Microsoft Word - 45-Vet_15204


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Original Article 

 Biosci. J., Uberlandia, v. 30, supplement 1, p. 420-423, June/14 

ERUPÇÃO DO DENTE LUPINO EM EQUINOS PSI E CAMPOLINA 
 

ERUPTION OF THE LUPINE TOOTH IN HORSES THOROUGHBRED AND 

CAMPOLINA 
 

Frederico Ozanam CARNEIRO E SILVA1; Renato Souto SEVERINO1;  
Luiz Henrique da CUNHA2; Juliana França ORTEGA2; Luana de Sousa OLIVEIRA3; 

Eduardo Mauricio Mendes de LIMA4 
1. Professores Titulares, Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade Federal de Uberlândia - UFU, Uberlândia, MG, Brasil; 2. 
Médicos Veterinários; 3. Discentes, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade de Brasília - UnB, Brasília, DF, 

Brasil; 4. Professor adjunto, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária - UnB, Brasília, DF, Brasil. limaemm@unb.br 

 
RESUMO: Nos equinos, os primeiros dentes pré-molares da arcada superior, ou dentes lupinos, são pequenos e 

caracteristicamente vestigiais, mostram-se posicionados imediatamente mesiais à raiz do primeiro dente molar superior, 
não atuam funcionalmente na mastigação e podem ainda provocar dor no animal. Foram avaliados 63 animais da raça 
Campolina e 58 da raça Puro Sangue Inglês quanto à presença ou não de dente lupino. Os dados encontrados mostraram 
que 42,86% dos animais da raça Campolina apresentaram dente lupino, assim como 3,45% da raça Puro Sangue Inglês. A 
frequência variável encontrada revela que a presença deste dente é uma característica particular e individual dos animais. 
Foi possível observar através da aplicação do teste exato de Fisher (p≤0,05) que entre os equinos das raças PSI e 
Campolina ocorreu diferença significativa (p≤0,0001). De outra forma, para cada uma das raças a ocorrência da presença 
deste dente entre os sexos não foi observada diferença PSI (p≤0,496) e Campolina (p≤0,083). 
 

PALAVRAS-CHAVE: Equus caballus. Pré-molar. Dente de lobo. 
 
INTRODUÇÃO 
 

De acordo com as pesquisas em fósseis, há 
milhões de anos, os dentes lupinos possuíam uma 
similaridade maior, com relação ao tamanho, aos 
demais dentes mastigadores (molares e pré-molares) 
e eram funcionais. Naquela época, os equinos eram 
pequenos e tinham hábitos silvestres, seus dentes 
eram menores e mais estreitos, semelhantes aos das 
cabras e ovelhas. Existiam sete dentes mastigadores 
funcionais em cada arcada dentária, comparado aos 
seis dentes dos cavalos atuais (LIYOU, 2005). O 
primeiro ancestral equídeo (Hyracotherium) é 
caracterizado pela fórmula dentária dos mamíferos 
placentários primitivos, ou seja: três incisivos, um 
canino, quatro pré-molares e três molares em cada 
quadrante dentário. Entretanto, durante a evolução 
dos equinos, o dente mastigatório anterior (primeiro 
dente pré-molar) tornou-se menor, relativamente 
afuncional, podendo estar completamente ausente 
(EASLEY, 2004; LIYOU, 2005). 

Por definição, os primeiro dentes pré-
molares superiores (dentes lupinos, ou dentes de 
lobo) são pequenos, vestigiais e posicionados 
mesiais à raiz do primeiro dente molar superior 
(BAKER, 2000; EASLEY, 2004; CARNEIRO, 
2004; DIXON; DACRE, 2005; LIYOU, 2005). 
Estes dentes não são utilizados na mastigação, pois 
não possuem contato com outro dente e, também 
não são utilizados para luta (EASLEY, 2004; 
KÖNIG, SAUTET; LIEBICH, 2004; LIYOU, 

2005). Quando estes dentes lupinos não erupcionam, 
são chamados de dentes de lobo inclusos (EASLEY, 
2004; LIYOU, 2005), podendo assim ser detectados 
através da palpação de um nódulo consistente, 
determinantes da ocorrência de dor ou ulceração 
(EASLEY, 2004). 

Em relação à morfologia, os dentes lupinos 
são variáveis em tamanho e as formas da coroa e da 
raiz são variáveis, bem como o seu posicionamento. 
Normalmente não ultrapassam um a dois 
centímetros de altura (EASLEY, 2004), não 
podendo ser confundidos com os dentes caninos 
normais que estão localizados na borda interalveolar 
da maxila e mandíbula (EASLEY, 2004; 
CARNEIRO, 2004). 

O dente lupino, quanto está localizado um 
pouco afastado do primeiro dente molar superior, 
apresenta anormalidade mais significativa. 
(KNOTTENBELT; PASCOE, 1998). A idade em 
que os dentes lupinos normalmente erupcionam nos 
equinos é distinta de acordo com os autores, sendo 
que para Easley (2004) isto varia de seis a doze 
meses de idade; já para Liyou (2005) isso ocorre 
entre os cinco a dezoito meses de idade. A 
incidência dos dentes lupinos superiores em equinos 
de um a dois anos de idade é de 80 a 90%, enquanto 
que para os inferiores, varia de 1 a 5%, mas parece 
ser mais comum em algumas linhagens do 
Mangalarga Marchador (EASLEY, 2004). Naqueles 
animais com mais de três anos de idade é raro 
visualizar os dentes lupinos, em decorrência da 

Received: 14/05/12 
Accepted: 10/12/13 



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Erupção do dente lupino...  CARNEIRO E SILVA, F. O. et al. 

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extração do mesmo ou exfoliação natural do dente 
(EASLEY, 2004). Entretanto, somente em 20% da 
dentição superior dos Puros Sangues Ingleses (PSI) 
encontram-se estes dentes (BAKER, 2000). No 
estudo realizado por Silva et al. (1992), o dente 
lupino em equinos SRD (sem raça definida) 
apareceu em 18,27% dos animais. 

De modo geral, aproximadamente 70% dos 
equinos irão erupcionar o dente de lobo (LIYOU, 
2005). E, embora muitos animais possuam estes 
dentes, alguns não os têm (KNOTTENBELT e 
PASCOE, 1998). O número de dentes lupinos é 
bastante variável (EASLEY, 2004), podendo 
erupcionar uni ou bilateralmente (EASLEY, 2004; 
LIYOU, 2005). Tendem a ser grandes nos 
Lusitanos, mas em geral, são apenas vestígios, 
sendo, comumente, pequenos nos PSI e Quarto de 
Milha (CARNEIRO, 2004). O desenvolvimento do 
dente lupino não está relacionado ao sexo do 
animal, ou seja, as fêmeas jovens parecem ter a 
mesma probabilidade que os machos para 
desenvolver estes dentes (LIYOU, 2005).  

Geralmente estes dentes não causam 
problemas, mas, caso sejam grandes, agudos, mal 
posicionados ou inclusos, podem causar ulceração 
bucal ou interferir com a “mordedura” (freio ou 
bridão), resultando em comportamentos defensivos: 
desconforto, resistência, movimentos bruscos da 
cabeça, recuos e não respondendo aos comandos 
(EASLEY, 2004; CARNEIRO, 2004; DIXON; 
DACRE, 2005; LIYOU, 2005). O dente de lobo 
possui inervação e está conectado ao osso pelo 
ligamento periodontal. Portanto, se a embocadura da 
rédea tiver contato com os dentes de lobo, pode 
produzir dor ao animal, resultando numa maior 
agitação da cabeça pelo cavalo (LIYOU, 2005).  
 Os problemas gerados por odontopatias 
oriundas da erupção do dente lupino podem ser 
diversos (BAKER, 2001). Para Carneiro (2004), os 
problemas dentários causam distúrbios 
gastrointestinais, cólicas, perda de peso, problemas 
de coluna, traumas na mucosa bucal, traumas na 
língua, abscessos e fístulas faciais. 
 Tradicionalmente os dentes lupinos são 
removidos facilmente por meio de elevador de raiz 
ou instrumentos de extração especialmente 
fabricados, pois possuem raízes extremamente 
curtas (EASLEY, 2004; DIXON; DACRE, 2005; 
LIYOU, 2005). Ainda de acordo com estes autores é 
recomendada a extração dos dentes lupinos 
buscando um maior conforto no uso da embocadura, 
melhorando muito o comportamento do animal para 
cavalgar. 
 Neste contexto foi objetivo deste trabalho 
determinar a ocorrência dos primeiros dentes pré-

molares superiores na arcada superior (dentes 
lupinos) de equinos das raças Campolina e Puro 
Sangue Inglês. Subsidiando assim a literatura e 
fornecendo dados morfológicos específicos para 
cada uma das raças utilizadas neste trabalho. 
 
MATERIAL E MÉTODOS 
 
 Foram utilizados 121 equinos, das raças 
Puro Sangue Inglês (n=58) e Campolina (n=63), 
com idades variando de um a 16 anos de idade, 
sendo 36 machos e 85 fêmeas. Nenhum animal 
empregado no estudo havia sido submetido à 
extração do primeiro dente pré-molar superior 
(dente lupino). Desses, havia 26 machos e 32 
fêmeas da raça Puro Sangue Inglês e 10 machos e 
53 fêmeas da raça Campolina. 
 Buscando a determinação da ocorrência da 
erupção e presença do primeiro dente pré-molar 
superior, todos os animais foram contidos 
fisicamente, para tanto estes foram mantidos em 
brete de contenção e ainda manuseados 
empregando-se cabresto. Para a visualização, por 
meio de observação direta, a boca foi aberta 
somente com as mãos e deslocou-se lateralmente a 
língua de cada um dos animais até que fosse 
possível a visualização do dente lupino ou da região 
ocupada pelo mesmo.  
 Para o entendimento e compilação dos 
resultados estes foram analisados utilizando-se uma 
análise de frequência empregando-se para tanto o 
software GraphPad Prism®6revelando a ocorrência 
da presença do dente lupino nos animais de cada 
uma das raças investigadas. A análise de frequência 
também foi aplicada em relação ao sexo dos 
equinos, Foi aplicado o teste exato de Fisher para 
verificar a ocorrência de diferença estatística entre a 
erupção do dente lupino entre os equinos das raças 
PSI e Campolina e ainda a ocorrência da erupção 
destes entre os diferentes sexos para cada uma das 
raças (p≤0,05). 
 
RESULTADOS 
 

Dos equinos da raça PSI avaliados, nenhum 
dos 26 machos apresentou erupção do dente lupino. 
Das 32 fêmeas, duas apresentaram (6,2%), sendo 
ambas as ocorrências na arcada superior. Entre os 
animais da raça Campolina, sete dos 10 machos 
(70%) e 20 das 53 fêmeas (37,8%) apresentaram 
dente lupino (Figura 1).  

Na raça PSI, houve uma erupção do dente 
lupino uni e outra bilateral. Na raça Campolina, do 
total de 27 animais que apresentaram o dente lupino, 
14 foram unilaterais e 13 bilaterais (Figura 2). 



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Erupção do dente lupino...  CARNEIRO E SILVA, F. O. et al. 

 Biosci. J., Uberlandia, v. 30, supplement 1, p. 420-423, June/14 

 
 
Figura 1. Teste exato de Fisher (p≤0,005) para presença do dente lupino entre as diferentes raças de equinos 

(A) e entre sexos para PSI (B) e Campolina (C). 
 
 

 
Figura 2. Vista ventrodorsal da cavidade oral, ilustrando a ocorrência da erupção e exteriorização bilateral dos 

dentes lupino (DL) em equino da raça Campolina. 
 
DISCUSSÃO 
 
 Segundo Baker (2000), somente em 20% da 
dentição superior dos puros sangues estes dentes 
foram observados. De uma forma geral e sem 
especificar a raça, Easley (2004) afirmou que a 
incidência dos dentes lupinos superiores em cavalos 
com um a dois anos de idade foi de 80 a 90%, 
enquanto que para Liyou (2005) foi de 70%. No 
estudo realizado por Silva et al. (1992), 18,27% dos 
equinos SRD desenvolveram dente lupino. Estes 
dados demonstraram a diversidade da ocorrência 
deste dente em equinos. Portanto os achados em 
animais das raças PSI e Campolina permitiram o 
entendimento das características morfológicas 
especificas e aplicáveis à odontologia e morfologia 
equina. Ademais foi possível ainda verificar a 
ocorrência de diferença significativa entre as raças 
(p≤0,0001) quando da aplicação do teste exato de 
Fisher. Fato que não ocorreu quando se analisou o 
sexo entre os animais da mesma raça. 

Nenhum macho da raça PSI do presente 
trabalho apresentou dente lupino, o que pode indicar 
uma baixa predisposição desses animais. Apenas 
duas fêmeas apresentaram dente lupino na raça PSI, 
o que também representa uma prevalência baixa 
(6,2%).  Em relação aos animais da raça Campolina, 
a prevalência foi mais alta, com 70% dos machos e 
37,8% das fêmeas com erupção do dente lupino.  

Apesar de haver descrição na literatura em 
que o dente lupino aparece na mandíbula (arcada 
dentária inferior) (EASLEY, 2004; LIYOU, 2005; 
JOHNSON; PORTER, 2006; SCRUTCHFIELD, 
2006), todos os equinos analisados nesta pesquisa 
possuíam o dente lupino localizado na arcada 
dentária superior. Sugerindo assim, os animais 
apresentaram uma particularidade morfológica 
específica, que sobretudo diferenciou e caracterizou 
estes animais.  
 Os resultados demonstram que deve ser 
dada uma maior atenção em relação à presença do 
dente lupino aos equinos da raça Campolina, visto 



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Erupção do dente lupino...  CARNEIRO E SILVA, F. O. et al. 

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que a ocorrência da exteriorização do dente foi alta 
nos indivíduos desta raça em relação ao Puro 
Sangue Inglês. Dessa forma, percebe-se a 

importância em observar a exteriorização deste 
dente, a fim de combater possíveis desconfortos e 
complicações decorrentes desta estrutura. 

 
 

ABSTRACT: In horses, the first premolar teeth of the upper arch, or wolf teeth are small and characteristically 
vestigial, appear positioned immediately mesial to the root of the first molar tooth, do not act functionally in chewing and 
can also cause pain in animals. There were evaluated 63 animals of Campolina breed and 58 of Thoroughbred in relation 
to the presence or absence of wolf teeth. The findings showed that 42.86% of the Campolina horses presented wolf teeth, 
as well as 3.45% of the Thoroughbred. The variable frequency found discloses that the presence of this tooth is a particular 
and individual feature of animals. It was observed by applying the Fisher’s test (p<0.05) that among equine breeds 
Thoroughbred and Campolina, there was significant difference (p<0.0001). Otherwise for each of the breeds the 
occurrence of presence of this tooth among the genders was not observed Thoroughbred (p≤0.496) and Campolina 
(p≤0.083). 
 

KEYWORDS: Equus caballus. Premolar. Wolf tooth. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
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interna equina. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. p. 519-525. 

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http://www.tgs.com.br/dicas/index.asp>. Acesso em 17 Jul. 2013. 

DIXON, P. M.; DACRE, I. A review of equine dental disorders. Veterinary Journal, Oxford, v. 169, n. 2, 
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SCRUTCHFIELD, W. L. Wolf Teeth: how to safely and effectively extract and is it necessary. American 
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SILVA, F. O. C. et al. Exteriorização do dente lupino em equinos sem raça definida. In: SEMANA CIENTÍFICA DE 
MEDICINA VETERINÁRIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA, 10., 1992., Uberlândia, 
Anais...Uberlândia:1992, p-17.