Microsoft Word - 43-Agra_19546 856 Original Article Biosci. J., Uberlandia, v. 30, supplement 2, p. 856-865, Oct./14 COMPOSIÇÃO BROMATOLÓGICA E MINERAL DA FORRAGEM PRODUZIDA PELO TIFTON 85 FERTILIZADO COM DOSES DE SUPERFOSFATO TRIPLO OU FOSFATO DE ARAXÁ CHEMICAL ANDMINERALCOMPOSITION OF THEFORAGEPRODUCEDBYTIFTON85FERTILIZADWITH TRIPLE SUPERPHOSPHATE OR ARAXA PHOSPHATE Leodacir Francisco ZUFFO1; Eduardo Eustáquio MESQUITA2; Deise DalazenCASTAGNARA3; Paulo Sérgio Rabello de OLIVEIRA2; Marcela Abbado NERES2 1. Mestrando do Programa de Pós Graduação em Zootecnia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE, Marechal Cândido Rondon, PR, Brasil; 2. Professor Adjunto, Centro de Ciências Agrárias - UNIOESTE, Marechal Cândido Rondon, PR, Brasil. e-mesquita@bol.com.br; 3. Professora Auxiliar Nível I, Curso de Medicina Veterinária, UNIPAMPA, Uruguaiana, RS, Brasil. RESUMO: O presente trabalho teve por objetivo estudar a composição bromatológica e mineral da forragem produzida pelo Tifton 85 cultivado em Latossolo Vermelho eutroférrico e fertilizado com doses e fontes de fósforo. O trabalho foi desenvolvido durante o período de dezembro de 2010 à março de 2012, em uma área de localizada na latitude 24º42'49''S e longitude 53º44'35''W. O delineamento experimental adotado foi de blocos ao acaso em esquema fatorial 2x5 com parcelas subdivididas no tempo, sendo duas fontes de fósforo (Superfosfato triplo e fosfato de Araxá), cinco doses de fósforo (0; 40; 80; 120; 160 kg ha-1 de P2O5), quatro períodos de crescimento do Tifton 85, com quatro repetições. A pastagem foi implantada em março de 2010, uniformizada em setembro de 2011, e as amostragens foram realizadas ao final de cada um dos quatro períodos de crescimento que tiveram duração de 28 dias. Nas amostras de forragem coletadas foram estudadas a composição bromatológica determinando-se as concentrações de PB, FDN, FDA, lignina, hemicelulose e celulose; e a composição mineral, por meio da determinação das concentrações de macrominerais (fósforo, potássio, cálcio, enxofre e magnésio) e microminerais (ferro, manganês, zinco e cobre). Os constituintes bromatológicos foram alterados somente pelos períodos de crescimento devido às condições climáticas de cada período. As concentrações de macro e microminerais na forragem do Tifton 85 não foram afetados pelas fontes de variação estudadas, com exceção para o fósforo e o enxofre. Para esses minerais foi observada resposta linear positiva em função do aumento das doses de fósforo. A adubação fosfatada com doses de Superfosfato triplo ou fosfato de Araxá na implantação de uma pastagem de Tifton 85 em Latossolo Vermelho eutroférrico não alterou a composição bromatológica, mas elevou as concentrações de fósforo e enxofre na forragem produzida no período de sete a onze meses de estabelecimento. PALAVRAS-CHAVE: Cynodonsp. Fósforo. Minerais. Proteína bruta INTRODUÇÃO Devido à sua praticidade e economia, as pastagens são a base de sustentação da pecuária brasileira (VITOR et al., 2009), fazendo com que a forragem produzida pelas mesmas seja o principal componente das dietas de ruminantes e também a fonte de alimentação mais econômica nos sistemas pecuários (SKONIESKI et al., 2011). No entanto, os resultados econômicos obtidos pela maioria dos pecuaristas estão muito abaixo das possibilidades produtivas (VITOR et al., 2009), e um dos motivos desse déficit produtivo da pecuária brasileira é a baixa fertilidade (SANTOS et al., 2002) e a acidez (SOUZA et al., 2008) dos solos brasileiros, com destaque para os níveis extremamente baixos de fósforo disponível e total (CECATO et al., 2004) e a ausência de utilização de adubações de manutenção. A condução de pastagens sem a realização de adubações adequadas pode ocasionar a redução da produção de forragem, do valor nutritivo e das concentrações de nutrientes, podendo ainda ocasionar deficiências nutricionais em animais alimentados exclusivamente com a forragem produzida (CASTAGNARA et al., 2012b). Como o fósforo está entre os elementos mais importantes para o vigor e desenvolvimento das plantas, assumindo papel fundamental para o estabelecimento e a manutenção das pastagens (CECATO et al., 2007), a aplicação de adubação fosfatada além de minimizar problemas relacionados com a implantação (CECATO et al., 2004), poderia melhorar o valor nutritivo e composição mineral da forragem produzida por meio das funções que esse elemento desempenha na fisiologia das plantas (TAIZ; ZEIGER, 2004). O valor nutritivo das plantas forrageiras é estimado por meio do conhecimento de sua Received: 09/10/12 Accepted: 20/02/14 857 Composição bromatológica... ZUFFO, L. F. et al Biosci. J., Uberlandia, v. 30, supplement 2, p. 856-865, Oct./14 composição bromatológica (GERDES et al., 2000), cujas frações comumente determinadas são as frações protéica e fibrosa. O conhecimento dessas frações é fundamental no estudo de plantas forrageiras, pois suas concentrações na matéria seca da forragem podem ser afetados por diversos fatores, como a espécie ou cultivar e a fertilidade do solo, e podem influenciar direta ou indiretamente o consumo de matéria seca pelo animal (VAN SOEST, 1994). Nesse contexto, o presente trabalho teve por objetivo avaliar a composição bromatológica e mineral da forragem produzida pelo Tifton 85 sob doses e fontes de fósforo em um Latossolo Vermelho. MATERIAL E MÉTODOS O trabalho foi desenvolvido durante o período de dezembro de 2010 à março de 2012, na Unidade Experimental do Colégio Agrícola Estadual de Toledo - CAET, Toledo (PR), em área no Departamento de Produção Animal. O município de Toledo está localizado na região Oeste do Paraná, sob latitude 24º 42' 49'' S e longitude 53º 44' 35'' W, com altitude aproximada de 560 m. O solo da área experimental foi classificado como Latossolo Vermelho eutroférrico, de textura argilosa (EMBRAPA, 2006), e por ocasião da implantação do experimento apresentava as seguintes características químicas na camada de 0 - 0, 20 m: pH (CaCl2) = 5,5; MO (g dm -³) = 46,65; P (mg dm- ³) = 5,75; K (cmolc dm -³) = 0,98; Ca (cmolc dm -³) = 6,79; Mg (cmolc dm -³) = 2,09; H+Al (cmolc dm -³) = 4,61; SB (cmolc dm -³) = 9,86; T (cmolc dm -³) = 14,47 e V(%) = 68,14. O clima local, classificado segundo Koppen, é do tipo Cfa, subtropical com chuvas bem distribuídas durante o ano e verões quentes (OMETTO, 1981). As temperaturas médias do trimestre mais frio variam entre 17 e 18 °C, e do trimestre mais quente entre 28 e 29 °C. Os totais anuais médios normais de precipitação pluvial para a região variam de 1.600 a 1.800 mm, com trimestre mais úmido apresentando totais entre 400 a 500 mm (SIMEPAR, 2012). Durante o desenvolvimento das plantas ocorreram períodos de estresse hídrico (Figura 1). Figura 1. Médias mensais das temperaturas máxima, mínima e média, precipitação pluviométrica acumulada e umidade relativa média durante os meses do período experimental. 1: Adubação fosfatada seguida de plantio, 2: Corte de Uniformização, 3; 4; 5 e 6: 1ª; 2ª; 3ª e 4ª amostragens do Tifton 85. O delineamento experimental adotado foi de blocos ao acaso em esquema fatorial 2x5x4 com parcelas subdivididas no tempo, sendo duas fontes de fósforo (Superfosfato triplo ou fosfato de Araxá), cinco doses de fósforo (0; 40; 80; 120; 160 kg ha-1 de P2O5), quatro intervalos de crescimento do Tifton 85, com quatro repetições. Nas parcelas foram alocadas as fontes e as doses de fósforo arranjadas 858 Composição bromatológica... ZUFFO, L. F. et al Biosci. J., Uberlandia, v. 30, supplement 2, p. 856-865, Oct./14 sob o esquema fatorial, e nas subparcelas os intervalos de crescimento do Tifton 85. As parcelas experimentais possuíam dimensões de 2x2 m. Por ocasião da implantação do experimento a área encontrava-se implantada com uma pastagem composta por grama mato-grosso (Paspalum notatum) implantada há 17 anos e mantida sob pastejo contínuo sem a utilização de adubação de manutenção. Para a implantação do experimento a área foi dessecada em 17/12/2010 utilizando-se o herbicida glifosato (1800 g ha-1 do i.a.) com volume de calda de 250 L ha-1. Após a morte das plantas a área foi preparada mecanicamente com auxílio de uma operação com grade pesada (12/01/2011) e duas operações com grade leve (14/02/2011 e 26/02/2011). A adubação foi realizada em 06/03/2011, seguida do plantio das mudas de Tifton 85. As mudas foram obtidas em uma área já implantada com o Tifton 85 destinado à produção de feno, pertencente à uma propriedade particular. As mudas coletadas apresentavam-se enraizadas, e com uma idade de rebrota de 30 dias. O plantio foi realizado em linhas espaçadas de 0,40 m, mantendo-se um espaçamento entre plantas de também 0,40 m. As mudas foram implantadas por meio de sulcos individuais em profundidades de 0,10 m, com posterior cobertura das mudas com uma camada de 0,05 m de solo e compactação manual. Após a implantação, a área foi vedada para assegurar o desenvolvimento vegetativo da pastagem. Em 19/09/2011 foi realizado o corte de uniformização, com auxílio de roçadeira costal. As plantas foram cortadas a uma altura de 0,05 m em relação à superfície do solo, e o material obtido com o corte, foi retirado das parcelas com auxílio de rastelo. Finalizado o corte de uniformização procedeu-se a adubação nitrogenada e potássica, nas doses de 50 kg ha-1 de N (ureia) e 30 kg ha-1 de K2O (cloreto de potássio), aplicados manualmente à lanço em área total do experimento seguindo recomendações de Oliveira (2003). Decorridos 28 dias do corte de uniformização foi realizada a primeira avaliação da pastagem, e as demais se repetiram em intervalos de 28 dias. Após cada corte para as avaliações, a área foi roçada com auxílio de roçadeira costal e todo o material foi retirado das parcelas. Após a roçada repetiu-se a adubação de cobertura com 50 kg ha-1 de N (ureia) e 30 kg ha-1 de K2O (cloreto de potássio), aplicados manualmente à lanço em área total do experimento. Foram estudadas a composição bromatológica e a composição química da forragem produzida em cada corte. A partir da análise bromatológica foram determinados as concentrações de proteína bruta (PB), segundo AOAC (1990), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), lignina, hemicelulose e celulose segundo Silva e Queiroz (2006). A composição química foi estudada por meio da determinação das concentrações de fósforo, potássio, cálcio, boro, enxofre, magnésio, ferro, manganês, zinco e cobre segundo a metodologia descrita por Embrapa (2009). As análises foram realizadas no material oriundo da parte aérea das plantas e amostrado com altura residual de 0,05 m em cada parcela experimental com auxílio de cutelo. As plantas coletadas foram embaladas em saco de papel e submetidas à secagem em estufa com circulação forçada de ar sob temperatura de 55°C por 72 horas. Após a secagem as amostras foram trituradas em moinho tipo Willy com facas e câmara de inox e passadas em peneira com crivo de 1,0 mm. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e testados pelo teste F de Fischer. Quando constatado efeito significativo das fontes de fósforo e dos intervalos de crescimento do Tifton 85, as médias foram comparadas através do teste Tukey ao nível de 5% de probabilidade. Quando constatada a significância das doses de fósforo, as médias foram estudadas por análise de regressão, testando-se os modelos linear e quadrático considerando-se a ausência de significância para os desvios de regressão. Para a escolha do modelo foi considerado o maior coeficiente de determinação (R²). As significâncias dos coeficientes das equações dos modelos de regressão selecionados para cada variável estudada foram testadas pelo teste t de Student. RESULTADOS E DISCUSSÃO Houve efeito significativo apenas dos períodos de avaliação para o teor de proteína bruta, sem significância para as interações dos fatores estudados. O teor de proteína bruta foi superior no primeiro e segundo períodos de crescimento do Tifton 85, e inferior no quarto período, enquanto o terceiro período apresentou teor de proteína bruta intermediário (Figura 2). As redução nas concentrações de proteína bruta no terceiro e quarto período está relacionada com a menor precipitação pluviométrica observada nos intervalos de crescimento que antecederam as amostragens (Figura 1). 859 Composição bromatológica... ZUFFO, L. F. et al Biosci. J., Uberlandia, v. 30, supplement 2, p. 856-865, Oct./14 Figura 2. Concentração de proteína bruta do Tifton 85 sob doses de fosfato de Araxá ou superfosfato triplo em quatro intervalos de crescimento de 28 dias. Barras seguidas de mesma letra não diferem pelo teste Tukey (5%). CV: coeficiente de variação A mensuração das concentrações de proteína bruta é fundamental no estudo do valor nutritivo de forrageiras, pois concentrações inferiores a 70 g kg-1 limitam o consumo de matéria seca devido à deficiência de proteína degradável no rúmen para atender o crescimento microbiano e a atividade fermentativa (VAN SOEST, 1994), limitando principalmente, a atividade microbiana sobre os carboidratos fibrosos da forragem (LAZZARINI et al., 2009). Para todos os períodos de crescimento estudados, o Tifton 85 apresentou concentrações de proteína bruta superiores a esse limite crítico inferior, e que se aproximam aos obtidos por Nereset al. (2011) e Castagnara et al. (2012), estudando o Tifton 85 na mesma região climática. Quanto aos constituintes fibrosos, à semelhança do que ocorreu para a proteína bruta, os mesmos foram alterados somente pelos períodos de avaliação, sem efeitos significativos dos demais fatores estudados bem como das interações (Figura 2). As concentrações de FDN foram superiores na forragem obtida no terceiro período de crescimento, possivelmente devido ao também elevado teor de lignina (Figura 3), uma vez que a lignina é um dos componentes da FDN (VAN SOEST, 1994). Esse comportamento deve-se à menor precipitação pluviométrica nesse período de crescimento (Figura 1). A menor disponibilidade hídrica associada às altas temperaturas do período podem ter contribuído para a redução do conteúdo celular nas células da forragem, com consequente aumento proporcional da fração fibrosa na forragem amostrada. O estudo da FDN é imprescindível em forragens porque possui relação direta com o consumo de matéria seca. Concentrações de FDN superiores a 550-600 g kg-1 limitam o consumo de matéria seca pelo efeito enchimento do rúmen (VAN SOEST, 1994). Ao reduzir o consumo de matéria seca, a FDN retarda a entrada de novos componentes potencialmente degradáveis no rúmen (LAZZARINI et al., 2009) limitando o ganho animal. Os maiores valores de FDA observados no terceiro e quarto período de crescimento são coerentes com as concentrações de lignina e celulose (Figura 3). Esse resultado era esperado, uma vez que a lignina e celulose são constituintes da fração FDA da forragem (VAN SOEST, 1994). As concentrações de celulose nas plantas variam de 200 a 400 g kg-1, e esta fração representa a maior e mais variável porção da parede celular das plantas. Sua disponibilidade nutricional varia conforme o grau de lignificação, mas também pode ser influenciada por outros fatores como o teor de sílica ou cutina da forragem, bem como características intrínsecas da própria celulose (VAN SOEST, 1994). Já a lignina é um dos constituintes da parede celular que interfere negativamente na digestibilidade das demais frações fibrosas (VAN SOEST, 1994), tanto que altas concentrações de lignina na dieta de ruminantes podem indisponibilizar a proteína dietética, e reduzir o consumo de matéria seca pelos animais (ROGERIO et al., 2007). 860 Composição bromatológica... ZUFFO, L. F. et al Biosci. J., Uberlandia, v. 30, supplement 2, p. 856-865, Oct./14 Figura 3. Concentrações dos constituintes fibrosos na forragem do Tifton 85 sob doses de fosfato de Araxá ou superfosfato triplo em quatro intervalos de crescimento de 28 dias. Barras seguidas de mesma letra não diferem pelo teste Tukey (5%). CV: coeficiente de variação As condições climáticas durante o terceiro e quarto períodos de crescimento do Tifton 85 podem ter contribuído para a elevação nas concentrações de lignina e celulose, pois a deficiência hídrica limita o desenvolvimento das plantas (TAIZ; ZEIGER, 2004). A hemicelulose foi superior no segundo período de crescimento, e inferior no quarto período, porém, ambos não diferiram dos demais períodos (Figura 3). A hemicelulose é uma coleção heterogênea de polissacarídeos amorfos com grau de polimerização inferior a celulose e muito variável, porém, que estão associados à lignina. Assim, a digestibilidade da hemicelulose está diretamente relacionada com a digestibilidade da celulose e inversamente relacionada com a lignificação da parede celular (VAN SOEST, 1994). 861 Composição bromatológica... ZUFFO, L. F. et al Biosci. J., Uberlandia, v. 30, supplement 2, p. 856-865, Oct./14 O maior teor de hemicelulose no segundo período de crescimento do tifton 85 coincide justamente com o menor teor de FDA, os quais associados ao teor de proteína bruta (Figura 2) poderiam caracterizar a forragem obtida no segundo período como a de melhor valor nutritivo em relação aos demais. Valores semelhantes para os constituintes fibrosos foram obtidos por Castagnara et al. (2011), Neres et al. (2011) e Castagnara et al. (2012a), ao estudarem o Tifton 85 sob condições de crescimento semelhantes às deste estudo. As concentrações de macrominerais da forragem do Tifton 85 não foram afetados pelas fontes de variação estudadas, com exceção para o fósforo e o enxofre. Para o fósforo foi observado efeito somente das doses de fósforo, com aumento linear no teor de fósforo na forragem em resposta ao aumento das doses de fósforo aplicadas (Figura 4 e 5). Para cada kg de P2O5 aplicado houve um aumento de 0,0028 g kg-1 de fósforo na matéria seca. Figura 4. Teores de fósforo na forragem do Tifton 85 sob doses de fosfato de Araxá ou Superfosfato triplo em quatro intervalos de crescimento de 28 dias. **: significativo ao nível de 1% de probabilidade pelo teste t. Figura 5. Teores de enxofre na forragem do Tifton 85 sob doses de fosfato de Araxá ou Superfosfato triplo em quatro intervalos de crescimento de 28 dias **: significativo ao nível de 1% de probabilidade pelo teste t. Os resultados eram esperados devido à maior disponibilidade de fósforo no solo proporcionada pela adubação fosfatada. Como o fósforo é um elemento pouco móvel no solo, e sua absorção é diretamente dependente da interceptação radicular (MALAVOLTA, 2004), ao ser realizada a adubação fosfatada com maior quantidade do fertilizante, possibilitou-se que o fósforo entrasse 862 Composição bromatológica... ZUFFO, L. F. et al Biosci. J., Uberlandia, v. 30, supplement 2, p. 856-865, Oct./14 em contato com uma quantidade maior de solo, aumentando as chances de ser interceptado pelas raízes das plantas. Também, como a disponibilidade do fósforo dos fertilizantes às plantas é regulada pelo fenômeno de adsorção (LIMA, 2011) que ocorre na superfície dos óxidos de Fe e de Al e reduz a disponibilidade do P no solo (SANTOS et al., 2008), a adição de maior quantidade de fósforo via fertilizante propiciou que uma maior quantidade do elemento estivesse disponível para ser absorvido pelas plantas. Rocha et al. (2003) e Fontaneli et al. (2004) estudando a composição do Tifton 85 encontraram teores de 2,5 e 3,35 g kg-1 de fósforo na matéria seca, respectivamente, enquanto Camargo et al. (2011) obtiveram teores próximos aos aqui encontrados. Os valores de fósforo obtidos são inferiores aos recomendados para vacas em lactação com peso vivo médio de 450 kg e produção média de 25 kg de leite dia-1, havendo a necessidade de suplementação se os animais forem alimentados exclusivamente com a pastagem (NRC, 2001). As concentrações de enxofre foram alterados pelas fontes e pelas doses de fósforo. Em relação às doses de fósforo, houve aumento linear no teor de enxofre na forragem com o aumento das doses de fósforo (Figura 5). O aumento nas concentrações de enxofre com o aumento das doses de fósforo deve-se à interação entre ambos, pois Richartet al. (2006) também trabalhando em Latossolo vermelho, porém, estudando a cultura da soja, constataram que o aumento das doses de fósforo aplicadas ao solo aumenta a necessidade de enxofre para as plantas. A aplicação do fosfato de Araxá proporcionou teores superiores de enxofre na forragem. Essa diferença está relacionada com a eficiência agronômica dos fertilizantes, pois para o fosfato de Araxá a máxima eficiência agronômica é obtida com um ano após a aplicação do fertilizante (MARTINHÃO et al., 2004). Assim, como as avaliações tiveram início cerca de sete meses após a aplicação dos fertilizantes, esse período associado ao teor de matéria orgânica do solo poderia ter contribuído para que as amostragens coincidissem com o período em que o fosfato de Araxá estaria disponibilizando as maiores quantidades de fósforo no solo. A disponibilização do fósforo presente em fertilizantes fosfatados naturais é influenciada pela atividade microbiana no solo, e esta pode ser estimulada pela presença de enxofre (SIQUEIRA et al., 2004). Apesar de esse elemento não ter sido analisado inicialmente no solo, os resultados evidenciam que o enxofre estaria presente em níveis elevados no solo, possivelmente ligado à matéria orgânica (ALVAREZ et al., 2007), cuja análise de solo revelou estar presente no solo em alta concentração (46,65 g dm-³). Quando o enxofre se encontra presente no solo, é oxidado pelo Thiobacillus thiooxidans, formando o ácido sulfúrico (STAMFORD et al., 2002), que possui a capacidade de solubilizar o fósforo presente nos fosfatos de rocha, tornando-o disponível às plantas. As concentrações médios de cálcio, magnésio e potássio encontrados foram de 4,17; 1,47 e 23,52 g kg-1, respectivamente se aproximam dos obtidos por Fontaneli et al. (2004) estudando a composição de gramíneas do gênero Cynodon. Entretanto, as concentrações de cálcio e magnésio não atendem as exigências mínimas para vacas em lactação com peso vivo médio de 450 kg e produção média e 25 kg dia-1 segundo o NRC (2001). Já as concentrações de potássio observados na matéria seca da forragem são adequados para suprir as exigências desse nutriente para a mesma categoria animalcitada anteriormente. Ribeiro e Pereira (2011) também estudando o Tifton 85 encontraram teores de cálcio semelhantes, porém teores superiores de magnésio e fósforo e teores inferiores de potássio. Camargo et al. (2011) estudando o Tifton 85 também em Latossolo Vermelho, encontraram teores de cálcio, magnésio e potássio de 13,45; 1,96 e 5,18 g kg-1, porém estudando a aplicação de dejeto líquido suíno, o que justifica as diferenças em relação aos valores obtidos neste estudo. O estudo dos macrominerais é relevante na qualificação nutricional de plantas forrageiras, pois estes são elementos essenciais do metabolismo animal. Além de serem importantes componentes do tecido ósseo e de outros tecidos dos animais, constituem os fluídos do corpo, possuindo papel fundamental na manutenção do balanço ácido- básico, da regulação osmótica, no potencial elétrico das membranas celulares e nas transmissões nervosas (NRC, 2001). As concentrações de microminerais não foram alterados pelas fontes de variação estudadas. Os valores médios obtidos foram de 164,41; 90,04; 30,69; 8,37 e 9,16 mg kg-1 para ferro, manganês, zinco, cobre e boro, respectivamente. Com exceção do zinco, todos os demais teores atendem as exigências de vacas em lactação com peso vivo médio de 450 kg e produção média e 25 kg dia-1 (NRC, 2001). Camargo et al. (2011) obtiveram teores médios de zinco de 33,23 mg kg-1 em capim Tifton 85 fertilizado com dejeto líquido suíno. Apesar de os microminerais estarem presentes nos tecidos dos animais em muito baixas 863 Composição bromatológica... ZUFFO, L. F. et al Biosci. J., Uberlandia, v. 30, supplement 2, p. 856-865, Oct./14 concentrações, possuem papel fundamental no metabolismo animal, e por esse motivo sua quantificação nas forragens e suplementação quando necessária é fundamental para a manutenção das funções produtivas dos animais de interesse zootécnico. No metabolismo animal os microminerais são componentes de metaloenzimas e cofatores enzimáticos, ou participam da constituição de hormônios do sistema endócrino animal (NRC, 2001). CONCLUSÃO A adubação fosfatada com doses de Superfosfato triplo ou fostato de Araxá na implantação de uma pastagem de Tifton 85 em Latossolo Vermelho eutroférrico não alterou a composição bromatológica, mas elevou as concentrações de fósforo e enxofre na forragem produzida no período de sete a onze meses de estabelecimento. ABSTRACT: Thiswork aimed tostudy thechemicaland mineralcompositionof forage producedbyTifton85grown inOxisoland fertilized withphosphorus sourcesanddoses. Thestudy was conducted duringthe periodDecember 2010to March2012, in anarealocated at latitude24º 42'49'' S and longitude53º 44'35''W.The experimental designwasrandomized blocksin factorial2x5split-plotin time, two phosphorus sources(triple superphosphateandphosphateAraxa), fiveP rates(0, 40, 80, 120, 160 kgha-1 P2O5), four periods of growth ofTifton85, with four replications. The pasture was establishedin March 2010, standardizedin September 2011, and thesamples were takenat the endof each of thefour periods ofgrowth thatlasted28 days. In the forage samplescollectedwere analyzedby determiningthe chemical compositioniscrude protein, NDF, ADF, lignin, hemicelluloseand cellulose, and mineral composition, by determiningthe levels ofmacro minerals(phosphorus, potassium, calcium, sulfur and magnesium)and trace elements(iron, manganese, zinc and copper). The bromatologicalconstituentswerechanged onlybyperiods of growthdue to climatic conditionsof each period. Thecontents of macro andtrace mineralsin forageof Tifton 85were not affected bysources of variationstudied, exceptfor phosphorus andsulfur.Forthese mineralswas observedlinearlywith increasingdoses ofphosphorus.Phosphorus fertilization withtriple superphosphateorphosphateAraxathe implementation of agrazingTifton85 inOxisoldid not alter thechemical composition, but elevated levelsof phosphorus andsulfur in theforage producedwithin sevento eleven months of establishment. KEY WORDS: Cynodon sp. Phosphorus. Minerals. Crude protein REFERÊNCIAS ALVAREZ V., V. H.; ROSCOE, R.; KURIHARA, C. H.; PEREIRA, N. F. Enxofre. In: NOVAIS, R. F.; ALVAREZ V., V. H.; BARROS, N. F.; FONTES, R. L. F.; CANTARUTTI, R. B.; NEVES, J. C. L. Fertilidade do solo. Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa, 2007. p. 595-644. ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTS - AOAC. Official methods of analysis. 15.ed., Virginia: Arlington. 1117p, 1990. CAMARGO, S. C.; MESQUITA, E. E.; CASTAGNARA, D. D.; NERES, M. 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