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Original Article 

Biosci. J., Uberlândia, v. 29, n. 5, p. 1179-1186, Sept./Oct. 2013 

ANÁLISE DE QUALIDADE DE CULTIVARES DE AVEIA SUBMETIDA AO 
ESTRESSE POR ÁCIDO PROPIÔNICO 

 
QUALITY ANALYSIS OF OAT CULTIVARS UNDER STRESS OF PROPIONIC ACID 

 
Lilian Madruga TUNES¹; Elisa Souza LEMES²; Mateus PINO²; André Pich BRUNES²;  

Cassyo de Araujo RUFINO²; Francisco Amaral VILLELA¹ 
1. Professor, Doutor, Departamento de Fitotecnia, Universidade Federal de Pelotas- UFPel, Pelotas, RS, Brasil; 2. Pós-Graduandos do 

PPG Ciência e Tecnologia de Semente - UFPel. lemes.elisa@yahoo.com.br 
 
RESUMO: Para que o cultivo da aveia (Avena sativa L.) torne-se economicamente viável em solos de várzea, 

faz-se necessário a utilização de cultivares tolerantes aos principais ácidos orgânicos produzidos pela decomposição da 
matéria orgânica gerada em cultivos inundados. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a qualidade de sementes de 
cultivares de aveia branca submetidos a estresse por diferentes concentrações ácido propiônico. O experimento foi 
realizado no Laboratório de Análise de Sementes (LDAS) do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de 
Pelotas (UFPel). Foram utilizadas sementes de aveia branca, cultivares: URS 21, Brisasul, Barbarasul e Taura; nas quais 
foram analisados os efeitos de cinco concentrações do ácido propiônico (0; 3; 6; 9 e 12 mM). A qualidade das sementes foi 
avaliada pelos testes de germinação, primeira contagem do teste de germinação, comprimento da parte aérea e raiz e massa 
seca da parte aérea e da raiz. Os dados foram submetidos à análise de variância e analisados pelo teste de Tukey ao nível 
de 5% de probabilidade, tanto para os fatores quanto para a interação entre eles e os dados quantitativos foram submetidos 
à regressão polinomial. Pelos resultados verificou-se que todas as cultivares de aveia foram afetadas pelas diferentes 
concentrações do ácido propiônico. A cultivar Barbarasul foi a mais tolerante frente ao estresse pelo ácido propiônico. O 
ácido propiônico altera a qualidade fisiológica e o vigor de sementes de aveia. 
 

PALAVRAS-CHAVE: Ácidos orgânicos.  Avena sativa L. Sementes. Toxidez. 
 
INTRODUÇÃO 

 
A aveia branca (Avena sativa L.) é um dos 

mais importantes cereais, ocupando, em nível 
mundial, osexto lugar em produção. É uma das 
espécies mais antigas cultivadas pelo homem, tendo 
como uso seus grãos para alimentação humana e 
animal, pois apresenta um balanceamento de 
aminoácidos, vitaminas, minerais e carboidratos de 
alta qualidade, (VELLOSO; FEDERIZZI, 2000). 
Embora o Brasil não seja conhecido mundialmente 
como produtor de aveia, nos últimos anos teve um 
aumento na área plantada, atingindo uma área total 
de 160 mil hectares (IBGE, 2012). 

O sucesso da agricultura de um país têm 
sido dependente da disponibilidade e utilização de 
sementes e mudas de boa qualidade. No entanto, 
para esta cultura, observa-se escassa literatura 
referente ao controle de qualidade no processo de 
produção de sementes. Neste, além do rendimento, 
deve ser dada ênfase à qualidade, pois este atributo 
tem fundamental significado (LUCCA FILHO et al., 
1999; MENEZES et al., 2009). 

A aveia se apresenta como uma importante 
alternativa para participar do sistema de sucessão de 
culturas, devido a suas propriedades restauradoras 
do solo, tendo um papel fundamental em sistemas 
de semeadura direta. Assim, é uma excelente opção 
para diversificação agrícola em regiões de 

monocultivo, como o sul do estado do Rio Grande 
do Sul, onde predomina a cultura do arroz irrigado 
em sucessão com pastagens nativas (PORTO, 2007). 

Para que o cultivo da aveia seja uma 
alternativa economicamente viável em solos de 
várzea, faz-se necessário a utilização de cultivares 
tolerantes aos principais ácidos orgânicos 
produzidos pela decomposição da matéria orgânica 
gerada em cultivos inundados. Destacam-se os 
ácidos alifáticos de cadeia curta, como o propiônico 
(KOOP et al., 2009).  

A produção deste ácido atinge valor 
máximo em poucos dias após o alagamento, 
podendo ocorrer toxidez às plantas (SOUSA; 
BORTOLON, 2002). O seu acúmulo no solo afeta 
diretamente as culturas, principalmente, pela 
inibição da respiração, degradação das membranas 
celulares (JOHNSON et al., 2006), afetando 
diretamente o desenvolvimento inicial das plântulas. 

A deficiente bibliografia disponível 
evidência a necessidade de mais estudos com 
relação aos materiais e aos métodos utilizados para 
avaliação da toxicidade por ácidos orgânicos, como 
o propiônico, pois a maior parte dos trabalhos são 
antigos e desenvolvidos com materiais e métodos 
que não refletem as atuais condições experimentais 
utilizadas nestes tipos de estudos. Assim, para que o 
cultivo da aveia seja uma alternativa 
economicamente viável em solos de várzea se faz 

Received: 12/03/13 
Accepted: 05/09/13 



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Biosci. J., Uberlândia, v. 29, n. 5, p. 1179-1186, Sept./Oct. 2013 

necessário a utilização de cultivares com tolerância 
aos principais ácidos orgânicos produzidos pela 
decomposição da matéria orgânica.  

O efeito dos ácidos orgânicos sobre a 
qualidade fisiológica de sementes é pouco descrita. 
Na aveia, o problema é mais grave, pois existem 
poucos relatos sobre a viabilidade, vigor, 
composição química e atividades enzimáticas das 
sementes afetadas por ácidos orgânicos derivados da 
decomposição anaeróbica de resíduos vegetais. 
Diante do exposto, o objetivo deste trabalho foi 
avaliar a qualidade de sementes de cultivares de 
aveia branca submetidos a estresse por diferentes 
concentrações ácido propiônico. 

 
MATERIAL E MÉTODOS 

 
O experimento foi realizado no Laboratório 

Didático de Análise de Sementes (LDAS) do 
Departamento de Fitotecnia da Universidade 
Federal de Pelotas (UFPel). Foram utilizadas 
sementes de aveia branca, das cultivares: URS 21, 
Brisasul, Barbarasul e Taura; nas quais foram 
analisados os efeitos de cinco concentrações do 
ácido propiônico (0; 3; 6; 9 e 12 mM). 

A qualidade das sementes foi avaliada pelos 
seguintes testes no laboratório:  

Primeira contagem do teste de germinação 
(PCG) – avaliada aos cinco dias após a semeadura. 

Germinação (G) – com quatro repetições de 
50 sementes por repetição, utilizando como 
substrato rolos de papel para germinação da marca 
germitest previamente umedecidos na proporção de 
2,5 vezes a massa do papel seco com ácido 
propiônico e mantido em germinador à temperatura 
de 20 °C. As avaliações foram efetuadas 10 dias 
após a semeadura conforme as Regras para Análise 
de Sementes (BRASIL, 2009) e os resultados 
expressos em porcentagem de plântulas normais.  

Comprimento de parte aérea e raiz (CPA e 
CR) - realizada com quatro subamostras de 20 
sementes para cada tratamento. Utilizou-se como 
substrato rolos de papel para germinação do tipo 
germitest, previamente umedecidos na proporção de 
2,5 vezes a massa do papel seco com ácido 
propiônico. As sementes foram distribuídas em duas 
linhas retas longitudinais e desencontradas no terço 
superior do papel. Após a confecção dos rolos, os 
mesmos foram colocados em germinador regulado a 
temperatura constante de 20 ºC (NAKAGAWA, 
1999). No décimo dia após a semeadura, foi 
avaliado o comprimento da parte aérea e da raiz das 
plântulas normais, sendo cada plântula medida 
separadamente e, em seguida, foi calculado o 
comprimento médio da parte aérea e da raiz.  

Massa seca de parte aérea e de raiz de 
plântulas (MSPA e MSR) - realizada juntamente 
com o teste de comprimento de plântulas. A parte 
aérea e raiz foram separadas com auxílio de bisturi, 
colocados em sacos de papel e levados para secar 
em estufa com circulação a 60 oC, durante 72 horas. 
Após esse período, as amostras foram colocadas 
para resfriar em dessecadores e pesadas em balança 
analítica com precisão de 0,0001 g. Os resultados 
foram expressos em mg.plântula-1 (NAKAGAWA, 
1999). 

Os dados foram submetidos à análise de 
variância e analisados pelo teste de Tukey ao nível 
de 5% de probabilidade, tanto para os fatores quanto 
para a interação entre eles e os dados quantitativos 
foram submetidos à regressão polinomial. Para a 
análise estatística foi utilizado o Sistema de Análise 
Estatística Winstat versão 1.0 (MACHADO; 
CONCEIÇÃO, 2003). 

 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 

 
O teste de germinação não apresentou 

interação entre os fatores cultivar e concentração do 
ácido, em virtude disso realizou-se apenas a 
comparação entre médias para as cultivares (Tabela 
1) e regressão polinomial para o fator concentração 
do ácido (Figura 1 A). Na tabela 1, observa-se que a 
cultivar Barbarasul foi superior às demais cultivares. 
No entanto, para regressão polinomial do fator 
concentração, não foi constatado diferença entre os 
tratamentos (Figura 1 A). Resultados semelhantes 
foram encontrados por Lynch (1980), onde não 
verificou efeitos na germinação com o ácido 
propiônico em cevada (Hordeum vulgare L.), trigo 
(Triticum aestivum L.), milho (Zea mays L.), colza 
(Brassica napus L.) e trevo (Trifolium repens L.).  

Para o teste de primeira contagem da 
germinação foi constatado interação entre os fatores. 
Observa-se que, a cultivar Barbarasul foi superior as 
demais cultivares na concentração de 6 mM (Tabela 
1). Todas as cultivares analisadas apresentaram 
redução linear à medida que aumentaram as 
concentrações do ácido propiônico (Figura 1 B). As 
reduções na porcentagem de plântulas normais para 
as cultivares Urs 21, Taura, Brisasul e Barbarasul 
foi de 8,22; 7,65; 8,97 e 8,52 % para cada unidade 
de aumento da concentração do ácido, 
respectivamente. Assim, pode dizer que esse ácido 
influenciou negativamente a qualidade das 
sementes. Resultados semelhantes foram 
encontrados por Neves et al. (2009) e Tunes et al. 
(2012) em sementes de aveia e trigo, 
respectivamente. A cultivar mais resistente frente a 



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esse estresse foi a Barbarasul e a mais sensível foi a 
Taura. 

A ação dos ácidos orgânicos sobre a 
germinação das sementes tem sido pouco descrito, 
haja vista que a maior preocupação está voltada para 
o estágio de plântula, quando os ácidos orgânicos 
estão em alta concentração no solo (CAMARGO et 

al., 1993). Camargo et al. (1993) verificou que altos 
níveis de fitotoxicidade foram obtidos nos estágios 
iniciais da decomposição da matéria orgânica no 
solo, tornando-se evidente nos três primeiros dias, o 
que culmina com a germinação das sementes, 
atingindo a máxima concentração na terceira 
semana e declinando após uma semana. 

 

Tabela 1. Efeito das concentrações do ácido propiônico na germinação (G) e primeira contagem de germinação 
(PCG) de sementes de aveia branca das cultivares URS 21, Brisasul, Barbarasul e Taura. 

*Médias seguidas da mesma letra na linha dentro de cada variável resposta, não diferem entre si pelo teste de Tukey com p>0,05 de 
probabilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1. Média da germinação e primeira contagem da germinação de plântulas de aveia das cultivares URS 

21, Brisasul, Barbarasul e Taura submetidas a diferentes concentrações de ácido propiônico. 
 

No que que tange o comprimento da parte 
aérea e raiz, a cultivar Barbarasul, de modo geral, 
mostrou-se mais tolerante nas concentrações 
elevadas (Tabela 2). Na figura 2 A, constatou-se que 
todas as cultivares apresentaram redução gradativa à 
medida que aumentaram as concentrações do ácido 
propiônico, sendo que na concentração mais elevada 
(12 mM) esse decréscimo para as cultivares URS 
21, Taura, Brisasul e Barbarasul foi de 6,84; 7,44; 
9,96 e 7,08 cm em relação a concentração zero 
(controle), respectivamente. Para o comprimento de 
raiz as cultivares Taura e Brisasul não foram 
significativas em nenhum dos modelos testados 

(Figura 2 B). No entanto, as cultivares Urs 21 e 
Barbarasul apresentaram decréscimo, neste 
parâmetro, com o aumento das concentrações do 
ácido propiônico, sendo a redução de 0,29 e 0,50 cm 
para cada unidade de aumento da concentração do 
ácido, respectivamente. A concentração de 9 mM do 
ácido propiônico foi a que teve maior efeito nas 
cultivares, apresentando os menores resultados do 
comprimento da raiz. A variável comprimento da 
raiz foi a de maior responsividade, com redução 
significativa a partir da dose de 3 mM. Para Tunes 
et al. (2012) em sementes de trigo a variável 

Concentração  G (%)   PCG (%) 
(mM) URS 21 Brisa Barbarasul Taura   URS 21 Brisa Barbarasul Taura 

0 92* 97 91 93  90a 95a 90a 89a 
3 68 82 79 54  67b 80a 79a 52c 
6 14 1 1 1  9b 1c 31a 1c 
9 0 0 6 0  0a 0a 3a 0a 

12 0 0 0 0  0a 0a 0a 0a 
Média 35b 36b 42a 30c   33 35 40 29 

C.V. (%) 9,3   10,2 

(A) 

(B) 



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comprimento da raiz foi a de maior responsividade, 
com redução significativa a partir da dose de 4 mM.  

Pode ser constatado, que as cultivares 
apresentaram respostas diferenciais apenas para a 
variável comprimento de raiz. Dessa forma, o 
sistema radicular, na fase inicial do crescimento 
vegetal, é a estrutura mais afetada, principalmente, o 
alongamento radicular. Esses sintomas estão 
associados à inibição à respiração, com consequente 
inibição da divisão celular. 

O sistema radicular, por ser a parte da 
plântula na qual se concentra a capacidade de 
absorção, é o mais rapidamente e mais 
extensivamente prejudicado quando da água que ele 
(o sistema radicular) absorve faz parte o ácido 
propiônico (substância tóxica). Este ácido, ao entrar 
em contato com o sistema radicular, encontra-se em 
seu ponto máximo de concentração. Ao ser 
absorvida pelo sistema radicular, os ácidos 
orgânicos são distribuídos pela plântula, de maneira 
que, quando chega à parte aérea, chega com 
concentração bem menor do que a inicial. Assim, a 
parte aérea sofre bem menos o efeito tóxico. 

O comprimento da parte aérea apresentou 
redução menos acentuada que o comprimento de 
raiz, contrariando os resultados obtidos por 
Camargo et al. (1993), os quais observaram redução 
acentuada em ambos os parâmetros. Isto pode ser 
devido à plântula em estágios iniciais apresentar 
reservas nutritivas da semente, e com a diminuição 
do desenvolvimento radicular, ocorra um acúmulo 
de reserva na parte aérea, o que ocasionaria uma 
diminuição da resposta a toxicidade do ácido 
propiônico. Resultados encontrados por Schmidt et 
al. (2007), relatam que o ácido propiônico em arroz, 
a concentração de 5 mM foi capaz de causar uma 
inibição de 53% no crescimento da parte aérea, 
enquanto que no sistema radicular o efeito inibitório 
foi de 85%. Rao e Mikkelsen (1977) observaram 
reduções de 38% no crescimento da parte aérea do 
arroz e de 49% na raiz, com doses de 5mM de ácido 
propiônico. Em razão desses resultados, programas 
de melhoramento têm utilizado o comprimento da 
raiz para selecionar genótipos mais tolerantes a 
ácidos orgânicos (KOOP, 2004; KOOP et al., 2007). 

 
Tabela 2. Efeito das concentrações do ácido propiônico no comprimento da parte aérea (CPA) e comprimento 

de raiz (CR) de sementes de aveia branca das cultivares URS 21, Brisasul, Barbarasul e Taura. 

*Médias seguidas da mesma letra na linha dentro de cada variável resposta, não diferem entre si pelo teste de Tukey com p>0,05 de 
probabilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
  
 
 
 
 
 
Figura 2. Média do comprimento da parte aérea e raiz de plântulas de aveia das cultivares URS 21, Brisasul, 

Barbarasul e Taura submetidas a diferentes concentrações de ácido propiônico. 

Concentração URS21 Brisa Barbarasul Taura  URS21 Brisa Barbarasul Taura 
(mM) CPA (cm)  CR (cm) 

0 13,4c 16,2a 14,9b 12,2d  4,0c 7,3ab 7,4a 6,8b 
3 10,7a 10,7a 10,1a 10,0a  1,7bc 1,6c 3,1a 2,1b 
6 9,2ab 8,2c 9,9a 8,5bc  1,6a 0,5b 1,9a 0,7b 
9 7,0b 7,2ab 7,9a 6,6b  0,5ab 0,2b 1,1a 0,4b 

12 6,8a 5,5b 7,0a 4,6c  0,1b 0,2b 0,9a 0,1a 
Média 9,4 9,6 9,9 8,4  1,6 2,0 2,9 2,1 

C.V. (%) 4,7  14,1 

(A) (B) 



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Os dados da variável massa seca da parte 
aérea (Tabela 3) mostram que não houve interação 
entre o fator cultivar e o fator concentração do 
ácido. Observou-se que a cultivar Taura foi superior 
as demais cultivares, independente da concentração 
de ácido propiônico. Quanto a regressão polinomial 
(Figura 3A), não foi constatado diferença 
significativa entre os tratamentos. Ao contrário, para 
a variável massa seca da raiz foi constatado 
interação entre os fatores, sendo que a partir da 
concentração de 3 mM a cultivar Barbarasul foi 
superior, não diferindo da cultivar Taura nas 
concentrações de 3 e 9 mM e da cultivar URS 21 
nas concentrações de 6 e 12 mM. Na Figura 3B, 
verificou-se que todas as cultivares analisadas se 
enquadraram num modelo linear decrescente. Com 
decréscimo deste parâmetro para as cultivares URS 
21, Taura, Brisasul e Barbarasul na ordem de 

0,0013; 0,0025; 0,0024 e 0,0022 g para cada 
unidade de aumento da concentração do ácido, 
respectivamente.  

De acordo com Neves et al. (2007) o efeito 
fitotóxico é dependente da concentração do ácido, 
onde o sistema radicular, na fase inicial do 
crescimento vegetal, é a estrutura mais afetada, 
principalmente, o alongamento radicular e, 
consequentemente, sua massa seca. Segundo dados 
de Tunes et al. (2008), quando estudaram as 
concentrações do ácido propiônico nas cultivares de 
aveia URS 23 e UPF 16, também verificaram que, a 
medida que aumenta a concentração do ácido 
orgânico, ocorre a diminuição tanto do comprimento 
como o peso da matéria seca das raízes, concluindo 
que esse ácido prejudica a qualidade fisiológica das 
sementes de aveia.  

 
Tabela 3. Efeito das concentrações do ácido propiônico no massa seca da parte aérea (CPA) e massa seca de 

raiz (CR) de sementes de aveia branca das cultivares URS 21, Brisasul, Barbarasul e Taura. 

*Médias seguidas da mesma letra na linha dentro de cada variável resposta, não diferem entre si pelo teste de Tukey com p>0,05 de 
probabilidade. 

 
 
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3. Média da massa seca da parte aérea e raiz de plântulas de aveia das cultivares URS 21, Brisasul, 

Barbarasul e Taura submetidas a diferentes concentrações de ácido propiônico. 
 

Concentração URS21 Brisa Barbarasul Taura  URS21 Brisa Barbarasul Taura 

(mM) MSPA (g)  MSR (g) 

0 0,063 0,070 0,059 0,071  0,019b 0,032a 0,034a 0,032a 
3 0,059 0,057 0,053 0,067  0,011b 0,012b 0,018a 0,017a 
6 0,058 0,052 0,060 0,065  0,008ab 0,004b 0,011a 0,005b 
9 0,058 0,052 0,062 0,062  0,004bc 0,002c 0,009a 0,006ab 

12 0,054 0,040 0,066 0,049  0,002ab 0b 0,005a 0b 
Média 0,058c 0,054d 0,060b 0,063a  0,009 0,010 0,015 0,012 

C.V. (%) 2,1  17,1 

(A) (B) 



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De acordo com Neves et al. (2007), para 
medir os efeitos do ácido orgânicos no vigor das 
sementes, é necessário utilizar testes de germinação 
e de crescimento de plântulas (comprimento de 
plântulas e peso da matéria seca). Os mesmos 
autores afirmam que quando há presença de mais de 
quatro toneladas por hectare de massa verde, existe 
a probabilidade de prejudicar seriamente a 
germinação das sementes de arroz e as culturas 
alternativas de inverno semeadas em áreas 
orizícolas, como aveia e trigo. De acordo com 
Neves et al. (2006), isso corresponderia a cerca de 
duas a três toneladas por hectare de massa verde em 
solos sob inundação, como o do arroz. 

Segundo Takenaga (1995) e Camargo et al. 
(2001), a diminuição no crescimento radicular e a 
inibição de processos responsáveis pela geração de 
energia como a fosforilação oxidativa, seriam 
responsáveis pela menor absorção de nutrientes na 
presença de ácidos orgânicos. Todavia, outro efeito 

importante poderia estar relacionado coma 
integridade da membrana plasmática. De acordo 
com Marschner (1995), a presença de ácidos 
monocarboxílicos, como o propiônico, alteraria a 
composição dos ácidos graxos na membrana 
plasmática, promovendo um decréscimo da 
proporção de ácidos graxos poliinsaturados, o que 
determina uma perda da capacidade seletiva das 
membranas, aumentando o extravasamento de 
solutos.  
 
CONCLUSÕES 

 
Todas as cultivares de aveia foram afetadas 

negativamente pelas diferentes concentrações do 
ácido propiônico. 

A cultivar Barbarasul foi a mais tolerante 
frente ao estresse pelo ácido propiônico. 

O ácido propiônico altera a qualidade 
fisiológica e o vigor de sementes de aveia. 

 
 

ABSTRACT: For the cultivation of oats (Avena sativa L.) become economically viable in lowland soils, it is 
necessary the use of cultivars tolerant to the main organic acids produced by the decomposition of organic matter 
generated in crops inundated. The objective of this study was to evaluate the quality of seeds oat cultivars subjected to 
different stress concentrations propionic acid. The experiment was conducted at the Laboratory of Seed Analysis (LDAS) 
Department of Plant Science, Federal University of Pelotas (UFPel). Were used white oat seeds cultivars: URS 21, 
Brisasul, Barbarasul e Taura; in which were analyzed the effects of five concentrations (0; 3; 6; 9 e 12 mM). Seed quality 
was evaluated by germination, first count of germination test, length of shoot and root dry mass of shoot and root. Data 
were subjected to analysis of variance and analyzed by Tukey test at 5% probability for both factors as the interaction 
between them and the quantitative data were subjected to regression. Results indicated that all oat cultivars were affected 
by different concentrations of propionic acid. Cultivar Barbarasul was more tolerant against stress by propionic acid. The 
propionic acid alters the vigor and force of oat seeds. 
 

KEYWORDS: Avena sativa L. Organic acids. Seeds. Toxicity. 
 

 
REFERÊNCIAS 
 
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da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. Brasília, DF: Mapa/ACS, 2009. 
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crescimento de plântulas de arroz. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 28, n. 9, p. 1011-1018, 
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de toxideza ácidos orgânicos voláteis em plantas. Ciência Rural, Santa Maria, v. 31, n. 3, p. 523-529, 2001. 
 
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www.ibge.com.br/home/estatistica/indicadores/agropecuaria>. Acesso em 11 de maio de 2012. 
 
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KOOP, M. M. Tolerância a ácidos orgânicos em famílias mutantes de aveia e arroz.  2004.  63f.  
Dissertação (Mestrado em Agronomia/Fitomelhoramento) - Curso de Pós-graduação em Agronomia, 
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