Microsoft Word - 23-Vet_15039 491 Original Article Biosci. J., Uberlândia, v. 30, n. 2, p. 491-501, Mar./Apr. 2014 PRODUÇÃO ANIMAL, COMPOSIÇÃO QUÍMICA E DIGESTIBILIDADE DE FORRAGEIRAS TROPICAIS EM SISTEMA DE INTEGRAÇÃO LAVOURA- PECUÁRIA ANIMAL PRODUCTION, CHEMICAL COMPOSITION AND DIGESTIBILITY OF TROPICAL FORAGES IN CROP-LIVESTOCK SYSTEM Alexandre KRUTZMANN1; Ulysses CECATO2; Geraldo Tadeu dos SANTOS2; Daniela Andressa LINO3; José Augusto HORST4; Ossival Lolato RIBEIRO5 1. Mestre em Zootecnia pelo Programa de Pós-graduação em Zootecnia - PPZ, Universidade Estadual de Maringá – UEM, Maringá, PR, Brasil. akrutzmann@hotmail.com; 2. Professor, Doutor, Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Zootecnia - UEM, Maringá, PR, Brasil; 3. Doutora em Zootecnia pela– UEM, Maringá, PR, Brasil; 4. Associação Paranaense dos Criadores de Bovinos da Raça Holandesa e Programa de Análise de Rebanhos Leiteiros do Paraná (APCBRH/PARLPR); 5. Professor, Doutor, Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal da Bahia – UFBA, Brasil. RESUMO: Os objetivos neste trabalho foram avaliar a composição química, digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS) em forrageiras tropicais implantadas sob métodos de plantio em sucessão a cultura da soja, bem como a produção e composição química do leite de vacas cruzadas. Utilizou-se pastos de Brachiaria ruziziensis implantados sob dois métodos de plantio em linha e sobressemeadura, assim como Brachiaria brizantha cv. Marandu, sob plantio em linha, ambos consorciados com Panicum maximum Jacq. cv. Tanzânia-1 e semeados em sucessão a cultura da soja nos meses de fevereiro/março de 2009. O período de pastejo teve início em 10/08/2009 e finalizado em 26/09/2009. As áreas pastoris foram manejadas em sistema de lotação contínua, para tal, foram utilizadas 24 vacas cruzadas Holandês x Zebu, com peso médio de 470 kg de PV, em um delineamento de blocos ao acaso, com oito vacas por tratamento. As frações lâminas foliares tinham em média teores de proteína, fibra em detergente neutro e digestibilidade in vitro de, 13,07, 58,68 e 58,95, respectivamente. Da mesma forma, a produção de leite não diferiu entre os tratamentos, apresentando valores médios de 9,13 kg/vaca.dia, com teores médios de gordura e proteína de 3,30% e 3,20%. Vacas cruzadas Holandês x Zebu, com potencial de produção de leite de até 10 kg por dia podem ser manejadas em pastos de B. ruziziensis e capim-marandu, consorciados com capim-tanzânia, quando implantados em sistema de integração lavoura-pecuária com taxa de lotação de 3,71 UA/ha. PALAVRAS-CHAVE: Brachiaria brizantha cv. Marandu. Brachiaria ruziziensis. Pastagem. Produção leiteira. Vacas cruzadas. INTRODUÇÃO O constante crescimento da população mundial, que irá atingir a marca de 7 bilhões de humanos em 2012, vem aumentando a cada ano a pressão por maior produção de alimentos nos campos. Assim, têm-se buscado uma otimização das áreas destinadas à agropecuária, em que a intercalação de culturas de grãos e forrageiras destinadas a práticas pecuárias, ou seja, a integração lavoura-pecuária, que tem alcançado com grande sucesso esse objetivo (CARVALHO et al., 2010; MACEDO, 2009). Na região Sul do Brasil, as culturas da soja e do milho são cultivadas em aproximadamente 8,9 e 2,7 milhões de hectares, respectivamente, no período de inverno somente 20% destas áreas são cultivadas com as culturas do trigo, cevada, centeio e outros cereais (IBGE, 2010). Nesse contexto, verifica-se a oportunidade da implantação de gramíneas forrageiras destinadas a práticas pecuárias nas áreas que permanecem em pousio ou simplesmente ocupadas por culturas destinadas a cobertura vegetal durante o inverno, as quais perfazem cerca de 9,3 milhões de hectares. As forrageiras cultivadas em rotação com culturas de grãos apresentam elevada produção de massa, assim como valor nutricional. Nos campos do cerrado com áreas trabalhadas em sistema de integração lavoura-pecuária, Machado e Assis (2010) verificaram a qualidade bromatológica do capim-marandu e Brachiaria ruziziensis, que podem ser observados teores de proteína e digestibilidade na massa foliar próximos a 16 e 75%, respectivamente. Boas produções animais podem ser obtidas com dieta a base de forragens tropicais, Porto et al (2009) e Fukumoto et al (2010) verificaram com vacas mantidos em pastos de capim-marandu produções de leite em torno de 10 kg/vaca/dia e valores médios de taxa de lotação em torno de 5 UA/ha, sob lotação intermitente no período das águas. Received: 02/05/12 Accepted: 05/06/13 492 Produção animal... KRUTZMANN, A. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 30, n. 2, p. 491-501, Mar./Apr. 2014 Em áreas de integração lavoura-pecuária, em experimentos com as forrageiras temperadas aveia e azevém, foram relatadas produções de leite superiores a 15 kg/vaca/dia no Estado do Rio Grande do Sul e na região dos Campos Gerais no Estado do Paraná (AMBROSI et al., 2001; SILVA et al., 2008; BALBINOT JR et al., 2009). Todavia é praticamente inexistente no Brasil a avaliação da produção de leite nestes sistemas integrados utilizando forrageiras tropicais. Realizou-se este trabalho comos seguintes objetivos: Avaliar a composição química, digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS) e oferta de forragem de gramíneas tropicais em sucessão a cultura da soja e manejadas sob lotação contínua durante os meses de agosto e setembro de 2009. Avaliaram-se ainda a produção e composição do leite de vacas cruzadas Holandês x Zebu em pastejo destas forrageiras e a taxa de lotação neste período. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi conduzido na região noroeste do Paraná, no município de Santo Inácio, em uma Fazenda particular denominada Estância JAE. A localização geográfica é 22º50`16”S de latitude e 51º58`22”O de longitude com uma altitude de 410 metros e em solo classificado como Latossolo Vermelho Distrófico de textura arenosa (Embrapa, 2009). O tipo climático predominante da região é o Cfa-clima subtropical úmido mesotérmico, que é caracterizado pela predominância de verões quentes, baixa frequência de geadas e tendência de concentração das chuvas no período de primavera e verão. A temperatura média anual é de 22,1ºC e precipitação anual em torno de 1.200 mm. O período experimental ocorreu entre fevereiro de 2009 a fevereiro de 2010. A área experimental vem sendo trabalhada desde o ano de 2003 sob o sistema de integração lavoura-pecuária, no período de inverno recebe a semeadura de gramíneas tropicais e temperadas, utilizando animais em pastejo e no verão a cultura da soja. A composição química do solo no início do período experimental encontra-se na Tabela 1. Tabela 1. Composição química do solo da área experimental (0-10 e 10-20 cm de profundidade) Prof. P1 C pH Al2 H + Al3 Ca2 Mg2 K1 SB4 CTC5 V6 cm mg dm-3 g dm-3 H2O cmol c dm -3 % 0 - 10 32,72 6,57 5,93 0,02 2,55 1,25 0,44 0,13 1,82 4,37 41,65 10 - 20 23,19 5,48 5,90 0,02 2,64 1,17 0,48 0,10 1,75 4,39 39,86 1Extraído por Mehlich 1; 2Extraído com KCl 1mol-1; 3Método SMP; 4Soma de Bases; 5Capacidade de troca de cátions; 6Porcentagem de saturação por bases. Os dados climáticos referentes a temperaturas média, máxima e mínima e precipitação, registrados durante o período experimental, estão apresentados na Figura 1. Figura 1. Pluviosidade (mm) e temperatura (ºC) observadas durante o período experimental (fevereiro de 2009 a março de 2010). Fonte: Precipitação: Estância JAE – Temperatura: IAPAR – Paranavaí, Estado do Paraná. 493 Produção animal... KRUTZMANN, A. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 30, n. 2, p. 491-501, Mar./Apr. 2014 A área utilizada foi estabelecida com gramíneas Brachiaria brizantha cv. Marandu e Brachiaria ruziziensis, ambas consorciadas com Panicum maximum Jacq. cv. Tanzânia-1, sendo implantadas em duas épocas distintas, compreendendo uma área de 6 ha, subdividida em três blocos, sendo alocados dois piquetes (unidades experimentais) com 1 ha em cada bloco. Em cada piquete havia cochos para sal mineral e bebedouros. No experimento, utilizou-se um delineamento experimental em blocos ao acaso com parcelas subdivididas no tempo, com duas repetições e três tratamentos principais: Brachiaria ruziziensis + Panicum maximum Jacq. cv. Tanzânia- 1, sob método de plantio em sobressemeadura (Br+Tz-SS), Brachiaria ruziziensis + Panicum maximum Jacq. cv. Tanzânia-1, plantio em linha (Br+Tz-PL) e B. brizantha cv. Marandu +. Panicum maximum Jacq. cv. Tanzânia-1 plantio em linha (Bz+Tz-PL) e nas sub-parcelas os períodos (10/08; 31/08; 26/09; 19/10/2009). O tratamento Br+Tz-SS foi estabelecido distribuindo as sementes a lanço sobre a cultura da soja, quando esta se encontrava no estádio R7 (início da maturação), sendo em fevereiro de 2009. Os tratamentos Br+Tz-PL e Bz+Tz-PL foram implantados nas áreas adjacentes logo após a colheita da soja (março de 2009) com plantadeira e técnicas recomendadas para essas espécies. Foram utilizadas 15 kg/ha de sementes de cada gramínea para a implantação dos pastos, possuindo as espécies de gramíneas forrageiras valor cultural de 75%. Após a germinação das sementes e quando as plantas atingiram 20 cm de altura, aplicou-se a lanço 30 kg de N/ha utilizando-se a ureia. O período de pastejo teve início em 10/08/09, momento em que o perfil do pasto atingiu em média 50 cm (em torno de 2.100 kg de MS/ha) e se estendeu até 26/09/09, totalizando 48 dias, quando os animais foram retirados da área. Assim, permitiu-se as gramíneas um período de recuperação e rebrota para uma adequada cobertura do solo no momento da dessecação, esta realizada em 27/10/2009, com a aplicação do herbicida Glyphosate, na dosagem de 5 L de i.a./ha. Para o manejo do pasto, utilizou-se o método de lotação contínua com taxa de lotação variável, procurando manter o mesmo com altura de 30 cm. A altura das gramíneas foi monitorada semanalmente, medindo-se com uma régua graduada, 30 pontos aleatórios por piquete. Para a manutenção da altura e manejo das forrageiras utilizaram vacas cruzadas Holandês x Zebu, com peso médio inicial de 470 kg de PV. Foram utilizados quatro animais por piquete e animais reguladores, os quais foram colocados ou retirados em função da altura da pasto, conforme o método “put-and-take” (MOTT; LUCAS, 1952). Objetivou-se uma equivalência na escolha das vacas utilizadas com relação à idade, peso, número de partos, produção de leite e estádio de lactação, este por volta de 95 dias. Uma área adjacente à experimental, com as mesmas gramíneas, era disponibilizada aos animais reguladores, como também aos testadores para sua permanência nos demais períodos do ano. Para avaliar a composição bromatológica a fração lâmina foliar foi coletada em 10/08; 31/08; 26/09 e 19/10/2009 e as amostras foram secadas em estufa com ar forçado, à temperatura de 55oC, durante 72 horas e logo após moídas em moinho do tipo Willey com peneira de 1 mm e posteriormente, foram analisados os teores de matéria seca (MS) em estufa a 105 ºC, matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB) e extrato etéreo (EE) pelo método da AOAC (1990), da fibra em detergente neutro (FDN) e fibra em detergente ácido (FDA) pelo método de partição de fibras, proposta por Van Soest et al. (1991), os valores de hemicelulose (HEM) foram obtidos pela diferença entre os valores de FDN e FDA observados. A análise de digestibilidade in vitro foi realizada de acordo com a metodologia de Tilley e Terry (1963), adaptado para utilização do rúmen artificial, desenvolvido por ANKOM®, conforme descrito por Holden (1999). Para a coleta do líquido ruminal foi utilizada uma vaca da raça Holandesa com peso médio de 550 kg, fistulada no rúmen, sendo o animal mantido em piquetes formados por gramíneas do gênero Cynodon (Coastcross e estrela), recebendo suplemento mineral e acesso a sombra. Foi pesado 0,25 g de amostra das forrageiras, estas foram moídas em moinho do tipo Willey, em peneira de 1 mm, colocadas em filtros de náilon (F57 - ANKOM®) lacrados a quente e acondicionados em jarros contendo saliva artificial e líquido ruminal obtido via fístula ruminal. Para a determinação dos carboidratos não fibrosos (CNF) foi utilizada a equação: CNF = 100 – (%FDN + %PB + %EE + %CZ) Sendo: FDN: Fibra em detergente neutro; PB: Proteína bruta; EE: Extrato etéreo; CZ: Cinzas. A taxa de lotação por tratamento foi calculada considerando a unidade animal (1 UA = 450 kg de PV), utilizando-se da fórmula: TL = UAt, na qual: Área 494 Produção animal... KRUTZMANN, A. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 30, n. 2, p. 491-501, Mar./Apr. 2014 TL = Taxa de lotação, em UA/ha; UAt = Unidade animal total; Área = Área do tratamento em ha. O cálculo da oferta de forragem (OF) foi realizado considerando a disponibilidade de forragem, juntamente com a taxa de acúmulo, de acordo com a fórmula: 1) OF = DMSD + TAD x 100 PV Sendo: OF = kg de MS/100 kg PV/dia; DMSD = Disponibilidade de matéria seca diária (kg de MS/ha/dia); TAD = Taxa de acúmulo diário (kg de MS/ha); PV = Peso vivo dos animais, em kg/ha. Para as características avaliadas no leite durante o período experimental, os primeiros 14 dias foram de adaptação, após, foram realizadas duas etapas de pesagens e coletas de leite (23/08 e 25/09/2009), uma a cada dois dias consecutivos, para verificar a produção de leite (PL) e analisar a composição química e contagem de células somáticas (CCS). A ordenha foi realizada no sistema balde ao pé, feita apenas uma vez ao dia, no período da manhã às 5h:30min. A produção de leite corrigido (LC) para o teor de 4% de gordura foi calculada a partir da equação: LC 4%G = (0,4 x PL) + (0,15 x PL x G%) proposta por Gaines e Davidson (1925). As amostras de leite para análise de gordura (G), proteína, sólidos totais e concentração de ureia, foram retiradas no momento da ordenha acondicionadas em frascos plásticos de 100 mL, contendo conservante e enviadas para análise na Associação Paranaense de Bovinos da Raça Holandesa e Programa de Análise de Rebanhos Leiteiros do Paraná (APCBRH/PARLPR). Os dados foram submetidos a análise de variância e Teste Tukey, utilizando-se o programa SAEG – Sistema de Análises Estatísticas (UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA - UFV, 1999), a 5% de significância. As interações entre tratamentos e períodos foram desdobradas e as médias foram comparadas pelo teste Tukey a 5% de probabilidade, segundo o modelo: Yijkl = µ + Ti + M j + TMij + Vk/T i + eijkl Em que: Yijkl = observação referente a produção l, da vaca k, recebendo o tratamento i, no mês j; µ = constante geral; Ti = efeito do tratamento, com i = 1;2;3; Mj = efeito do mês, com j = 1;2; TMij = efeito da interação do tratamento i com o mês j; Vk/T i = efeito da vaca k (k = 1;...8); que recebeu o tratamento i; eijkl= erro aleatório associado a cada observação Yijkl. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados encontrados para os teores de fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), proteína bruta (PB), e carboidratos não fibrosos (CNF), em porcentagens, a digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS) para a fração lâmina foliar verde (LFV), são apresentados na Tabela 2. Não foram observadas interações entre os períodos e tratamentos para a composição química e digestibilidade in vitro MS, das lâminas foliares analisadas. Para a concentração de fibra em detergente neutro na fração foliar (FDN LF), observou-se diferença apenas entre os períodos de corte, com exceção do tratamento Bz+Tz-PL. Em Br+Tz-SS, obteve-se o menor teor de FDN em 10/08/2009, sendo maior nas duas últimas avaliações (26/09 e 19/10/2009), semelhante ao período de 31/08/2009. Para a B. ruziziensis consorciada com capim-tanzânia – PL, a porcentagem FDN foi menor nas duas primeiras avaliações (10/08 e 31/08/2009), entretanto no último período de pastejo (26/09/2009), observou-se maior valor para a %FDN, já no momento da dessecação das plantas a fração foi semelhante aos demais períodos. Valores superiores aos encontrados no presente estudo foram relatados por Pariz et al. (2010) no período de verão em trabalho com sistema de integração lavoura-pecuária, em que as Brachiarias brizanta cv. Marandu e B. ruziziensis apresentaram respectivamente teores de FDN 70,9 e 65,2%. Os presentes resultados são inferiores aos encontrados por Paciullo et al. (2009), em avaliação de pastos permanentes de Brachiaria decumbens, obtiveram teores de 71,5% de FDN no período de inverno. Os teores de fibra em detergente ácido na porção foliar (%FDA LF) variaram entre os períodos, sendo os menores teores observados no início do período de pastejo (10/08 e 31/08/2009), nas demais avaliações (26/09 e 19/10/2009) houve elevação da % FDA nos tratamentos Br+Tz-SS e Br+Tz-PL. Todavia, na última coleta a área em sobressemeadura proporcionou porcentagem de FDA similar aos demais períodos. 495 Produção animal... KRUTZMANN, A. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 30, n. 2, p. 491-501, Mar./Apr. 2014 Tabela 2. Composição bromatológica (%) e digestibilidade in vitro da matéria seca (%) da fração lâmina foliar (LF) de Brachiaria spp consorciadas com capim-tanzânia semeadas em três modalidades no período de fevereiro/março de 2009 *Letras iguais minúsculas nas linhas não diferem entre si pelo teste de Tukey (P<0,05). 3Erro-padrão da média.2FDN (Fibra em Detergente Neutro), FDA (Fibra em Detergente Ácido), HEM (Hemicelulose), PB (Proteína Bruta), CNF (Carboidratos não Fibrosos), DIVMS (digestibilidade in vitro da matéria seca). 1Br+Tz-SS: Brachiaria ruziziensis + Panicum maximum Jacq. cv. Tanzânia-1, sob método de plantio em sobressemeadura; Br+Tz-PL: Brachiaria ruziziensis + Panicum maximum Jacq. cv. Tanzânia-1, plantio em linha; Bz+Tz-PL: B. brizantha cv. Marandu +. Panicum maximum Jacq. cv. Tanzânia-1 plantio em linha. No tratamento Bz+Tz-PL não se verificou diferenças entre os períodos avaliados. Valores similares foram observados por Porto et al. (2009) em avaliação de três gramíneas tropicais sob pastejo intermitente, em que encontraram para o capim- marandu no período do verão porcentagens de fibra em detergente ácido de 34,6%. Para a porcentagem de proteína bruta das frações foliares (%PB LF) foram observadas diferenças apenas entre os períodos avaliados. O tratamento Br+Tz-SS obteve o maior valor para a %PB em 31/08, sendo menores nas demais avaliações. A maior porcentagem de PB na porção foliar foi observada em 10/08/2009 em Br+Tz-PL, já nos períodos de corte seguintes houve um declínio. O tratamento Bz+Tz-PL não apresentou diferenças na percentagem de proteína bruta entre os períodos de avaliação. Em estudo do valor nutritivo de gramíneas tropicais durante as estações do ano, foi verificado em pasto de capim-marandu teores de PB de 13,71% no período de inverno (GERDES et al., 2000), valores semelhantes aos do presente trabalho. Para a fração de carboidratos não fibrosos nas lâminas foliares os dados deste estudo foram semelhantes aos encontrados em pastos de B. brizantha cv. Marandu sob lotação contínua, verificando percentuais de CNF de 14,73% entre os meses de julho a setembro (PAULA et al., 2010). Todavia, Baroni et al. (2010) com a mesma Períodos do ano 31/08-26/09 26/09-19/10 Tratamentos1 10/08 10/08-31/08 FDN 2 LF EPM3 Média Br+Tz-SS 54,59 b* 56,67 ab 60,10 a 60,59 a 1,10 57,99 Br+Tz-PL 54,78 b 54,99 b 61,24 a 58,36 ab 1,10 57,34 Bz+Tz-PL 59,71 60,15 59,50 63,42 1,10 60,70 Média 56,36 57,27 60,28 60,79 58,68 FDA 2 LF Br+Tz-SS 25,25 b 26,21 b 30,12 a 27,04 ab 0,87 27,15 Br+Tz-PL 24,12 b 25,21 b 32,29 a 29,36 a 0,87 27,75 Bz+Tz-PL 28,66 28,02 29,85 31,14 0,87 29,42 Média 26,01 26,48 30,75 29,18 28,11 PB 2 LF Br+Tz-SS 12,83 b 14,85 a 12,65 b 9,82 c 0,42 12,54 Br+Tz-PL 15,62 a 13,54 b 12,82 bc 11,26 c 0,42 13,31 Bz+Tz-PL 13,18 13,36 13,82 13,12 0,42 13,37 Média 13,88 13,91 13,10 11,40 13,07 CNF 2 LF Br+Tz-SS 20,11 15,43 15,20 17,43 1,31 17,04 Br+Tz-PL 17,24 18,70 13,62 17,91 1,31 16,87 Bz+Tz-PL 14,94 14,34 16,29 11,53 1,31 14,28 Média 17,43 16,16 15,04 15,63 16,06 DIVMS 2 LF Br+Tz-SS 66,80 a 60,64 b 54,43 c 53,24 c 0,67 58,78 Br+Tz-PL 67,37 a 60,72 b 55,30 c 54,26 c 0,67 59,41 Bz+Tz-PL 66,66 a 59,90 b 53,60 c 54,54 c 0,67 58,67 Média 66,95 60,41 54,44 54,01 58,95 496 Produção animal... KRUTZMANN, A. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 30, n. 2, p. 491-501, Mar./Apr. 2014 gramínea e em período semelhante, observou 10,90 % CNF na porção foliar. A digestibilidade in vitro da matéria seca das lâminas foliares (DIVMS), foi influenciada pelos períodos experimentais. No início do período de pastejo (10/08/2009), observou-se o maior valor para a DIVMS das lâminas foliares, sendo superior ao período de 10/08-31/08, nas demais datas de corte a variável apresentou valores inferiores. O declínio da DIVMS das gramíneas ao longo dos períodos se deve principalmente em função da elevação dos carboidratos estruturais na planta, ratificado pelo antagonismo observado entre os teores de DIVMS e de fibra em detergente neutro das forrageiras no período. O comportamento antagônico para os teores de DIVMS e FDN do mesmo modo foi verificado por Medeiros et al. (2007) em avaliação da B. brizantha cv. Marandu submetida à adubação orgânica durante nove meses. A oferta de forragem (OF) e a taxa de lotação não apresentaram diferença (P>0,05%) entre os tratamentos e períodos de avaliação (Tabela 3). Tabela 3. Oferta de forragem e taxa de lotação em pastos de Brachiaria spp consorciadas com capim-tanzânia semeados em três modalidades no período de fevereiro/março de 2009 Períodos do ano 10-31/08 31/08-26/09 Tratamentos1 OF2 (kgMS/100 kgPV) EPM3 Média Br+Tz-SS 4,94 5,78 0,48 5,36 Br+Tz-PL 7,43 5,51 0,48 6,47 Bz+Tz-PL 8,01 5,23 0,48 6,62 Média 6,79 5,50 6,17 Taxa de lotação (UA/ha) Br+Tz-SS 3,21 3,31 0,35 3,26 Br+Tz-PL 4,66 4,68 0,35 4,67 Bz+Tz-PL 3,17 3,19 0,35 3,18 Média 3,68 3,73 3,71 1Br+Tz-SS: Brachiaria ruziziensis + Panicum maximum Jacq. cv. Tanzânia-1, sob método de plantio em sobressemeadura; Br+Tz-PL: Brachiaria ruziziensis + Panicum maximum Jacq. cv. Tanzânia-1, plantio em linha; Bz+Tz-PL: B. brizantha cv. Marandu +. Panicum maximum Jacq. cv. Tanzânia-1 plantio em linha. 2 OF - Oferta de forragem. 3Erro-padrão da média. Em experimento com pastos tropicais sob pastejo de vacas cruzadas Holandês x Zebu nas estações do verão e outono, Fukumoto et al. (2010) relataram que o consumo de matéria seca se encontra em níveis adequados quando a oferta de forragem situa em torno de 7% do peso vivo (PV) para o capim-Marandu, assim, valor próximo ao obtido no presente estudo. Em revisão de literatura, Silva et al. (2009), observaram que a maior parte dos trabalhos com Brachiaria spp no período de inverno, que utilizaram ofertas de forragem entre 6 a 9% do PV não obtiveram resultados negativos no desempenho animal, no caso, ganho de peso. A taxa de lotação utilizada no presente trabalho foi superior a grande parte dos experimentos com animais em pastejo de Brachiaria spp (Schio et al., 2011; Freitas et al., 2011; Euclides et al., 2009). No período de inverno, com novilhas nelore em pastejo de capim-Marandu, Schio et al. (2011) relataram taxa de lotação de 2,82 UA/ha, assim inferior a do presente estudo. O período de pastejo menor (48 dias), assim como melhores condições ambientais, como boa pluviosidade (Figura 1) e fertilidade do solo, uma vez que as gramíneas haviam sido implantadas após a cultura da soja, explicam esta superioridade na taxa de lotação. A média das produções e composições químicas do leite durante o período experimental é apresentada na Tabela 4. A produção de leite (PL) e leite corrigido para 4% de gordura (PL 4%) não diferiram entre os tratamentos. As semelhanças entre a composição bromatológica e digestibilidade, assim como disponibilidade de lâminas foliares das gramíneas, utilizadas na área experimental, tiveram significativa influência no resultado, uma vez que caracterizavam a fonte de alimentação dos animais. Em áreas formadas com Brachiaria decumbens e B. brizantha cv. Marandu, em período de nove meses sob pastejo por vacas cruzadas Holandês x Zebu, observou-se produções leiteiras de 6,7 kg/d (RUEDA et al., 2003). 497 Produção animal... KRUTZMANN, A. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 30, n. 2, p. 491-501, Mar./Apr. 2014 Tabela 4. Produção e composição química do leite de vacas cruzadas Holandês x Zebu em pastejo das Brachiarias brizantha cv. Marandu e B. ruziziensis consorciadas com capim-tanzânia entre os meses de agosto e setembro de 2009 PL1 PL 4%2 Gordura Proteína Lactose Sólidos SCS3 Uréia Tratamentos4 kg/dia % x1000/mL mg/dL Br+Tz-SS 9,78 8,93 3,43 3,10 4,63 12,15 1,77 9,08 B* Br+Tz-PL 9,15 7,93 3,10 3,27 4,59 11,96 1,78 11,05 A Bz+Tz-PL 8,46 7,69 3,35 3,23 4,65 12,27 2,10 10,95 A Média 9,13 8,19 3,30 3,20 4,63 12,13 1,89 10,36 EPM5 0,53 0,52 0,14 0,06 0,05 0,17 0,15 0,53 P – Valor6 Tratamento 0,22 0,22 0,23 0,11 0,70 0,45 0,24 0,01 Interação 0,74 0,56 0,47 0,70 0,72 0,31 0,91 0,74 *Letras iguais maiúsculas nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey (P<0,05). 1Produção de leite. 2Leite corrigido para 4% de gordura. 3Score de células somáticas = log10 CCS (contagem de células somáticas). 4Br+Tz-SS: Brachiaria ruziziensis + Panicum maximum Jacq. cv. Tanzânia-1, sob método de plantio em sobressemeadura; Br+Tz-PL: Brachiaria ruziziensis + Panicum maximum Jacq. cv. Tanzânia-1, plantio em linha; Bz+Tz-PL: B. brizantha cv. Marandu +. Panicum maximum Jacq. cv. Tanzânia-1, plantio em linha. 5Erro-padrão da média. 6Valor de probabilidade. Produção semelhante foi relatada por Gomide et al. (2001) em pastos de B. decumbens manejadas sob duas ofertas de forragem (4 e 8%) na estação do verão, com vacas cruzadas, em que para as respectivas ofertas verificaram 11 e 10,1 kg/vaca.dia de leite, todavia os animais recebiam 2 kg/d de concentrado com 22% de PB. Quando em áreas de integração lavoura- pecuária, o Estado do Rio Grande do Sul e a região dos Campos Gerais no Paraná se destacam nos experimentos com as forrageiras de clima temperado aveia e azevém, implantadas após a colheita da cultura da soja (AMBROSI et al., 2001; SILVA et al., 2008; BALBINOT JR et al., 2009; NETO; RETZLAFF., 2004), observaram valores superiores a 15 kg de leite/vaca.dia nos sistemas adotados, em virtude da superior qualidade das forrageiras. Para o teor de gordura, proteína, lactose e sólidos totais no leite não se observaram diferenças entre os tratamentos. Uma vez que a dieta perfazia espécies de Brachiaria consorciadas com capim- tanzânia, deste modo, proporcionando similares teores de FDN aos agentes desfolhadores, que juntamente com a padronização dos mesmos, explica a semelhança da % de gordura no leite entre os animais. Em avaliação de três gramíneas tropicais em pastejo sob lotação contínua com animais cruzados, verificaram-se teores de gordura de 3,8% em pastos de capim-marandu no período do verão (Porto et al., 2009), assemelhando ao valor encontrado no presente trabalho. Com relação aos teores de proteína, pode-se observar no tratamento Br+Tz-PL proporção de proteína superior a de gordura no leite, o que é considerado anormal (FERLAY et al., 2006), sendo verificado em dietas com menores teores de FDN e fornecimento de concentrado, em que os percentuais de gordura no leite são inferiores. Em avaliação da produção e composição química do leite de animais cruzados Holandês x Zebu em pastejo de capim- marandu sob lotação intermitente, Fukumoto et al. (2010), relataram valores de 3,2% de proteína no leite. O teor de lactose no leite apresentou média igual a 4,63%. Embora a lactose demonstre baixa variabilidade entre as raças bovinas é importante conhecer o valor da mesma em propriedades leiteiras. Uma vez que a lactose é o mais importante constituinte osmótico do leite, por estar associado à secreção de água e ao volume de leite produzido (EIFERT et al., 2006), menores teores de lactose podem estar relacionados a deficiência nos precursores de glicose e tendência de menor produção leiteira. Em pastos de capim-elefante sob duas frequências de pastejo, observou-se teor de 498 Produção animal... KRUTZMANN, A. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 30, n. 2, p. 491-501, Mar./Apr. 2014 lactose semelhante (4,40%), utilizando vacas holandesas no período do verão (VOLTOLINI et al., 2010). A concentração de sólidos no leite apresentou média igual a 12,13%. O percentual de sólidos no leite é influenciado pelos demais componentes (gordura, proteína, lactose e cinzas), estes demonstraram baixa variabilidade. Porto et al. (2009) em estudo da produção e composição química do leite de vacas cruzadas sob pastejo do capim-marandu, verificaram teores de sólidos totais de 12,1%, assemelhando-se aos valores obtidos no presente estudo. Os valores observados com relação à concentração de células somáticas no leite (SCS) demonstraram similaridade, o que já era de fato esperado, uma vez que os animais eram submetidos a sistemas de manejo semelhantes. Devem ser salientados os baixos valores verificados de CCS (±194,7 x 1000/mL), o que evidencia que as vacas foram submetidas a condições que favoreciam reduzida participação de células somáticas no leite, como técnicas de limpeza adequadas e um grande cuidado com a parte sanitária do rebanho, produzindo desta forma, leite de alta qualidade. Quanto aos percentuais de ureia do leite, obteve-se variação entre os tratamentos, em que o menor teor ocorreu nas áreas de B. ruziziensis consorciada com capim-Tanzânia em sistema de sobressemeadura (Br+Tz-SS). Fato possivelmente ocorrido pela melhor eficiência de utilização do nitrogênio pelo ruminante e desta forma menor excreção pelo leite e urina. A participação da ureia no leite entre os valores de 12-18 mg/dL reflete que a dieta oferecida aos animais estava adequada (AQUINO et al., 2007), todavia como o alimento dos animais era composto por gramíneas tropicais optou-se pela não suplementação com concentrado, esperava-se uma porcentagem inferior de ureia no leite (10,36), mas por se encontrar muito próximos do mínimo recomendado, este resultado acabou não afetando negativamente a produção leiteira e escore das vacas. CONCLUSÃO Independente do método de plantio os pastos de capim-marandu e B. ruziziensis consorciados com capim-tanzânia quando implantados em sistema de integração lavoura- pecuária revelaram características produtivas e valor nutritivo favoráveis para manter vacas cruzadas Holandês x Zebu com potencial de produção de leite de até 10 kg por dia, com taxa de lotação de 3,71 UA/ha, no período de inverno. ABSTRACT: The purpose of this study were to evaluate the chemical composition and dry matter in vitro digestibility (DMID) of tropical forages, implanted under different planting methods after soybean, crop as well as was the production and chemical composition of milk of crossbred cows, on pasture. There were used pastures of Brachiaria ruziziensis planted in line oroverseeding, as well as Brachiaria brizantha cv. Marandu planted in line, both mixed with Panicum maximum Jacq. cv. Tanzania-1, after soybean crop in February/March of 2009. The grazing period began on 08/10/2009 and ended on 09/26/2009. The pasture were under continuous stocking grazing using 24 Holstein x Zebu crossbred cows, with live weight of ± 470 kg in a randomized block design with eight cows per treatment. The leaf fractions had an average crude protein, neutral detergent fiber and dry matter in vitro digestibility of 13.07, 58.68 and 58.95, respectively.In the same way, milk production did not differ between treatments with mean values of 9.13 kg / cow/day; with average levels of fat and 3.30% protein and 3.20%. Holstein x Zebu crossbred cows with milk production potential of up to 10 kg per day, can be managed in pastures of B. ruziziensis and marandu grass, mixed with tanzania grass, in integrated crop-livestock system using a stocking rate of 3.71 AU / ha. KEYWORDS: Brachiaria brizantha cv. Marandu. Brachiaria ruziziensis. Pasture. Dairy production. Crossbred cows. REFERÊNCIAS AQUINO, A. A.; BOTARO, B. G.; IKEDA, F. S.; RODRIGUES, P, H. M.; MARTINS, M. F.; SANTOS, M. V. Efeito de níveis crescentes de uréia na dieta de vacas em lactação sobre a produção e a composição físico- química do leite. Revista Brasileira de Zootecnia, Viçosa, v. 36, n. 4, p. 881-887, 2007. AMBROSI. 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