Microsoft Word - 30-Sau_15060.doc


774 
Original Article 

Biosci. J., Uberlândia, v. 29, n. 3, p. 774-780, May/June 2013 

INFLUÊNCIA DOS TIPOS DE CÂNCER PEDIÁTRICO E DAS FASES DO 
TRATAMENTO NA QUALIDADE DE VIDA DOS CUIDADORES 

 
INFLUENCE OF TYPES OF PEDIATRIC CANCER TREATMENT AND PHASES OF 

THE QUALITY OF LIFE OF CAREGIVERS 
 

Cristiane Martins CUNHA1, Thaís Camargos FERREIRA2,  
Nívea Macedo de Oliveira MORALES3, Rogério Rizo MORALES4,  
Rogério Melo Costa PINTO5, Carlos Henrique Martins da SILVA6 

1. Mestre em Ciências da Saúde. Docente do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de Medicina – FAMED, Universidade 
Federal de Uberlândia - UFU, Uberlândia, MG, Brasil; crismcunha@ymail.com; 2. Médica Residente em hematologia e Hemoterapia. 

Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM, Uberaba, MG, Brasil; 3. Doutora em Neurologia. 
Docente do Departamento de Pediatria, FAMED - UFU, Uberlândia, MG, Brasil; 4. Médico neurologista. Mestre em Ciências da Saúde, 

Uberlândia, MG, Brasil; 5. Estatístico. Doutor em Genética e Melhoramento de Plantas. Docente da Faculdade de Matemática - UFU, 
Uberlândia, MG, Brasil; 6. Doutor em Medicina. Docente do Departamento de Pediatria FAMED - UFU, Uberlândia-MG, Brasil. 

 
RESUMO: O objetivo deste trabalho foi descrever a qualidade de vida relacionada à saúde dos cuidadores de 

crianças e adolescentes com câncer e comparar seus escores com controles saudáveis, com os tipos de tumor e a fase de 
tratamento. Entre setembro de 2005 a janeiro de 2007, 73 cuidadores de crianças e adolescentes com câncer (idade média= 
34,8; DP=8,5) e 125 cuidadores de crianças e adolescentes saudáveis (idade média= 37,2; DP=9,1) participaram de um 
estudo transversal e responderam a um questionário de qualidade de vida relacionada à saúde (SF-36). Os resultados 
demonstraram que os escores de todos domínios do SF-36 dos cuidadores de crianças e adolescentes com câncer foram 
menores que os dos controles. Não se observou diferença significativa dos escores segundo o tipo de tumor (leucemias, do 
sistema nervoso central e sólidos) e a fase de tratamento (quimioterapia/radioterapia versus fora de tratamento). Conclui-se 
que os cuidadores de crianças e adolescentes com câncer apresentam prejuízo multidimensional na qualidade de vida 
relacionada à saúde, independentemente do tipo de câncer e da fase do tratamento. Esses resultados indicam que o 
tratamento de crianças e adolescentes com câncer deve incluir estratégias específicas para o acompanhamento da saúde 
física, mental e social dos seus cuidadores. 

 
PALAVRAS-CHAVE: Cuidadores. Criança. Adolescente. Neoplasias. Qualidade de vida. 

 
INTRODUÇÃO 

 
O câncer é uma das doenças crônicas que 

mais interfere nos aspectos físicos e psicossociais 
dos pacientes e seus cuidadores. Fatores como 
longos e frequentes períodos de internação, 
complicações resultantes de seu tratamento e a 
presença de transtorno de humor refletem de forma 
negativa na qualidade de vida dos seus cuidadores 
(ANDERS, 1999; HOEKSTRA-WEEBERS et al., 
2001; NASCIMENTO, 2003; YAMAZAKI et al., 
2005). 
 A Organização Mundial de Saúde (1994) 
define qualidade de vida como “a percepção do 
indivíduo de sua posição na vida, no contexto 
cultural e no sistema de valores em que ele vive e 
em relação a seus objetivos, expectativas, 
preocupações e desejos” (WHOQOL GROUP, 
1995). Qualidade de vida relacionada à saúde 
(QVRS) é o termo que tem sido utilizado quando se 
pretende enfocar os aspectos da qualidade de vida 
que são influenciados pela doença e/ou tratamento 
(FAYERS; MACHIN, 2007).  

Estudos que tratam da qualidade de vida 
relacionada à saúde (QVRS) dos cuidadores de 
crianças e adolescentes com câncer identificaram o 
impacto negativo nas funções física e psicossocial 
de mães desses pacientes atribuído à doença 
(YAMAZAKI et al., 2005; GOLDBECK, 2007; 
EISER et al.,2005), situação exemplificada por 
maior grau de tristeza e diminuição da auto-estima, 
além da percepção de uma situação de vida menos 
satisfatória (ENSKÄR et al., 2011). Nesse estudo 
avaliamos o impacto do câncer de crianças e 
adolescentes na QVRS de seus cuidadores por meio 
do questionário SF-36 (36 - Item Short Form Health 
Survey Questionnaire) e as repercussões na QVRS 
dos cuidadores de acordo com o tipo de tumor e fase 
de tratamento. 

 
MATERIAL E MÉTODOS 
 
Participantes  
 Entre setembro de 2005 a janeiro de 2007, 
foram convidados a participar do estudo cuidadores 
principais de crianças e adolescentes com câncer 
com idade entre cinco a dezoito anos de idade em 

Received: 24/05/12 
Accepted: 05/10/12 



775 
Influência dos tipos de câncer...  CUNHA, C. M. et al. 

Biosci. J., Uberlândia, v. 29, n. 3, p. 774-780, May/June 2013 

acompanhamento clínico no ambulatório de 
Oncologia Pediátrica do Hospital do Câncer de 
Uberlândia-MG. Foram excluídos cuidadores 
analfabetos ou com déficit cognitivo que não 
permitia a leitura e compreensão do questionário. O 
Grupo controle foi composto por cuidadores de 
crianças e adolescentes saudáveis, sem doenças 
crônicas com idade entre 5 a 18 anos provenientes 
de escolas públicas e privadas, pareados para idade 
e sexo em relação ao grupo de estudo, na proporção 
de 2:1.  
 Cuidadores principais foram definidos como 
aqueles que se responsabilizavam por prover ou 
coordenar os recursos dispensados às crianças e 
adolescentes e que participavam diretamente do 
processo de cuidado e assistência. O estudo foi 
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa 
(parecer 107/2005), e foi realizado após a assinatura 
do termo de consentimento livre e esclarecido pelos 
participantes.  
 
Procedimentos 

Os sujeitos da pesquisa foram convidados a 
responder, pela técnica de autoaplicação, um 
questionário para caracterização sociodemográfica e 
o questionário de avaliação da qualidade de vida 
(SF-36). A presença de doença crônica no grupo de 
estudo, caso presente, foi relatada pelo próprio 
cuidador. A coleta de dados do grupo controle 
ocorreu por meio de visita domiciliar, a partir de 
contato prévio com os participantes. 

Para obtenção de informações clínicas das 
crianças e adolescentes com câncer, realizou-se 
consulta aos prontuários. Para análise dos dados, 
agruparam-se os achados segundo os tipos de tumor 
(tumores sólidos, tumores de sistema nervoso 
central e leucemias) e a fase do tratamento 
(quimioterapia e/ou radioterapia ou fora de 
tratamento). 
 
Instrumento para avaliação da qualidade de vida 
 O SF-36 é um instrumento 
multidimensional, constituído por 36 itens dispostos 
em oito domínios: Capacidade funcional, Aspectos 

físicos, Dor, Estado geral de saúde, Vitalidade, 
Aspectos sociais, Aspectos emocionais, Saúde 
mental e uma questão de avaliação comparativa do 
estado geral de saúde atual e de um ano atrás. O 
instrumento aborda as últimas quatro semanas e 
avalia tanto os aspectos negativos 
(doença/enfermidade) quanto os positivos (bem-
estar) do indivíduo. Para a avaliação dos resultados, 
as respostas aos seus itens são computadas em seus 
respectivos componentes, e esses valores são 
normatizados em uma escala de zero a 100. 
Menores valores refletem uma percepção de saúde 
ruim e dor (pior avaliação da QVRS), enquanto 
altos valores refletem uma percepção de boa saúde, 
ausência de déficits funcionais e de dor (melhor 
avaliação da QVRS) (WARE; SHERBOURNE, 
1992; CICONELLI, 1997). 
 
Métodos estatísticos 
 A estatística descritiva foi utilizada para a 
caracterização sócio-demográfica e clínica dos 
participantes. Para a comparação entre os escores 
obtidos por meio do SF-36, segundo o tipo de 
câncer, foi utilizado o teste de Kruskal Wallis. O 
teste U de Mann Whitney foi utilizado para 
comparação dos escores segundo a presença de 
doença crônica e fase de tratamento do paciente 
(quimioterapia e/ou radioterapia ou fora de 
tratamento). O nível de significância adotado foi de 
p<0,05. 
 
RESULTADOS  
 
Características sócio-demográficas dos 
cuidadores 
 Participaram do estudo 73 cuidadores de 
crianças e adolescentes com câncer e 125 
cuidadores do grupo controle. As crianças e 
adolescentes foram representadas 
predominantemente pelas mães em ambos os grupos 
(84,9% no grupo de estudo e 81,6%, no controle). 
Os dois grupos apresentaram características sócio 
demográficas semelhantes, exceto quanto à presença 
de doenças crônicas (Tabela 1). 

 
Tabela 1. Características demográficas dos cuidadores e das crianças e adolescentes com câncer e grupo 

controle, Hospital do câncer de Uberlândia, Uberlândia-MG, 2007. 

Características dos Cuidadores Grupo Estudo             Grupo Controle               p valor 

Idade, média (DP) + 34,8 (8,5) 34,9 (5,5) 0,202 

Escolaridade, n (%)*    
  Ensino fundamental incompleto 43 (58,9) 46 (31,3) 0,017 

  Ensino fundamental completo 7 (9,6) 20 (12,1)  
  Ensino médio 18 (24,7) 39 (40,4)  



776 
Influência dos tipos de câncer...  CUNHA, C. M. et al. 

Biosci. J., Uberlândia, v. 29, n. 3, p. 774-780, May/June 2013 

  Ensino superior 5 (6,8) 20 (16,3)  

Situação conjugal,  n(%)*     
  Vivem juntos 46 (63,0) 123 (74,1) 0,090 
  Vivem separados  26 (35,6) 43 (22,9)  

  Viúva (o) 1 (1,4) 0 (0,0)  

Vínculo empregatício, n(%)‡ 31 (42,5) 94 (56,6) 0,043 
Renda familiar em salário mínimo †    

  Mediana (P25 – P75) 2 (1 - 3) 2 (1 - 3) 0,096 

Doenças crônicas, n (%)‡ 18 (24,7) 0 (0) 0,00 
Número de filhos †    

  Mediana (P25 – P75) 2 (2 - 3) 2 (2 - 3) 0,821 
*Teste Qui Quadrado; † Teste de Mann-Whitney; ‡ Teste da binomial para diferença de proporções 
 
Características demográficas e clínicas das 
crianças e adolescentes  

A média de idade dos pacientes foi de 10,4 
anos (DP=3,7 e mediana=10) e 53,4% eram do sexo 
masculino. O número de irmãos variou de zero a 
dez, sendo que 9,6% não tinham irmãos e 70,2% 
tinham de um a dois irmãos. A maioria (56,4%) 
frequentava o ensino fundamental, todavia 21,3% 
dos pacientes não frequentavam escola.  

Em comparação ao grupo controle, as 
crianças e adolescentes com câncer estavam, com 
maior frequência, fora do ensino regular. Não houve 
diferença significativa quanto à idade, sexo e 
número de irmãos. 

Em relação às características clínicas das 
crianças e adolescentes com câncer, grande parte 
apresentava tumores sólidos (47,9%), seguidos de 
leucemias (31,5%) e tumores de sistema nervoso 
central (20,6%). O tempo de diagnóstico do câncer 

variou entre 1 e 158 meses, com média de 47,4 
meses (DP=38,7). A maioria dos pacientes 
apresentou até cinco internações (74,0%),  não 
estavam mais em tratamento oncológico específico 
(79,5%) e não tinha história de recidiva do câncer 
(90,4%). A forma combinada de terapia foi a mais 
frequente (61,6%), e a quimioterapia foi a terapia 
antitumoral isolada mais utilizada (30,1%). Em 
50,7% dos pacientes havia registro de sequelas ou 
agravos à saúde decorrentes do câncer de acordo 
com os prontuários médicos. 
 
Qualidade de vida relacionada à saúde  

A Tabela 2 demonstra o comparativo entre 
os escores dos domínios do SF-36. Os cuidadores de 
crianças e adolescentes com câncer obtiveram, em 
todos domínios, escores significantemente menores 
do que os do grupo controle (p<0,02). 

 
Tabela 2. Comparação entre os escores do SF-36 obtidos pelos cuidadores de crianças e adolescentes com 

câncer e o grupo controle, Hospital do Câncer de Uberlândia, Uberlândia-MG, 2007. 

Domínios 
Grupo Estudo Grupo Controle 

p
*

          p valor 

mediana P75 P25 mediana P75 P25  
CF 85 95 65 90 100 85 0,002 
AF 75 100 25 100 100 75 0,001 
DC 62 72 51 72 84 61 0,001 

EGS 77 87 57 87 92 77 0,000 
AE 60 75 40 75 80 60 0,002 
AS 75 100 50 100 100 87,5 0,000 
VT 66,7 100 33,3 100 100 66,7 0,001 
SM 68 80 52 76 84 64 0,013 
SCF 50,1 54,8 40,7 53,7 56,5 49,5 0,000 
SCM 45,2 53,8 39 53 56,2 46,5 0,000 

*Teste de Mann-Whitney; CF= capacidade funcional, AF= aspectos físicos, DC= dor, EGS= estado geral de saúde, AE= aspectos 
emocionais, VT= vitalidade, SM=saúde mental, AS= aspectos sociais; SCF= componente físico; SCM= componente mental 



777 
Influência dos tipos de câncer...  CUNHA, C. M. et al. 

Biosci. J., Uberlândia, v. 29, n. 3, p. 774-780, May/June 2013 

A presença de doença crônica nos 
cuidadores de pacientes com câncer foi relatada por 
18 (24,65%) cuidadores: hipertensão arterial 
sistêmica (5), diabetes mellitus (3), lombalgia (2), 
gastrite (2), epilepsia (2), cardiopatia chagásica (1), 
cefaléia (1), bursite (1), comunicação interatrial (1), 
osteodistrofia (1), litíase renal (2). Embora os 
escores tenham sido menores para os indivíduos 
com doenças crônicas, apenas no domínio 
capacidade funcionais (CF) esta diferença foi 
estatisticamente significativa (p<0,05).  
 Os cuidadores de pacientes que estavam 
em fase de tratamento oncológico específico 
apresentaram, em geral, escores menores do que os 
de pacientes fora de tratamento, especialmente nos 
domínios Vitalidade, Aspectos Sociais e Aspectos 
Emocionais, todavia essa diferença não foi 
estatisticamente significativa (p>0,08). Não se 
observou diferença nos escores segundo o tipo de 
tumor.  
 
DISCUSSÃO  

 
O presente estudo confirmou a hipótese de 

que a QVRS de cuidadores de crianças e 
adolescentes com câncer apresenta prejuízo tanto na 
dimensão física quanto mental. Em geral, 
cuidadores de indivíduos com câncer apresentam 
impacto negativo na percepção de bem estar 
(NORTHOUSE et al., 2002; GROV et al., 2002; 
GRUNFELD et al., 2004; CHEN et al., 2004). Da 
mesma forma, prejuízo global na QVRS é 
identificado tanto nas crianças e adolescentes com 
câncer (EISER et al., 2005; HINDS et al., 2004; 
VARNI; LIMBERS et al., 2009; HOORNWEG, 
2009) quanto nos seus cuidadores  (YAMAZAKI et 
al., 2005; GOLDBECK, 2006; EISER et al., 2005; 
CHIEN et al., 2003; KLASSEN et al., 2008; 
KLASSEN et al., 2010; LITZELMAN et al., 2011).  
 O prejuízo no construto mental do cuidador 
pode estar relacionado às experiências de dor, 
sofrimento, perdas e prognóstico incerto que se 
estabelecem desde o diagnóstico e podem perdurar 
por vários anos. Yamazaki et al. (2005) observaram 
que mães de crianças japonesas com leucemia e com 
necessidade de hospitalizações apresentaram maior 
risco para depressão e maior impacto negativo na 
QVRS, particularmente nos domínios saúde mental 
e função social. Sintomas de depressão nos 
cuidadores de crianças e adolescentes com câncer 
são frequentes nos primeiros meses após o 
diagnóstico, quando geralmente o tratamento 
específico inicial é oferecido. No entanto, com 
passar do tempo há uma redução desses índices, ao 
passo que cresce a frequência de ansiedade 

(MANNE et al., 1995; MANNE et al., 1996). 
Litzelman et al. (2011)  demonstraram que a 
limitação nas atividades da criança e fase de 
tratamento ativo foram associados com pior 
qualidade de vida mental dos cuidadores, além da 
grande sobrecarga do cuidador e ao estresse dos 
mesmos.  
 Durante o período de tratamento oncológico 
específico, o cuidador convive diretamente com a 
incerteza da cura e com o risco de morte das 
crianças e dos adolescentes com câncer. Entretanto, 
logo surgem adaptações psicoemocionais em 
resposta a essa nova situação. Goldbeck (2006) 
verificou que pais de crianças com doenças crônicas 
referem persistentemente melhores escores no 
domínio “satisfação familiar” comparado a pais de 
crianças saudáveis. O autor ressalta que a 
manutenção da coesão familiar e da comunicação é 
um efetivo mecanismo de adaptação e 
enfrentamento diante da nova situação 
(GOLDBECK, 2010). É indispensável a oferta de 
apoio psicológico para esses indivíduos, 
principalmente no período em que se inicia o 
tratamento oncológico, com a finalidade de 
minimizar o sofrimento e assim manter o cuidador 
apto a desempenhar o seu papel e contribuir com o 
tratamento.  
 A repercussão negativa no construto físico 
pode refletir a sobrecarga imposta pela atribuição de 
cuidar de uma criança ou adolescente enfermo. 
Klassen et al. (2008) compararam a qualidade de 
vida de cuidadores de crianças canadenses com a 
população normal por meio do instrumento SF-36, e 
verificaram que os escores dos domínios 
psicossociais e a maioria dos domínios físicos 
estavam prejudicados. Além disso, fatores 
relacionados aos cuidadores (melhor alimentação, 
prática de exercícios físicos, boa qualidade de sono, 
cuidadores mais jovens e melhores salários) e às 
crianças (melhor estado de saúde, menor intensidade 
do tratamento e um período maior pós diagnóstico) 
predizem melhor qualidade de vida para esses 
cuidadores.  
 No presente estudo, a presença de doença 
crônica no cuidador, tipo de tumor e a fase de 
tratamento oncológico específico na criança e 
adolescente com câncer não se relacionaram com 
impacto negativo na QVRS de seus cuidadores. Esse 
dado deve ser analisado com cautela devido ao 
diagnóstico da doença crônica ter sido considerado 
apenas por meio de relato do próprio cuidador. 
Entretanto, o estudo de Yamazaki et al. (2005) 
verificaram que o prejuízo na QVRS de mães de 
crianças com leucemia independe da presença de 
doença crônica. 



778 
Influência dos tipos de câncer...  CUNHA, C. M. et al. 

Biosci. J., Uberlândia, v. 29, n. 3, p. 774-780, May/June 2013 

 O fato do presente estudo não encontrar 
diferença na QVRS entre os grupos de cuidadores 
segundo o tipo de câncer, pode ser atribuído a 
grande heterogeneidade da amostra, a qual foi 
agrupada em três grandes grupos. Além disso, os 
tumores encontrados tiveram uma distribuição 
muito variada quanto ao tipo, gravidade, duração da 
doença e fase de tratamento no próprio grupo de 
classificação utilizado. 
 Diferentes formas clínicas de tumores 
variam quanto à gravidade, ao prognóstico e às 
formas terapêuticas e podem repercutir 
diferentemente na QVRS da criança. Eiser et al. 
(2003) observaram que crianças sobreviventes com 
tumores de sistema nervoso central apresentaram 
maior repercussão negativa na saúde física e 
psicossocial que crianças com leucemia. Crianças 
com tumores de sistema nervoso central são mais 
propensos aos efeitos tardios do câncer, tanto físicos 
(prejuízo na mobilidade e na coordenação motora) 
como psicossociais e cognitivos, e têm maior chance 
de se tornarem dependentes.   
 Na população estudada, cuidadores de 
pacientes em tratamento oncológico específico 
obtiveram escores menores, porém estatisticamente 
não significantes comparados aos cuidadores de 
pacientes que estavam sem tratamento específico. 
Chien et al. (2003) verificaram que os escores dos 
domínios da saúde física e psicossocial de 
cuidadores de crianças com tumor cerebral foram 
menores comparados com os da população 
saudável, e que a fase de tratamento das crianças foi 
associado com piores escores nos domínios de saúde 
física e psicológica.  
 Em relação às limitações metodológicas do 
trabalho, citam-se: o grupo de estudo foi muito 
heterogêneo quanto aos tipos de câncer, fases e 
modalidades de tratamento e tempo de diagnóstico. 
Esses fatores podem interferir na magnitude do 

impacto na QVRS do cuidador. Novos estudos 
poderão ser realizados com uma amostra maior, 
mais homogênea, com a participação de cuidadores 
de crianças idade inferior a cinco anos e com 
avaliações prospectivas e longitudinais a partir do 
diagnóstico. O conhecimento obtido sobre a 
influência desses fatores na QVRS do cuidador de 
crianças e adolescentes com câncer possibilitará o 
direcionamento de medidas e estratégias de saúde 
específicas para essa população. 
 Nossos resultados confirmaram, na amostra 
estudada, que cuidadores de crianças e adolescentes 
com câncer apresentam prejuízo na saúde física e 
mental quando comparados com cuidadores de 
crianças e adolescentes saudáveis. A fase de 
tratamento e tipo de câncer não influenciaram na 
QVRS desses cuidadores. Outros estudos devem ser 
realizados para verificar o impacto de propostas e 
estratégias específicas ofertadas pelos serviços de 
oncologia pediátrica para o acompanhamento da 
saúde física, mental e social dos cuidadores de 
crianças e adolescentes com câncer. 
 
CONCLUSÕES 

 
Cuidadores de crianças e adolescentes com 

câncer da amostra estudada apresentaram prejuízo 
na saúde física e mental quando comparados com 
cuidadores de crianças e adolescentes saudáveis.  

A fase de tratamento, tipo de câncer e a 
presença de doença crônica no próprio cuidador não 
influenciaram na QVRS desses cuidadores. Esses 
resultados indicam a necessidade por parte da 
equipe multidisciplinar dos serviços de oncologia 
pediátrica de direcionar propostas e estratégias 
específicas para o acompanhamento da saúde física, 
mental e social dos cuidadores de crianças e 
adolescentes com câncer. 

 
 

ABSTRACT: To describe the health-related quality of life of caregivers of children and adolescents with cancer 
and to compare their scores with healthy children´s caregivers as a control group, the tumor types and treatment phase. 
Between September 2005 and January 2007, 73 caregivers of children and adolescents with cancer (average age = 34.8; 
SD = 8.5) and 125 caregivers of healthy children and adolescents (average age = 37.2; SD = 9.1) participated in a cross-
sectional study and completed a health-related quality of life questionnaire (SF-36). The results showed scores in all 
domains of the SF-36 of the caregivers of children and adolescents with cancer were lower than those of the control group. 
There was no significant difference in scores according to tumor type (leukemia, of the central nervous system and solid 
tumors) and phase of treatment (chemotherapy / radiotherapy versus off-treatment). It follows that caregivers of children 
and adolescents with cancer have a disadvantage in multidimensional health-related quality of life, regardless of cancer 
type and stage of treatment. These results indicate that treatment of children and adolescents with cancer should include 
specific strategies for monitoring the physical, mental and social health of their caregivers. 
 

KEYWORDS: Caregivers. Child. Adolescent. Neoplasms. Quality of life. 
 
 



779 
Influência dos tipos de câncer...  CUNHA, C. M. et al. 

Biosci. J., Uberlândia, v. 29, n. 3, p. 774-780, May/June 2013 

REFERÊNCIAS 
 
ANDERS, J. C. A família na assistência à criança e ao adolescente submetidos ao transplante de medula 
óssea: fase pós TMO. 1999, 158f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem Fundamental) – Curso de Pós 
Graduação em Enfermagem Fundamental, Universidade de São Paulo: Escola de Enfermagem de Ribeirão 
Preto, Ribeirão Preto, 1999.  
 
HOEKSTRA-WEEBERS, L. E. H. M.; JASPERS, J. P. C.; KAMPS, W. A.; KLIP, E. C. Psychological 
adaptation and social support of parents of pediatric cancer patients: a prospective longitudinal study. Journal 
of Pediatric Psychology, Washington, v. 26, n. 4, p. 225-235, Jun. 2001. 
 
NASCIMENTO, L. C. Crianças com câncer: a vida das famílias em constante reconstrução. 2003, 233f. 
Tese (Doutorado em Enfermagem Fundamental) – Curso de Pós Graduação em Enfermagem Fundamental, 
Universidade de São Paulo: Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, 2003.  
 
YAMAZAKI, S.; SOKEJIMA, S.; MIZOUE, T.; EBOSHIDA, A.; FUKUHARA, S. Health related quality of 
life of mothers of children with leukemia in Japan. Quality of Life Research, Oxford, v. 14, n. 4, p. 1079-
1085, May 2005.  
 
WHOQOL GROUP. The world health organization quality of life assessment (WHOQOL): position paper from 
the world health organization. Social Science and Medicine, Oxford, v. 41, n. 10, p. 1403-1409, Nov. 1995.  
 
FAYERS, P. M., MACHIN, D. Quality of life: the assessment, analysis and interpretation of patient-
reported outcomes. 2nd ed. Chichester: John Wiley and Sons; 2007. 
 
GOLDBECK, L. The impact of newly diagnosed chronic paediatric conditions on parental quality of life. 
Quality of Life Research, Oxford, v. 15, n. 7, p. 1121-1131, Sept. 2006.  
 
EISER, C.; EISER, R. J.; STRIDE, C. B. Quality of life in children newly diagnosed with cancer and their 
mothers. Health and Quality of Life Outcomes, London, v.3, n. 29, Apr. 2005.  
 
ENSKÄR, K.; HAMRIN, E.; CARLSSON, M.; VON ESSEN, L. Swedish mothers and fathers of children with 
cancer: perceptions of well-being, social life, and quality care. Journal of Psychosocial Oncology, v. 29, n. 1, 
p. 51-66, Jan. 2011. 
 
WARE, J. E., SHERBOURNE, C. D. A 36-item short-form health survey. I. Conceptual framework and item 
selection. Medical Care, Philadelphia, v. 30, n. 6, p. 473-483, Jun. 1992.  
 
CICONELLI, R. M. Tradução para o português e validação do questionário genérico de avaliação de 
qualidade de vida "Medical Outcomes 36 Item Short Form Health Survey - SF-36". 1997, 143f.  Tese 
(Doutorado em Medicina) – Curso de Pós Graduação em Medicina, Universidade Federal de São Paulo: Escola 
Paulista de Medicina, São Paulo, 1997. 
 
NORTHOUSE, L. L.; MOOD, D.; KERSHA, W. A.; MELLOW, S.; et al. Quality of life of women with breast 
cancer and family members. Journal of Clinical Oncology, Oxford, v. 20, n. 19, p. 4050-4064, Oct. 2002.  
 
GROV, E.K.; DAHL, A. A.; MOUN, T.; FOSSA, S.D. Anxiety, depression an quality of life in caregivers of 
patients with cancer in late palliative phase. Annals of Oncology, Dordrecht, v. 16, n. 7, p.1185-1191, Jul. 
2005.  
 
GRUNFELD, E.; COYLE, D.; WHELAN, T.; CLINCH, J.; et al. Family caregiver burden: results of a 
longitudinal study of breast cancer patients and their principal caregivers. Canadian Medical Association 
Journal, Ottawa, v. 170, n. 12, p. 1795-1801, Jun. 2004.  
 



780 
Influência dos tipos de câncer...  CUNHA, C. M. et al. 

Biosci. J., Uberlândia, v. 29, n. 3, p. 774-780, May/June 2013 

CHEN, M. L.; CHU, L.; CHEN, H. C. Impact of cancer patients quality of life on that spouse caregivers. 
Supportive Care in Cancer, Berlin, v. 12, n. 7, p. 469-475, Jul. 2004.  
 
HINDS, P. S.; GATTUSO, J. S.; FLETCHER, A.; BAKER, E.; et al., Quality of life as conveyed by pediatric 
patients with cancer. Quality of Life Research, v. 13, n. 4, p. 761-772, May 2004. 
 
VARNI, J. W., LIMBERS, C. A. The pediatric quality of life inventory: measuring pediatric health-related 
quality of life from the perspective of children and their parents. Pediatric Clinics of North America, 
Philadelphia, v. 56, n. 4, p. 843-63, Aug. 2009.  
 
HOORNWEG, M. J.; GROOTENHUIS, M. A., VAN DER HORST, C. M. Health-related quality of life and 
impact of haemangiomas on children and their parents. Journal of Plastic, Reconstructive and Aesthetic 
Surgery, Philadelphia, v. 62, n. 10, p. 1265-71, Oct. 2009. 
 
CHIEN, L.; LO, L.; CHEN, C.; CHEN, Y.; CHIANG, C.; CHAO, Y. Quality of life among primary caregivers 
of Taiwanese children with brain tumor. Cancer Nursing, New York, v. 26, n. 4, p. 305-311, Aug. 2003. 
 
KLASSEN, A. F.; KLASSEN, R.; DIX, D.; PRITCHARD, S.; et al. Impact of caring for a child with cancer on 
parents' health-related quality of life. Journal of Clinical Oncology, Alexandria, v. 26, n. 36, p. 5884-5889, 
Dec. 2008. 
 
KLASSEN, A. F.; RAINA, P.; MCINTOCH, C.; SUNG, L.; et al. Parents of children with cancer: Which 
factors explain differences in health-related quality of life.  Internation Journal of Cancer, v. 129, n. 5, p. 
1190-8, sept. 2011.  
 
LITZELMAN, K.; CATRINE, K.; GANGNON, R., WITT, W. P. Quality of life among parents of children 
with cancer or brain tumors: the impact of child characteristics and parental psychosocial factors.  Quality of 
Life Research, Oxford, v. 20, n. 8, p. 1261-1269, Feb. 2011.  
 
MANNE, S.; MILHER, D.; MEYERS, P.; WOLLNER, N.; et al. Predictors of depressive symptomatology 
among parents of newly diagnosed children with cancer. Journal of Pediatric Psychology, Oxford, v. 20, n. 4, 
p. 491-510, Jul./Aug. 1995. 
 
MANNE, S.; MILHER, D.; MEYERS, P.; WOLLNER, N.; et al. Depressive symptom among parents of newly 
diagnosed children with cancer: a six month follow up study. Children’s Health Care, Hillsdale, v. 25, n. 3, p. 
191-209, 1996. 
 
EISER, C.; VANCE, Y. H.; HORNE, B.; GLASER, A.; GALVIN, H. The value of the PedsQLTLM in 
assessing quality of life in survivors of childhood cancer. Child: Care, Health and Development, 
Philadelphia, v. 29, n. 2, p. 95-102, Mar. 2003. 
 
WELLS, D. K.; JAMES, K.; STEWART, J. L.; MOORE, B.; et al. The care of my child with cancer: a new 
instrument to measure caregiving demand in parents of children with cancer. Journal of Pediatric Nursing, 
Philadelphia, v. 17, n. 3, p. 201-210, Jun. 2002.