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Original Article 

Biosci. J., Uberlandia, v. 30, supplement 1, p. 219-223, June/14 

INFLUÊNCIA DO TEOR DE ÁGUA NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS 
GRÃOS DE TRIGO SUBMETIDOS À COMPRESSÃO 

 

MECHANICAL PROPERTIES OF WHEAT GRAINS UNDER COMPRESSION 
 

Lara Santana FERNANDES1; Paulo Cesar CORRÊA2; Mayra Darliane Martins Silva DINIZ3; 
Daniel Mariano LEITE4; Davi de Sousa Lima VASCONCELLOS5 

1. Engenheira de Alimentos, Mestranda em Engenharia Agrícola, Universidade Federal de Viçosa – UFV, Viçosa, MG, Brasil. 
lara.fernandes@ufv.br; 2. Engenheiro Agrônomo, Professor Associado, UFV, Viçosa, MG, Brasil; 3. Engenheira de Alimentos, 

Doutorando em Engenharia Agrícola, Viçosa, MG, Brasil; 4. Doutorando em Engenharia Agrícola, Viçosa, MG, Brasil; 5. Engenheiro 
Agrícola e Ambiental, Viçosa, MG, Brasil. 

 
RESUMO: O estudo das características mecânicas dos produtos agrícolas é imprescindível para que os 

equipamentos possam ser desenvolvidos com vistas a atingir a máxima eficiência sem, contudo, comprometer a qualidade 
final do produto. Ao sofrer esforços mecânicos que excedem a sua força de resistência, os grãos podem apresentar trincas e 
quebras, aumentando a sua suscetibilidade a deterioração, durante o armazenamento. Objetivou-se com o presente trabalho 
verificar a influência do teor de água nos valores da força máxima de compressão para deformações pré-fixadas e 
determinar o módulo proporcional de deformidade de grãos de trigo submetidos à compressão, à velocidade de 0,0001 m s-
1. Foram utilizados grãos de trigo do cultivar “Brilhante”, desenvolvido a partir do BR24, com teores de água variando de 
0,14 a 0,26 base seca (b.s.) submetidos a esforços de compressão uniaxial entre duas placas paralelas. A partir dos 
resultados obtidos, conclui-se que a força de compressão necessária para deformar o trigo diminui com o aumento do teor 
de água. O módulo proporcional de deformidade aumenta com a redução do teor de água e da deformação do produto, 
obtendo-se valores para a faixa de umidade estudada, entre 8,9 x 107 a 51,2 x 107 Pa. 
 

PALAVRAS–CHAVE: Propriedades físicas. Deformidade. Secagem 
 
INTRODUÇÃO 

 
A qualidade do grão de trigo pode ser 

definida como resultado da interação que a cultura 
sofre no campo, do efeito das condições do solo, do 
manejo da cultura, da cultivar, bem como das 
operações de colheita, armazenamento e moagem 
(EDWARDS, 2004). 

O teor de água dos grãos de trigo define o 
momento propício para a colheita, a temperatura e o 
tempo adequados para a secagem e o seu 
acondicionamento para o armazenamento ou 
processamento industrial na moagem (POSNER; 
HIBBS, 1999). A colheita retardada, com 
permanência do grão na lavoura após a maturação 
fisiológica, ou a realização de secagem com 
temperaturas inadequadas em função do teor de 
umidade contribuem para alterações indesejáveis na 
qualidade tecnológica do trigo (CARNEIRO et al., 
2005). 

O conhecimento de todo o processo de 
produção para a obtenção de grãos com alta 
qualidade torna-se indispensável, uma vez que 
rachaduras e quebras ocorrem nos grãos se os 
esforços, aos quais são submetidos, excedem a força 
de resistência do material. Dessa forma, algumas 
características mecânicas têm sido estudadas para 
predição do comportamento dos grãos, em função 

da umidade e temperatura, quando submetidos a 
diferentes tipos de tensões (LIU et al., 1990).  

Durante a colheita, manuseio, transporte e 
armazenamento, os grãos são submetidos a uma 
série de pressões estáticas de várias magnitudes e 
dinâmicas, como impacto de alta velocidade, 
causando escoriações, esmagamento e trincas, 
aumentando a sua suscetibilidade a deterioração, 
durante o armazenamento (BARGALE-PRAVEEN 
et al., 1995).  

A partir da curva de “força-deformação”, 
obtida a partir do teste de compressão, podem-se 
obter parâmetros que caracterizam a resposta do 
material quando submetido a uma carga (RIBEIRO 
et al., 2007). 

Dentre as diversas propriedades mecânicas, 
o módulo de deformidade permite que se realizem 
comparações de resistência relativa entre os diversos 
materiais (RESENDE et al., 2007). Segundo Couto 
et al. (2002), no estudo do comportamento mecânico 
de um material o módulo de deformidade é 
considerado mais significativo que o de elasticidade, 
visto que, quando um produto é comprimido, a 
deformação total é que tem aplicação prática. 

Dessa forma, objetivou-se através do 
presente trabalho verificar a influência do teor de 
água nos valores da força máxima de compressão 
para deformações fixas e determinar o módulo 

Received: 17/09/12 
Accepted: 05/02/14 



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proporcional de deformidade de grãos de trigo 
submetidos à compressão. 

 
MATERIAL E MÉTODOS 

 
O experimento foi desenvolvido no 

Laboratório de Propriedades Físicas e Qualidade de 
Produtos Agrícolas pertencente ao Centro Nacional 
de Treinamento em Armazenagem (CENTREINAR) 
da Universidade Federal de Viçosa, MG. Para 
condução do experimento utilizaram-se grãos de 
trigo do cultivar “Brilhante” desenvolvido a partir 
do BR-24, com teor de água de aproximadamente 
0,26 base seca (b.s.). 

Este cultivar apresenta características 
positivas bem semelhantes ao do BR-24, como 
ampla adaptação, alto potencial produtivo, ciclo 
precoce, boa resistência a seca e tem como grande 
vantagem produzir uma farinha de trigo de boa 
qualidade. As principais características do seu grão 
são: forma ovalada e coloração vermelha, 

comprimento de aproximadamente 62% médio e 
38% longo e grãos duros. 

Para efetuar a secagem do produto e obter 
os demais níveis de umidade [0,26; 0,25; 0,20; 0,16 
e 0,14 (b.s)] utilizou-se uma estufa com ventilação 
forçada à temperatura de 45ºC. Os teores de água do 
produto foram determinados pelo método padrão de 
estufa, 105 ± 1°C, durante 24 horas, em três 
repetições (BRASIL, 1992).  

Para cada teor de água, as amostras foram 
homogeneizadas e encaminhadas para determinação 
das propriedades mecânicas.  

Os ensaios de compressão nos grãos, 
testados individualmente, foram realizados em um 
texturômetro, modelo TA.HD (Stable Micro 
System) utilizando-se uma célula de carga de 500 N. 
Os grãos foram submetidos a compressão uniaxial, 
entre duas placas paralelas, aplicada no eixo médio, 
a uma taxa de aplicação de força de 0,0001 m s-1 
(Figura 1).  

 
Figura 1. Compressão uniaxial entre duas placas paralelas aplicada no eixo médio do grão. 

 
O ensaio de compressão foi finalizado 

quando a deformação atingiu 0,0005 m. O módulo 
proporcional de deformidade do trigo (Ep) foi 
determinado para as deformações de 0,4; 0,6; 0,8; 
1,0 x 10-3 m, adaptadas das deformações utilizadas 
por Batista et al. (2003), de acordo com a expressão: 
 

3 21 3

2 3 2

0, 531 1 1
2

1-
p

E F
E

D r Rµ

  
= = +  

   

 (1) 

em que, 
Ep = módulo proporcional de deformidade, Pa 
E = módulo de deformidade, Pa 
F = força, N 
D = deformação total (elástica e plástica) do corpo 
nos pontos de contato com a placa superior e 
inferior, m 
µ  = razão de Poisson 

R, r = raios de curvatura no ponto de contato, m 
 

O raio equivalente (R) e o de curvatura (r) 
dos grãos foram obtidos segundo as equações 2 e 3.  

3 2

2

ab
R ≅  (2) 

2

b
r ≅  (3) 

em que, 
 a = maior dimensão característica do grão, m; e, 
b = menor dimensão característica do grão, m. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 

Os valores médios dos raios de curvatura 
dos grãos de trigo para cada deformação e teor de 
água, utilizados nos cálculos para determinação do 



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módulo proporcional de deformidade, estão na 
Tabela 1, através da qual se verifica que os raios de 
curvatura oscilaram com o teor de água do produto; 
entretanto, sem ocorrência de tendência clara em 
função desta variável. 

Encontram-se, na Figura 2, os valores médios da 
força máxima de compressão em função do teor de 
água (b.s.) para as diversas deformações.  

 
Tabela 1. Valores médios dos raios de curvatura dos grãos de trigo (x 10-3m) para cada deformação e teor de 

água (b.s.) 

Teor de 
água (b.s.) 

                    Deformação 
0,4 0,6  0,8 1,0 

r R r R r R r R 
0,26 1,15 9,51 1,48 9,91 1,45 9,04 1,54 10,62 
0,25 1,60 11,54 1,50 10,58 1,54 10,08 1,54 10,99 
0,20 1,50 10,09 1,51 9,85 1,46 9,62 1,52 10,33 
0,16 1,52 10,41 1,45 9,64 1,51 10,40 1,53 10,68 
0,14 1,44 9,48 1,48 9,83 1,47 9,75 1,50 10,02 

 
. 

 
Figura 2. Valores médios da força máxima de compressão (N) em função do teor de água (b.s.) para as 

deformações de 0,0004; 0,0006; 0,0008 e 0,001 m. 
 

Analisando-se a Figura 2, vê-se que a força 
de compressão necessária para deformar o trigo 
diminuiu com o aumento do teor de água. A força 
média necessária para as diversas deformações em 
função do teor de água variou entre 139,8 e 21,4N. 
Ribeiro et al. (2007) trabalhando com soja 
encontrou valores entre 127,64 e 41,19N. Já 
Resende et at. (2007) encontrou 253,1 e 10,5N para 
feijão. Assim, para teores de água mais elevados, o 
grão oferece pequena resistência à compressão, 
aumentando proporcionalmente com a redução da 
umidade. Essa tendência deve-se, provavelmente, à 
mudança gradual na integridade da matriz celular 
com a redução do teor de água (GUPTA; DAS, 
2000).  

Portella (2001) estudou a resistência 
mecânica de grãos de trigo na colheita mecanizada e 
mostrou claramente a influência do teor de água nas 

perdas de qualidade dos produtos colhidos. O 
trabalho foi realizado em três condições de umidade, 
29%, 16% e 13%, e as perdas pelos danos 
mecânicos no mecanismo de trilha da colhedora 
foram de 5,88%, 3,31% e 3,37%, respectivamente. 
Portanto, o índice de grãos quebrados foi 
inversamente proporcional ao nível de umidade dos 
grãos. 

A partir dos dados de força de compressão 
obtiveram-se os módulos proporcionais de 
deformidade, os quais apresentaram o mesmo 
comportamento da força de compressão, em função 
do teor de água.  

A equação de regressão ajustada aos valores 
experimentais do módulo proporcional de 
deformidade do trigo, em função do teor de água e 
da deformação, o coeficiente de determinação (R2) e 



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erro médio percentual (P) a 5% de probabilidade se 
encontram abaixo: 

 
Ep = 7,45.108 + 4,31.109.U - 1,83.1012.D - 

2,31.1010. U2 + 3,54.1014.D2 + 4,91.1012.U.D 
R2 = 97,45 P(%) = 0,778 

em que, 
U = teor de água, em b.s; 
D = deformação, em m. 

Pela análise dos resultados, a equação 
ajustada se mostrou satisfatória, apresentando alto 

valor do coeficiente de determinação (R2) e 
reduzidas magnitudes do erro médio percentual (P). 

Tem-se na Figura 3, a superfície de resposta 
ajustada de acordo com a equação anterior, para o 
módulo proporcional de deformidade do trigo, em 
função do teor de água e da deformação. 
 
 
 

 
 

Figura 3. Valores médios do módulo proporcional de deformidade do trigo em função do teor de água (b.s.) e 
deformações. 

 
O valor elevado do módulo de deformidade 

significa que uma força maior deve ser aplicada ao 
produto para, então, se obter determinada 
deformação (BATISTA et al., 2003).  

Observa-se que os valores do módulo 
proporcional de deformidade aumentam com a 
redução do teor de água. Para a faixa de umidade 
estudada os valores do módulo proporcional de 
deformidade variaram entre 8,9 x 107 a 51,2 x 107 
Pa. Esses resultados corroboram os observados por 
Ribeiro et al. (2007) para soja e Resende et al. 
(2007) para feijão, que obtiveram o módulo 
proporcional de deformidade de 1,68 x 107 a 5,42 x 
107 e 2,6 x 107  a 56,4 x 107 Pa, respectivamente. 
 
CONCLUSÕES 

 
A força de compressão necessária para 

deformar o grão de trigo diminui com o aumento do 

teor de água, para os diversos níveis de 
deformações, apresentando valores entre 139,8 e 
21,4N. 

O módulo proporcional de deformidade 
aumenta com a redução do teor de água e da 
deformação do produto, obtendo-se valores entre 8,9 
x 107 a 51,2 x 107 Pa, para a faixa de umidade 
estudada. 

Pelas características do grão e pelos valores 
obtidos para o módulo de deformidade e força de 
compressão, pressupõe-se que grãos com menor teor 
de água poderão ter um bom desempenho, com 
menor porcentagem de quebra, com relação à 
colheita mecanizada. 

 
 
 

 
 



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ABSTRACT: The mechanical characteristics study about agricultural products is crucial so the equipment can 

be developed in order to achieve maximum efficiency without compromising the final quality of the product. When 
suffering mechanical stresses that exceed their power of resistance, the grain may have cracks and breaks increasing 
their deterioration susceptibility during the storage. The objective was verify the influence of moisture content in the 
values of maximum compression force values for pre-fixed deformations and determine the proportional deformity 
modulus of wheat grain subjected to compression under the speed of 0.0001 m s-1. It was used wheat grains of variety 
“Brilhante”, developed from BR24, with 0.14 to 0.26 dry basis (decimal b.s.) moisture content and were uniaxially 
compressed between two parallel plates. It was concluded that the compression force decreased with a moisture content 
increase. The proportional deformity modulus increases with the reduction of moisture content and with the deformation of 
the product, presenting values for the studied moisture content, between 8.9 x 107 and 51.2 x 107 Pa. 
 

KEYWORDS: Physical properties. Deformity. Drying 
 
 
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