Microsoft Word - 25-Bio_14404.doc


1038 
Original Article 

Biosci. J., Uberlândia, v. 28, n. 6, p. 1038-1050, Nov./Dec. 2012 

FORRAGEAMENTO DE Pitangus sulphuratus E DE Tyrannus melancholicus 
(Aves: Tyrannidae) EM HÁBITATS URBANOS 

 
FORAGING BEHAVIOUR OF Pitangus sulphuratus AND Tyrannus melancholicus 

(Aves: Tyrannidae) IN URBAN HABITATS 
 

Liliane MARTINS-OLIVEIRA1, Renata LEAL-MARQUES2, Carlos Henrique NUNES2, 
Alexandre Gabriel FRANCHIN3; Oswaldo MARÇAL JÚNIOR4 

1. Doutoranda, Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação de Recursos Naturais – PPG-ECRN, Laboratório de 
Ornitologia e Bioacústica - LORB, Instituto de Biologia, Universidade Federal de Uberlândia – UFU, Uberlândia, MG, Brasil. 

lilianebioufu@yahoo.com.br;2. Mestre, PPG-ECRN, LORB, Instituto de Biologia - UFU, Uberlândia, MG, Brasil; 3. Doutor, PPG-
ECRN, LORB, Instituto de Biologia, UFU - Uberlândia, MG, Brasil; 4. Professor, Doutor, LORB, Instituto de Biologia - UFU, 

Uberlândia, MG, Brasil. 
 

RESUMO: Tiranídeos (Aves: Tyrannidae) são aves com ampla riqueza comportamental e que ocorrem em uma 
enorme variedade de ambientes, incluindo áreas urbanas. Este estudo objetivou verificar e comparar o comportamento de 
forrageio de Pitangus sulphuratus e de Tyrannus melancholicus no ambiente urbano. O trabalho foi realizado na cidade de 
Uberlândia, MG, de abril a dezembro de 2009, totalizando 280 horas de esforço amostral. Foram amostradas 72 parcelas, 
duas vezes por estação – seca e chuvosa. As observações foram realizadas no período da manhã, em sessões de 50 min. 
Foram registrados comportamentos de procura e de ataque, tipo e número de substratos de procura, tempo de procura e de 
ataque; direção, substrato e distância percorrida no ataque; altura do substrato; tamanho e tipo de item alimentar; 
manipulação; comportamento pós-ataque. A estratégia de procura “estático” e os substratos de procura “árvores” foram 
mais frequentes para as duas espécies. Predominaram as estratégias de ataque “investir-atingir” para T. melancholicus e 
“investir-pousar” para P. sulphuratus. A direção de ataque “diagonal abaixo” foi utilizada com maior frequência pelas 
duas espécies, mas T. melancholicus atacou presas principalmente no “ar” e P. sulphuratus na “grama”. O principal item 
alimentar foi “artrópode”. Para a maioria das variáveis, T. melancholicus apresentou valores médios maiores do que P. 
sulphuratus, exceto para tempo médio de procura em vôo e número de poleiros na procura. Embora T. melancholicus 
apresente comportamentos mais especializados no item alimentar e na forma de captura, as duas espécies pesquisadas 
mostraram ampla plasticidade comportamental com aspectos generalistas, o que favorece a sobrevivência das duas 
espécies em ambientes urbanos. 

 
PALAVRAS-CHAVE: Comportamento alimentar. Urbanização. Passeriformes. Tiranídeos. 
 
 
INTRODUÇÃO 

 
O conjunto das estratégias utilizadas por 

uma espécie para encontrar, capturar, subjugar, 
engolir e combater os mecanismos de defesa de 
suas presas é denominado forrageamento (POUGH 
et al., 2008). As estratégias de forrageamento 
utilizadas pelas aves combinam interações 
complexas entre morfologia, preferência de presas, 
comportamento de forrageamento, seleção de 
habitat, disponibilidade de presas, relações com 
predadores e competidores (MORRISON et al., 
1990). Desse modo, quantificar o comportamento 
de forrageamento das diferentes espécies pode 
contribuir para o entendimento das relações de 
nicho (ROBINSON; HOLMES, 1982), da partição 
e utilização de recursos (VOLPATO; 
MENDONÇA-LIMA, 2002), dos padrões de 
especialização de substrato e dieta 
(MALDONADO-COELHO, 2009), do uso de 
hábitat (KARR; BROWN, 1990; MALDONADO-
COELHO, 2009), da estrutura das comunidades 

(MACARTHUR, 1958), como também para os 
esforços de conservação (PETIT et al., 1995).  

Tyrannidae (Aves: Passeriformes) é uma 
família exclusivamente Neotropical e que se 
notabiliza pela maior riqueza de espécies entre 
todos os grupos de aves desta Região, 
representando aproximadamente 18% dos pássaros 
da América do Sul (GILL, 1994; SIBLEY; 
MONROE Jr., 1990). Essas aves se adaptaram a 
uma ampla variedade de ambientes e nichos 
ecológicos, além de apresentarem grande riqueza 
de repertórios comportamentais, quando 
comparados aos outros passeriformes suboscines 
(TRAYLOR; FITZPATRICK, 1981).  

De acordo com Franchin (2009), Pitangus 
sulphuratus e Tyrannus melancholicus são as duas 
espécies mais representativas entre tiranídeos 
registrados nas áreas verdes urbanas do Brasil. 
Pitangus sulphuratus (LINNAEUS, 1766), o bem-
te-vi, é uma das aves mais abundantes e conhecidas 
do Brasil. É encontrado em bordas de clareiras de 
florestas, capoeiras, plantações, eucaliptais, 

Received: 10/02/12 
Accepted: 05/09/12 



1039 
Forrageamento de Pitangus...  MARTINS-OLIVEIRA, L. et al. 

Biosci. J., Uberlândia, v. 28, n. 6, p. 1038-1050, Nov./Dec. 2012 

cerrados, caatinga, pastos sujos, mangues, parques 
e ruas arborizadas. (SIGRIST, 2009). Possui uma 
dieta onívora (SKUTCH, 1960; FFRENCH, 1976; 
FITZPATRICK, 1980). Tyrannus melancholicus 
(VIEILLOT, 1819), o siriri, também é bastante 
comum no país, sendo um tiranídeo típico de áreas 
abertas, antrópicas ou naturais, como cerrados e 
cerradões, além de ocorrer em ambientes florestais 
densos, especialmente nas bordas de mata e 
clareiras. É uma espécie essencialmente insetívora 
e parcialmente frugívora (SIGRIST, 2006). No 
Cerrado, grande parte de sua população migra rumo 
à Amazônia, com a chegada do frio (GWYNNE et 
al., 2010). 

A literatura geral apresenta informações 
diversas sobre Pitangus sulphuratus e Tyrannus 
melancholicus (RIDGELY; TUDOR, 1994; SICK, 
1997). Contudo, descrições mais detalhadas da 
biologia e comportamento dessas espécies são 
escassos (ARGEL-DE-OLIVEIRA et al., 1998) e 
muitas são restritas aos ambientes naturais 
(FITZPATRICK, 1980; GABRIEL; PIZO, 2005; 
JAHN et al., 2010).  

Considerando que o comportamento de 
forrageio das aves é um dos aspectos biológicos 
influenciado pela complexidade estrutural do 
ambiente e de seu entorno (ROBINSON; 
HOLMES, 1982) e que a alimentação é um dos 
aspectos fundamentais para a sobrevivência das 
espécies nos diferentes ambientes, torna-se 
importante estudar as estratégias de forrageio das 
aves no ambiente urbano, gerando novos 
conhecimentos sobre a ecologia, conservação de 
espécies e manejo de habitats urbanos 
(BEISSINGER; OSBORNE, 1982). Assim, o 
presente estudo teve como objetivo comparar 
aspectos comportamentais do forrageamento de 
Pitangus sulphuratus e Tyrannus melancholicus em 
hábitats urbanos. 
 
MATERIAL E MÉTODOS 
 
Área de Estudo 

O trabalho foi realizado na cidade de 
Uberlândia, Minas Gerais (18º56’38’’S, 
48º18’39’’O). O município está inserido no bioma 
Cerrado, que possui desde campos até formações 
florestais, mata de galerias e veredas (SCHIAVINI; 
ARAÚJO, 1989; ARAÚJO; HARIDASAN, 1997). 
A vegetação atual de Uberlândia restringe-se a 
fragmentos pequenos e isolados devido 
principalmente a atividades agropecuárias 
(ARAÚJO et al., 1997). O clima, segundo 
classificação de Köppen, é do tipo Aw 
megatérmico com sazonalidade definida, com 

chuvas de outubro a abril e seca de maio a 
setembro (ROSA et al., 1991). O município possui 
área de 4.115 km², sendo 219 km² de área urbana 
com população estimada de 604.013 habitantes 
(SECRETARIA DE PLANEJAMENTO E 
DESENVOLVIMENTO URBANO, 2008; IBGE, 
2010). 

Foram amostradas 72 parcelas com área de 
5.000 m² igualmente distribuídas em três tipos de 
hábitats urbanos: ruas, praças e áreas alteradas de 
parques urbanos e reservas particulares próximos a 
fragmentos de vegetação nativa. As áreas 
selecionadas distribuíram-se por todo o perímetro 
urbano apresentando diferentes níveis de 
arborização e com distância mínima de 200 m entre 
si para garantir independência entre as amostras 
(BIBBY et al., 1993). 

 
Procedimentos 

As observações foram realizadas entre 
07:00 e 12:30h, no período de abril a dezembro de 
2009. Cada parcela foi amostrada por no mínimo 
50 min por dia, sendo visitadas quatro parcelas por 
dia de observação. Todas as parcelas foram 
amostradas quatro vezes, igualmente entre as 
estações do ano (seca e chuvosa). Os registros das 
espécies foram realizados com o auxílio de 
binóculos 8x40 mm.  

Uma vez iniciado o registro dos 
comportamentos de um indivíduo, o mesmo era 
acompanhado até que finalizasse o forrageamento 
com um ataque (movimento direto sobre a presa ou 
substrato onde o alimento está oculto) e tinha todos 
os comportamentos anotados, amostragem animal 
focal (ALTMANN, 1974). Foi considerado como 
forrageamento efetivo somente a sequência de 
comportamentos registrados que resultaram em 
ataque a presa. Os comportamentos foram 
registrados de acordo com a técnica de amostragem 
sequencial (adaptado de HEJL et al., 1990). Ao 
realizar observações sequenciais obtém-se uma 
maior amostragem; porém, as amostras geradas não 
são independentes, o que pode levar a uma 
inacurácia na estimativa da proporção de cada 
comportamento utilizado e da variância associada 
(HEJL et al., 1990). Registrando os 
comportamentos de um mesmo indivíduo separados 
por um intervalo de tempo, reduz-se a pseudo-
replicação devido à autocorrelação das amostras. 
Além disso, o baixo número de registros de 
comportamentos por indivíduo em cada parcela por 
dia, também contribui para reduzir a pseudo-
replicação (adaptado de LOPES, 2005). Foram 
feitos em cada parcela por dia de amostragem no 
máximo três registros de comportamentos 



1040 
Forrageamento de Pitangus...  MARTINS-OLIVEIRA, L. et al. 

Biosci. J., Uberlândia, v. 28, n. 6, p. 1038-1050, Nov./Dec. 2012 

executados por um mesmo indivíduo, separados por 
intervalos de no mínimo dois minutos. Este 
intervalo de tempo foi considerado suficiente pelo 
fato das espécies estudadas apresentarem grande 
mobilidade. Para individualização naquela 
amostragem acompanhava-se a ave até finalizar 
seus registros.  

A classificação e nomenclatura dos 
comportamentos de procura e ataque seguiram a 
proposta de Remsen e Robinson (1990), sendo 
adaptado para o português de acordo com Volpato 
e Mendonça-Lima (2002). Alguns comportamentos 
de procura não estavam descritos na literatura, 
porém foram observados durante amostragens 
piloto e classificados nesse estudo. Foram 
acrescentadas as seguintes estratégias de procura: 
“estático” (em que a ave permanece parada sobre 
um substrato movimentando em alguns casos 
somente a cabeça) e “pendurar” (mesma descrição 
da estratégia “pendurar” usada no ataque, mas 
ocorrendo durante a procura). Somente indivíduos 
forrageando dentro da parcela foram registrados. 

Em relação ao comportamento de procura, 
foram avaliadas também as seguintes variáveis: 
tipo e número de substratos de procura (arbusto na 
copa ou no interior em galho com ou sem folhas, 
árvore na copa ou no interior em galho com ou sem 
folhas, antena, asfalto, cimento, grama, cerca, 
edificação, fio, galho, paralelepípedo, placa, poste e 
terra); tempo de procura (s) e altura do substrato de 
procura (m). Em relação ao comportamento de 
ataque, foram registradas também as seguintes 
variáveis: direção do ataque (horizontal, vertical 
acima ou abaixo, diagonal acima ou abaixo, 
estático acima ou abaixo e estático a frente); 
substrato de ataque (folhagem viva ou seca, flor, 
fruto, galho, tronco, edificação, ar, água, asfalto, 
cimento, grama, paralelepípedo, poste e terra); 
distância percorrida durante o ataque (m), tempo de 
ataque (s) e altura do substrato de ataque (m). Além 
disso, foram anotados: comportamento após o 
ataque (permanência, retorno ou mudança de 
poleiro); distância para o novo poleiro (m); 
manipulação, de acordo com Remsen e Robinson 
(1990); tamanho do item alimentar em relação ao 
tamanho do bico da ave (maior, menor ou igual) e 
tipo do item alimentar (água, fruto, inseto, peixes, 
pequenos vertebrados, restos de alimentos 
humanos, e alimento não identificado). Medidas de 
altura e distância (m) foram visualmente estimadas 
a partir de uma referência de tamanho conhecido e 
fixo. Registros de tempo (s) foram realizados com 
cronômetro digital com função de “tomadas de 
tempo”. 
 

Análise de dados 
As frequências de ocorrência foram 

calculadas para as diferentes estratégias e variáveis 
observadas (táticas de procura, substratos de 
procura, táticas de ataque, substratos de ataque, 
direções do ataque, item alimentar, manipulação do 
item alimentar, tamanho do item alimentar em 
relação ao bico da ave e comportamentos pós-
ataque) tanto para P. sulphuratus como para T. 
melancholicus.  

Para as táticas de procura, substrato de 
procura e para altura de procura foram 
considerados registros múltiplos, uma vez que um 
mesmo evento de forrageamento pode incluir mais 
do que uma tática, substrato e altura. Em relação à 
variável distância para um novo poleiro, foram 
considerados apenas os registros em que a ave 
efetivamente mudou de poleiro.  

Também foram avaliadas diferenças de: 
altura de forrageamento (metros), número de 
poleiros utilizados na procura (unidades), tempo 
médio de procura por poleiro (segundos), tempo 
médio de procura em vôo (segundos), tempo total 
de procura antes do ataque (segundos), altura do 
ataque (metros), distância percorrida no ataque 
(metros), tempo de ataque (segundos) e distância 
para um novo poleiro (metros). Para verificar 
diferenças nas variáveis contínuas foi aplicado o 
teste U de Mann-Whitney utilizando o software 
Systat 10.2 (SPSS, 2002). Para observar as 
diferenças foram construídos box-plots no Systat 
10.2 (SPSS, 2002) das variáveis do comportamento 
de forrageamento. Para as variáveis categóricas foi 
aplicado o Teste do χ2 (tabela de contingência) 
agrupando as categorias com frequência inferior a 
5%. Esse teste foi calculado utilizando o software 
Biostat 5.0 (AYRES et al., 2007). Todos os testes 
tiveram nível de significância de p < 0,05. 

 
RESULTADOS  

 
Foram realizados 214 registros de 

forrageamento de P. sulphuratus e 217 registros de 
T. melancholicus no ambiente urbano durante o 
período de estudo. Foram verificadas diferenças 
significativas entre as duas espécies de tiranídeos 
no que se refere aos comportamentos de procura e 
ataque, excetuando-se o tipo de manipulação e o 
tamanho do item alimentar (Figuras 1 e 2). 
Tyrannus melancholicus utilizou principalmente 
duas estratégias de procura, sendo estas: “estático” 
(82,8% do total de estratégias utilizadas pela 
espécie) e “voar” (16,5%). A estratégia “pular” foi 
observada com frequência baixa (0,8%). Por outro 
lado, P. sulphuratus utilizou principalmente três 



1041 
Forrageamento de Pitangus...  MARTINS-OLIVEIRA, L. et al. 

Biosci. J., Uberlândia, v. 28, n. 6, p. 1038-1050, Nov./Dec. 2012 

estratégias de procura sendo estas: “estático” 
(53,4%), “voar” (22,8%) e “pular” (22,3%). As 
estratégias “saltar” (1,1%), “pendurar” (0,3%) e 
“caminhar” (0,3%) foram utilizadas apenas por P. 
sulphuratus (Figura 1A). 

A espécie P. sulphuratus utilizou 18 
substratos diferentes durante o comportamento de 
procura, enquanto T. melancholicus utilizou 11 
substratos de procura. Ambas as espécies utilizaram 
principalmente “árvores” (P. sulphuratus = 58,6%; 
T. melancholicus = 62,5%). Porém, a espécie P. 
sulphuratus usou mais frequentemente “árvores no 
interior em galhos sem folhas” (24,9%), enquanto a 

espécie T. melancholicus forrageou principalmente 
em “árvores na copa em galhos sem folhas” 
(33,5%). Outros substratos de procura utilizados 
com frequência por T. melancholicus foram “fios” 
(25,4%) (cabos de energia elétrica). Além das 
“árvores” o substrato “grama” (8,6%) foi também 
frequente para P. sulphuratus. Estruturas típicas de 
ambiente urbano como “postes”, “placas”, 
“edificações”, “cercas”, solos pavimentados 
(“asfalto”, “paralelepípedo” e “cimento”) foram 
utilizados principalmente por P. sulphuratus 
(Figura 1B).  

χ2 = 29,026; gl=2; p<0,001 χ2 = 53,373; gl=4; p<0,0001

0

5

10

15

20

25

30

35

40

A
bC

G
CF

A
bC

G
SF

A
bI

G
SF

A
CG

CF

A
CG

SF

A
IG

CF

A
IG

SF

A
nt

en
a

A
sf

al
to

Ce
rc

a

Ci
m

en
to

Ed
ifi

ca
çã

o
Fi

o
G

al
ho

G
ra

m
a

Pa
ra

le
le

pí
pe

do
Pl

ac
a

Po
ste

Te
rra

Substrato de procura

F
re

q
u

en
ci

a 
(%

)

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

Caminhar Estático Pendurar Pular Saltar Voar

Tática de procura

F
re

q
u

en
ci

a 
(%

)

A B

 
Figura 1. Frequência de registros das estratégias de procura (A) e dos substratos (B) de procura para Pitangus 

sulphuratus (barras escuras) e Tyrannus melancholicus (barras hachuradas). AbCGCF = arbusto 
copa galho com folha, AbCGSF = arbusto copa galho sem folha, AbIGSF = arbusto interior galho 
sem folha, ACGCF = árvore copa galho com folha, ACGSF = árvore copa galho sem folha, AIGCF 
= árvore interior galho com folha, AIGSF = árvore interior galho sem folha. 

 
Os tiranídeos P. sulphuratus e T. 

melancholicus utilizaram nove e oito estratégias de 
ataque, respectivamente. Tyrannus melancholicus 
utilizou principalmente a estratégia de ataque 
“investir-atingir” (52,1%), e de modo menos 
frequente “investir-pairar” (18,4%), “investir-
planar” (11,1%), “investir-estolar” (10,1%) e 
“investir-pousar” (5,5%). Já P. sulphuratus utilizou 
principalmente as estratégias “investir-pousar” 
(36%), “investir-pairar” (21,5%), “respigar” 
(15,9%), “investir-atingir” (11,7%), “alcançar” 
(6,1%) e “avançar” (5,1%) (Figura 2A). 

A direção de ataque “diagonal abaixo” foi 
utilizada com frequência tanto por P. sulphuratus 
(51,9%) como por T. melancholicus (50,7%). Essa 
última espécie também realizou ataques na direção 
“diagonal acima” com frequência elevada (46,1%). 
Já P. sulphuratus apresentou ataques em direções 
mais variadas, incluindo: “estático abaixo” 
(15,9%), “diagonal acima” (14%), “horizontal” 
(9,8%) e “estático a frente” (6,5%) (Figura 2B). 

A espécie T. melancholicus atacou 10 
substratos diferentes, com destaque para o “ar” 
(66,4%), enquanto P. sulphuratus atacou 14 
substratos, principalmente “grama” (32,7%) e 
“fruto” (23,4%) (Figura 2C). 

Artrópodes constituiram-se no item 
alimentar mais consumido por T. melancholicus 
(93,6%), enquanto P. sulphuratus teve uma dieta 
mais variada, incluindo artrópodes (52,3%), frutos 
(23,8%), restos de alimentos (2,8%), entre outros 
(Figura 2D). Durante a manipulação do alimento 
tanto P. sulphuratus quanto T. melancholicus 
utilizaram principalmente a tática “engolir” (61,7% 
e 52,5%, respectivamente). A tática de “tragar” foi 
observada com relativa frequência (16,6%) para T. 
melancholicus (Figura 2E). O tamanho do item 
alimentar capturado foi geralmente menor do que o 
bico da ave, tanto para P. sulphuratus (77,6%), 
quanto para T. melancholicus (81,6%) (Figura 2F). 



1042 
Forrageamento de Pitangus...  MARTINS-OLIVEIRA, L. et al. 

Biosci. J., Uberlândia, v. 28, n. 6, p. 1038-1050, Nov./Dec. 2012 

0

10

20

30

40

50

60

A
lc

an
ça

r

A
va

nç
ar

In
ve

sti
r-a

tin
gi

r

In
ve

sti
r-e

sto
la

r

In
ve

sti
r-p

ai
ra

r

In
ve

sti
r-p

la
na

r

In
ve

sti
r-p

ou
sa

r

Pe
nd

ur
ar

Pe
rs

eg
ui

r e
m

 v
ôo

Re
sp

ig
ar

Sa
lta

r

Tática de ataque

F
re

q
u

en
ci

a 
(%

)

0
10
20
30
40
50
60
70
80
90

100

Á
gu

a

A
lim

en
to

Fr
ut

o
In

se
to

Pe
ix

es

Ve
rte

br
ad

os

Re
sto

s

Item alimentar

F
re

q
u

en
ci

a 
(%

)

0

10

20

30

40

50

60

70

Ba
te

r

Be
be

r

En
go

lir

Es
m

ag
ar

Es
pe

ta
r

M
an

us
ea

r

Pe
rd

eu
Pi

ca
r

Sa
cu

di
r

Tr
ag

ar

Manipulação do item alimentar

F
re

q
u

en
ci

a 
(%

)

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

Igual Maior Menor

Tamanho do item alimentar em relação ao bico

F
re

q
u

en
ci

a 
(%

)
0

10

20

30

40

50

60

70

Á
gu

a A
r

A
sf

al
to

Ci
m

en
to

Ed
ifi

ca
çã

o
Fl

or

Fo
lh

ag
em

 v
iv

a
Fr

ut
o

G
al

ho

G
ra

m
a

Pa
ra

le
le

pí
pe

do
Po

ste
Te

rra

Tr
on

co

Substrato de ataque

F
re

q
u

en
ci

a 
(%

)

0

10

20

30

40

50

60

Mudou Perdeu de vista Permaneceu Retornou

Comportamento pós ataque

F
re

q
u

en
ci

a 
(%

)

0

10

20

30

40

50

60

D
iag

on
al 

ab
aix

o

D
iag

on
al 

ac
im

a

Es
tát

ico
 a 

fre
nt

e

Es
tát

ic
o 

ab
aix

o

Es
tát

ic
o 

ac
im

a

Ho
riz

on
tal

V
er

tic
al 

ac
im

a

Direção do ataque

F
re

q
u

en
ci

a 
(%

)

A B

C D

E F

G

χ2 = 49,026; gl=3; p<0,0001

χ2 = 78,909; gl=4; p<0,0001 χ2 = 43,811; gl=2; p<0,0001

χ2 = 42,669; gl=2; p<0,0001

χ2 = 1,834; gl=2; p=0,3998

χ2 = 25,161; gl=2; p<0,0001

χ2 = 3,211; gl=2; p=0,2008

 
Figura 2. Frequência de registros das estratégias de ataque (A), direção do ataque (B), substrato de ataque (C), 

tipo do item alimentar (D), forma de manipulação do item alimentar (E), tamanho do item alimentar 
em relação ao bico (F) e comportamento após o ataque (G) para as espécies Pitangus sulphuratus 
(barras escuras) e Tyrannus melancholicus (barras hachuradas). Alimento: alimento não identificado; 
restos: restos de alimentos humanos. 

 
Em 53% dos registros, T. melancholicus 

retornou para o mesmo poleiro após o ataque e 
mudou de poleiro em 43,8%; enquanto, P. 
sulphuratus mudou de poleiro após o ataque em 
49,1% dos registros, retornou em 26,6% e 
permaneceu no mesmo poleiro de ataque em 21,5% 
dos registros (Figura 2G).  

Os valores médios de altura de procura (T. 
melancholicus = 5,49±3,43m, P. sulphuratus = 
2,82±2,45m) tempo médio de procura por poleiro 
(T. melancholicus = 58,31±58,63s, P. sulphuratus = 
36,04±49,6s), tempo total de procura (T. 
melancholicus = 77,01±85,05s, P. sulphuratus = 
73,54±111,52s), altura de ataque (T. melancholicus 



1043 
Forrageamento de Pitangus...  MARTINS-OLIVEIRA, L. et al. 

Biosci. J., Uberlândia, v. 28, n. 6, p. 1038-1050, Nov./Dec. 2012 

= 4,93±3,34m, P. sulphuratus =  1,91±2,87m), 
distância percorrida no ataque (T. melancholicus = 
4,4±4,27m, P. sulphuratus =  2,33±3,06m), tempo 
de ataque (T. melancholicus = 1,29±1,56s, P. 
sulphuratus =  0,72±0,83s) e distância para um 
novo poleiro (T. melancholicus = 3,64±6,19m, P. 
sulphuratus =  2,16±3,62m) diferiram entre as 

espécies sendo maiores para T. melancholicus 
(Figura 3). Enquanto, as médias de tempo médio de 
procura em vôo (T. melancholicus = 0,5±1,45s, P. 
sulphuratus = 1,36±4,02s) e número de poleiros 
utilizados na procura (T. melancholicus = 
1,33±0,8unid, P. sulphuratus = 1,85±1,38unid) 
foram maiores para P. sulphuratus (Figura 3).  

 

P. sulphutatus T. melancholicus
0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

N
ú

m
er

o 
p

ol
ei

ro
s 

d
e 

p
ro

cu
ra

 (
u

n
d

)

P. sulphutatus T. melancholicus

U=27964,500; n1=214, n2=217; p<0,001

P. sulphutatus T. melancholicus
0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

N
ú

m
er

o 
p

ol
ei

ro
s 

d
e 

p
ro

cu
ra

 (
u

n
d

)

P. sulphutatus T. melancholicusP. sulphutatus T. melancholicus
0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

N
ú

m
er

o 
p

ol
ei

ro
s 

d
e 

p
ro

cu
ra

 (
u

n
d

)

P. sulphutatus T. melancholicus

U=27964,500; n1=214, n2=217; p<0,001

0

100

200

300

400

T
em

p
o 

m
éd

io
 d

e 
p

ro
cu

ra
 p

ol
ei

ro
 (

s)

P. sulphutatus T. melancholicus

U=15882,000; n1=214, n2=217; p<0,001

0

100

200

300

400

T
em

p
o 

m
éd

io
 d

e 
p

ro
cu

ra
 p

ol
ei

ro
 (

s)

P. sulphutatus T. melancholicus

0

100

200

300

400

T
em

p
o 

m
éd

io
 d

e 
p

ro
cu

ra
 p

ol
ei

ro
 (

s)

P. sulphutatus T. melancholicus

U=15882,000; n1=214, n2=217; p<0,001

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

T
em

p
o 

m
éd

io
 d

e 
p

ro
cu

ra
 v

oo
(s

)

P. sulphutatus T. melancholicus

U=27324,000; n1=214, n2=217; p<0,001

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

T
em

p
o 

m
éd

io
 d

e 
p

ro
cu

ra
 v

oo
(s

)

P. sulphutatus T. melancholicus

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

T
em

p
o 

m
éd

io
 d

e 
p

ro
cu

ra
 v

oo
(s

)

P. sulphutatus T. melancholicus

U=27324,000; n1=214, n2=217; p<0,001

P. sulphutatus T. melancholicusP. sulphutatus T. melancholicus

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

T
em

p
o 

to
ta

l 
d

e 
p

ro
cu

ra
 (

s)

U=20087,000; n1=214, n2=217; p=0,015

P. sulphutatus T. melancholicusP. sulphutatus T. melancholicus

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

T
em

p
o 

to
ta

l 
d

e 
p

ro
cu

ra
 (

s)

P. sulphutatus T. melancholicusP. sulphutatus T. melancholicus

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

T
em

p
o 

to
ta

l 
d

e 
p

ro
cu

ra
 (

s)

U=20087,000; n1=214, n2=217; p=0,015

0

5

10

15

20
A

lt
u

ra
 a

ta
q

u
e 

(m
)

P. sulphutatus T. melancholicusP. sulphutatus T. melancholicus

U=10476,000; n1=214, n2=217; p<0,001

0

5

10

15

20
A

lt
u

ra
 a

ta
q

u
e 

(m
)

P. sulphutatus T. melancholicusP. sulphutatus T. melancholicus
0

5

10

15

20
A

lt
u

ra
 a

ta
q

u
e 

(m
)

P. sulphutatus T. melancholicusP. sulphutatus T. melancholicus

U=10476,000; n1=214, n2=217; p<0,001

0

10

20

30

40

50

D
is

tâ
n

ci
a 

p
er

co
rr

id
a 

n
o 

at
aq

u
e 

(m
)

P. sulphutatus T. melancholicusP. sulphutatus T. melancholicus

U=13308,500; n1=214, n2=217; p<0,001

0

10

20

30

40

50

D
is

tâ
n

ci
a 

p
er

co
rr

id
a 

n
o 

at
aq

u
e 

(m
)

P. sulphutatus T. melancholicusP. sulphutatus T. melancholicus

0

10

20

30

40

50

D
is

tâ
n

ci
a 

p
er

co
rr

id
a 

n
o 

at
aq

u
e 

(m
)

P. sulphutatus T. melancholicusP. sulphutatus T. melancholicus

U=13308,500; n1=214, n2=217; p<0,001

0

5

10

15

20

T
em

p
o 

d
e 

at
aq

u
e 

(s
)

P. sulphutatus T. melancholicus

U=14634,500; n1=214, n2=217; p<0,001

0

5

10

15

20

T
em

p
o 

d
e 

at
aq

u
e 

(s
)

P. sulphutatus T. melancholicus

0

5

10

15

20

T
em

p
o 

d
e 

at
aq

u
e 

(s
)

P. sulphutatus T. melancholicus

U=14634,500; n1=214, n2=217; p<0,001

0

10

20

30

40

50

D
is

tâ
n

ci
a 

n
ov

o 
p

ol
ei

ro
 (

m
)

P. sulphutatus T. melancholicus

U=2892,500; n1=109, n2=95; p<0,001

0

10

20

30

40

50

D
is

tâ
n

ci
a 

n
ov

o 
p

ol
ei

ro
 (

m
)

P. sulphutatus T. melancholicus
0

10

20

30

40

50

D
is

tâ
n

ci
a 

n
ov

o 
p

ol
ei

ro
 (

m
)

P. sulphutatus T. melancholicus

U=2892,500; n1=109, n2=95; p<0,001

0

10

20

30

40

50

A
lt

u
ra

 d
e 

fo
rr

ag
ea

m
en

to
 n

a 
p

ro
cu

ra
 (

m
)

P. sulphutatus T. melancholicus

U=26646,500; n1=394, n2=287; p<0,001

0

10

20

30

40

50

A
lt

u
ra

 d
e 

fo
rr

ag
ea

m
en

to
 n

a 
p

ro
cu

ra
 (

m
)

P. sulphutatus T. melancholicus
0

10

20

30

40

50

A
lt

u
ra

 d
e 

fo
rr

ag
ea

m
en

to
 n

a 
p

ro
cu

ra
 (

m
)

P. sulphutatus T. melancholicus

U=26646,500; n1=394, n2=287; p<0,001

A B C

D E F

G H I

 
 
Figura 3. Distribuição das alturas de forrageio (A), número de poleiros (B), tempo médio de procura por 

poleiro (C), tempo médio de procura em vôo (D), tempo total de procura (E), altura de ataque (F), 
ditância percorrida no ataque (G), tempo de ataque (H) e distância para novo poleiro (I) das espécies 
Pitangus sulphuratus e Tyrannus melancholicus. Resultados do Teste Man-Whitney para diferenças 
dos aspectos do forrageamento das espécies. (traços horizontais = valores mínimos e máximos; limites 
horizontais das caixas: inferior = quartil de 25%, superior = quartil de 75%; asteriscos e círculos = 
outliers. As caixas são mais estreitas na mediana e retornam para a largura total nos limites de 95% de 
confiança inferior e superior da média). 



1044 
Forrageamento de Pitangus...  MARTINS-OLIVEIRA, L. et al. 

Biosci. J., Uberlândia, v. 28, n. 6, p. 1038-1050, Nov./Dec. 2012 

DISCUSSÃO 
 
De modo geral, tiranídeos forrageiam 

utilizando-se da técnica de procura-e-captura, 
caracterizada por períodos estacionários, seguidos 
ou por uma tentativa de captura da presa 
(geralmente através de um vôo de aproximação ou 
investir) ou por uma mudança para um novo poleiro 
(FITZPATRICK, 1980). Nossos resultados mostram 
que tanto P. sulphuratus, quanto T. melancholicus 
utilizam essencialmente o modo de procura estático 
e voam mudando de poleiro, provavelmente quando 
é verificada uma baixa oferta de recursos. Convém 
destacar que somente P. sulphuratus apresentou um 
comportamento de procura ativa em alguns eventos, 
utilizando “pular” durante o forrageamento, tanto 
para encontrar a presa como para aproximar-se do 
item alimentar, o que evidencia uma maior 
versatilidade da espécie em termos de tática de 
procura.  

Árvores, incluindo copa e interior, com ou 
sem folhas, foram os principais substratos utilizados 
durante a procura de alimentos pelas duas espécies 
pesquisadas. Isso corrobora que características da 
estrutura da vegetação são importantes para o 
comportamento de forrageio, pois afetam 
diretamente a movimentação das aves no habitat e 
sua capacidade de localizar e capturar as presas, e 
podem ainda, permitir que as aves reconheçam nos 
ambientes urbanizados recursos similares aos de 
seus habitats naturais (ROBINSON; HOLMES, 
1982; MILLS et al., 1989; FERNÁNDEZ-JURICIC, 
2004). 

Embora ambas as espécies tenham utilizado 
principalmente a vegetação como substrato de 
procura, ambas utilizaram diversos substratos 
tipicamente urbanos, especialmente fios (linhas de 
transmissão de energia elétrica), mas também, 
antenas, postes e placas. Esses tipos de poleiros 
oferecem um campo visual elevado sem obstáculos, 
e podem ser importantes nas cidades para espécies 
que apresentam um maior raio de busca e 
comportamento de espreita por longos períodos, 
como verificado para T. melancholicus, uma das 
espécies definidas por Fitzpatrick (1980, 1981) 
como “Aerial Hawkers” (tiranídeos que realizam 
ataques aéreos partindo de um período estacionário 
em poleiros elevados). “Cercas” e “edificações” 
também são substratos típicos de ambientes 
antrópicos, que foram utilizados por ambas as 
espécies. Entretanto, o forrageamento no solo, 
pavimentado ou não-pavimentado, foi observado 
somente para P. sulphuratus, demonstrando que 
esses substratos também são relevantes para o 
forrageamento desta espécie em ambientes urbanos 

(VOLPATO; ANJOS, 2001). Esse aspecto mais 
generalista na utilização de poleiros de procura e a 
utilização de estruturas antrópicas não encontradas 
em seus habitats naturais podem ser importantes 
para o estabelecimento dessas espécies no ambiente 
urbano. 

Fitzpatrick (1980) inclui o gênero Tyrannus 
na categoria onde todas as formas de investir estão 
presentes. Os resultados do presente trabalho 
corroboram esse autor, sendo que T. melancholicus 
utilizou principalmente o modo “investir-atingir”, 
no qual o vôo da ave é direcionado à presa voando 
ou estacionária. De modo semelhante, Gabriel e 
Pizo (2005) verificaram que T. melancholicus 
utilizou os diferentes modos de investir e em 71,9% 
dos registros usou a estratégia “investir-atingir”. Já 
P. sulphuratus não demonstrou uma preferência tão 
clara por uma única estratégia de ataque (utilizou 
nove das 11 estratégias de ataque), e utilizou 
estratégias que são mais distintas em seu modo de 
execução como diferentes modos de “investir”, 
“respigar”, “alcançar” e “avançar”, mostrando a 
diversidade comportamental dessa espécie. A 
utilização de diferentes estratégias de ataque por P. 
sulphuratus deve remeter à diversidade de itens 
alimentares e substratos utilizados em seu 
forrageamento. 

Pitangus sulphuratus usou, nesse estudo, 
como estratégias de ataque mais frequentes 
“investir-pousar”, “investir-pairar” e “respigar”. No 
estudo de Gabriel e Pizo (2005), essa mesma 
espécie utilizou sete das nove estratégias de ataque 
observadas naquele estudo, e utilizou mais 
frequentemente as táticas “investir-atingir” e 
“respigar”. Essa discordância pode estar relacionada 
à diferença dos hábitats estudados (áreas de 
florestas, fazendas e reservas, enquanto o presente 
estudo foi realizado no ambiente urbano) e à oferta 
diferencial de recursos espacial e temporalmente 
desses hábitats. Pitangus sulphuratus parece 
desenvolver um comportamento de forrageio 
especializado de curto prazo, de acordo com as 
condições locais e estacionais do alimento 
disponível (FITZPATRICK, 1980). A tática 
“respigar” frequente para P. sulphuratus, é 
presumivelmente uma manobra de menor custo 
energético (REMSEN, 1985).  

A direção de ataque mais comum para P. 
sulphuratus foi “diagonal abaixo”. Esse tiranídeo 
frequentemente voa na direção abaixo do nível do 
poleiro para atacar a presa (GABRIEL; PIZO, 
2005). Do mesmo modo, T. melancholicus atacou 
principalmente na direção diagonal, mas tanto 
abaixo quanto acima, além de outras direções, 
exceto ataques verticais. Essa espécie procura por 



1045 
Forrageamento de Pitangus...  MARTINS-OLIVEIRA, L. et al. 

Biosci. J., Uberlândia, v. 28, n. 6, p. 1038-1050, Nov./Dec. 2012 

presas aéreas em várias direções, mas raramente 
realiza vôos verticais (GABRIEL; PIZO, 2005). A 
preferência de ataques na diagonal, sentido abaixo 
do poleiro de procura, pode estar relacionada com o 
menor gasto energético dessa manobra em relação 
às demais direções de ataque. Um salto ou investir 
para baixo (isto é, deixando cair) requer 
provavelmente menos energia do que requer o salto 
para cima contra a gravidade (REMSEN; 
ROBINSON, 1990). Pitangus sulphuratus também 
realizou ataques que envolvem apenas movimento 
do corpo (sem deslocamento), sendo eles: “respigar” 
e “alcançar”. Nesses casos, a direção do ataque foi 
“estático abaixo” ou “à frente”. Manobras de ataque 
aéreo requerem mais energia do que aquelas 
manobras em que o item alimentar é removido de 
um substrato próximo ao poleiro da ave (REMSEN; 
ROBINSON, 1990). 

Os movimentos de forrageio são certamente 
influenciados pelos tipos de substratos aos quais são 
dirigidos (REMSEN; ROBINSON, 1990). Tyrannus 
melancholicus mostrou preferência por atacar as 
presas no “ar” em mais de 50% dos registros devido 
à sua preferência por forragear artrópodes voadores 
(FITZPATRICK, 1980, 1981; GABRIEL; PIZO, 
2005) No presente estudo, P. sulphuratus mostrou 
uma utilização mais variada de substratos de ataque, 
sendo os mais frequentes “grama” e “frutos”. Os 
itens alimentares mais frequentes para P. 
sulphuratus foram “artrópodes” e “frutos”, mas 
foram observados eventos de alimentação variados. 
Esta espécie possui uma dieta onívora, podendo se 
alimentar de artrópodes, lagartos, peixes, sapos, e 
uma ampla quantidade de frutos de vários tamanhos 
(FITZPATRICK, 1980). Além disso, essa espécie se 
alimenta de ovos e filhotes de aves, roubam 
alimentos de outras aves e restos de alimentos 
humanos (SKUTCH, 1960; FFRENCH, 1976; 
FITZPATRICK, 1980). 

Tyrannus melancholicus mostrou forragear 
em alturas mais elevadas, tanto na procura quanto 
no ataque, provavelmente devido ao maior raio de 
visão que esses poleiros elevados podem 
proporcionar, favorecendo o modo de 
forrageamento da espécie. Nesse sentido, a espécie 
diferiu de P. sulphuratus que, na procura e 
principalmente no ataque, forrageou mais próximo 
ao solo. Gabriel e Pizo (2005) mostraram que P. 
sulphuratus foi frequentemente visto em poleiros 
mais altos na vegetação, mas que nunca usou tais 
poleiros para forragear. A espécie geralmente 
forrageou a altura mediana (vários ataques em 
substratos ao nível do solo), sempre inferior à altura 
de forrageamento de T. melancholicus. Pitangus 
sulphuratus apresenta características de tiranídeos 

classificados como “near-ground generalists”, com 
repertórios comportamentais generalistas, mas que 
dependem da proximidade ao solo. Ficam em 
poleiros baixos que permitem à ave “escanear” o 
solo, a superfície da água ou a baixa vegetação em 
busca de presas (FITZPATRICK, 1980).  

A maior parte dos itens alimentares de 
ambas as espécies foram de tamanho “menor” que o 
bico do indivíduo, com frequente manipulação do 
tipo “engolir”, envolvendo um menor gasto 
energético. “Bater” e “manusear” foram utilizados 
principalmente para itens de tamanho “igual” ou 
“maior” que o bico da ave. Além disso, de modo 
diferente de P. sulphuratus, “tragar” foi utilizado 
por T. melancholicus geralmente quando a ave 
utilizava as estratégias “investir-atingir” ou 
“investir-planar” e a presa voadora era menor do 
que o bico. A maneira como o alimento é 
manipulado é importante porque o tempo de 
manipulação do alimento pode ser considerado 
como custo energético (REMSEN; ROBINSON, 
1990). 

De modo geral, os movimentos de procura 
das aves se estabelecem nas modalidades “passiva” 
ou “ativa”. Os forrageadores ativos mudam de 
poleiros em taxas elevadas utilizando saltos ou 
caminhando, e utilizam vôos curtos. Já os 
forrageadores passivos raramente mudam de 
poleiros, mas voam distâncias longas quando se 
movem. Neste sentido, os tiranídeos foram 
considerados primariamente passivos, por seu modo 
de procura de permanecer estacionário sobre um 
poleiro (REMSEN; ROBINSON, 1990). Como 
vimos, ambas as espécies desse estudo tiveram 
longos períodos estacionários durante seu 
forrageamento, embora P. sulphuratus mude mais 
frequentemente de poleiros de procura do que T. 
melancholicus, e utilize a tática de procura “pular” 
em alguns momentos de seu forrageamento. 

Invariavelmente observamos P. sulphuratus 
retornar para um poleiro ou permanecer no mesmo 
local, por longos períodos. Mas isso ocorria apenas 
quando os indivíduos já haviam identificado uma 
mancha de recurso abundante. Esse comportamento 
foi observado, por exemplo, quando haviam frutos, 
restos de alimentos, peixes ou itens alimentares não 
identificados em substratos no solo. Ao forragear 
constantemente em uma mancha de recurso, o 
predador adquire informações sobre a 
disponibilidade de presas e geralmente opta por 
deixar a mancha apenas quando a qualidade e as 
vantagens diminuem (PYKE, 1984). 

Espécies que apresentam o modo de 
forragear “aerial hawking”, como T. melancholicus, 
têm um campo visual maior, permanecem mais 



1046 
Forrageamento de Pitangus...  MARTINS-OLIVEIRA, L. et al. 

Biosci. J., Uberlândia, v. 28, n. 6, p. 1038-1050, Nov./Dec. 2012 

tempo forrageando em ambientes mais abertos que 
podem ser “escaneados” de modo eficiente a partir 
de um único poleiro. Por isso, raramente mudam de 
poleiro (FITZPATRICK, 1981). A duração de cada 
pausa entre os ataques e sua frequência de 
distribuição são características de cada espécie, há 
apenas variações sutis de acordo com o local 
geográfico e momento de forrageamento (DAVIES, 
1977; FITZPATRICK, 1980). Conseguindo 
“escanear” um raio maior em seu entorno pode 
encontrar e atacar presas em posições mais distantes 
em relação a seu poleiro de procura.  

O comportamento de fazer vôos de ataque 
mais longos está ainda relacionado à morfologia da 
espécie, ao tipo de habitat que forrageia e ao tipo de 
presa (FITZPATRICK, 1981). Outro reflexo do 
maior campo de visão de T. melancholicus é a maior 
distância ao se deslocar de um local de procura a 
outro. Assim, em um habitat uniforme esse tiranídeo 
deve voar longe o bastante para deixar a área já 
vasculhada, mas não tão longe para desperdiçar 
energia ultrapassando locais não escaneados 
(FITZPATRICK, 1981). O fato do tempo de ataque 
corresponder à distância de ataque sugere que essas 
variáveis estejam relacionadas.  

Hagemeijer e Blair (1997) e Kark et al. 
(2007) sugerem que uma maior flexibilidade 
comportamental das aves deve propiciar sua 
ocorrência em cidades. Para sobreviver nestes 
ambientes, as espécies devem adotar novas técnicas 
de forrageamento e consumir novos itens 
alimentares (LEFEBVRE et al., 1997; 
NICOLAKAKIS; LEFEBVRE, 2000). No presente 
estudo, verificamos a utilização de um número 
maior de estratégias de forrageamento das espécies 
investigadas, quando comparado ao trabalho de 
Gabriel e Pizo (2005). Entretanto, são necessários 
mais estudos para demonstrar se essas técnicas são 
novas ou apenas utilizadas com menor frequência 
em ambientes naturais. Note-se que para P. 
sulphuratus foram registrados itens alimentares 
oferecidos apenas em ambientes antrópicos e que, 
portanto, podem ser favoráveis à sua sobrevivência 
no meio urbano. Espécies que consomem itens 
alimentares provenientes de humanos ou são 
humanos-comensais devem ter uma vantagem 
significativa sobre outras espécies a se ajustar a 
ambientes humanos modificados (KARK et al., 
2007).  

Embora T. melancholicus demonstre uma 
preferência por presas aéreas, e apresente 

comportamentos especialistas associados à captura 
dessas presas, utiliza diferentes substratos de 
procura incluindo estruturas tipicamente urbanas 
que poderia ser um aspecto mais generalista em seu 
comportamento em ambientes urbanos. Já P. 
sulphuratus é classificado por Fitzpatrick (1980, 
1981) como generalista supremo, e geralmente é 
apresentada pelo autor separadamente das outras 
espécies de tiranídeos. É uma espécie cujo 
repertório geral abrange quase toda a gama de 
técnicas de forrageamento dos tiranídeos 
(FITZPATRICK, 1980). As espécies generalistas de 
habitat ajustam seus movimentos comportamentais e 
seus usos de recursos aos padrões da paisagem em 
que elas estão vivendo (MENNENCHEZ; 
CLERGEAU, 2006). Espécies generalistas são 
capazes de acessar os recursos que elas precisam, 
tais como alimento ou abrigo, fazendo uso de novas 
manchas de recursos feitas pelo homem e podem 
diminuir o efeito da alteração da paisagem sobre sua 
sobrevivência (GASCON et al., 1999). Desse modo, 
as espécies generalistas parecem ser menos 
vulneráveis a deterioração do habitat (OWENS; 
BENNETT, 2000), incluindo o desenvolvimento 
urbano (KARK et al., 2007).  

 
CONCLUSÃO 

 
As espécies pesquisadas apresentam um 

amplo repertório comportamental, sendo que 
Tyrannus melancholicus mostra comportamentos de 
forrageio mais restritos, especialmente no que se 
refere à dieta, enquanto P. sulphuratus é um 
generalista pleno, tanto no comportamento de 
forrageio como na dieta. Em ambos os casos, as 
características comportamentais favorecem a 
sobrevivência e o estabelecimento nos ambientes 
urbanos. 

 
AGRADECIMENTOS 
 

Os autores agradecem à Fundação de 
Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais 
(FAPEMIG) e à Coordenação de Aperfeiçoamento 
de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pelo apoio 
financeiro aos pesquisadores. Aos revisores 
anônimos da revista Bioscience Journal pelas 
sugestões para a melhoria deste manuscrito. Ao Dr. 
Rafael de Freitas Juliano pela gentileza em revisar o 
Abstract.  

 
 
 
 



1047 
Forrageamento de Pitangus...  MARTINS-OLIVEIRA, L. et al. 

Biosci. J., Uberlândia, v. 28, n. 6, p. 1038-1050, Nov./Dec. 2012 

 
ABSTRACT: Flycatchers (Aves: Tyrannidae) are birds with vast behavioral repertorie and occur in many 

habitats, occurring frequently in the urban environment. This study aimed to determine and compare the foraging behavior 
of Pitangus sulphuratus and Tyrannus melancholicus, in an urban habitat. The study was conducted at Uberlândia/MG, 
Brazil, from April to December 2009, totaling 280 hours of sampling effort. We sampled 72 plots twice per season - dry 
and rainy. The observations were made in the morning, in 50 min bouts. We recorded: search and attack behaviors, search 
substrate, search time, direction, distance and substrate used in attack behavior, substrate height, size and type of food 
item; manipulation; behavior after attack. The "static" search strategy and "tree" search substrate were more frequent for 
both species. The "sally-strike" (T. melancholicus) and "sally-pounce" (P. sulphuratus) attack strategies were the most 
frequent. The "diagonal downward" attack direction was used more frequently by both species, but T. melancholicus 
attacked mainly in "air" and P. sulphuratus attacked in "grass." The main food item was "arthropod" for both species. For 
most variables examined, T. melancholicus had higher average values than P. sulphuratus, except for average flight time 
and number of perches search. Although T. melancholicus showed a more specialized behavior, the two species studied 
show a wide behavioral repertoire, with generalist aspects, especially P. sulphuratus. 

 
KEYWORDS: Feeding behavior. Urbanization. Passeriformes. Flycatcher. 

 
 
REFERÊNCIAS  
 
ALTMAN, J. Observational sampling of behavior: sampling methods. Behaviour, Leiden, v. 49, n. 3, p. 227-
267, jan. 1974. 
 
ARAÚJO, G. M.; HARIDASAN, M. Estrutura fitossociológica de duas matas mesófilas semidecíduas em 
Uberlândia, Triângulo Mineiro. Naturalia, Rio Claro, v. 22, p. 115-129, 1997. 
 
ARAÚJO, G. M.; NUNES, J. J.; ROSA, A. G.; RESENDE, E. J. Estrutura comunitária de vinte áreas de 
cerrado residuais no município de Uberlândia, MG. Daphne, Belo Horizonte, v. 7, n. 2, p. 7-14, 1997. 
 
ARGEL-DE-OLIVEIRA, M. M.; CURI, N. A.; PASSERINI, T. Alimentação de um filhote de bem-te-vi, 
Pitangus sulphuratus (Linnaeus) (Passeriformes, Tyrannidae), em ambiente urbano. Revista Brasileira de 
Zoologia, São Paulo, v. 15, n. 4, p. 1103-1109, 1998. 
 
AYRES, M.; AYRES JUNIOR, M.; AYRES, D. L.; SANTOS, A. A. S. BioEstat, versão 5.0. Belém: 
Sociedade Civil Mamirauá, MCT – CNPq, 2007. 
 
BEISSINGER, S.R.; OSBORNE, D.R. Effects of urbanization on avian community organization. Condor v. 
84, p.75-83, 1982.  
 
BYBBY, Colin J.; BURGESS, Neil D.; HILL, David A.; Bird census techniques. 3 ed. London: Academic 
Press. 1993. 257p. 
 
DAVIES, N. B. Prey selection and the search strategy of the spotted flycatcher (Muscicapa striata): a field 
study of optimal foraging. Animal Behaviour, London, v. 25, p. 1016-1033, nov. 1977. 
 
FERNÁNDEZ-JURICIC, E. Spatial and temporal analysis of the distribution of forest specialists in an urban-
fragmented landscape (Madrid, Spain): Implications for local and regional bird conservation. Landscape and 
Urban Planning, v. 69, n. 1, p. 17-32, jul. 2004. 
 
FFRENCH, R. A guide of the birds of Trinidad and Tobago. Wynnewood: Livingston Publisher 
Corporation, 1976. 470 p. 
 
FITZPATRICK, J. W. Foraging behavior of Neotropical Tyrant Flycatchers. The Condor, Albuquerque, v. 82, 
n. 1, p. 43-57, feb. 1980. 
 



1048 
Forrageamento de Pitangus...  MARTINS-OLIVEIRA, L. et al. 

Biosci. J., Uberlândia, v. 28, n. 6, p. 1038-1050, Nov./Dec. 2012 

FITZPATRICK, J. W. Search strategies of Tyrant Flycatchers. Animal Behaviour, London, v. 29, n. 3, p. 810-
821, aug. 1981. 
 
FRANCHIN, Alexandre Gabriel. Avifauna em áreas urbanas brasileiras, com ênfase em cidades do 
Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba. 2009. 147 f. Tese (Doutorado em Ecologia e Conservação de Recursos 
Naturais) - Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação de Recursos Naturais, Universidade 
Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2009.  
 
GABRIEL, V. A.; PIZO, M. A. Foraging Behavior of Tyrant Flycatchers (Aves, Tyrannidae) in Brazil. Revista 
Brasileira de Zoologia, São Paulo, v. 22, n. 4, p. 1072-1077, dec. 2005. 
 
GASCON, C.; LOVEJOY, T. E.; BIERREGAARD, R. O.; MALCOLM, J. R.; STOUFFER, P. C.; 
VASCONCELOS, H. L.; LAURANCE, W. F.; ZIMMERMAN, B.; TOCHER, M.; BORGES, S. Matrix habitat 
and species richness in tropical forest remnants. Biological Conservation, Essex, v. 91, n. 2-3, p. 223-229, dec. 
1999. 
 
GILL, F. B. Ornithology. 2. ed. New York: W.H. freeman and Company, 1994. 672p. 
 
GWYNNE, John A.; RIDGELY, Robert S.; TUDOR, Guy.; ARGEL, Martha. Aves do Brasil: Pantal & 
Cerrado. Tradução Martha Argel. São Paulo: Editora Horizonte; Nova York: Comstock Publishing Associates, 
2010. 322 p. 
 
HAGEMEIJER, E. J. M.; BLAIR, M. J. The EBCC atlas of european breeding birds: their distribution and 
abundance. —T. & A.D. Poyser, London. 1997. 
 
HEJL, S. J.; VERNER, J.; BELL, G. W. Sequential versus initial observations in studies of avian foraging. In: 
MORRISON, M. L.; RALPH, C. J.; VERNER, J.; JEHL Jr., J. R. (Ed.). Avian foraging: theory, methodology 
and applications. Lawrence: Cooper Ornithological Society (Studies in Avian Biology, 13), 1990. p. 166-170. 
 
IBGE, 2010. Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Censo demográfico 2010: resultados do 
universo relativo às características da população e dos domicílios; Uberlândia, MG, Disponível em: 
<http://www.ibge.gov.br/>. Acesso em: 11 jan. 2011.  
 
JAHN, A. E.; LEVEY, D. J.; MAMANI, A. M.; SALDIAS, M.; ALCOBA, A.; LEDEZMA, M. J.; FLORES, 
B.;  VIDOZ, J. Q.; HILARION, F.  Seasonal differences in rainfall, food availability, and the foraging behavior 
of Tropical Kingbirds in the southern Amazon Basin.  Journal of Field Ornithology, v. 81, p. 340-348, 2010. 
 
KARK, S.; IWANIUK, A.; SCHALIMTZEK, A.; BANKER, E. Living in the city: can anyone become an 
‘urban exploiter’? Journal of Biogeography, Oxford, v. 34, n. 4, p. 638-651, apr. 2007. 
 
KARR, J. R.; BROWN, J. D. Food resources of understory birds in central Panama: quantification and effects 
of avian populations. In: MORRISON, M. L.; RALPH, C. J.; VERNER, J.; JEHL Jr., J. R. (Ed.). Avian 
foraging: theory, methodology and applications. Lawrence: Cooper Ornithological Society (Studies in Avian 
Biology, 13), 1990. p. 58-64. 
 
LEFEBVRE, L.; WHITTLE, P.; LASCARIS, E.; FINKELSTEIN, A. Feeding innovations and forebrain size in 
birds. Animal Behaviour, London, v. 53, n. 3, p. 549-560, mar. 1997. 
 
LOPES, L. E. Dieta e comportamento de forrageamento de Suiriri affinis e S. islerorum (Aves, Tyrannidae) em 
um cerrado do Brasil central. Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, v. 95, n. 4, p. 341-345, dec. 2005. 
 
MACARTHUR, R. H. Population ecology of some warblers of northeastern coniferous forests. Ecology, 
Ithaca, v. 39, n. 4, p. 599-619, oct. 1958. 
 



1049 
Forrageamento de Pitangus...  MARTINS-OLIVEIRA, L. et al. 

Biosci. J., Uberlândia, v. 28, n. 6, p. 1038-1050, Nov./Dec. 2012 

MALDONADO-COELHO, M. Foraging behavior of Minas Gerais tyrannulet (Phylloscartes roquettei) in a 
cerrado gallery forest. Studies in Neotropical Fauna and Environment, Stuttgart v. 44, n. 1, p. 17-21, apr. 
2009. 
 
MENNENCHEZ, G.; CLERGEAU, P. Effects of urbanization on habitat generalists: starlings not so flexible? 
Acta Oecologica, Paris, v. 30, n. 2, p. 182-191, sep-oct. 2006. 
 
MILLS, G. S.; DUNNING Jr, J. B.; BATES, J. M. Effects of urbanization on breeding bird community 
structure in southwestern desert habitats. The Condor, Albuquerque, v. 91, n. 2, p. 416-428, may. 1989. 
 
MORRISON, M. L.; RALPH, C. J.; VERNER, J. Introduction. In: MORRISON, M. L.; RALPH, C. J.; 
VERNER, J.; JEHL Jr., J. R. (Ed.). Avian foraging: theory, methodology and applications.  Lawrence: 
Cooper Ornithological Society (Studies in Avian Biology, 13), 1990. p. 1-2. 
 
NICOLAKAKIS, N.; LEFEBVRE, L. Forebrain size and innovation rate in European birds: feeding, masting 
and confounding variables. Behaviour, Leiden, v. 137, n. 11, p. 1415-1429, nov. 2000. 
 
OWENS, I. P. F.; BENNETT, P. M. Ecological basis of extinction risk in birds: habitat loss versus human 
persecution and introduced predators. Proceedings of the National Academy of Sciences of United States of 
America, Washington, v. 97, n. 22, p. 12144-12148, oct. 2000. 
 
PETIT, D. R.; LYNCH, J. F.; HUTTO, R. L.; BLAKE, J. G.; WAIDE, R. B. Habitat use and conservations in 
the Neotropics. In: MARTIN, T. E.; FINCH, D. M. (Ed). Ecology and Management of Neotropical 
migratory birds: a synthesis and review of critical issues. New York: Oxford University Press, 1995. p. 145-
197. 
 
POUGH, F. H.; JANIS, C. M.; HEISER, J. B. A vida dos vertebrados. 4. ed. São Paulo: Atheneu, 2008. 750p. 
PYKE, G. H. Optimal foraging theory: a critical review. Annual Review of Ecology and Systematics, n. 15, 
p. 523-575. 1984. 
 
REMSEN Jr, J. V. Community organization and ecology of birds of high elevation humid forest of the Bolivian 
Andes. Ornithological Monographs, Albuquerque, n. 36, p. 733-756, 1985. 
 
REMSEN Jr, J. V.; ROBINSON, S. K. A classification scheme for foraging behavior of birds in terrestrial 
habitats. In: MORRISON, M. L.; RALPH, C. J.; VERNER, J.; JEHL Jr., J. R. (Ed.). Avian foraging: theory, 
methodology and applications. Lawrence: Cooper Ornithological Society (Studies in Avian Biology, 13), 
1990. p. 144-160. 
 
RIDGELY, R. S.; TUDOR, G. The birds of South America: the suboscines passerines. v.2. University of 
Texas Press, Austin, USA, 516p. 1994. 
 
ROBINSON, S. K.; HOLMES, R. T. Foraging Behavior of Forest Birds: The Relationships among Search 
Tactics, Diet, and Habitat Structure. Ecology, Ithaca, v. 63, n. 6, p. 1918-1931, dec. 1982. 
 
ROSA, R.; LIMA, S. C.; ASSUNÇÃO, W. L. Abordagem preliminar das condições climáticas de Uberlândia 
(MG). Sociedade e Natureza, Uberlândia, v. 3, n. 5-6, p. 91-108, abril. 1991. 
 
SCHIAVINI, I.; ARAÚJO, G. M. Considerações sobre a vegetação da Reserva Ecológica do Panga 
(Uberlândia). Sociedade e Natureza, Uberlândia, v. 1, n. 1, p. 61-65, 1989. 
 
SIBLEY, C. G.; MONROE Jr, B. L. Distribution and taxonomy of birds of the world. 1ª ed. New Haven: 
Yale University Press, 1990. 1111p. 
 
SICK, Helmut. Ornitologia brasileira. Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1997. 912p. 
 



1050 
Forrageamento de Pitangus...  MARTINS-OLIVEIRA, L. et al. 

Biosci. J., Uberlândia, v. 28, n. 6, p. 1038-1050, Nov./Dec. 2012 

SIGRIST, Tomas. Aves do Brasil: uma visão artística. 2. ed. São Paulo: Avis Brasilis, 2006. 672p. 
 
SIGRIST, Tomas. Iconografia das Aves do Brasil. Bioma Cerrado. Vinhedo: Avis Brasilis, 2009. p. 458 e 
460.   
SKUTCH, A. F. Life histories of Central American birds, pt II. Pacific Coast Avifauna 34. Berkeley:  
Cooper Ornithological Society, 1960. 
 
SYSTAT. Version 10.2. Systat Sofware Inc., 2002. 
 
TRAYLOR, M. A.; FITZPATRICK, J. W. A Survey of Tyrant flycatchers. Living bird, New York, v. 19, p. 7-
50, 1981. 
 
UBERLÂNDIA. Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Urbano. Banco de Dados Integrado de 
Uberlândia. Prefeitura Municipal de Uberlândia, Uberlândia. 2008. Disponível em: 
<www.uberlandia.mg.gov.br>. Acesso em: 12 jun. 2010.  
 
VOLPATO, G. H.; ANJOS, L. dos. 2001. Análise das estratégias de forrageamento das aves que se alimentam 
no solo na Universidade Estadual de Londrina, Estado do Paraná. Ararajuba. Revista Brasileira de 
Ornitologia, São Paulo, v. 9, n. 2, p. 95-99. 2001. 
 
VOLPATO, G. H.; MENDONÇA-LIMA, A. Estratégias de forrageamento: proposta de termos para a língua 
Portuguesa. Ararajuba. Revista Brasileira de Ornitologia, São Paulo, v. 10, n. 1, p. 101-105, jun. 2002.