Microsoft Word - 20-Agra_22265.doc 1920 Original Article Biosci. J., Uberlândia, v. 29, n. 6 , p. 1920-1931, Nov./Dec. 2013 DINÂMICA DE INFESTAÇÃO DE PLANTAS DANINHAS EM VARIEDADES DE CANA-DE-AÇÚCAR INFESTATION DYNAMICS OF WEED IN SUGARCANE VARIETIES Edimilson Alves BARBOSA1; Leonardo David Tuffi SANTOS2; Antonio dos SANTOS JUNIOR3; Gustavo Amaral COSTA4; Leandro Roberto da CRUZ5; Rodrigo Eduardo BARROS6; Izabela Thais dos SANTOS6 1. Doutorando em Fitotecnia, Universidade Federal de Viçosa – UFV, Viçosa, MG, Brasil. Agroedi1000@yahoo.com.br; 2. Professor, Doutor, Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, Montes Claros MG, Brasil; 3. Doutorando, UFV, Viçosa, MG, Brasil. 4. Mestrando, UFMG, Montes Claros, MG, Brasil; 5. Mestrando, UFMG, Montes Claros, MG, Brasil; 6. Discente do curso de Agronomia, UFMG, Montes Claros, MG, Brasil. RESUMO: A seleção de genótipos mais adaptados às condições de estresses bióticos e abióticos aliados com características agronômicas favoráveis são fatores preponderantes para o sucesso no cultivo da cana-de-açúcar. Neste contexto objetivou-se avaliar a dinâmica de infestação de plantas daninhas e o comportamento de variedades de cana-de- açúcar em condições do semiárido norte mineiro. O experimento foi disposto em blocos casualizados, com quatro repetições e oito variedades de cana-de-açúcar: RB72454, RB867515, RB739735, RB835486, SP81-3250, IAC86-2480, SP80-1842 e RB855536. Nos levantamentos fitossociológicos realizados aos 30 e 150 dias após o plantio (DAP), foram identificadas 25 espécies daninhas distribuídas em 10 famílias, sendo as mais representativas com relação ao número de espécies a Poaceae (9), Fabaceae (4), Malvaceae (3) e Convolvulaceae (2). As principais espécies encontradas no primeiro levantamento foram: Sida rhombifolia, Aeschynomene denticulata, Sida sp., Ipomoea triloba e Senna obtusifolia. Aos 150 DAP as espécies S. rhombifolia, Brachiaria decumbens, Sida sp., Panicum maximum, Sida cordifolia e Brachiaria brizantha obtiveram os maiores IVI e IVC. A similaridade entre as épocas de avaliação foi de 41,86% o que indica baixa homogeneidade das espécies presentes no canavial entre as duas fases da cultura. Entre as variedades a similaridade das comunidades foi alta na primeira avaliação e baixa aos 150 DAP, o que indica influência das variedades cultivadas sobre as plantas daninhas presentes. A variedade de cana-de-açúcar com menor IVE apresentou a maior biomassa de plantas daninhas aos 150 DAP. Dentre as variedades de cana-de-açúcar avaliadas as mais produtivas foram RB72454, RB867515 e SP81-3250. PALAVRAS-CHAVE: Fitossociologia. Manejo cultural, Saccharum sp, Sida sp. INTRODUÇÃO A cana-de-açúcar é uma cultura de grande importância para a economia mundial, sendo empregada na produção de açúcar, energia e na alimentação animal, devido à sua alta capacidade de produção de biomassa e por apresentar maiores teores de açucares no período de escassez de forrageiras (SILVA et al., 2007; MOTA et al., 2010). Na implantação dessa cultura algumas características devem ser observadas, dentre elas destaca-se a boa adaptação às condições edafoclimáticas, rápido crescimento, resistência às pragas e doenças, alta produtividade, facilidade no manejo e eficiência na competição com plantas daninhas, o que diminui a necessidade de intervenções. As plantas daninhas quando presentes podem interferir na produção da cana-de-açúcar devido à competição pelos recursos do meio, liberação de substâncias alelopáticas, hospedarem pragas e doenças, atrapalhar a prática da colheita e diminuir o número de cortes economicamente viáveis (LORENZI, 1988). Mesmo sendo uma planta C4, rústica e de porte elevado em relação as suas principais infestantes, a cana-de-açúcar não está isenta da interferência das plantas daninhas, principalmente em decorrência de seu desenvolvimento inicial lento (PROCÓPIO et al., 2003; FERREIRA et al., 2005). A escolha de genótipos que atenda as necessidades dos produtores, nas diferentes regiões do país, e que diminua o número de intervenções no controle de plantas daninhas é fundamental para a produção da cana-de-açúcar. Neste contexto, objetivou-se com o presente trabalho avaliar a dinâmica de infestação de plantas daninhas e o comportamento de oito variedades de cana-de- açúcar em condições do semiárido do Norte de Minas Gerais. MATERIAL E MÉTODOS O ensaio foi realizado nos anos agrícolas de 2010/2011, no município de Montes Claros – MG, localizado na longitude 43º 51’ 53” W, na latitude 16º 44' 13” S e a 650 m de altitude, sendo caracterizado de acordo com a classificação de Received: 28/03/13 Accepted: 03/09/13 1921 Dinâmica de infestação... BARBOSA, E. A. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 29, n. 6 , p. 1920-1931, Nov./Dec. 2013 Köppen como clima do tipo Aw - Tropical de Savana. Os dados climáticos, durante a condução do experimento são apresentados na Figura 1. A área experimental possui histórico de utilização como pastagem. O solo apresenta textura média, tendo na camada de 0 a 20 cm de profundidade 24,72 mg kg-1 de P, 159,0 mg kg-1 de K, 11,5 cmolc dm - 3 de Ca e 3,3 cmolc dm -3 de Mg e pH de 6,9. Na camada de 20 a 40 cm os valores encontrados foram 9,06 mg kg-1 de P, 67,0 mg kg-1 de K, 12,0 cmolc dm - 3 de Ca e 2,5 cmolc dm - 3 de Mg e pH de 7,4. Figura 1. Precipitação (mm) mensal acumulada e médias de Umidade Relativa (%) e Temperatura Média do ar (ºC), obtidas durante o período de condução do experimento. Montes Claros-MG, 2011. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados com quatro repetições. Os tratamentos consistiram de oito variedades de cana- de-açúcar sendo: RB 72454, RB867515, RB739735, RB835486, RB855536, SP81-3250, IAC86-2480 e SP80-1842, ambas cultivadas em parcelas experimentais de 9,6 m2, com quatro fileiras de cultivo de três metros de comprimento espaçadas entre elas por 0,8 m. As mudas de cana-de-açúcar foram obtidas em uma propriedade rural do mesmo município, em canaviais de aproximadamente um ano, com características agronômicas e fitossanitárias aparentes favoráveis a propagação da espécie. O preparo do solo foi realizado por meio de técnicas convencionais com uma aração e duas gradagens, com aplicação de 112,5 kg ha-1 de P na formulação de superfosfato simples distribuído uniformemente no fundo do sulco. O plantio foi realizado no inicio da estação chuvosa, em outubro de 2010, em sulcos de 30 cm de profundidade, onde os colmos foram dispostos na posição pé com ponta com 16 gemas por metro linear. Após a distribuição dos colmos estes foram cortados em toletes com quatro gemas, sendo posteriormente cobertos com uma camada de 5 cm de solo. Os tratos culturais consistiram em capina manual realizada aos 30 e 60 dias após plantio (DAP) e de adubação de cobertura realizada aos 90 DAP com 98,4 kg ha-1 de K na formulação de cloreto de potássio e 100 kg ha-1 de N, tendo como fonte a ureia. A estimativa do índice de velocidade de emergência (IVE) das variedades foi obtida por meio de avaliações semanais do número de plântulas emergidas durante cinco semanas consecutivas, sendo a primeira realizada aos 7 DAP. Após as avaliações de emergência das plântulas os dados foram submetidos à equação de IVE, adaptada de (MAGUIRE, 1962). Foram realizados levantamentos florísticos aos 30 (antes da primeira capina) e aos 150 DAP, utilizando o quadrado inventário de 1 m2. As plantas daninhas presentes na área do quadrado foram devidamente identificas em nível de espécie por meio de consulta a literatura (LORENZI, 2006; LORENZI, 2008), a especialistas e pela comparação em material depositado em herbários. Posteriormente a identificação, os indivíduos por espécie foram contados e tiveram sua parte aérea cortada para determinação de sua biomassa. Para tanto, após o corte, o material foi acondicionado em sacos de papel e seco em estufa de circulação forçada a 65 ºC, até peso constante para a determinação da massa seca da parte aérea. Com os dados obtidos nos levantamentos determinaram-se parâmetros fitossociológicos propostos por Mueller-Dombois e Ellemberg (1974): frequência relativa (Frr), densidade relativa (Der), dominância relativa (Dor) e abundância relativa (Abr), sendo estes resultados utilizados nos cálculos de índice de valor de importância (IVI) e de cobertura (IVC). Além destes, foram determinados 1922 Dinâmica de infestação... BARBOSA, E. A. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 29, n. 6 , p. 1920-1931, Nov./Dec. 2013 os índice de similaridade de Sorensen (SORENSEN, 1972) entre as duas épocas de avaliação florística e entre as parcelas de cultivo das variedades de cana- de-açúcar. Aos 150 DAP avaliou-se a altura das plantas de cana-de-açúcar, medidas do coleto até a inserção da folha +1, o diâmetro dos colmos, com medições a 2 cm do solo e o número de perfilhos por metro linear. Aos 330 DAP realizou-se a colheita manual dos colmos e determinou-se a produtividade das variedades expressa em t ha-1. Também foram avaliadas a altura, o diâmetro e o número de colmos por metro linear. As características agronômicas avaliadas foram submetidas à análise de variância e quando pertinente suas médias foram comparadas pelo teste de Scott – Knott a 5 % de probabilidade. RESULTADOS E DISCUSSÃO Nos levantamentos fitossociológicos realizados aos 30 e 150 dias após o plantio (DAP), foram identificadas 25 espécies daninhas distribuídas em 10 famílias, sendo as mais representativas com relação ao número de espécies a Poaceae (9), Fabaceae (4), Malvaceae (3) e Convolvulaceae (2). Aumentando o número de espécies de 17 para 19 entre as duas avaliações. Dentre as espécies encontradas no primeiro levantamento, Sida rhombifolia seguida pelas espécies Aeschynomene denticulata, Sida sp., Ipomoea triloba e Senna obtusifolia apresentaram maiores índices de valor de importância (IVI) e de cobertura (IVC), evidenciando a eficiência destas na colonização inicial de áreas cultivadas (Tabela 1). Tuffi Santos et al. (2004) em levantamento fitossociológico de pastagens degradadas, também identificaram a S. rhombifolia como a espécie de maior IVI. Essa espécie apresenta elevado potencial colonizador em áreas perturbadas, se desenvolvendo muito bem onde há o revolvimento do solo (GAVILANES; D’ANGIERE FILHO, 1991). Assim, a aração e a gradagem realizadas no presente estudo para implantação do canavial favoreceram o desenvolvimento dessa espécie. A S. rhombifolia dificulta a colheita mecânica em culturas anuais, devido os seus caules muito resistentes (FLECK et al., 2001). Características como resistência do caule também são atribuídas a espécies de Fabaceae como A. denticulata e S. obtusifolia que podem ainda alcançar 140 cm de altura aumentando a eficiência na competição por luminosidade (LORENZI, 2008). A. denticulata não está entre as principais plantas daninhas em cultivos de cana-de-açúcar, mas apresentou maior IVI e IVC dentre as Fabaceae aos 30 DAP, período que corresponde à estação chuvosa, reduzindo significativamente aos 150 DAP, fator esse que pode ser justificado pela redução da precipitação pluviométrica (Figura 1). A. denticulata se desenvolve melhor em terras úmidas, sendo mais importante na cultura do arroz irrigado, entretanto a S. obtusifolia, é uma espécie muito frequente em pastagens sendo indesejada por competir com as forrageiras e principalmente por ser tóxica ao gado (LORENZI, 2008). Esta daninha apresenta elevada viabilidade de suas sementes mesmo em camadas profundas do solo e em condições de sobreamento demonstrando seu potencial competidor mesmo após a colheita da cana-crua (TEEM et al., 1980). A família Convolvulaceae apresenta alta capacidade de germinar abaixo de camada de palha (PITELLI; DURIGAN, 2001; CHRISTOFFOLETI et al., 2007), o que as torna muito importante no sistema de colheita de cana sem o uso da queima. Algumas espécies dessa família podem causar sérios danos à cultura da cana-de-açúcar, competindo com a cultura, interferindo nas práticas culturais e na colheita mecanizada, o que reduz a qualidade e a produtividade do canavial (LUCIO et al., 2011) O levantamento florítico realizado aos 150 DAP refletiu a influência do controle cultural imposto pela cana-de-açúcar às daninhas, as quais foram suprimidas pelo sombreamento ocasionado pelo fechamento do dossel, bem como pela competição intra e interespecífica entre as espécies ocasionando reduções de algumas famílias e no número de indivíduos menos tolerantes. A redução da intensidade luminosa e as alterações na qualidade da luz disponível para plantas sombreadas provoca alterações no acúmulo de biomassa e no desenvolvimento de algumas espécies, principalmente da família Poaceae (PACIULLO et al., 2008; GIMENES et al., 2011). Contudo, espécies das famílias Malvaceae e Poaceae obtiveram os maiores IVI e IVC, onde a S. rhombifolia obteve os resultados mais elevados seguida, por Brachiaria decumbens, Sida sp., Panicum maximum, Sida cordifolia e Brachiaria brizantha (Tabela 1). Dentre as malváceas encontradas aos 150 DAP, a S. rhombifolia apresenta elevado potencial competitivo devido ao seu profundo sistema radicular, contudo a espécie S. cordifolia é considerada a principal Malvaceae infestante em canaviais devido ao seu desenvolvimento vigoroso que pode atingir a altura da cana em busca de luz (LORENZI, 2008). 1923 Dinâmica de infestação... BARBOSA, E. A. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 29, n. 6 , p. 1920-1931, Nov./Dec. 2013 Tabela 1. Principais espécies de plantas daninhas encontradas em oito variedades de cana-de-açúcar e as respectivas variáveis fitossociológicas avaliadas aos 30 e 150 dias após o plantio (DAP). Montes Claros-MG, 2011. 30 DAP 150 DAP Espécie Der Frr Dor Abr IVI IVC Der Frr Dor Abr IVI IVC (%) RB72454 Sida rhombifolia Jacq. 62 14 41 52 107 103 40 20 7 27 54 47 Aeschynomene denticulata Rudd 18 14 15 15 44 33 - - - - - - Sida spp. 11 10 11 13 34 22 10 20 4 7 31 14 Merremia cissoides (Lam.) Hallier f. 1 3 18 5 26 19 - - - - - - Senna obtusifolia (L.) H. S. Irwin & Barneby 1 14 7 2 23 8 3 10 0 4 14 3 Brachiaria brizantha (Hochst. ex A. Rich.) Stapf 1 7 1 2 10 2 7 10 4 9 23 10 Ipomoea triloba L. 0 7 2 1 10 2 - - - - - - Paspalum maritimum Trin. 1 7 0 2 9 1 Brachiaria decumbens Stapf 1 3 1 3 7 2 3 10 73 4 87 76 Sida cordifolia L. - - - - - - 30 10 10 40 60 40 Brachiaria mutica (Forssk.) Satpf. - - - - - - 3 10 2 4 16 5 RB867515 Sida spp. 14 5 22 30 57 36 8 13 6 4 23 14 Sida rhombifolia Jacq. 40 16 9 28 53 49 - - - - - - Aeschynomene denticulata Rudd 26 21 16 14 51 42 - - - - - - Merremia cissoides (Lam.) Hallier f. 1 5 22 4 31 23 - - - - - - Glycine wightii (Graham ex Wight & Arn.) 5 11 11 6 28 16 - - - - - - Senna obtusifolia (L.) H. S. Irwin & Barneby 4 11 9 5 25 13 - - - - - - Sida cordifolia L. 2 5 3 5 13 5 5 7 7 7 21 12 Ipomoea triloba L. 1 5 4 2 11 5 3 7 3 4 14 6 Portulaca oleraceae L. 1 5 2 2 9 3 - - - - - - Panicum maximum Jacq. 1 5 2 2 9 3 3 7 3 4 13 5 Galinsoga parviflora Cav. 1 5 0 1 6 1 5 7 1 4 15 6 Brachiaria decumbens Stapf - - - - - - 3 7 27 4 38 30 Cyperus difformis L. - - - - - - 16 7 6 22 35 21 Digitaria horizontalis Willd. - - - - - - 5 7 7 7 21 12 Cyperus rotundus L. - - - - - - 5 7 0 7 14 5 Bauhinia forficata Link - - - - - - 3 7 5 3 15 8 RB739735 1924 Dinâmica de infestação... BARBOSA, E. A. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 29, n. 6 , p. 1920-1931, Nov./Dec. 2013 Sida rhombifolia Jacq. 76 17 58 70 145 134 77 50 48 65 164 126 - Sida spp 10 13 9 12 34 19 - - - - - Aeschynomene denticulata Rudd 9 17 9 8 34 18 - - - - - - Senna obtusifolia (L.) H. S. Irwin & Barneby 1 13 8 1 22 9 - - - - - - Merremia cissoides (Lam.) Hallier f. 1 13 4 0 17 5 - - - - - - Glycine wightii (Graham ex Wight & Arn.) 1 9 6 1 16 7 - - - - - - Ipomoea triloba L. 1 8 3 2 13 4 - - - - - - Brachiaria brizantha (Hochst. ex A. Rich.) Stapf 1 4 1 3 8 2 18 33 38 23 94 56 Brachiaria plantaginea (Link) Hitchc 0 4 1 2 7 1 - - - - - - Spermacoce latifolia Aubl. - - - - - - 5 17 14 12 43 19 RB835486 Sida rhombifolia Jacq. 50 13 42 39 94 92 12 7 1 21 29 13 Sida spp. 24 17 23 14 54 47 47 43 29 14 86 76 Sida cordifolia L. 14 4 9 34 47 23 - - - - - - Senna obtusifolia (L.) H. S. Irwin & Barneby 2 8 14 2 24 16 6 7 0 11 18 6 Aeschynomene denticulata Rudd 4 13 4 4 21 8 - - - - - - Portulaca oleraceae L. 0 17 0 0 17 0 - - - - - - Brachiaria plantaginea (Link) Hitchc 1 8 4 1 13 5 - - - - - - Glycine wightii (Graham ex Wight & Arn.) 0 8 0 0 8 0 - - - - - - Brachiaria brizantha (Hochst. ex A. Rich.) Stapf 1 4 0 2 6 1 - - - - - - Panicum maximum Jacq. 0 4 0 1 5 0 6 7 24 11 42 30 Galinsoga parviflora Cav. - - - - - - 6 7 23 11 40 28 Alternathera tenella Colla - - - - - - 12 14 8 11 33 20 Digitaria horizontalis Willd. - - - - - - 6 7 2 11 20 8 SP81-3250 Sida rhombifolia Jacq. 70 16 48 55 119 118 14 11 5 21 37 19 Sida spp. 10 16 11 8 35 21 10 11 1 14 26 11 Merremia cissoides (Lam.) Hallier f. 2 4 21 5 30 23 - - - - - - Aeschynomene denticulata Rudd 7 12 7 7 26 14 - - - - - - Glycine wightii (Graham ex Wight & Arn.) 2 12 3 2 17 5 - - - - - - Brachiaria brizantha (Hochst. ex A. Rich.) Stapf 3 4 2 9 15 5 - - - - - - Galinsoga parviflora Cav. 1 8 2 2 12 3 - - - - - - Brachiaria decumbens Stapf - - - - - - 14 11 11 21 43 25 Brachiaria mutica (Forssk.) Satpf. - - - - - - 5 11 23 7 41 28 Bauhinia forficata Link - - - - - - 5 11 15 7 33 20 1925 Dinâmica de infestação... BARBOSA, E. A. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 29, n. 6 , p. 1920-1931, Nov./Dec. 2013 Cyperus rotundus L. - - - - - - 5 11 0 7 18 5 IAC86-2480 Sida rhombifolia Jacq. 65 14 47 66 127 112 33 16 5 25 46 38 Aeschynomene denticulata Rudd 16 19 15 13 47 31 6 8 1 8 17 7 Sida spp. 11 14 15 12 41 26 6 8 21 8 37 27 Ipomoea triloba L. 2 14 11 2 27 13 - - - - - - Glycine wightii (Graham ex Wight & Arn.) 1 14 6 2 22 7 - - - - - - Senna obtusifolia (L.) H. S. Irwin & Barneby 0 14 4 0 18 4 - - - - - - Brachiaria decumbens Stapf - - - - - - 6 8 41 8 57 47 Panicum maximum Jacq. - - - - - - 6 8 25 8 41 31 Cyperus difformis L. - - - - - - 17 8 0 25 33 17 Sida cordifolia L. - - - - - - 6 8 0 8 16 6 SP80-1842 Sida rhombifolia Jacq. 58 25 42 52 119 100 40 20 24 24 68 64 Aeschynomene denticulata Rudd 28 25 24 26 75 52 - - - - - - Ipomoea triloba L. 3 19 23 4 46 26 4 7 4 7 18 8 Sida spp. 7 13 7 12 34 14 16 20 13 10 43 29 Senna obtusifolia (L.) H. S. Irwin & Barneby 2 13 3 4 20 5 - - - - - - Panicum maximum Jacq. - - - - - - 4 7 49 7 63 53 Brachiaria mutica (Forssk.) Satpf. - - - - - - 12 20 7 7 35 19 Alternathera tenella Colla - - - - - - 8 7 0 15 22 8 Eleusine indica (L.) Gaertn. - - - - - - 4 7 1 7 15 5 Digitaria horizontalis Willd. - - - - - - 4 7 1 7 15 5 RB855536 Sida rhombifolia Jacq. 78 21 70 67 158 148 28 11 9 26 46 37 Sida spp. 8 16 11 10 37 19 28 11 14 17 42 42 Aeschynomene denticulata Rudd 9 16 8 10 34 17 - - - - - - Brachiaria brizantha (Hochst. ex A. Rich.) Stapf 2 11 3 3 17 5 17 - - - - - Glycine wightii (Graham ex Wight & Arn.) 2 5 4 6 15 6 - - - - - - Ipomoea triloba L. 1 11 1 1 13 2 6 11 9 10 27 14 Senna obtusifolia (L.) H. S. Irwin & Barneby 1 11 0 1 12 1 - - - - - - Brachiaria decumbens Stapf - - - - - - 17 33 47 16 79 63 Digitaria horizontalis Willd. - - - - - - 6 11 6 10 25 11 Echinochloa crus-pavonis var. mitis (Pursh) Petrm. - - - - - - 6 11 1 10 20 7 Densidade relativa (Der); Frequência relativa (Frr); Dominância relativa (Dor); Abundância relativa (Abr); Índice de valor de importância (IVI); Índice de valor de cobertura (IVC). 1926 Dinâmica de infestação... BARBOSA, E. A. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 29, n. 6 , p. 1920-1931, Nov./Dec. 2013 Já as espécies pertencentes à família Poaceae, por serem de metabolismo C4 assim como a cana-de-açúcar, desenvolvem-se muito bem em condições de elevada temperatura e precipitação evidenciando a dominância destas sobre eudicotiledôneas como A. denticulata e I. triloba ambas com ampla participação no primeiro levantamento florístico. A convivência entre Cynodon dactylon com a cana-de-açúcar durante todo o ciclo da cultura reduz em 32% o rendimento de açúcar por área (EDWARD et al., 2007). Yirefu et al. (2012) relata perdas na produção de colmos de cana-de-açúcar decorrentes da convivência com plantas daninhas em valores acima de 70%, com alta dependência da variedade cultivada e das espécies de plantas daninhas presentes. As monocotiledôneas que se destacaram no segundo levantamento são extremamente indesejáveis em áreas de cultivo de cana-de-açúcar devido a sua rusticidade e agressividade. Tais espécies possuem elevado acúmulo de nutriente e alta produtividade de propágulos (NETO et al., 2010), com alto potencial de interferência com a cultura Não houve diferença estatística na biomassa de plantas daninhas encontrada entre as variedades de cana-de-açúcar aos 30 DAP. Aos 150 DAP a maior biomassa de plantas daninhas foi identificada na variedade SP80-1842 não havendo diferença estatística entre os demais genótipos estudados (Tabela 2). Essa variedade apresentou o menor valor de IVE, obtendo também uma das menores produtividades, demonstrando a importância do desenvolvimento inicial da cana-de-açúcar na supressão de plantas daninhas. A similaridade para as comunidades de plantas daninhas entre as épocas de avaliação correspondente ao inicio e fim da estação chuvosa (Primavera-Verão), foi de 41,86% indicando baixa homogeneidade. As alterações climáticas observadas no período (Figura 1), o manejo adotado e desenvolvimento da cana-de-açúcar alteraram as condições locais com reflexos na comunidade de plantas daninhas existentes. Às características climáticas e o manejo do solo influenciam a uniformidade e a germinação das plantas daninhas (SOARES et al., 2011). A similaridade entre as comunidades de plantas daninhas encontrada em cada variedade de cana-de-açúcar foi elevada (S > 50%) no levantamento realizado aos 30 DAP, demonstrando a homogeneidade entre as espécies presentes na área experimental. Entretanto, os valores de similaridade encontrados aos 150 DAP são, em sua grande maioria, considerados baixos, o que reflete a influência cultural das do crescimento das variedades de cana-de-açúcar sobre as populações de plantas daninhas (Tabela 3). O índice de velocidade de emergência (IVE) foi maior nas variedades SP81-3250 e IAC86-2480, diferindo das demais que apresentaram valores abaixo de 0,93 (Tabela 4). Dias, Mondo e Cicero (2010), destacam a importância de se utilizar propágulos vigorosos, capazes de apresentarem elevado IVE, favorecendo o desenvolvimento inicial, conferindo a planta capacidade de supressão das plantas daninhas. O genótipo SP81-3250 apresentou aos 150 DAP o maior número de perfilhos por metro linear, sendo mais eficiente na supressão das daninhas apresentando os menores valores de IVI e IVC (Tabela 1 e 4). O número de perfilhos produzidos e o porte da cana-de-açúcar podem ser positivamente relacionados ao manejo cultural de plantas daninhas no canavial. Maior perfilhamento e estruturas mais decumbentes são favoráveis à supressão de plantas daninhas (YIREFU et al., 2012). Em relação à altura dentre as variedades de cana-de-açúcar não houve diferença significativa (P>0,05) aos 150 DAP, o mesmo ocorreu para o diâmetro aos 330 DAP (Tabela 4). Aos 150 DAP as variedades RB72454, RB867515, RB739735, RB835486, SP81-3250 e SP80-1842 apresentaram maiores diâmetros dos colmos. Aos 330 DAP as variedades RB72454, RB867515, SP81-3250 e SP80-1842 apresentaram as maiores alturas. O genótipo RB867515 apresentou o maior número de colmos por metro linear demostrando a sua alta capacidade de perfilhamento. As maiores produtividades foram encontradas nas variedades RB72454, RB867515 e SP81-3250 (Tabela 4). Silva et al. (2007) também encontraram correlação fenotípica positiva entre as variáveis, altura do colmo e número de colmos por touceiras com a produtividade. Essas variáveis estão intimamente ligadas à interceptação luminosa pelas culturas e ao sombreando da entrelinha de cultivos. Kuva et al. (2000) ressaltam que a interferência por interceptação luminosa é um fenômeno recíproco, ou seja, a própria cultura tem capacidade de limitar o desenvolvimento das plantas daninhas. Desta forma o uso de variedades de plantas cultivadas com características de rápido crescimento, e no caso da cana-de-açúcar com maior número de colmos, permite maior cobertura do solo o que configura-se como importante prática cultural no manejo de plantas daninhas. 1927 Dinâmica de infestação... BARBOSA, E. A. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 29, n. 6 , p. 1920-1931, Nov./Dec. 2013 Tabela 2. Matéria seca de plantas daninhas aos 30 e 150 dias após o plantio. Montes Claros-MG, 2011. Variedades de Cana- de-açúcar Matéria seca de plantas daninhas (g) 30 DAPn.s. 150 DAP SP 81-3250 20,32 25,83b RB855536 19,22 88,04b RB835486 20,14 17,84b RB739735 11,60 11,24b RB72454 17,74 22,87b IAC 86-2480 10,15 23,33b SP 80-1842 3,34 352,87ª RB867517 7,43 65,44b n.s. Não significativo pelo teste F. Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott ambos a 5 % de probabilidade. Tabela 3. Comparação do índice de similaridade de Sorensen (S) de comunidades de plantas daninhas em oito variedades de cana-de-açúcar aos 30 e 150 dias após o plantio (DAP). Montes Claros, MG, 2011. Índice de Similaridade (%) Variedades RB867515 RB739735 RB835486 SP813250 IAC86- 2480 SP 80- 1842 RB855536 30 DAP RB72454 72,00 72,73 66,67 84,62 72,73 52,63 85,71 RB867515 - 66,67 60,88 72,00 66,67 66,67 70,00 RB739735 - - 70,00 81,82 88,89 66,67 94,12 RB835486 - - - 75,00 70,00 58,83 73,68 SP81-3250 - - - - 81,82 63,16 85,71 IAC86- 2480 - - - - - 66,67 94,12 SP 80-1842 - - - - - - 71,43 150 DAP RB72454 47,62 33,33 50,00 55,56 47,06 40,00 52,63 RB867515 - 13,33 60,87 66,67 80,00 52,17 63,64 RB739735 - - 14,29 16,67 18,18 14,29 15,38 RB835486 - - - 40,00 42,11 54,55 57,14 SP813250 - - - - 58,82 40,00 52,63 IAC86- 2480 - - - - - 42,11 44,44 SP 80-1842 - - - - - - 57,14 1928 Dinâmica de infestação... BARBOSA, E. A. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 29, n. 6 , p. 1920-1931, Nov./Dec. 2013 Tabela 4. Valores médios do Índice de velocidade emergência (IVE) e de características agronômicas aos 150 e 330 DAP das variedades de cana-de-açúcar cultivadas em condições de sequeiro no Norte de Minas Gerais. Montes Claros-MG, 2011. Varieadades RB72-454 RB86- 7515 RB73- 9735 RB83- 5486 SP81- 3250 IAC86- 2480 SP80- 1842 RB85-5536 Média CV (%) IVE 0,93 B 0,67 B 0,69 B 0,90 B 1,41 A 1,33 A 0,28 C 0,72 B 0,86 29,70 150 DAP Diâmetro de colmos (cm) 2,74 A 2,81 A 2,53 A 2,66 A 2,47 A 2,27 B 2,68 A 2,07 B 2,53 12,25 Altura (cm)ns 155,25 133,75 147,75 130,25 153,75 131,50 145,00 115,00 134,90 29,03 N° de perfilhos/metro linear 24,00 B 15,25 D 23,75 B 22,00 B 30,25 A 20,00 C 11,00 D 18,75 C 20,62 20,73 330 DAP Diâmetro de colmos (cm)ns 2,92 2,93 2,56 2,75 2,54 2,64 2,76 2,54 2,70 9,89 N° de colmos/ metro linear 10,00 B 15,00 A 10,50 B 12,00 B 13,00 B 12,50 B 11,25 B 12,25 B 12,19 10,24 Altura (cm) 229,30 A 223,74 A 191,55 B 171,07 B 216,70 A 174,55 B 229,95 A 180,45 B 202,16 7,30 Produtividade (ton ha-1) 161,72 A 170,66 A 142,19 B 138,02 B 169,31 A 145,23 B 120,33 B 119,69 B 145,89 13,67 Médias seguidas pela mesma letra na linha não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott a 5 %. nsNão significativo a 5% pelo teste F. 1929 Dinâmica de infestação... BARBOSA, E. A. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 29, n. 6 , p. 1920-1931, Nov./Dec. 2013 CONCLUSÕES As variedades de cana-de-açúcar utilizadas interferem na comunidade de plantas daninhas aos 150 dias após o plantio. As variedades que apresentaram as características de maior IVE e número de perfilhos por metro linear possuem uma vantagem competitiva frente à interferência das plantas daninhas. As variedades RB867515, SP81-3250 e RB72454 apresentam boas características agronômicas de cultivo e maiores produtividades, evidenciando a superioridade competitiva destas quando em convívio com diferentes espécies de plantas daninhas nas condições do semiárido do Norte de Minas Gerais. ABSTRACT: The selection of adapted genotypes to the conditions biotic and abiotic stresses allies by favorable agronomic characteristics are critical factors for success in the grown of sugarcane. In this context aimed to evaluate the infestation dynamics of weed and behavior of sugarcane varieties in conditions of semi-arid northern Minas Gerais. The experiment was arranged a randomized block design four replicates and sugarcane varieties: RB72454, RB867515, RB739735, RB835486, SP81-3250, IAC86-2480, SP80-1842 and RB855536. In phyto-sociology surveys conducted at 30 and 150 days after planting (DAP), were identified 25 weed species distributed in 10 families, the most representative with respect to the number of species Poaceae (9), Fabaceae (4), Malvaceae (3) and Convolvulaceae (2). The main species found in the first survey were: Sida rhombifolia, Aeschynomene denticulata, Sida sp., Ipomoea triloba and Senna obtusifolia. The highest IVI and IVC in the survey 150 DAP were found for the species Sida rhombifolia, Brachiaria decumbens, Sida sp., Panicum maximum, Brachiaria brizantha and Sida cordifolia. The similarity between the evaluation periods was 41.86% which indicates low homogeneity of the species present in the sugarcane fields between the two phases of culture. Among the varieties of communities similar was high at the first evaluation and low at 150 DAP, indicating influences of grow varieties on weeds. A variety of sugarcane with lower IVE had the highest weed biomass at 150 DAP. Among the varieties of cane sugar worked were the most productive RB72454, RB867515 and SP81-3250. KEYWORDS: Cultural management. Phyto-sociology. Sacharum sp, Sida sp. REFERÊNCIAS CHRISTOFFOLETI, P. J.; CARVALHO, S. J. P.; LOPEZ-OVEJERO, R. F.; NICOLAI, M.; HIDALGO, E.; SILVA, J. E. Conservation of natural resources in Brazilian agriculture: implications on weed biology and management. Crop Protection, Philadelphia, v. 26, p. 383-389, 2007. DIAS, M. A. N.; MONDO, V. H. V.; CICERO, S. M. Vigor de sementes de milho associado à mato- competição. 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