283 Original Article Biosci. J., Uberlândia, v. 31, n. 1, p. 283-295, Jan./Feb. 2015 ESPÉCIES POTENCIAIS PARA RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DE FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL COM EXPLORAÇÃO DE MINÉRIO DE FERRO NA SERRA DO ESPINHAÇO POTENTIAL SPECIES FOR RECOVERY AREAS SEMIDECIDUOUS FOREST IN IRON EXPLORATION IN THE SERRA ESPINHAÇO Milton Serpa de MEIRA JUNIOR¹; Israel Marinho PEREIRA²; Evandro Luiz Mendonça MACHADO²; Silvia da Luz Lima MOTA³; Thiago José Ornelas OTONI4 1. Mestrando em Ciências Florestais no curso de pós-graduação da Universidade de Brasília, Brasília, DF, Brasil. milton.serpa@gmail.com ; 2. Professor, Departamento de Engenharia Florestal, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, MG, Brasil; 3. Doutoranda em Ciências Florestais na Universidade de Brasília, Brasília, DF, Brasil; 4. Mestre em Ciências Florestais na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, MG, Brasil. RESUMO: O objetivo deste trabalho foi avaliar a flora arbustiva-arbórea em um fragmento de floresta estacional semidecidual na região da Serra do Espinhaço para propor espécies para recuperação das áreas degradadas pela exploração de minério de ferro em ecossistemas congêneres. O levantamento florístico e estrutural da vegetação arbustivo- arbórea foi realizado em setembro de 2007 por meio do método dos pontos quadrantes, tendo como critério de inclusão altura do fuste superior a 1,3 m. Os indivíduos foram estratificados entre adulto (DAP ≥ 5,0 cm) e juvenil (DAP < 5,0 cm). Foram amostrados 90 pontos, onde foram identificadas 94 espécies, 70 gêneros e 32 famílias botânicas. Para o índice de diversidade de Shannon, os valores apresentados para cada compartimento foram 3,96 nat.ind-1 e 3,94 nat.ind-1; e a equabilidade de Pielou foi de 0,896 e 0,938, respectivamente, para os estrados juvenil e adulto. As famílias que mais se destacaram quanto ao número de espécies foram Myrtacea (17), Fabaceae (12), Rubiaceae (8), Euphrobiaceae (6), Sapindaceae (5) e Lauraceae (5). Para a recuperação da área foram selecionados sete grupos de espécies que serão utilizados. As características das espécies foram suficientes para a definição de grupos funcionais que poderão ser utilizados na recuperação de áreas degradadas. PALAVRAS-CHAVE: Restauração ambiental. Modelos de plantio. Grupos funcionais e sucessão ecológica. INTRODUÇÃO A Cadeia do Espinhaço é a segunda mais longa formação de montanhas do Brasil e se estende por mais de mil quilômetros na direção norte-sul, apresentando seu limite norte na serra da Jacobina - BA, e sul na serra do Ouro Branco – MG. A Cadeia do Espinhaço apresenta dois blocos devido ao seu estreitamento no norte do estado de Minas Gerais, sendo a porção norte no estado da Bahia, conhecida como Chapada Diamantina, e a porção sul no estado de Minas Gerais, conhecida como Serra do Espinhaço. Sua extensão longitudinal varia aproximadamente entre 50 e 100 km e constitui um divisor de águas entre a bacia hidrográfica do rio São Francisco, a oeste, e as bacias dos rios que drenam para o Atlântico, a leste (VIEIRA et al., 2005). Essa Cadeia foi considerada pela Unesco em 2005 a sétima reserva da biosfera brasileira, devido a sua enorme biodiversidade de recursos naturais. O mosaico de fitofisionomias é encontrado de norte a sul na Cadeia do Espinhaço e a paisagem e a composição da flora sofrem forte influência de três grandes Biomas brasileiros: a Mata Atlântica, mais ao sul da cadeia; o Cerrado na porção mais central e a Caatinga mais ao norte da mesma (HARLEY, 1995). Dentre as formações vegetais de Minas Gerais inseridas na Serra do Espinhaço estão as florestas estacionais semideciduais (FES), caracterizadas pela sazonalidade climática que determina a perda foliar (20 a 50% de deciduidade) dos indivíduos arbóreos e arbustivos, em resposta à deficiência hídrica ou a queda de temperatura nos meses mais frios e secos (VELOSO et al.,1991). No estado de Minas Gerais, as fisionomias florestais se estendiam por uma vasta região do centro-sul e leste do estado (IBGE, 1993), porém, o crescimento da população humana tem acelerado a remoção da cobertura vegetal, ao aumentar a demanda por produtos florestais e terras para agricultura, pecuária, abertura de estradas, centros urbanos (MYERS et al., 2000) e exploração mineral. Embora a maioria dos solos da Cadeia do Espinhaço sejam provenientes de quartizitos e arenitos, existem, principalmente na porção mineira da Cadeia, áreas sobre solos ricos em minério de ferro (GONTIJO, 2008), que têm atraído grandes empresas mineradoras. Depois da extração do minério de ferro, o substrato fica endurecido e empobrecido, dificultando os processos de regeneração natural ou Received: 22/08/13 Accepted: 07/07/14 284 Espécies potenciais... MEIRA JUNIOR, M. S. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 31, n. 1, p. 283-295, Jan./Feb. 2015 mesmo de revegetação artificial (TEIXEIRA; LEMOS-FILHO, 2002). E o processo de revegetação requer o emprego de técnicas adequadas, geralmente, definidas em função de avaliações detalhadas das condições locais e da utilização dos conhecimentos científicos existentes (PEREIRA et al., 2010). O conhecimento e utilização de informações ecológicas e silviculturais, tais como exigência de luz, relações planta-animais, freqüência e densidade natural, podem levar ao conhecimento da combinação ideal de espécies dentro dos mosaicos de estádios sucessionais, semelhantes aos formados nas florestas tropicais naturais (PEREIRA et al., 2010). O objetivo deste trabalho foi avaliar a flora arbustiva-arbórea em um fragmento de floresta estacional semidecidual a fim de agrupar as espécies pelas características ecológicas, de forma a subsidiar futuras ações voltadas à recuperação de áreas degradadas pela exploração de mineiro de ferro em ecossistemas congêneres. MATERIAL E MÉTODOS Caracterização e localização da área A área de estudo pertence ao domínio geomorfológico da Serra do Espinhaço, entre as Bacias do Rio Jequitinhonha e do Rio Doce e localizada no município de Conceição do Mato Dentro, MG. Nessa região encontram-se áreas com solos ricos em minério de ferro, onde tem-se constatado o estabelecimento de grandes empresas empreendimentos de extração desse mineral. A área inventariada apresenta formação florestal característica de Floresta Estacional Semidecidual Montana, segundo classificação do IBGE (VELOSO et al., 1991). O fragmento possui uma área de 22 ha contínuos de mata (670864,46 m a 670546,80 m S e 7948340,52 m a 7948427,28 m W). A região possui regime climático marcado por verão quente e úmido com chuvas concentradas e inverno frio com mais de três meses de estiagem por ano (Cwa de Köppen: mesotérmico úmido subtropical) (LANA et al., 2001). Levantamento florístico e fitossociológico O levantamento florístico e fitossociológico da vegetação arbustivo-arbórea foi realizado em setembro de 2007, por meio do método dos pontos quadrantes (COTTAM; CURTIS, 1956) de acordo com o método das distâncias mínimas, proposto por Martins (1979). Neste trabalho, foram amostrados 90 pontos distribuídos sistematicamente a cada 20 metros, devido a alta densidade de indivíduos na área. Ao alcançar cada borda do fragmento iniciava- se uma nova linha com 50 metros de distância ortogonal em relação ao último ponto. O caminhamento foi realizado de forma a amostrar o maior número de pontos possíveis na área, sendo eles orientados com o auxílio de uma cruzeta de metal, balizas e uma bússola. Em cada quadrante foi amostrado o indivíduo arbustivo-arbóreo vivo que apresentou a menor distância ao centro do ponto que atendesse o critério de inclusão adotado neste trabalho que foi todos os indivíduos que apresentassem fuste com altura superior a 1,3 metros em relação ao solo, ou seja, que apresentassem fuste com altura superior a 1,3 metros, ou seja, apresentassem DAP (diâmetro a 1,3 metros do solo). A área amostral foi definida a partir das métricas clássicas utilizadas no método de quadrantes descritas nas equações seguintes (COTTAM; CURTIS, 1956). Essa área é variável, diretamente dependente da distância média árvore- ponto e relaciona-se com o padrão estrutural da floresta. Para se definir a distância média (dm) árvore-ponto (Expressão 2), é necessário fazer a correção das distâncias individuais medidas em campo. Por definição do método, a distância corrigida (dc) é equivalente à distância individual (d, a distância árvore-ponto medida durante o levantamento de campo) somada ao respectivo raio (na altura de 1,3 m do solo) do indivíduo amostrado, como indicado na Expressão 1: Em que: dc representa o valor da distância corrigida árvore-ponto, em metro; d é distância entre o centro do ponto e o perímetro do fuste, em metro; DAP é o valor do diâmetro em metro, medido à 1,3 m do nível do solo para o respectivo indivíduo amostrado. Em que: dm representa o valor da distância média árvore-ponto, em metro; dc é a distância corrigida, em metro, de cada indivíduo; n é o número de indivíduos amostrados. Para o cálculo da área amostrada, considera- se que cada indivíduo ocupa uma área quadrada com dimensões dependentes do valor de dm (Expressão 1) como dado pela expressão abaixo: Em que: Aeq é o valor da área amostral equivalente, em hectare; dm é a distância média árvore-ponto, em metro; n é o número de indivíduos amostrados. 285 Espécies potenciais... MEIRA JUNIOR, M. S. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 31, n. 1, p. 283-295, Jan./Feb. 2015 O material botânico foi coletado e identificado por meio de consultas à literatura e especialistas ou por comparações com espécimes existentes nos Herbário da UFVJM, UFMG e ESAL. O sistema de classificação utilizado foi o APG III (ANGIOSPERM PHYLOGENY GROUP, 2009). As espécies amostradas foram classificadas quanto às guildas de dispersão e regeneração. As informações das espécies para a classificação quanto à guilda de dispersão foram coletadas na literatura de acordo com Van der Pijl (1982), como: anemocóricas (ANE), zoocóricas (ZOO), autocóricas (AUTO). Quanto à classificação das espécies em guildas de regeneração, adotou-se a definição proposta por Gandolfi et al. (1995), pioneiras (P), secundárias iniciais (SI) e secundárias tardias (ST). Para a obtenção de informações ecológicas sobre as espécies, foram utilizadas informações encontradas na literatura (MEIRA- NETO; MARTINS, 2002; SILVA, 2002; SOUZA et al., 2002; DURIGAN et al., 2004; RESSEL et al., 2004; PAULA et al., 2004; TAKAHASHI; FIANA, 2004; CATHARINO et al., 2006; PEREIRA et al., 2006; YAMAMOTO et al., 2007; LOPES et al., 2008; DIAS-NETO et al., 2009) e observações em campo. As espécies foram classificadas quanto ao ritmo de crescimento de acordo com informações contidas na literatura (CARVALHO, 2003, 2006, 2008; DURIGAN et al.; 2004). Os grupos de espécies foram determinados com base nas informações obtidas na matriz de guildas ecológica das espécies, adicionadas ao grupo ecológico que cada espécie pertence como proposto por Pereira (2006), em que: Grupo I: pioneira atrativa à fauna (dispersão zoocórica), Grupo II: pioneira ativadora da sucessão (ritmo de crescimento rápido), Grupo III: pioneira atrativa a fauna e ativadora da sucessão, Grupo IV: secundária inicial atrativa à fauna, Grupo V: secundária inicial ativadora da sucessão, Grupo VI: secundária inicial atrativa à fauna e ativadora da sucessão e Grupo VII: secundária tardia. Os indivíduos registrados foram categorizados em dois compartimentos de desenvolvimento, sendo considerados adultos todos os indivíduos com DAP ≥ 5,0 cm e altura do fuste superior a 1,30 m e juvenil, indivíduos com DAP < 5,0 cm e altura de fuste superior a 1,30 m, de forma que fossem amostrados nos compartimentos adulto e regenerante as espécies de maneira quantitativa e qualitativa. A diversidade foi expressa pelo índice de diversidade de Simpson (1/D), Shannon e equabilidade de Pielou (J’) (ZAR, 1996). Para verificar a distribuição de frequência de indivíduos arbustivo-arbóreos nas guildas de regeneração e dispersão eram independentes em cada compartimento, juvenil e adulto, foi aplicado o teste de Qui-quadrado para tabela de contingência (ZAR, 1996). RESULTADOS Foram amostrados 360 indivíduos distribuídos em 94 espécies identificadas, 70 gêneros e 32 famílias botânicas (Tabela 1). Não foi possível identificar 17 morfoespécies amostradas que foram morfologicamente agrupadas para os cálculos de estrutura. Esses indivíduos não identificados foram retirados da análise florística. O compartimento adulto foi representado por 67 espécies e o compartimento juvenil apresentou 83 espécies. Para o índice de diversidade de Shannon, os valores apresentados para cada compartimento foram 3,96 nat.ind -1 (juvenil) e 3,94 nat.ind -1 (adulto) e para o índice de equabilidade de Pielou foi de 0,896 para o compartimento juvenil e 0,938 para o adulto. Tabela 1. Lista florística de uma área de Floresta Estacional Semidecidual, em Conceição do Mato Dentro – MG. Sendo, P= pioneira, SI= secundárias iniciais, ST= secundárias tardias, ZOO= zoocóricas, ANE= anemocóricas; AUT= autocóricas; R= guilda de regeneração; D= guilda de dispersão; Ju= juvenil; Ad= adulto; RC= ritmo de crescimento; R= rápido; M= médio; L= lento FAMÍLIA RRC R D NI Espécie Ju Ad ANACARDIACEAE Astronium concinnum Schott ex Spreng. L ST ANE 1 1 Myracrodruon urundeuva Allemão L P ANE 2 1 Tapirira guianensis Aubl. R SI ZOO 1 1 Tapirira obtusa (Benth.) J.D.Mitch. R SI ZOO 0 1 ANNONACEAE Annona acutiflora Mart. R SI ZOO 3 1 286 Espécies potenciais... MEIRA JUNIOR, M. S. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 31, n. 1, p. 283-295, Jan./Feb. 2015 FAMÍLIA RRC R D NI Espécie Ju Ad Guatteria sellowiana Schltdl. M SI ZOO 1 0 Xylopia brasiliensis Spreng. R ST ZOO 10 1 Xylopia sericea A.St.-Hil. R ST ZOO 14 4 APOCYNACEAE Aspidosperma cylindrocarpon Müll.Arg. L SI ANE 1 1 Aspidosperma polyneuron Müll.Arg. M ST ANE 0 1 AQUIFOLIACEAE Ilex affinis Gardn. L SI ZOO 1 1 Ilex theezans Mart. ex Reissek R SI ZOO 1 0 ASTERACEAE Eremanthus erythropappus (DC.) MacLeish R P ANE 0 3 BIGNONIACEAE Cybistax antisyphilitica (Mart.) Mart. M SI ANE 3 0 BORAGINACEAE Cordia ecalyculata Vell. M SI ZOO 4 1 BURSERACEAE Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand M P ZOO 5 3 CELASTRACEAE Maytenus boaria Molina L ST ZOO 1 0 CLUSIACEAE Garcinia gardneriana (Planch. & Triana) Zappi M SI ZOO 2 0 Kielmeyera lathrophyton Saddi L P ANE 1 0 EUPHORBIACEAE Alchornea triplinervia (Sprengel) Müll.Arg. R SI ZOO 2 0 EUPHORBIACEAE Croton piptocalyx Müll.Arg. R P AUT 2 0 Mabea fistulifera Mart. R P ANE 5 3 Manihot brachyloba Müll.Arg. R P AUT 0 1 Maprounea guianensis Aubl. M SI AUT 2 0 FABACEAE Bauhinia longifolia (Bong.) D.Dietr. M P AUT 0 3 Copaifera langsdorffii Desf. M SI ZOO 5 7 Tachigali rugosa (Mart. ex Benth.) Zarucchi e Pipoly M SI ANE 1 5 Dalbergia nigra (Vell.) Allemão ex Benth. M SI ANE 0 8 Dalbergia villosa (Benth.) Benth. L SI ANE 1 1 Diplotropis ferruginea Benth. L P AUT 0 1 Hymenolobium heringerianum Rizzini M SI ANE 1 0 Machaerium nyctitans (Vell.) Benth. L SI ANE 0 3 Machaerium stipitatum (DC.) Vogel M SI ANE 2 0 Machaerium villosum Vogel R SI ANE 4 2 Swartzia myrtifolia J.E.Sm. SC SI ZOO 1 0 Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F.Macbr. R P AUT 0 1 HYPERICACEAE Vismia brasiliensis Choisy M SI ZOO 3 1 287 Espécies potenciais... MEIRA JUNIOR, M. S. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 31, n. 1, p. 283-295, Jan./Feb. 2015 FAMÍLIA RRC R D NI Espécie Ju Ad LAMIACEAE Hyptidendron asperrimum (Epling) Harley M SI ZOO 2 3 LAURACEAE Aiouea saligna Meisn. SC P ZOO 2 0 Cinnamomum erythropus (Nees e Mart) Kosterm. L SI ZOO 0 1 Nectandra cissiflora Nees M ST ZOO 9 4 Nectandra lanceolata Nees M ST ZOO 0 2 Ocotea pulchella Mart. M SI ZOO 0 1 MALPIGHIACEAE Byrsonima crassifolia (L.) Kunth L SI ZOO 1 2 MELASTOMATACEAE Miconia brunnea Mart. L ST ZOO 1 0 Miconia cinnamomifolia (DC.) Naudin M P ZOO 1 2 MELIACEAE Cabralea canjerana (Vell.) Mart. M ST ZOO 3 4 Trichilia hirta L. M SI ZOO 0 1 MORACEAE Ficus gomelleira Kunth e Bouché M SI ZOO 1 0 Sorocea bonplandii (Baill.) W.Burger L SI ZOO 2 0 MYRSINACEAE Myrsine gardneriana A.DC. M SI ZOO 0 1 Myrsine guianensis (Aubl.) Kuntze R P ZOO 1 0 MYRTACEAE Blepharocalyx salicifolius (Kunth) O.Berg L SI ZOO 1 1 Calyptranthes clusiifolia O.Berg L SI ZOO 1 0 Calyptranthes concinna DC. L P ZOO 8 2 Calyptranthes lucida Mart. ex DC. L ST ZOO 1 0 Eugenia acutata Miq. M ST ZOO 1 1 Eugenia brasiliensis Lam. L ST ZOO 1 0 Eugenia florida DC. L ST ZOO 7 2 Eugenia francavilleana O.Berg L ST ZOO 4 3 Eugenia involucrata DC. L SI ZOO 3 3 Eugenia pyriformis Cambess. L ST ZOO 2 2 Myrcia retorta Cambess. L P ZOO 3 1 Myrcia pulchra Kiaersk. R ST ZOO 1 0 Myrcia splendens (Sw.) DC. L SI ZOO 8 12 Pimenta pseudocaryophyllus (Gomes) Landrum R P ZOO 0 1 Plinia grandifolia (Mattos) Sobral L SI ZOO 4 1 Siphoneugena densiflora O.Berg L ST ZOO 2 1 RUBIACEAE Alibertia edulis (L.C.Rich.) A.Rich. ex DC. M ST ZOO 2 1 Amaioua guianensis Aubl. SC ST ZOO 6 1 Chomelia brasiliana A.Rich. L ST ZOO 1 0 288 Espécies potenciais... MEIRA JUNIOR, M. S. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 31, n. 1, p. 283-295, Jan./Feb. 2015 FAMÍLIA RRC R D NI Espécie Ju Ad Cordiera sessilis (Vell.) Kuntze L P ZOO 2 0 Coussarea hydrangeifolia (Benth.) Benth. e Hook.f. ex Müll.Arg. M P ZOO 1 0 Coutarea hexandra (Jacq.) K.Schum. M SI ANE 0 1 Psychotria vellosiana Benth. M SI ZOO 1 1 Rudgea gardenioides (Cham.) Müll.Arg. SC ST ZOO 1 0 RUTACEAE Esenbeckia febrifuga (A.St.-Hil.) A.Juss. ex Mart. L SI AUT 1 0 Hortia brasiliana Vand. ex DC. SC ST ZOO 1 1 SALICACEAE Casearia arborea (L.C.Rich.) Urb. M SI ZOO 2 2 SAPINDACEAE Cupania vernalis Cambess. M SI ZOO 2 0 Diatenopteryx sorbifolia Radlk. SC P ANE 3 1 Dilodendron bipinnatum Radlk. L P ZOO 3 0 Matayba elaeagnoides Radlk. M P ZOO 1 1 SAPINDACEAE Toulicia laevigata Radlk. M SI ANE 8 1 SAPOTACEAE Pouteria ambelaniifolia (Sandwith) T.D.Penn. SC ST ZOO 0 1 Pouteria caimito (Ruiz e Pav.) Radlk. M SI ZOO 0 2 Picrasma crenata (Vell.) Eichler L SI ZOO 0 1 SIPARUNACEAE Siparuna guianensis Aubl. R SI ANE 26 4 VERBENACEAE Aloysia virgata (Ruiz e Pav.) A.Juss. R P ANE 2 0 Citharexylum myrianthum Cham. SC SI ZOO 1 0 Dentre as famílias encontradas nos dois compartimentos algumas se destacaram quanto à riqueza de espécies: Myrtacea (17), Fabaceae (12), Rubiaceae (8), Euphorbiaceae (6), Sapindaceae (5) e Lauraceae (5), as quais juntas representam 57% das espécies identificadas. No compartimento arbustivo-arbóreo formado por indivíduos adultos (DAP ≥ 5,0 cm), foram estimados 1.813 indivíduos por hectare (Tabela 1). As maiores classes de DAP foram representadas principalmente por D. ferruginea, que pertence ao grupo das pioneiras e T. rugosa, A. cylindrocarpon, B. coriacea, C. canjerana, espécies climácicas. No compartimento arbustivo-arbóreo formado por indivíduos jovens (DAP < 5 cm) foram encontrados 74 espécies e 3.059 indivíduos por hectare, com DAP médio de 2,67 cm e altura média de 4,30 m. Para as espécies pioneiras, os indivíduos dos compartimentos adulto e juvenil apresentaram um número de indivíduos que atende o esperado, já as espécies secundárias iniciais apresentaram uma frequência maior que a esperada, e as espécies secundárias tardias apresentaram uma frequência menor que o esperado pelo teste Qui-quadrado (Tabela 2). Em relação às guildas de dispersão todas apresentaram um número de indivíduos que atende ao esperado para os dois compartimentos (Tabela 3), não havendo diferença significativa entre os compartimentos para todos os tipos de dispersão. A relação das 94 espécies registradas nos levantamentos florísticos e fitossociológicos em relação aos sete grupos de aptidões ecológicas definidos neste trabalho encontra-se na Tabela 4. Verifica-se que 11 espécies foram classificadas como pioneiras atrativas à fauna (grupo I), oito como pioneiras ativadoras da sucessão (grupo II), três espécies foram classificadas como pioneiras atrativas à fauna e ativadoras da sucessão (grupo III), trinta espécies como clímax exigente de luz atrativas à fauna (grupo IV), nove como clímax exigente de luz ativadoras da sucessão, seis como 289 Espécies potenciais... MEIRA JUNIOR, M. S. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 31, n. 1, p. 283-295, Jan./Feb. 2015 clímax exigente de luz atrativas à fauna e ativadoras da sucessão (grupo VI) e outras 23 espécies como clímax tolerante à sombra (grupo VII). Tabela 2. Comparação do número de espécies dos compartimentos juvenil e adulto em relação às guildas de regeneração para dados de vegetação arbustiva-arbórea em uma floresta estacional semidecidual em Conceição do Mato Dentro – MG. Em que, SI: secundárias iniciais, ST: secundárias tardias e P: Pioneiras. Entre parênteses estão os valores esperados Habitat Adulto Juvenil Total X 2 P SI 75 (66,57) 102 (110,43) 177 0,95 0,19 ST 30 (37,23) 69 (61,77) 99 1,22 0,13 P 24 (25,2) 43 (41,8) 67 0,02 0,76 Total 129 214 343 X 2 2,18 1,32 P 0,28 0,47 Tabela 3. Comparação do número de espécies dos compartimentos juvenil e adulto em relação às guildas de dispersão para dados de vegetação arbustiva-arbórea em uma floresta estacional semidecidual em Conceição do Mato Dentro – MG. Dispersão Adulto Juvenil Total X2= P< Anemocóricas 16 (14,24) 15 (16,76) 100 0,207 0,525 Autocóricas 4 (3,21) 3 (3,79) 100 0,047 0,551 Zoocóricas 42 (44,55) 55 (52,45) 100 0,174 0,604 Total 62 73 400 X2= 38,296 2,253 P< 0,757 0,790 Tabela 4. Matriz com as 90 espécies arbustivo-arbóreas, registradas nos levantamentos florístico e fitossociológico em Conceição do Mato Dentro, MG, distribuídas nas categorias de função ecológica das espécies. Em que: presença (x) e ausência (-). Atrativa à fauna (DZ = espécie com dispersão zoocórica). Espécies ativadoras da sucessão ecológica (CR= espécie de crescimento rápido; FBN= espécies com fixação biológica de nitrogênio). Grupos (I= pioneira atrativa à fauna; II= pioneira ativadora da sucessão; III= pioneira atrativa à fauna e ativadora da sucessão; IV= secundária inicial atrativa à fauna; V= secundária inicial ativadora da sucessão; VI= secundária inicial atrativa à fauna e ativadora da sucessão e VII= secundária tardia à sombra atrativa a fauna) Espécies DZ CR FBN Atrativa Ativadora Grupo Aiouea saligna X - - x - I Alchornea triplinervia X x - x x VI Alibertia edulis X - - x - VII Aloysia virgata - x - - x II Amaioua guianensis X - - x - VII Annona acutiflora X x - x x VI Aspidosperma cylindrocarpon - - - - - IV Aspidosperma polyneuron - - - - - VII Astronium concinnum - - - - - VII Bauhinia longifolia - - x - x II Blepharocalyx salicifolius X - - x - IV Byrsonima crassifolia X - - x - IV Cabralea canjerana X - - x - VII Calyptranthes clusiifolia X - - x - IV 290 Espécies potenciais... MEIRA JUNIOR, M. S. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 31, n. 1, p. 283-295, Jan./Feb. 2015 Espécies DZ CR FBN Atrativa Ativadora Grupo Calyptranthes concinna X - - x - I Calyptranthes lucida X - - x - VII Casearia arborea X - - x - IV Chomelia brasiliana X - - x - VII Cinnamomum erythropus X - - x - IV Citharexylum myrianthum X - - x - IV Copaifera langsdorffii X - x x x VI Cordia ecalyculata X - - x - IV Cordiera sessilis X - - x - I Coussarea hydrangeifolia X - - x - I Coutarea hexandra - - - - - IV Croton piptocalyx - x - - x II Cupania vernalis X - - x - IV Cybistax antisyphilitica - - - - - IV Dalbergia nigra - - x - x V Dalbergia villosa - - x - x V Diatenopteryx sorbifolia - - - - - I Dilodendron bipinnatum X - - x - I Diplotropis ferruginea - - x - x II Eremanthus erythropappus - x - - x III Esenbeckia febrifuga - - - - - IV Eugenia acutata X - - x - VII Eugenia brasiliensis X - - x - VII Eugenia florida X - - x - VII Eugenia francavilleana X - - x - VII Eugenia involucrata X - - x - IV Eugenia pyriformis X - - x - VII Ficus gomelleira X - - x - IV Garcinia gardneriana X - - x - IV Guatteria sellowiana X - - x - IV Hortia brasiliana X - - x - VII Hymenolobium heringerianum - - x - x V Hyptidendron asperrimum X - - x - IV Ilex affinis X - - x - IV Ilex theezans X x - x x VI Kielmeyera lathrophyton - - - - - I Mabea fistulifera - x - - x II Machaerium nyctitans - - x - x V Machaerium stipitatum - - x - x V Machaerium villosum - x x - x V Manihot brachyloba - x - - x II Maprounea guianensis - - - - - IV Matayba elaeagnoides X - - x - I 291 Espécies potenciais... MEIRA JUNIOR, M. S. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 31, n. 1, p. 283-295, Jan./Feb. 2015 Espécies DZ CR FBN Atrativa Ativadora Grupo Maytenus boaria X - - x - VII Miconia brunnea X - - x - VII Miconia cinnamomifolia X - - x - I Myracrodruon urundeuva - - - - x II Myrcia pulchra X x - x x VII Myrcia retorta X - - x - I Myrcia splendens X - - x - IV Myrsine gardneriana X - - x - IV Myrsine guianensis X x - x x III Nectandra cissiflora X - - x - VII Nectandra lanceolata X - - x - VII Ocotea pulchella X - - x - IV Picrasma crenata X - - x - IV Pimenta pseudocaryophyllus X x - x x III Piptadenia gonoacantha - x x - x II Plinia grandifolia X - - x - IV Pouteria ambelaniifolia X - - x - VII Pouteria caimito X - - x - IV Protium heptaphyllum X - - x - I Psychotria vellosiana X - - x - IV Rudgea gardenioides X - - x - VII Siparuna guianensis - x - - x V Siphoneugena densiflora X - - x - VII Sorocea bonplandii X - - x - IV Swartzia myrtifolia X - x x x V Tachigali rugosa - - x - x V Tapirira guianensis X x - x x VI Tapirira obtusa X x - x x VI Toulicia laevigata - - - - - IV Trichilia hirta X - - x - IV Vismia brasiliensis X - - x - IV Xylopia brasiliensis X x - x x VII Xylopia sericea X x - x x VII DISCUSSÃO A riqueza no compartimento adulto é considerada baixa quando comparada com os trabalhos que utilizaram pontos quadrantes, apresentados na literatura (LOPES et al., 2009; CATHARINO et al., 2006). A diferença na riqueza entre os compartimentos pode ter ocorrido devido, provavelmente, que esta área não tenha atingindo o clímax dinâmico, e assim apresentando diferença de espécies entres os mesmos. O teste de Qui-quadrado para as guildas de regeneração também evidencia que a floresta possui um maior número de árvores com características de fase intermediária de sucessão e não houve diferença significativa entre os compartimentos estudados. A riqueza variou de forma considerável entre os compartimentos. Entretanto, a complexidade dos compartimentos permaneceu próxima, como pode verificar pelos índices de diversidade. Mesmo apresentando valores próximos no índice de diversidade de Shannon, os compartimentos adulto e juvenil apresentam estruturas diferentes, a riqueza foi maior no compartimento juvenil e o compartimento adulto apresenta maior equabilidade. 292 Espécies potenciais... MEIRA JUNIOR, M. S. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 31, n. 1, p. 283-295, Jan./Feb. 2015 A composição florística foi comparada por diferentes métodos de amostragem em Floresta Estacional Semidecidual (FES) Montana: Dias-Neto et al. (2009), Vale et al. (2009); Meira-Neto e Martins (2002), Machado (2004) e Pereira et al. (2006), os quais utilizaram o método de parcelas permanentes (MUELLER-DOMBOIS; ELLENBERG, 1974). Pelo método de pontos quadrantes em regiões de Minas Gerais, comparou- se com os trabalhos de Lopes et al. (2009) e o de Santos (2009). Entre este e os trabalhos supracitados percebe-se um padrão comum quanto à riqueza no nível de família, sendo Myrtaceae, Fabaceae, Lauraceae Melastomataceae e Rubiaceae repetidamente as famílias com maior número de espécies, sugerindo ampla distribuição dessas em áreas de floresta Montana em Minas Gerais. Pereira et al. (2006) afirmam que esse padrão de riqueza no nível de famílias é característico das florestas situadas acima de 1.000 m de altitude no Sudeste do Brasil. Oliveira-Filho e Fontes (2000) observaram um perfil florístico semelhante ao encontrado neste trabalho, estudando florestas de altitude do sudeste do Brasil, sendo as famílias com maior número de espécies foram Myrtaceae, Fabaceae, Lauraceae, Melastomataceae e Rubiaceae. A densidade de indivíduos jovens foi muito superior quando comparado aos trabalhos de Gonzaga et al., 2008 (2386,66) em Tiradentes, MG e Martins et al., 2002 (833) em Viçosa, MG. Em relação à riqueza, Marangon et al. (2008), estudando a regeneração natural por método de parcelas em uma Floresta Estacional Semidecídua na região da Zona da Mata mineira, encontrou 91 espécies. As altas frequências de espécies que têm suas fontes de propágulos dispersadas por animais (67%) são comumente encontradas nas florestas em ambientes tropicais, sendo importantes recursos para a sobrevivência de animais (KARR et al., 1990). Esses resultados indicam que a comunidade apresenta características semelhantes às demais florestas estacionais semideciduais estudadas (DIAS-NETO et al., 2009; VALE et al., 2009; PEREIRA et al.; 2006). A caracterização das espécies em grupos funcionais, de acordo com as características ecológicas e silviculturais, é importante para a determinação das espécies que possui características potencialmente facilitadoras de sucessão. Estas características são fundamentais em áreas degradadas pela mineração, pois estes locais encontram-se com solos em condições físicas, químicas e ou biológicas alteradas (PEREIRA et al., 2010). CONCLUSÕES A avaliação da flora arbustiva-arbórea dos compartimentos foi essencial para o conhecimento das possíveis espécies a serem utilizadas na revegetação de áreas degradadas por mineração de ferro em ecossistemas congêneres. A partir das características ecológicas das espécies é possível definir grupos funcionais que poderão ser utilizados na recuperação de áreas degradadas. ABSTRACT: The objective of this study was to evaluate the tree flora in a fragment of semi deciduous forest in the region of the Espinhaço, with aim to propose species for restoration of areas degraded by mining exploitation of iron in similar ecosystems. The inventory floristic and structural of vegetation of shrubs and trees was conducted in September 2007, by the quadrants-point method according to the method of minimum distances, whose inclusion criterion of the stem above the height 1.3 m. The individual were stratified into adults (DBH ≥ 5.0 cm) and juvenile (DBH <5.0 cm). We sampled 90 points, which were identified 94 species, 70 genera and 32 families. For the diversity index of Shannon, values presented for each layer were 3.96 nats.ind -1 and 3.94 nats.ind -1 , and equability of Pielou were 0.896 and 0.938, respectively for layer juvenile and adult. Families that stood out by the number of species were Myrtaceae (17), Fabaceae (12), Rubiaceae (8), Euphrobiaceae (6), Sapindaceae (5) and Lauraceae (5). For the recovery area were selected seven groups of species that will be used for recuperation of degraded areas. The characteristics of the species were sufficient for the definition of functional groups that can be used in recuperation of degraded areas. KEYWORDS: Environmental restoration. Planting models. Functional groups and ecological succession REFERÊNCIAS APG III - An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants. Botanical Journal of the Linnean Society, Londres, v. 161, p. 105–121. With 1 figure, 2009. 293 Espécies potenciais... MEIRA JUNIOR, M. S. et al. Biosci. 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