Microsoft Word - 18-Agra_21953 1787 Original Article Biosci. J., Uberlandia, v. 30, n. 6, p. 1787-1792, Nov./Dec. 2014 EFEITOS DE BIOESTIMULANTE NA EMERGÊNCIA DE PLÂNTULAS DE MARACUJAZEIRO ‘ROXINHO DO KÊNIA’ EFFECTS OF EMERGENCY IN BIOSTIMULANT SEEDLING OF PASSION FRUIT ‘ROXINHO OF KENYA’ Rafael Augusto FERRAZ1; Jackson Mirellys Azevêdo SOUZA1; Adelana Maria Freitas SANTOS1; Bruno Henrique Leite GONÇALVES1; Luis Lessi dos REIS2, Sarita LEONEL3 1. Doutorando em Agronomia, Departamento de Horticultura, Universidade Estadual Paulista ‘ Júlio de Mesquita Filho’ – UNESP, Botucatu, SP, Brasil. rafaelferraz86@hotmail.com; 2. Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Mato Grosso – Campus Confresa, MT, Brasil; 3. Professora, Doutora, Departamento de Horticultura – UNESP, Botucatu, São Paulo, Brasil. RESUMO: O aumento da procura no mercado de frutas frescas junto com a elevada cotação do suco de maracujá no mercado nacional e internacional fez crescer o interesse pela fruta, em especial o maracujá-roxo no centro sul do país visando a exportação. O presente trabalho objetivou avaliar os efeitos de bioestimulante na emergência e desenvolvimento de plântulas de maracujazeiro ‘Roxinho do Kênia’ (Passiflora edulis Sims.) quando propagados de forma sexuada. Os tratamentos foram constituídos pelas concentrações do produto comercial Stimulate®: testemunha (sem bioestimulante); 6; 12; 18; 24 e 30 mL.kg-1 de sementes. Foram avaliadas a porcentagem de emergência de plântulas, número de folhas, massa seca da parte aérea, caule e raiz(g), comprimento da raiz (mm), diâmetro e comprimento do caule(mm), área foliar e clorofilas “a” e “b. A aplicação de bioestimulante nas doses de 6 e 12 mL.kg-1 promove o aumento da porcentagem de emergência de plântulas de Passiflora edulis Sims em um menor tempo. O uso do mesmo também promove o desenvolvimento das plântulas, com melhores resultados para as dose de 12 e 24 mL.kg-1 de sementes tratadas. PALAVRAS-CHAVE: Passiflora edulis Sims. Regulador vegetal. Produção de mudas. Desenvolvimento. Stimulate® INTRODUÇÃO O maracujazeiro é uma frutífera da família Passifloraceae, gênero Passiflora, muito cultivada e explorada de norte a sul do território brasileiro e de bom retorno econômico. O maracujá ‘Roxinho do Kênia’ (Passiflora edulis Sims), também conhecido por gulupa na Colômbia, é nativo da região sul do Brasil e foi amplamente distribuído ao longo do século XVIII para os países da América do Sul, Caribe, Ásia, África, Índia e Austrália (NAKASONE; PAULL, 1998). O Brasil é o maior produtor mundial de maracujá amarelo, tendo cultivado 50.795 ha em 2009 (AGRIANUAL, 2012), com produção superior a 713.515 mil toneladas, das quais, somente as regiões Nordeste e Sudeste respondem por 86% do total. Com a elevada cotação do suco no mercado nacional e internacional e ao aumento da procura no mercado de frutas frescas, esta família tem assumido uma importância significativa no agronegócio de frutas tropicais (MELETTI et al., 2002; PRADO; NATALE, 2004). Nos últimos anos, o interesse pelo maracujá-roxo vem crescendo no centro-sul do país, visando à exportação. O mercado internacional é bastante receptivo ao maracujá-roxo, o que justifica o interesse na produção da fruta in natura a partir de seleções que possuam as características comerciais desejáveis, ou seja, frutos pequenos e menos ácidos que o atual padrão brasileiro de maracujá (MELETTI, 2005). Na Europa e nos Estados Unidos à preferência é pelo maracujá-roxo, pois os consumidores apreciam frutas menores e menos ácidas. A propagação do maracujazeiro pode ser feita sexuadamente pelo emprego de sementes (PEREIRA; DIAS, 2000) ou assexuadamente com o uso de estaquia ou enxertia (RUGGIERO; CORREA, 1978). Mesmo quando se realiza a enxertia, há necessidade do uso de sementes para produção do portaenxerto (FERREIRA, 1998). Dessa maneira, estudos relacionados com a fase de germinação e emergência das plântulas se fazem necessários, já que as sementes são responsáveis por perpetuar a espécie. Diversos fatores externos podem afetar negativa ou positivamente o desempenho das sementes, dentre estes fatores, encontra-se o uso de biostimulantes, que de acordo com Castro e Vieira (2001), compreende a mistura de reguladores vegetais, ou de um ou mais reguladores com outros compostos de natureza bioquímica diferentes, como por exemplo, o Stimulate®, constituído por 0,005% Received: 08/03/13 Accepted: 15/06/14 1788 Efeitos de bioestimulante... FERRAZ, R. A. et al. Biosci. J., Uberlandia, v. 30, n. 6, p. 1787-1792, Nov./Dec. 2014 de ácido indolbutírico (auxina), 0,009% de cinetina (citocinina) e 0,005% de ácido giberélico (giberelina) (Stoller do Brasil, 1998). Esta substância tem a capacidade de estimular o desenvolvimento radicular, aumentando a absorção de água e nutrientes pelas raízes, podendo favorecer o equilíbrio hormonal da planta. Diante do exposto, o presente trabalho objetivou avaliar os efeitos de bioestimulante na emergência e desenvolvimento de plântulas de maracujazeiro ‘Roxinho do Kênia’. MATERIAL E MÉTODOS A pesquisa foi realizada no período de setembro a novembro de 2012 em casa de vegetação e no laboratório de Fruticultura do Departamento de Produção Vegetal, da Faculdade de Ciências Agronômicas - UNESP/Botucatu. O experimento foi conduzido sob cultivo protegido em telado com 50% de sombreamento. As sementes de Passiflora edulis Sims, foram obtidas de frutos maduros, colhidos no pomar da área de fruticultura do referido departamento. A extração do arilo das sementes foi obtida através de fermentação por 24h e lavagem em água corrente, retirando-se o excesso de resíduo, e mantidas em bandejas de argila em temperatura ambiente por três dias. Os tratamentos foram constituídos pelas concentrações do produto comercial Stimulate®: testemunha (sem bioestimulante); 6; 12; 18; 24 e 30 mL.kg-1 de sementes. O Stimulate® foi aplicado diretamente sobre as sementes, e em seguida agitadas em frascos de plástico, durante aproximadamente um minuto para a aderência do produto ao tegumento. As sementes foram semeadas aproximadamente uma hora após a aplicação do produto, em bandejas de isopor de 72 células, preenchidas com o substrato comercial Tropstrato®, composto por casca de pinus, turfa, vermiculita expandida e enriquecido com macro e micronutrientes, colocando-se uma (1) semente por célula. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente ao acaso, com seis tratamentos e cinco repetições cada, sendo cada parcela composta por 24 células. As avaliações da porcentagem de emergência de plântulas foram realizadas diariamente, a partir da semeadura, sendo consideradas plântulas emergidas aquelas que apresentavam as folhas cotiledonares abertas. Aos 70 dias, vinte e quatro (24) plântulas de cada repetição foram amostradas para avaliar: número de folhas, massa seca da parte aérea, caule e raiz (g); comprimento da raiz (mm); diâmetro e comprimento do caule (mm); área foliar e clorofilas “a” e “b. Essas medidas foram realizadas com o auxílio de: paquímetro, régua, balança analítica, espectrofotômetro e medidor de área foliar, respectivamente. Para a leitura da área foliar (AF) foi usado o medidor de área meter, modelo 3100 LI. Foram medidas as folhas totais das plântulas por repetição, tomando-se por valor definitivo, a média aritmética das cinco repetições. Para a determinação de massa seca, as folhas, caules e raízes das cinco repetições foram acondicionados em sacos de papel, identificadas e colocadas em estufa de secagem à 65,5 ºC durante 48 h, e novamente pesadas para o peso da matéria seca. A área específica foliar (AEF) foi determinada pela relação entre a área foliar (cm2) e o peso seco foliar (g). Para a determinação dos teores de clorofila “a”, “b” e clorofila total foram utilizadas quatro plântulas de cada repetição. A extração da clorofila foi realizada em 10 mL de acetona a 80%, utilizando-se aproximadamente quatro centímetros de massa fresca de folhas, dos quais foram colocados em becker de 25 mL, revestidos com papel alumínio e armazenados em refrigeração por 48 horas. Em seguida, alíquotas com o extrato de clorofila foram transferidos para uma cubeta de vidro de 3 mL, sendo posteriormente realizada a leitura de absorbância em comprimentos de onda de 645 nm e 663 nm. Os valores obtidos foram aplicados à fórmula de Arnon (1949) e os resultados expressos em mg.m-2. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e regressão polinomial, ao nível de 5% de probabilidade por meio do software Sigma Plot. RESULTADOS E DISCUSSÃO O inicio da emergência das plântulas se deu após 15 dias da semeadura. Verifica-se, na Figura 1, que após 15 dias da semeadura, as sementes tratadas com a dose de 12 mL.kg-1 foram aquelas com maior porcentagem de emergência, enquanto que a dose de 24 e 30 mL.kg-1 proporcionaram os menores índices de emergência de plântulas neste mesmo período. Contudo, ao final do período de avaliação, após 45 dias da semeadura, as maiores doses de bioestimulante, 24 e 30 mL.kg-1, foram as que permitiram maior porcentagem de emergência. Ferreira et al. (2007), avaliando a emergência de plântulas de maracujazeiro amarelo oriundas de sementes tratadas com bioestimulante, verificaram durante todo o período de emergência, diferente deste estudo, que as sementes do tratamento 1789 Efeitos de bioestimulante... FERRAZ, R. A. et al. Biosci. J., Uberlandia, v. 30, n. 6, p. 1787-1792, Nov./Dec. 2014 testemunha apresentaram menor desempenho em relação aquelas tratadas com bioestimulante, com menor emergência de plântulas. Figura 1. Porcentagem de emergência de plântulas de maracujazeiro ‘Roxinho do Kênia’ (Passiflora edulis Sims.) oriundas de sementes tratadas com bioestimulante. A elevada emergência de plântulas provocada pelas maiores doses de bioestimulante pode ser explicada pela maior disponibilidade dos fitorreguladores, já que, conforme Davies (1995) e Taiz e Zeiger (2004), o crescimento da plântula após a germinação é sustentado pela ação conjunta destes reguladores, estando a citocinina relacionada à divisão e a giberelina juntamente com a auxina, envolvidas no crescimento e alongamento das células. Ferrari (2005) também constatou que a utilização de biostimulante contendo GA4+7 + fenilmetil-aminopurina, em diferentes concentrações, provocou maior porcentagem de germinação das sementes. Assim como na emergência, os reguladores também proporcionaram aumento significativo do comprimento do caule das plântulas (Tabela 1). As plântulas oriundas de sementes tratadas com a doses de 6 e 24 mL.kg-1 foram as que apresentaram os maiores comprimentos de caule, enquanto as do tratamento testemunha foram aquelas com menor comprimento. Quando avaliado o diâmetro das plântulas, observou-se que a dose de 30 mL.kg-1 foi a responsável pelos maiores valores desta característica (Tabela 1). Tabela 1. Valores médios e modelos ajustados para comprimento e diâmetro de caule, número de folhas e área foliar de plântulas de P. edulis Sims oriundas de sementes tratadas com bioestimulante. Botucatu, SP- 2012. Tratamentos Comprimento de Caule (cm) Diamêtro de Caule (mm) Número de Folhas Área foliar (dm2) Testemunha 2,390 0,916 4,313 698,40 6 mL/kg 2,978 0,890 4,158 901,60 12 mL/kg 2,736 0,918 4,615 1193,80 18 mL/kg 2,702 0,878 4,220 1087,20 24 mL/kg 2,962 0,828 4,783 1075,20 30 mL/kg 2,788 1,026 4,330 917,40 CV (%) 12,38 17,87 12,44 30,84 F 0,7087** 2,13** 0,2877** 1,63** Comp. Caule Y = 9,59x3 - 0,0052x2 + 0,0832x + 2,45 R2= 0,7178 Diâmetro Y = 4,90x3 - 0,0018x2 + 0,0137x + 0,9025 R2= 0,8731 Nº de folhas Y = - 0,0001x3 + 0,0047x2 – 0,0340x + 4,30 R2= 0,5491 Área foliar Y = 0,0131x3 - 2,09x2 + 58,63x + 682,76 R2= 0,9544 1790 Efeitos de bioestimulante... FERRAZ, R. A. et al. Biosci. J., Uberlandia, v. 30, n. 6, p. 1787-1792, Nov./Dec. 2014 Percebeu-se que as plantas que apresentaram maior altura possuem menor diâmetro do caule, o que pode está relacionado a maior ação da giberelina em relação à auxina e citocinina também presentes no bioestimulante utilizado. Diferente deste trabalho, Oliveira et al. (2005), verificaram que o uso somente de GA3 provoca aumento de altura, enquanto que a ação conjunta de giberelina e citocinina promove aumento em altura e diâmetro do caule. Em relação ao número de folhas, as maiores médias foram observadas com as doses de 12 e 24 mL.kg-1 de bioestimulante, enquanto que as demais doses não foram suficientes para promover aumento desta característica em relação à testemunha (Tabela 1). Contudo, quando avaliada a área foliar, todos os tratamentos apresentaram resultados superiores à testemunha. A maior média de área foliar foi verificada nas plântulas do tratamento com a dose de 12 mL.kg-1 (Tabela 1). Tal resultado está de acordo com o de Ferreira et al. (2007), que encontraram as maiores médias de área foliar de plântulas de maracujazeiro amarelo com a dose de 12 mL.kg-1. De acordo com Taiz e Zeiger (2004) a expansão foliar é resultante da ação fisiológica das citocininas. Quanto aos dados de massa seca, notou-se que a dose de 24 mL.kg-1 promoveu os melhores resultados de massa seca de folha, caule e raiz (Tabela 2). Enquanto Ferreira et al. (2007) observaram que as doses de 12 e 16 mL.kg-1 de bioestimulante foram as que promoveram maior massa seca de caule e maior massa seca de folha e raiz respectivamente em P. edulis f. flavicarpa. No entanto, Fogaça et al. (2001) não verificaram efeito do tratamento das sementes de P. edulis f. flavicarpa com GA3, quando avaliadas as características de altura média das plantas, número de folhas e massa seca da parte aérea e raízes. Conforme Davies (1995), a auxina é o fitohormônio responsável pelo controle do mecanismo de crescimento de caule, folhas e raiz. Tabela 2. Valores médios e modelos ajustados de massa seca de folhas caule e raiz, e comprimento de raiz de plântulas de P. edulis Sims oriundas de sementes tratadas com bioestimulante. Botucatu, SP- 2012. Tratamentos Massa seca (g) Comprimento de raiz (cm) Folha Caule Raiz Testemunha 0,014 0,011 0,006 10,728 6 mL/kg 0,014 0,013 0,006 11,134 12 mL/kg 0,015 0,011 0,005 9,822 18 mL/kg 0,015 0,012 0,005 9,880 24 mL/kg 0,016 0,013 0,007 10,310 30 mL/kg 0,014 0,011 0,005 10,428 CV (%) 19,12 19,38 17,08 10,35 F 3,45** 0,1453** 0,2484** 0,7672** MS folha Y = - 6,00x3 + 2,20x2 - 0,0001x + 0,0140 R2= 0,9155 MS caule Y = - 1,71x3 + 3,74x2 + 3,92x + 0,0114 R2= 0,4231 MS raiz Y = - 5,14x3 + 2,41x2 - 0,0003x + 0,0063 R2= 0,5210 Comp. raiz Y = 0,0002x3 - 0,0050x2 - 0,0156x + 10,88 R2= 0,7315 Quando avaliado o comprimento das raízes, observou-se que apenas a dose de 6 mL.kg-1 promoveu aumento desta característica em relação ao tratamento testemunha, enquanto para as demais doses utilizadas as médias de comprimento de raízes foram inferiores (Tabela 2). Contudo, Ferreira et al. (2007) verificaram maiores médias de comprimento de raízes com maiores doses de bioestimulante, enquanto as menores doses promoveram menor crescimento das raízes. A aplicação do bioestimulante ainda promoveu o aumento no teor de clorofila a, b e total presente nas folhas das plântulas (Tabela 3). A dose de 12 mL.kg-1 foi a que permitiu os maiores teores de clorofila, enquanto os menores foram encontrados na testemunha. Conforme Davies (2004), a citocinina tem ação na manutenção do teor de clorofila, evitando sua degradação. Pelissari (2012), estudando a interação entre a aplicação de fitorreguladores e diferentes materiais de gramíneas forrageiras verificaram que o uso do produto promoveu acréscimos no teor de clorofila das plantas. Segundo os mesmos autores, o teor de clorofila reflete a qualidade foliar das plantas e como consequência do aumento desta característica, ocorre maior taxa fotossintética, o que está diretamente relacionado com o crescimento das plantas. Da mesma forma, Macedo et al. (2002) também observaram aumento e manutenção do teor de clorofila nas folhas de feijoeiro ‘Iapar-Pérola’ tratadas com bioestimulante. 1791 Efeitos de bioestimulante... FERRAZ, R. A. et al. Biosci. J., Uberlandia, v. 30, n. 6, p. 1787-1792, Nov./Dec. 2014 Tabela 3. Valores médios e modelos ajustados de teores de clorofila “a”, “b” e total de folhas de plântulas de P. edulis Sims oriundas de sementes tratadas com bioestimulante. Botucatu, SP- 2012. Tratamentos Clorofila (mg.m-2) a b total Testemunha 43,986 80,144 124,130 6 mL/kg 50,566 92,224 142,790 12 mL/kg 76,565 139,346 215,911 18 mL/kg 61,744 112,434 174,178 24 mL/kg 60,288 109,833 170,120 30 mL/kg 59,502 108,415 167,917 CV (%) 26,54 26,51 26,52 F 1,27** 1,28** 1,27** Clorofila a Y = 0,0029x3 - 0,2055x2 + 4,07x + 41,56 R2= 0,8101 Clorofila b Y = 0,0054x3 - 0,3747x2 + 7,41x + 0,7576 R2= 0,8111 Clorofila total Y = 0,0083x3 - 0,5802x2 + 11,49x + 117,33 R2= 0,8107 CONCLUSÃO A aplicação de bioestimulante nas doses de 6 e 12 mL.kg-1 promoveu o aumento da porcentagem de emergência e bom desenvolvimento de plântulas de Passiflora edulis Sims em um menor tempo. AGRADECIMENTOS Os autores agradecem à Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP de Botucatu/SP pelo apoio e disponibilidade de suas dependências para a realização do presente trabalho. ABSTRACT: The increase in market demand for fresh fruits along with the high price of passion fruit juice in domestic and international markets has increased the interest in fruit, especially the purple passion fruit in the center south of the country seeking to export. This study aimed to evaluate the effects of plant growth regulator on the emergence and development of seedlings of passion ‘Roxinho of Kenya’ when propagated sexually. The treatments consisted of concentrations of commercial product Stimulate®: control (no biostimulant); 6; 12; 18; 24 and 30 mL.kg-1 of seed. It were evaluated the percentage of seedling emergence, number of leaves, aerial part dry weight, stem and root (g), root length (mm), diameter and stem length (mm), leaf area and chlorophyll ‘a’ and ‘b’. The application of bio-stimulant in doses of 6 and 12 mL.kg-1 promotes increased percentage of seedling emergence of Passiflora edulis Sims in a shorter time. The use of it also promotes the development of seedlings, with better results for the dose of 12 and 24 mL.kg-1 treated seeds. KEYWORDS: Passiflora edulis Sims. Plant regulator. Seedling production. Development. Stimuate® REFERÊNCIAS AGRIANUAL. Anuário da agricultura brasileira. São Paulo: Agra FNP Consultoria e Comércio, 2012. 482 p. ARNON, D. I. Copper enzymes in isolated choroplasts: Polyphenoloxidase in Beta Vulgaris. Plant Physiology, p. 1-15, 1949. CASTRO, R. D. D. E.; BRADFORD, K. J.; HILHORST, H. W. M. Embebição e reativação do metabolismo. In: Ferreira AG, Borghetti F, eds. Germinação: do básico ao aplicado. Porto Alegre: Artmed, p. 149-162. 2004. DAVIES, P. J. Plant hormones: biosynthesis, signal transduction, action. 3.ed. Dordrecht: Kluwer Academic Publishers, 2004. 750p 1792 Efeitos de bioestimulante... FERRAZ, R. A. et al. Biosci. J., Uberlandia, v. 30, n. 6, p. 1787-1792, Nov./Dec. 2014 FERRARI, T. B. 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