Microsoft Word - 11-590OK.doc Original Article Biosci. J., Uberlândia, v. 23, n. 2, p. 88-95, Apr./June 2007 88 INCIDÊNCIA E SEVERIDADE DE SEPTORIOSE (Septoria passiflorae SYDOW) EM MUDAS DE 48 GENÓTIPOS DE MARACUJAZEIRO AZEDO, SOB CASA DE VEGETAÇÃO NO DISTRITO FEDERAL INCIDENCE AND SEVERITY OF SEPTORIOSIS (Septoria passiflorae) IN SEEDLING OF 48 GENOTYPES OF PASSIONFRUIT (PASSIFLORA EDULIS F. FLAVICARPA) GROWING IN GREENHOUSE AT DISTRITO FEDERAL Paulo Afonso de Oliveira BUENO1; José Ricardo PEIXOTO1, Nilton Tadeu Vilela JUNQUEIRA2, Jean Kleber de Abreu MATTOS1 1. Professor, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade de Brasília-UnB. peixoto@unb.br ; 2. Pesquisador, Embrapa Cerrados. RESUMO: O maracujazeiro é atacado por diversos patógenos, entre eles o fungo Septoria passiflorae, causador da septoriose. Objetivando-se analisar a reação de genótipos de maracujá azedo a septoriose, foi conduzido um experimento com mudas, em casa de vegetação, na Estação Biológica da Universidade de Brasília, em blocos casualizados com quatro repetições e 6 plantas por parcela, testando-se 48 genótipos. A inoculação do patógeno foi feita por aspersão na planta com, suspensão contendo concentração de 5,0 x 106 esporos/ml, produzidos em meio de cultura. Foram feitas duas avaliações, com intervalos de 25 dias. As plantas foram avaliadas de acordo com a escala de notas de 1 a 4, sendo 1 para Plantas sem sintomas; 2 – Lesões esparsas nas folhas; 3 – Lesões coalescendo tomando mais de 25 % do limbo foliar; 4 – Planta com desfolha. Houve diferenças significativas entre os genótipos para todos os parâmetros avaliados. Destacaram- se os genótipos MAR 20-09, MAR 20-53 e MAR 20-60, como mais resistentes a septoriose em condições de cultivo protegido, enquanto os genótipos MAR 20-43, MAR 20-39 e MAR 20-01 foram os mais suscetíveis. PALAVRAS CHAVE: Septoria passiflorae. Passiflora edulis. Resistência. Genótipos. INTRODUÇÃO A ocorrência de doenças em plantas de cultivos comerciais traz prejuízos aos produtores e comerciantes, pois afetam o desenvolvimento da planta e sua produtividade, qualidade dos frutos, além de reduzir a vida útil das lavouras (LIBERATO; COSTA, 2001). Trabalhos de pesquisa visando resistência das plantas a diversos patógenos têm sido feitos para o controle das doenças, no entanto estes são insuficientes (NASCIMENTO, 2003; KUDO, 2004). Os fungos provocam doenças desde a fase de sementeira até a fase adulta, prejudicando raízes, folhas, caule, flores e frutos. Patógenos que causam doença no campo também são responsáveis por perdas durante o armazenamento, transporte e comercialização. A grande variabilidade genética do gênero Passiflora daria condições às pesquisas no lançamento de variedades com tolerância ou resistência aos patógenos. Cabe ainda destacar duas características relevantes sobre o maracujazeiro que fazem com que o Brasil disponha de grande fonte de germoplasma para o melhoramento genético: como centro de origem de cerca de 150 espécies de Passiflora e maior centro de distribuição geográfico do gênero (CRONQUIST, 1981), o maracujazeiro é uma planta essencialmente alógama e com alto grau de auto-incompatibilidade, o que favorece a obtenção de novos genótipos e fontes de resistência (EL-MOOR, 2002). Das enfermidades que atacam o maracujazeiro, as fúngicas são as mais abrangentes, pois existem vários fungos patogênicos ao maracujá. As doenças que ocorrem na cultura do maracujá podem ocasionar grandes danos, tanto no aspecto qualitativo como quantitativo. A septoriose é uma doença que ocorre em todas as regiões produtoras do Brasil, no entanto não tem expressão econômica, pois pode causar danos sérios apenas esporadicamente, segundo Dias (2000). O fungo Septoria passiflorae é o agente causal da septoriose em maracujazeiro. Na região dos cerrados é considerada uma importante doença em pomares de maracujá azedo (NASCIMENTO et al., 2000). Em trabalho desenvolvido por Pinto (2002) em casa de vegetação foi relatado que o ritmo de crescimento do fungo é rápido, aliado à sua grande facilidade de disseminação, e que o período de maior porcentagem de desfolha ocorreu entre o sétimo e o décimo quarto dia após a inoculação. Dados disponíveis sobre a epidemiologia da Received: 17/10/06 Accepted: 20/12/06 Incidência e severidade… BUENO, P. A. O. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 23, n. 2, p. 88-95, Apr./June 2007 89 doença são ainda incipientes, havendo então a necessidade de estudos mais aprofundados. Os primeiros sintomas aparecem nas folhas como necrose com cerca de 3 a 5 mm de diâmetro, em formatos circulares ou levemente angulados, com conspícua coroa amarelada. Na superfície da lesão, com a ajuda de uma lente, percebem-se numerosas pontuações escuras e salientes, os picnídios do patógeno. Como conseqüência as folhas, tornam-se enrugadas, segundo Low (1941), citado por Medina (1980) e Yamashiro (1987), secam e desprendem-se das plantas com facilidade. Com o desenvolvimento da doença, as lesões nas folhas adquirem um halo com contorno amarelado (DIAS, 1990). Apenas uma única lesão por folha pode ocasionar a queda desta. A desfolha intensa pode também levar à queda dos frutos ainda verdes ou então à infecção destes pelo fungo, que pode ocorrer em qualquer estádio de desenvolvimento. São produzidas nos frutos infectados lesões pardo-claras, com halo esverdeado, medindo até 3mm de diâmetro, as quais podem coalescer e cobrir áreas extensas do fruto, levando ao desenvolvimento ou amadurecimento irregular. Além disso, as lesões de septoriose podem favorecer o desenvolvimento da antracnose e podridão de Botryodiplodia (NASCIMENTO et al., 2000). Para o controle da septoriose, recomendam- se algumas práticas tais como: Plantio em fileiras; poda de limpeza, visando o arejamento e penetração da luz solar; e pulverização preventiva com fungicidas. O uso de genótipos resistentes ainda não é possível devido à falta de fontes conhecidas de resistência ao fungo Septoria passiflorae, contudo a grande variabilidade genética existente entre genótipos de maracujazeiro, a obtenção de cultivares resistentes ou tolerantes constitui um campo de pesquisas muito promissor. Pinto (2002), em trabalho realizado visando à obtenção de genótipos resistentes a septoriose, relatou que alguns indivíduos dos genótipos avaliados apresentaram resistência, mas devido ao fato de se tratarem de resultados preliminares, novos ciclos de seleção ainda deverão ser feitos para confirmar tais dados. O objetivo desse trabalho foi avaliar a reação de 48 genótipos de maracujazeiro azedo (Passiflora edulis) ao fungo fitopatogênico Septoria passiflorae Sydow sob casa-de- vegetação, no Distrito Federal. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi conduzido em casa de vegetação, na Estação Biológica da Universidade de Brasília – UnB, com temperaturas oscilando entre 26 e 32o C. O delineamento utilizado foi em blocos casualizados com 4 repetições e 6 plantas por parcela, em esquema de parcela subdividida, sendo as parcelas formadas por duas épocas de avaliação e as subparcelas formadas por 48 materiais, selecionados (seleção massal) de nove genótipos superiores: Maguary Mesa 1; Maguary Mesa 2; Havaiano; Marília Seleção Cerrado –MSC; Seleção DF; EC-2-O; F1 (Marília x Roxo Australiano); F1 (Roxo Fiji x Marília) e RC1 [F1 (Marília x Roxo Australiano) x Marília(pai recorrente)]. Os genótipos utilizados foram: MAR 20- 01, MAR 20-03, MAR 20-05, MAR 20-07, MAR 20-08, MAR 20-09, MAR 20-10, MAR 20-11, MAR 20-12, MAR 20-14, MAR 20-16, MAR 20-19, MAR 20-21, MAR 20-22, MAR 20-27, MAR 20-28, MAR 20-31, MAR 20-32, MAR 20-33, MAR 20-36, MAR 20-38, MAR 20-39, MAR 20-42, MAR 20-43, MAR 20-44, MAR 20-45, MAR 20-46, MAR 20-47, MAR 20-48, MAR 20-49, MAR 20-50, MAR 20-51, MAR 20-52, MAR 20-53, MAR 20-54 MAR 20-55, MAR 20-56, MAR 20-57, MAR 20-58, MAR 20-60, Maguary Mesa 1, Porto Rico, Marília Seleção Cerrado (MSC), F1 (Roxo Fiji x Marília), EC–2-0 , HAVAIANO, IAC 273, IAC, HÍBRIDO F1 Os genótipos foram obtidos a partir de trabalhos de pesquisa desenvolvidos pela EMBRAPA-Cerrados e Universidade de Brasília – UnB, considerando os aspectos de produtividade, resistência aos principais patógenos e qualidade dos frutos. A semeadura foi feita em bandejas de poliestireno expandido de 72 células (120 ml/célula). Foram colocadas de 3 a 4 sementes por célula. As mudas foram repicadas com 43 dias para outras bandejas de poliestireno, com apenas 1 muda por célula. Após 8 e 22 dias, respectivamente da repicagem foram realizadas adubações de cobertura com sulfato de amônia, na proporção de 0,1 g/planta. Quando as plantas apresentaram de 7 a 9 folhas foram inoculadas com uma suspensão contendo esporos do patógeno na concentração de 5,0 X 106/ml. A inoculação foi feita aspergindo-se a suspensão nas folhas das plantas. Foi utilizado o isolado de Brasília. O fungo foi multiplicado em placas de Petri contendo aproximadamente 20ml de BDA - Batata Dextrose Agar. A partir da Incidência e severidade… BUENO, P. A. O. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 23, n. 2, p. 88-95, Apr./June 2007 90 inoculação, as bandejas permaneceram em câmara úmida na estufa por 3 dias. Foram realizadas 2 avaliações, a primeira com 25 dias após inoculação, e a segunda após 50 dias da inoculação. Foram utilizados 4 parâmetros de avaliação dos genótipos, em escala de notas para percentual de severidade e incidência, de folhas e plantas. As mesmas foram avaliadas de acordo com escala de notas proposta por Dias (1999), com adaptações: 1 – Plantas sem sintomas; 2 – Lesões esparsas nas folhas; 3 – Lesões coalescendo tomando mais de 25 % do limbo foliar; 4 – Planta com desfolha. Ao adotar a escala verificou-se que dificilmente as mudas apresentavam lesões coalescendo e tomando mais de 50% do limbo foliar, já que as folhas caiam antes de atingir este valor. Por esse motivo atribuiu-se à nota 2 para lesões coalescendo tomando mais de 25% do limbo foliar. Estabelecida esta escala de notas, considerou-se como resistente (R) as plantas com notas até 1,00; moderadamente resistentes (MR) as plantas com notas entre 1,01 até 2,00; suscetível ( S ) as plantas com notas entre 2,01 e 3,00 e altamente suscetível ( AS ) as plantas com notas entre 3,01 e 4,00. Os dados coletados foram submetidos à análise de variância, utilizando-se o teste F ao nível de 5% de probabilidade. As médias foram comparadas entre si pelo Teste de Duncan ao nível de 5 %. Foi feita ainda análise de correlação linear entre as características avaliadas. Também foram feitas análises de correlação entre todos as variáveis avaliadas, baseando-se na significância de seus coeficientes. A classificação de intensidade da correlação para p ≤ 0,01, considerou muito forte (r ± 0,91 a ± 1,00), forte (r ± 0,71 a ± 0,90), média (r ± 0,51 a ± 0,70) e fraca (r ± 0,31 a ± 0,50), de acordo com Gonçalves e Gonçalves (1985), citado por Guerra e Livera (1999). RESULTADOS E DISCUSSÃO Os 48 genótipos analisados apresentaram diferença significativa quando avaliada a severidade, a incidência nas folhas e sobrevivência em duas épocas diferentes, mas não foram significativos quando comparadas às incidências nas plantas em 25 e 50 dias (Tabela 1). Pelo teste de Duncan (Tabela 2), os genótipos foram separados em 11 diferentes grupos de médias, quando analisadas para severidade; 8 grupos para incidência na folha, e apenas 3 grupos de notas para sobrevivência de plantas. A incidência em plantas não apresentou diferença significativa e, portanto todos os genótipos enquadraram-se no mesmo grupo de notas médias. Analisando a interação genótipos versus época, a incidência não apresentou diferenças quando comparadas duas épocas distintas de avaliação após a inoculação (25 e 50 dias). Os genótipos não apresentaram diferenças significativas quanto à incidência (folhas), quando avaliados aos 25 dias após a inoculação, uma vez que, houve uma intensa desfolha, presumivelmente, em função do mecanismo de hipersensibilidade. Na avaliação realizada aos 50 dias após a inoculação, verifica-se nitidamente que os genótipos foram bem diferenciados, havendo separação em 24 diferentes grupos de médias pelo teste de Duncan (Tabelas 3 e 4). Assim como a incidência nas folhas, a incidência nas plantas não apresentou diferenças entre os 48 genótipos estudados aos 25 dias decorridos do plantio, mas significativa aos 50 dias, apresentando também 24 grupos com diferentes médias pelo teste de Duncan. A sobrevivência das plantas só foi significativa aos 50 dias, quando houve 8 grupos com diferentes médias (Tabela 4). Conforme metodologia de avaliação proposta por Dias (1999), com adaptações, os genótipos foram altamente suscetíveis (AS) quanto ao grau de resistência para severidade aos 25 dias e suscetíveis (S) aos 50 dias, sendo na média geral, todos os genótipos altamente suscetíveis (AS) (Tabela 4). A severidade média (Tabela 5) apresentou diferença significativa quando comparados os genótipos, houve 5 grupos para diferentes médias. Houve correlação positiva para as quatro características avaliadas assim descrito na tabela 2. Em geralmente as correlações estiveram abaixo de 0,50, indicando serem, em sua maioria fracas para as diversas características entre si (Tabela 2). Pinto (2002), avaliando os mesmos genótipos também em casa de vegetação, em seis avaliações diferentes encontrou maior resistência para MAR 20-50, EC-2-0 e Mesa 01. Os genótipos mais suscetíveis a septoriose, segundo a autora, foram MAR 20-28, MAR 20-39 e MAR 20-58. Houve diferença estatística para porcentagem de desfolha quando comparadas diferentes épocas, sendo o genótipo MAR 20-50 o que apresentou melhores resultados, enquanto o MAR 20-53 foi o mais suscetível à desfolha. Incidência e severidade… BUENO, P. A. O. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 23, n. 2, p. 88-95, Apr./June 2007 91 Kudo (2004) avaliou diferentes concentrações de inóculo de Septoria passiflorae em maracujazeiro azedo e constatou que houve efeito significativo para os parâmetros avaliados. Para a severidade e desfolha houve significativo efeito da época, da concentração, do genótipo e das interações: época vs concentração e concentração vs genótipo. Para incidência houve efeito de época, de concentração e das interações: época vs concentração e concentração vs genótipo. Segundo a mesma autora a concentração que causou maiores variações significativas de severidade e incidência foi 105 conídios/ml contra 106 e 104. Os genótipos mais suscetíveis foram MAR 20-31, MAR 20-45 e MAR 20-32. Oliveira (2001) estudando os mesmos materiais, porém sob condições de campo aberto (inoculo natural), observou que as cultivares Marília Seleção Cerrado (MSC) e IAC-273, demonstraram maior tolerância a septoriose. Miranda (2004), trabalhando com a maioria dos materiais desse experimento, em condições de campo, destacou os mais tolerantes a septoriose os genótipos MAR 20-36 e MAR 20-06 e MAR 20- 31, e os mais suscetíveis MAR 20-08, MAR 20-35 e MAR 20-12, porém todos apresentaram 100% de incidência. Nascimento (2003), também trabalhando em condições de campo, verificou alta incidência de septoriose. A mesma autora observou que diferentes doses de potássio não influenciaram a severidade e incidência de septoriose em maracujazeiro. Tabela 1. Severidade, incidência (folha e planta) e % de plantas sobreviventes a Septoria passiflorae em genótipos de maracujazeiro azedo, cultivados no Distrito Federal, em duas épocas de avaliação. FAV/UnB, 2004. Épocas Severidade Incidência (folha) Incidência (planta) Sobrevivência 25 dias 3,981 a 99,938 a 100,000 a 95,218 a 50 dias 2,478 b 57,852 b 98,890 a 84,445 b Tabela 2: Matriz de correlação linear para severidade, incidência na folha, incidência na planta e sobrevivência. Épocas Incidência na Folha Incidência na Planta Sobrevivência Severidade 0,203 0,202 0,365 Incidência na folha - 0,202 0,376 Incidência na planta - - 0,145 Sobrevivência - - - Tabela 3. Severidade média da 1a e 2a avaliações, incidência (folha e planta) e % de plantas sobreviventes a Septoria passiflorae em genótipos de maracujazeiro azedo, cultivados no Distrito Federal. FAV/UnB, 2004. Nome Severidade Incidência (folha) Incidência (planta) Sobrevivência (%) MAR 20–43 3,421 a 81,91 abcde 100,00 a 89,58 abc MAR 20–39 3,398 ab 84,81 a 100,00 a 92,92 abc MAR 20-01 3,380 abc 83,91 ab 100,00 a 86,25 abcd MAR 20-51 3,366 abcd 81,89 abcde 100,00 a 90,83 abc MAR 20-03 3,365 abcd 82,57 abc 100,00 a 89,17 abc MAR 20-55 3,360 abcd 83,27 ab 100,00 a 80,00 cd IAC-273 3,355 abcd 82,67 ab 100,00 a 100,00 a MAR 20-50 3,342 abcd 82,44 abcd 95,88 a 70,83 d MAR 20-08 3,326 abcd 82,89 ab 100,00 a 92,30 abc MAR 20-22 3,316 abcd 83,57 ab 100,00 a 90,21 abc EC-2-0 3,313 abcd 80,64 abcde 100,00 a 93,75 abc MAR 20-33 3,307 abcd 81,16 abcde 100,00 a 88,54 abc MAR 20-05 3,301 abcd 81,36 abcde 100,00 a 91,25 abc MAR 20-54 3,295 abcde 80,73 abcde 100,00 a 86,67 abc MAR 20-12 3,286 abcde 80,67 abcde 100,00 a 82,92 abcd Continua... Incidência e severidade… BUENO, P. A. O. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 23, n. 2, p. 88-95, Apr./June 2007 92 MAR 20-07 3,280 abcde 80,79 abcde 100,00 a 92,92 abc MAR 20-44 3,277 abcde 80,23 abcde 100,00 a 90,83 abc Marília Seleção Cerrado 3,275 abcde 79,09 abcdef 100,00 a 87,50 abc MAR 20-10 3,273 abcde 78,08 abcdefgh 100,00 a 86,25 abc POR RICO 3,270 abcde 79,34 abcdef 100,00 a 97,92 ab MAR 20-57 3,261 abcde 81,81 abcde 100,00 a 95,42 abc MAR 20-27 3,240 abcde 80,59 abcde 100,00 a 84,58 abcd MAR 20-31 3,236 abcde 79,09 abcdef 100,00 a 93,33 abc MAR 20-49 3,230 abcde 77,43 abcdefgh 100,00 a 78,33 cd MAR 20-19 3,227 abcde 77,81 abcdefgh 100,00 a 100,00 a MAR 20-46 3,223 abcde 78,77 abcdefg 100,00 a 93,33 abc MAR 20-52 3,221 abcde 81,03 abcde 100,00 a 91,67 abc MAR 20-48 3,216 abcde 79,02 abcdef 100,00 a 97,92 ab MAR 20-45 3,211 abcde 76,87 abcdefgh 100,00 a 86,67 abc F1 (Roxo Fiji x Marília) 3,207 abcde 79,27 abcdef 100,00 a 84,38 abcd MAR 20-38 3,200 abcde 76,33 bcdefgh 97,50 a 93,75 abc MAR 20-28 3,198 abcde 78,57 abcdefg 100,00 a 84,17 abcd HAVAIANO 3,196 abcde 78,77 abcdefg 100,00 a 90,42 abc MESA 1 3,191 abcde 79,85 abcde 97,50 a 89,58 abc MAR 20-47 3,176 abcde 78,57 abcdefg 100,00 a 83,33 abcd MAR 20-11 3,176 abcde 76,48 bcdefgh 100,00 a 93,33 abc HIBRIDO 3,172 abcde 74,33 defgh 100,00 a 89,59 abc MAR 20-32 3,166 abcdef 75,92 bcdefgh 97,50 a 91,67 abc MAR 20-58 3,162 abcdef 75,78 bcdefgh 97,92 a 97,92 ab MAR 20-36 3.146 abcdef 77,15 abcdefgh 100,00 a 91,67 abc MAR 20-21 3.138 abcdef 74,38 cdefgh 96,88 a 93,75 abc MAR 20-42 3.118 bcdef 77,32 abcdefgh 95,84 a 90,63 abc MAR 20-56 3.106 cdef 75,64 bcdefgh 97,50 a 92,92 abc MAR 20-14 3.081 def 71,34 fgh 100,00 a 97,92 ab MAR 20-09 3.081 def 73,71 efgh 96,88 a 91,25 abc MAR 20-60 3.020 ef 70,55 h 100,00 a 80,83 bcd MAR 20-16 3.016 ef 77,64 abcdefgh 100,00 a 81,67 bcd MAR 20-53 2.910 f 71,01 gh 100,00 a 91,25 abc Médias seguidas pelas mesmas letras não diferem, estatisticamente entre si, pelo teste de Duncan, ao nível de 5% de probabilidade. Tabela 4. Severidade e incidência (folha) de Septoria passiflorae em genótipos de maracujazeiro azedo, avaliados em duas épocas. FAV/UnB, 2004. Genótipo Severidade (1a avaliação) Severidade (2a avaliação) Incidência (Folha) (1a avaliação) Incidência (Folha) (2a avaliação) MAR 20-39 4,00 a 2,80 a 100,000 69,62 a MAR 20-01 4,00 a 2,76 a 100,000 67,82 ab MAR 20-22 4,00 a 2,63 a 100,000 67,14 abc MAR 20-55 4,00 a 2,72 a 100,000 66,55 abcd MAR 20-08 4,00 a 2,65 a 100,000 65,77 abcde IAC-273 4,00 a 2,71 a 100,000 65,34 abcde MAR 20-50 3,91 a 2,77 a 99,549 65,32 abcde MAR 20-03 3,99 a 2,16 a 100,000 65,14 abcdef MAR 20-43 4,00 a 2,84 a 100,000 63,81 abcdefg MAR 20-51 4,00 a 2,73 a 100,000 63,77 abcdefg MAR 20-57 4,00 a 2,52 a 100,000 63,61 abcdefg MAR 20-05 4,00 a 2,60 a 100,000 62,72 abcdefgh MAR 20-33 4,00 a 2,62 a 100,000 62,33 abcdefgh MAR 20-52 3,96 a 2,49 a 100,000 62,05 abcdefgh MAR 20-07 4,00 a 2,56 a 100,000 61,57 abcdefgh MAR 20-54 3,98 a 2,61 a 100,000 61,46 abcdefgh Continua... Incidência e severidade… BUENO, P. A. O. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 23, n. 2, p. 88-95, Apr./June 2007 93 MAR 20-12 4,00 a 2,57 a 100,000 61,34 abcdefgh EC-2-0 3,98 a 2,65 a 100,000 61,27 abcdefgh MAR 20-27 4,00 a 2,48 a 100,000 61,17 abcdefgh MAR 20-44 4,00 a 2,56 a 100,000 60,45 abcdefgh MESA 1 4,00 a 2,38 a 100,000 59,70 abcdefghi POR RICO 4,00 a 2,54 a 100,000 58,68 abcdefghij ROX x MA 4,00 a 2,42 a 100,000 58,53 abcdefghij MAR 20-31 4,00 a 2,47 a 100,000 58,18 bcdefghij Marília Seleção Cerrado 4,00 a 2,55 a 100,000 58,17 bcdefghij MAR 20-48 4,00 a 2,43 a 100,000 58,04 bcdefghij HAVAIANO 3,98 a 2,41 a 100,000 57,55 bcdefghij MAR 20-46 3,98 a 2,47 a 100,000 57,53 bcdefghij Mar 20-28 4,00 a 2,40 a 100,000 57,14 bcdefghij MAR 20-47 3,98 a 2,37 a 100,000 57,14 bcdefghij MAR 20-10 4,00 a 2,55 a 100,000 56,16 cdefghij MAR 20-19 4,00 a 2,46 a 100,000 55,62 defghij MAR 20-16 3,73 a 2,30 a 100,000 55,28 defghijk MAR 20-49 3,99 a 2,47 a 100,000 54,87 efghijk MAR 20-42 3,97 a 2,27 a 100,000 54,37 efghijk MAR 20-36 4,00 a 2,29 a 100,000 54,30 efghijk MAR 20-45 4,00 a 2,42 a 100,000 53,74 fghijk MAR 20-11 3,95 a 2,41 a 100,000 52,96 ghijkl MAR 20-38 4,00 a 2,40 a 100,000 52,67 ghijkl MAR 20-32 3,99 a 3,53 a 100,000 51,83 hijkl MAR 20-58 3,98 a 2,34 a 100,000 51,56 hijkl MAR 20-56 4,00 a 2,23 a 100,000 51,28 hijklm Mar 20-21 4,00 a 2,78 a 100,000 48,76 ijklm HIBRIDO 4,00 a 2,35 a 100,000 48,66 ijklm MAR 20-09 4,00 a 2,16 a 100,000 47,41 jklm MAR 20-53 3,77 a 2,06 a 97,500 44,52 klm MAR 20-14 4,00 a 2,16 a 100,000 42,67 lm MAR 20-60 4,00 a 2,04 a 100,000 41,09 m Médias seguidas pelas mesmas letras não diferem, estatisticamente entre si, pelo teste de Duncan, ao nível de 5% de probabilidade. Tabela 5. Grau de resistência dos genótipos de maracujazeiro azedo a Septoria passiflorae em duas épocas de avaliação. FAV/UnB, 2004. Genótipos Severidade média Grau de Resistência Severidade (1a avaliação) Grau de Resistência Severidade (2aavaliação) Grau de Resistência MAR 20–43 3.421 a AS 4,00 a AS 2,84 a S MAR 20–39 3.398 ab AS 4,00 a AS 2,80 a S MAR 20-01 3.380 abc AS 4,00 a AS 2,76 a S MAR 20-51 3.366 abcd AS 4,00 a AS 2,73 a S MAR 20-03 3.365 abcd AS 3,99 a AS 2,16 a S MAR 20-55 3.360 abcd AS 4,00 a AS 2,72 a S IAC-273 3.355 abcd AS 4,00 a AS 2,71 a S MAR 20-50 3.342 abcd AS 3,91 a AS 2,77 a S MAR 20-08 3.326 abcd AS 4,00 a AS 2,65 a S MAR 20-22 3.316 abcd AS 4,00 a AS 2,63 a S EC-2-0 3.313 abcd AS 3,98 a AS 2,65 a S MAR 20-33 3.307 abcd AS 4,00 a AS 2,62 a S MAR 20-05 3.301 abcd AS 4,00 a AS 2,60 a S MAR 20-54 3.295 abcde AS 3,98 a AS 2,61 a S MAR 20-12 3.286 abcde AS 4,00 a AS 2,57 a S MAR 20-07 3.280 abcde AS 4,00 a AS 2,56 a S Continua... Incidência e severidade… BUENO, P. A. O. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 23, n. 2, p. 88-95, Apr./June 2007 94 MAR 20-44 3.277 abcde AS 4,00 a AS 2,56 a S Marília Seleção Cerrado 3.275 abcde AS 4,00 a AS 2,55 a S MAR 20-10 3.273 abcde AS 4,00 a AS 2,55 a S POR RICO 3.270 abcde AS 4,00 a AS 2,54 a S MAR 20-57 3.261 abcde AS 4,00 a AS 2,52 a S MAR 20-27 3.240 abcde AS 4,00 a AS 2,48 a S MAR 20-31 3.236 abcde AS 4,00 a AS 2,47 a S MAR 20-49 3.230 abcde AS 3,99 a AS 2,47 a S MAR 20-19 3.227 abcde AS 4,00 a AS 2,46 a S MAR 20-46 3.223 abcde AS 3,98 a AS 2,47 a S MAR 20-52 3.221 abcde AS 3,96 a AS 2,49 a S MAR 20-48 3.216 abcde AS 4,00 a AS 2,43 a S MAR 20-45 3.211 abcde AS 4,00 a AS 2,42 a S ROX x MA 3.207 abcde AS 4,00 a AS 2,42 a S MAR 20-38 3.200 abcde AS 4,00 a AS 2,40 a S MAR 20-28 3.198 abcde AS 4,00 a AS 2,40 a S HAVAIANO 3.196 abcde AS 3,98 a AS 2,41 a S MESA 1 3.191 abcde AS 4,00 a AS 2,38 a S MAR 20-47 3.176 abcde AS 3,98 a AS 2,37 a S MAR 20-11 3.176 abcde AS 3,95 a AS 2,41 a S HIBRIDO 3.172 abcde AS 4,00 a AS 2,35 a S MAR 20-32 3.166 abcdef AS 3,99 a AS 3,53 a S MAR 20-58 3.162 abcdef AS 3,98 a AS 2,34 a S MAR 20-36 3.146 abcdef AS 4,00 a AS 2,29 a S MAR 20-21 3.138 abcdef AS 4,00 a AS 2,78 a S MAR 20-42 3.118 bcdef AS 3,97 a AS 2,27 a S MAR 20-56 3.106 cdef AS 4,00 a AS 2,23 a S MAR 20-14 3.081 def AS 4,00 a AS 2,16 a S MAR 20-09 3.081 def AS 4,00 a AS 2,16 a S MAR 20-60 3.020 ef AS 4,00 a AS 2,04 a S MAR 20-16 3.016 ef AS 3,73 a AS 2,30 a S MAR 20-53 2.910 f S 3,77 a AS 2,06 a S Médias seguidas pelas mesmas letras não diferem, estatisticamente entre si, pelo teste de Duncan, ao nível de 5% de probabilidade. CONCLUSÕES Não foram obtidos genótipos resistentes, entretanto, os genótipos MAR 20-16, MAR 20-53 e MAR 20-60, foram considerados menos suscetíveis à septoriose em condições de cultivo protegido. Os genótipos mais suscetíveis foram MAR 20-01, MAR 20-39 e MAR 20-43, sendo considerados altamente suscetíveis. ABSTRACT: Passionfruit is affected by many diseases caused by pathogenic fungi. One of them is Septoria passiflorae, causing septoriosis. In order to evaluate the reaction of Passionfruit genotypes to septoriosis, an essay was carried out in greenhouse conditions in the experimental station of Universidade de Brasília. It was designed by randomized blocks with four replications and six plants per plot. A number of 48 genotypes were tested. The inoculation was done by spraying a suspension of conidia at 5,0 x106 spores/ml. Six evaluations were done, at 7 days intervals. The scores were done using a lesion scale graded from 1 to 4, 1- no visual disease, 2-spread lesions on the leaves, 3- coalescent lesions with more than 25% of leaf surface, 4-falling leaves. The plants had small significant differences between the averages of grades, so there was little reduction of grades from first to second evaluation time (50 days), probably by the increase of leaf area. The genotypes MAR 20-09, MAR 20-53 and MAR 20-60, were considered resistant to septoriosis at greenhouse conditions, and the MAR 20-43, MAR 20-39 e MAR 20-01 were more susceptible. KEYWORDS: Septoria passiflora. Passiflora eduli. Resistance. Genotypes. Incidência e severidade… BUENO, P. A. O. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 23, n. 2, p. 88-95, Apr./June 2007 95 REFERÊNCIAS CRONQUIST, Arthur de. An integrated system of classification of flowering plants. New York: Columbia University Press, 1981. 519p. DIAS, M.S. C. Principais doenças fúngicas e bacterianas do maracujazeiro. 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