observou-se pequena diferença, porém
estatisticamente significativa e negativa (redução de
12% no RG), devido ao tratamento trinexapac-ethyl
em comparação com o tratamento testemunha. Uma
das hipóteses é que a aplicação mais tardia deste
redutor (no estádio R1+R2) provocou a retenção de
fotossintatos nas demais partes da planta e
consequente demora de translocação destes
fotossintatos, acarretando também, nas plantas
tratadas, maior ciclo (10 dias a mais em relação às
plantas não tratadas - testemunha) e em
consequência uma maior a presença de grãos
“chochos” e desta forma, neste tratamento ocorreu
menor MMG. Campos et al. (2007) observaram que
os reguladores de crescimento (cloreto de mepiquate
e citocinina) não diferiram significativamente entre
si, não afetando a produtividade, mas reduzindo a
estatura de plantas de soja. Trabalhos com redutores
de crescimento em lavouras da cultura da soja são
escassos, exemplos em soja, não se constataram
efeitos sobre a MMG (CAMPOS et al. 2007;
LINZMEYER JUNIOR et al., 2008) em decorrência
do emprego de cloreto de mepiquate e trinexapac-
ethyl. Em condições de casa de vegetação, Correia e
Leite (2012) não observaram injúrias fitotóxoicas
nem diferenças quanto a massa seca da planta,
massa das vagens produzidas e NVP. Mas em outras
culturas, Amabile et al. (2004), utilizando
trinexapac-ethyl, na cultura da cevada e Alvarez et
al. (2007) na cultura do arroz, também não
observaram efeitos negativos nos principais
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componentes da produção. Os redutores de
crescimento podem apresentar efeitos distintos
sobre a massa específica das sementes, como, por
exemplo, em algodão e feijão foram observados
aumentos (EL-FOULY et al., 1988; PIPOLO et al.,
1993) e em feijão o emprego de etefom não mostrou
resposta consistente de aumento ou redução da
massa de sementes (NGATIA et al., 2003). A massa
específica das sementes é uma característica
inerente ao genótipo (COELHO et al., 2007;
DAWO et al., 2007), ou seja, tende a ser um
caractere com alta estabilidade, exceto quando
algum estresse ocorre na fase de enchimento de
grãos, como por exemplo, a ocorrência de geada
(SOUZA et al., 2010b).
O número de grãos por vagem nestas
condições experimentais foi 1,9 grãos por vagem, o
número de grãos por plantas foi 109 e o número de
vagens por planta foi 58 (Tabela 1). Esses caracteres
produtivos não sofreram influência dos redutores.
Resultado similar, em soja com o emprego de
trinexapac-ethyl também foi obtido em que a massa
seca da planta, a área foliar, os componentes da
produção e a produtividade não foram afetadas pelo
emprego deste redutor de crescimento vegetal
(LINZMEYER JUNIOR et al., 2008). Mas em
outras espécies e com outros reguladores de
crescimento, foram obtidos respostas diferentes, por
exemplo, na pesquisa realizada com a cultura do
feijão, El-Fouly et al. (1988), mostraram aumento
do número de grãos por vagem com o emprego de
cloreto de clorocolina e Ngatia et al. (2003) com o
emprego de etefom.
A redução de estatura das plantas, sem
reduzir o rendimento de grãos, pelo emprego de
redutores, é um resultado agronomicamente
interessante no sentido de aumentar a tolerância das
plantas ao acamamento. Segundo Shekoofa e Emam
(2008) os redutores de crescimento, como cloreto de
clormequate e etefom reduziram a estatura das
plantas de trigo com respectivo aumento de
rendimento de grãos. Tal efeito foi atribuído a
alteração da partição de carboidratos, os quais não
foram destinados ao aumento de estatura, mas foram
redirecionados predominantemente para as espigas.
Em feijão, El-Fouly et al. (1988) descrevem
aumento do rendimento de grãos pelo emprego de
cloreto de clorocolina. Ngatia et al. (2003), com
etefom, obtiveram redução da estatura das plantas
sem efeito deste sobre o rendimento de grãos de
feijão. Também com feijão, Souza et al. (2010a)
obtiveram aumento do diâmetro da haste, redução
da estatura da planta e redução do número de nós na
haste principal, mas sem efeito de redutores de
crescimento sobre a produtividade de grãos de
feijão.
Nesta pesquisa, algumas relações foram
estudadas (Tabela 2) e foi constatado que o
rendimento de grãos apresentou correlação positiva
e significativa com o NVP (r=0,60), NGP (r=0,65) e
com a MMG (r=0,61) e negativa com EP (r=-0,54);
umidade dos grãos na colheita (r=-0,80), CE (r=-
0,46) e com o índice de acamamento (r=-0,56). A
estatura de plantas apresentou correlação positiva
com maior umidade de grão na colheita (r=0,70),
CE (r=0,67), NE (r=0,40), índice de acamamento
(r=0,42) e NGV (r=0,28) e negativa com o NVP (r=-
0,52), NGP (r=-0,37) e MMG (r=-0,62). O diâmetro
da haste apresentou correlação positiva com a
umidade dos grãos na época de colheita (r=0,39) e
número de nós na haste principal (r=0,35) e negativa
com a MMG (r=-0,33). A umidade dos grãos na
época da colheita se correlacionou positivamente
com comprimento dos entrenós (r=0,59) e
acamamento (r=0,44) e negativamente com NVP
(r=-0,49), NGP (r=-0,46) e MMG (r=-0,67). O
comprimento dos entrenós da haste principal se
correlacionou com o NVP (r=-0,63), NGP (r=-0,56)
e MMG (r=-0,67). O acamamento é dependente de
maior EP (r=0,42) e de uma maior umidade dos
grãos na época da colheita (r=0,44). O número de
vagens por planta se correlacionou fortemente com
o NGP (r=0,92), com o RG (r=0,60) e com a MMG
(r=0,44).
Fernandez et al. (2009) encontrou que o
aumento do NGP é uma das características para se
elevar o RG de soja e que este aumento do NGP
pode ser obtido por um melhor aporte nutricional da
planta de soja durante todo seu ciclo, principalmente
de potássio. Já Karasu et al. (2009) estimou a
herdabilidade (no sentido restrito) de vários
caracteres da planta e encontrou os seguintes valores
0,14; 0,14; 0,21; 0,004; 0,13; 0,30 e 0,26 para EP,
NGV, MMG, altura de vagem, NGP, NVP e RG,
respectivamente. Souza et al. (2010b) encontraram
relação positiva entre o RG com maior NVP, NGV e
MMG, resultado este consistente em duas safras de
avaliação de duas cultivares de soja.
Plantas mais compactas, mais equilibradas
podem ser mais eficientes na fotossíntese. Segundo
Liu et al. (2010) o fornecimento de maior
quantidade de luz para plantas de soja que se
encontrem no início do florescimento (estádio R1)
possibilitaram maior quantidade de vagens efetivas
no final do ciclo (incremento em mais de 100%) e
consequente aumento da produtividade. Tal resposta
foi proporcionada principalmente pela manutenção
da fotossíntese em folhas da parte inferior do dossel
da planta.
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Tabela 2. Correlação simples de Pearson entre os caracteres rendimento de grãos (RG), estatura de planta (EP),
diâmetro da haste principal (DH), umidade dos grãos na colheita (UM), comprimento dos entrenós
(CE), número de entrenós (NE), acamamento (AC), número de vagens por planta (NVP), número de
grãos por planta (NGP), número de grãos por vagem (NGV) e massa de mil grãos (MMG).
Lages/SC, safra 2009/2010.
RG EP DH UM CE NE AC NVP NGP NGV MMG
Média 2381,7 95,47 0,66 8,55 5,61 15,30 4,65 57,68 108,50 1,88 160,93
DP 335,21 7,24 0,06 2,71 0,43 0,15 1,47 13,29 27,48 0,17 11,48
N 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40
RG
EP -0,54 **
DH -0,26 ns 0,18 ns
UM -0,80 ** 0,70 ** 0,39 *
CE -0,46 ** 0,67 ** 0,06 ns 0,59 **
NE -0,23 ns 0,40 * 0,35 * 0,31 ns -0,23 ns
AC -0,56 ** 0,42 ** 0,05 ns 0,44 ** 0,24 ns 0,17 ns
NVP 0,60 ** -0,52 * 0,26 ns -0,49 ** -0,63 ** 0,10 ns -0,32 *
NGP 0,65 ** -0,37 * 0,23 ns -0,46 ** -0,56 ** 0,19 ns -0,26 ns 0,92 **
NGV 0,24 ns 0,28 ns 0,01 ns -0,07 ns 0,06 ns 0,26 ns 0,04 ns -0,01 0,38 *
MMG 0,61 ** -0,62 ** -0,33 * -0,66 ** -0,67 ** -0,23 ns -0,21 ns 0,44 * 0,36 * -0,13 ns
** e * = diferem estatisticamente pelo teste t a 0,01 e 0,05, respectivamente; ns: não significativo; DP = desvio padrão; N = número de
observações consideradas.
A pesquisa tem buscado, em soja, plantas de
porte menor, com arquitetura mais equilibrada e que
sejam capazes de suportar grande número de vagens
e de grãos até o momento da colheita, integram as
características do ideotipodesejável(SINGH, 2001),
e o emprego de redutores de crescimento pode
conferir este benefício por tornar as plantas mais
compactas e eretas devido a redução de sua estatura.
CONCLUSÕES
Apenas uma única aplicação no início do
florescimento (estádio R1) é suficiente para reduzir
a estatura das plantas com o emprego de cloreto de
mepiquate e cloreto de clormequate, na soja, na dose
de 100 gi.a. ha-¹.
A aplicação de redutores de crescimento
cloreto de clormequate e cloreto de mepiquate
possibilita plantas com menor estatura na cultura da
soja, cv. CD 226RR e que se correlaciona
positivamente com a resistência ao acamamento.
Plantas de soja com menor estatura
apresentam maior número de vagens, maior número
de grãos por planta e grãos mais pesados.
O emprego de redutor de crescimento
trinexapac-ethyl aplicado sobre plantas no estádio
R1 e R1+R2 não proprociona redução da estatura de
plantas de soja cv CD 226RR.
ABSTRACT. The objective of this work was to evaluate the effect of growth retardants on the plants
morphological characteristics and on yield components of soybean (cv CD226 RR). The experiment was carried out under
field conditions with a completely random experimental layout, with four repetitions, a combination of four growth
retardant treatments (mepiquat chloride, chlormequat chloride, chlorocolina chloride and trinexapac-ethyl ) were used, and
a control; in two application stage: R1 and R1+R2 for the respective products. The harvest and evaluation was carried out
with the plants at R8 stage – harvest maturity. The action of the growth retardants caused a reduction in plant height
(mepiquat chloride and chlormequat chloride). There was a reduction in thousand grains weight (TGW) under the
trinexapac-ethyl treatment. The growth retardants did not affect the following characteristics: stem diameter (SD), number
of internodes (NI) on the main stem of the plants, plant lodging (PL), number of pods per plant (NPP), number of grains
per plant (NGP) and number of grains per pod (NGPP). However, a correlation was found between plant height (PH) and
NGP, NGPP and TGW. Grain yield (GY) showed a positive correlation with NPP, NGP and TGW and, particularly, that
the highestgrain yieldcan be obtained from the shortest plants. It is possible to reduce PH by the use of plant growth
retardants and plant architecture become more upright,internodes more short, but without altering NI. This indicates an
ideotype for greater GY and lower PL in the soybean crops.
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KEYWORDS: Glycine max. Plant growth retardant. Plantheight. Yieldcomponents.
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