BIOSCIENCE V.22 N.2 2006 Original Article 97 A AVIFAUNA NO PARQUE MUNICIPAL SANTA LUZIA, ZONA URBANA DE UBERLÂNDIA, MINAS GERAIS THE AVIFAUNA IN THE SANTA LUZIA MUNICIPAL PARK, URBAN ZONE OF THE MUNICIPALITY OF UBERLÂNDIA, STATE OF MINAS GERAIS Rafael Martins VALADÃO1; Oswaldo MARÇAL JÚNIOR2; Alexandre Gabriel FRANCHIN3 RESUMO: Este trabalho teve como objetivo avaliar a composição da avifauna no Parque Municipal Santa Luzia (cerca de 28 hectares). O Parque está localizado na periferia de Uberlândia (MG), que possui um fragmento de mata de galeria associado a uma vereda. A comunidade de aves foi estudada de agosto de 2004 a agosto de 2005, com duas visitas mensais, do alvorecer até quatro horas depois, totalizando 104 horas de observações. Foram realizados registros visuais e/ou acústicos. Um total de 130 espécies (16 ordens, 39 famílias e 117 gêneros) foi registrado, sendo cinco delas endêmicas do Cerrado: Antilophia galeata, Basileuterus leucophrys, Cyanocorax cristatellus, Hylocryptus rectirostris e Herpsilochmus longirostris. A maioria das aves (90%) foi classificada como residente e provável residente. Insetívoros (n = 45) e onívoros (n = 41) foram grupos predominantes. Os resultados mostram que o Parque Municipal Santa Luzia apresenta uma avifauna rica, que inclui não apenas aves comuns na área urbana, mas também espécies endêmicas do Cerrado, demonstrando sua importância para a conservação da avifauna. PALAVRAS-CHAVE: Aves. Cerrado. Parques urbanos. Ecologia urbana. Ecossistema urbano. 1 Acadêmico do Curso de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Uberlândia, UFU. Bolsista IC/PIBIC/CNPq. 2 Professor Adjunto, Doutor, Laboratório de Ornitologia e Bioacústica, Instituto de Biologia, UFU. 3 Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação de Recursos Naturais, UFU. Received: 23/08/05 Accept: 22/11/05 INTRODUÇÃO A avifauna no cerrado é representada por 837 espécies (ANDRADE, 1997; MARINI, 2001). A heterogeneidade ambiental desse bioma, que inclui formações campestres, savânicas e florestais, favorece o estabelecimento e a manutenção de tamanha riqueza de espécies de aves. Segundo Silva (1997), o baixo endemismo de aves no Cerrado (32 espécies) pode ser explicado pela sua interconexão com os demais biomas brasileiros, o que dificultaria o processo de especiação. O Cerrado é um bioma de grande valor biológico, sendo uma das áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade (HORTA et al., 2002; MYERS et al., 2000). Nos últimos anos tem havido uma intensa substituição das áreas de vegetação nativa do Cerrado por zonas urbanas, áreas de agricultura, pastagens e reflorestamentos com espécies vegetais exóticas (MACHADO; LAMAS, 1996). No entorno de Uberlândia, as áreas de vegetação nativa foram fortemente desmatadas, restando apenas fragmentos com evidente redução da fauna (MARINI, 1996; 2001). A fragmentação de áreas naturais diminui a qualidade e a quantidade de recursos disponíveis, fazendo com que muitas espécies animais silvestres busquem refúgio, abrigo, alimentação, locais para nidificação e poleiros em praças, parques e jardins botânicos (FRANCHIN; MARÇAL JÚNIOR, 2004; GAVARESKI, 1976; GILBERT, 1989; MATARAZZO-NEUBERGER, 1995; SOUZA, 1995). Um dos resultados da fragmentação é a perda da riqueza de espécies da avifauna (FAHRIG; MERRIAM, 1994; KATTAN et al., 1994; MACHADO, 2000; TUBELIS; CAVALCANTI, 2000; MARINI, 2001). Aves são consideradas ideais para avaliar os efeitos das pressões ambientais, representadas principalmente pelas atividades agropecuárias (SILVA, 1995), pois são diversificadas e conspícuas, além de se constituírem em indicadores sensíveis da degradação ambiental (ANDRADE, 1997; BLAIR, 1982; CAVALCANTI, 1999; HERMY; CORNELIS, 2000). Biosci. J., Uberlândia, v. 22, n. 2, p. 97-108, May/Aug. 2006 98 Biosci. J., Uberlândia, v. 22, n. 2, p. 97-108, May/Aug. 2006 A avifauna no parque municipal Santa Luzia,... VALADÃO, R. M. et al. Em termos de conservação, é importante que se conheçam as espécies presentes em um dado local e as interações estabelecidas entre elas, uma vez que a integridade do meio é dependente dessa diversidade e do equilíbrio das espécies existentes no ambiente (MACHADO et al., 1998; SICK, 1997; VILLANUEVA; SILVA, 1996). Vários estudos têm sido realizados em Uberlândia, investigando a avifauna no ambiente urbano (FRANCHIN; MARÇAL JÚNIOR, 2002; 2004; FRANCHIN et al., 2004; SIEGLER, 1981; SILVEIRA; CARDOSO; PIMENTA, 1989; PIMENTA, 1993; VALADÃO; FRANCHIN; MARÇAL JÚNIOR, 2006). O presente trabalho objetivou determinar a riqueza avifaunística do Parque Municipal Santa Luzia e analisar a composição da avifauna da área estudada, contribuindo para um maior conhecimento da avifauna da cidade de Uberlândia, para o desenvolvimento de planos de manejo e conservação de espécies, além de fornecer subsídios para futuros projetos de educação ambiental e práticas de ecoturismo no Parque pesquisado. MATERIAL E MÉTODOS Área de estudo O estudo foi desenvolvido no município de Uberlândia, MG, que está inserido no bioma Cerrado “lato senso” (18°52’34'’S-48°15’21'’O), apresentando área de 4.040 km², dos quais 219 km² são de área urbana. A população, de aproximadamente 500.000 habitantes, apresenta elevada concentração urbana, com densidade de 2.232 hab/km² (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE, 2000). A cobertura vegetal da região encontra-se restrita a pequenas reservas isoladas dentro de uma matriz de atividades agropecuárias e reflorestamentos (ARAÚJO et al., 1997). O clima, segundo classificação de Köppen, é do tipo Aw megatérmico com nítida sazonalidade, sendo o período chuvoso de outubro a abril e seco de maio a setembro (ROSA; LIMA; ASSUNÇÃO, 1991). O Parque Municipal Santa Luzia tem área de aproximadamente 28 ha, estando localizado no setor Sul da cidade de Uberlândia, circundado por bairros periféricos. Foi criado pelo decreto nº 7432 no dia 27 de novembro de 1997 com o intuito de servir para lazer, educação ambiental e conservação de recursos naturais (NASCENTES et al., 2002). Sua cobertura vegetal é composta por uma mata de galeria associada a uma vereda e brejos, além de uma lagoa artificial e de uma das nascentes do córrego Lagoinha. Convém ressaltar a proximidade do Parque com outras áreas verdes, com as quais está conectada através da vegetação que margeia o referido córrego. Essa vegetação pode funcionar como corredor ecológico, facilitando o acesso das aves ao local pesquisado. O Parque é recortado por duas ruas, não formando assim uma área contínua e sim três fragmentos. A única edificação presente abriga o Museu de Biodiversidade do Cerrado. Procedimentos A comunidade de aves no Parque Santa Luzia foi estudada no período entre agosto de 2004 e agosto de 2005. Foram realizadas duas visitas mensais, do alvorecer até quatro horas depois, perfazendo um total 104 horas de observações. Foram realizadas caminhadas pelas trilhas existentes no Parque, durante as quais foram realizados registros visuais (binóculo) e/ou acústicos (vocalizações) das espécies de aves presentes. Bibliografia especializada (RIDGELY; TUDOR, 1989; 1994; SICK, 1997; SOUZA, 2002), e gravações (VIELLIARD, 1995a; 1995b; 1999) foram recursos utilizados na identificação das espécies. A nomenclatura e a ordem taxonômica foram estabelecidas de acordo com o Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (COMITÊ BRASILEIRO DE REGISTROS ORNITOLÓGICOS - CBRO, 2005). A Freqüência de Ocorrência (FO) foi calculada para cada espécie de ave, sendo representada pelo número de meses em que cada uma foi registrada sobre o número total de meses investigados. Espécies com FO < 0.15 foram consideradas ocasionais (O); as com FO entre 0.15 e 0.60, prováveis residentes (P); e as com FO > 0.60, residentes (R), de acordo com Mendonça-Lima e Fontana (2000), adaptadas de Argel-de-Oliveira (1995). As guildas alimentares foram estabelecidas a partir das observações de campo e da literatura, sendo consideradas os seguintes tipos de dieta: carnívoro (CAR), detritívoro (DET), frugívoro (FRU), granívoro (GRA), insetívoro (INS), nectarívoro (NEC) e onívoro (ONI) (FRANCHIN; MARÇAL JÚNIOR, 2004; MOTTA-JÚNIOR, 1990; WILLIS, 1979). A ocupação vertical do espaço foi estimada visualmente, por estratificação, sendo classificada de acordo com o ambiente e a altura na qual a ave se encontrava em: 1- epigeu (sobre o solo); 2 - até 0,5 m de altura; 3 – de 0,5 a 2,0 m de altura; 4 - mais de 2,0 metros de altura; e 5 – vôo (categorias adaptadas de MATARAZZO- NEUBERGER, 1995). Aves observadas apenas na superfície da água foram desconsideradas. Para verificar diferenças estatísticas em relação às estações seca e chuvosa, foi aplicado o teste qui- 99 Biosci. J., Uberlândia, v. 22, n. 2, p. 97-108, May/Aug. 2006 A avifauna no parque municipal Santa Luzia,... VALADÃO, R. M. et al. quadrado (χ2), com nível de significância de 0,05 (ZAR, 1999). RESULTADOS E DISCUSSÃO Foram registradas 130 espécies de aves no Parque Santa Luzia, distribuídas em: 16 ordens, 39 famílias e 117 gêneros. Passeriformes foi a ordem mais representativa, com 71 espécies (55% da riqueza avifaunística do Parque). A família com maior número de espécies foi Tyrannidae (n = 23; 18%). Entre os grupos não-passeriformes, destaca-se Ciconiiformes (n = 8; 6%) (Tabela 1). O predomínio de Passeriformes já era esperado, uma vez que 414 das 759 (54,5%) espécies de aves que se reproduzem no Cerrado pertencem a essa ordem (SILVA, 1995). O número relativamente alto de espécies de Ciconiiformes (e.g. garças e socós) se deve, provavelmente, ao fato da área conter diversos ambientes aquáticos, incluindo córrego, lagoa artificial e brejos. Tabela 1. Espécies de aves, registradas no Parque Municipal Santa Luzia (Uberlândia, MG), no período de agosto de 2004 a agosto de 2005. Ordem taxonômica e Nomenclatura seguem as determinações do CBRO (COMITÊ BRASILEIRO DE REGISTROS ORNITOLÓGICOS - CBRO, 2005). Freqüência de Ocorrência: R-residente, P- provável residente, O–ocasional; Ocupação do espaço: 1- superfície do solo; 2 - até 0,5 m de altura; 3 – de 0,5 a 2,0 m de altura; 4 - mais de 2,0 metros de altura; e 5 – em vôo. Dieta: CAR- carnívoro, DET-detritívoro, FRU–frugívoro, GRA-granívoro, INS-insetívoro, NEC-nectarívoro, ONI– onívoro. Táxons Frequência Ocupação ORDEM (-iformes) de do Dieta FAMÍLIA (-idae) Ocorrência Espaço ESPÉCIE Nome científico (“nome popular”) Tinamiformes (1)* Tinamidae (1) Crypturellus undulatus (“jaó”) O Não visto ONI Anseriformes (1) Anatidae (1) Dendrocygna viduata (“irerê”) O 5 ONI Pelecaniformes (1) Anhingidae (1) Anhinga anhinga (“biguatinga”) P 4, 5 CAR Ciconiiformes (8) Ardeidae (6) Nycticorax nycticorax (“garça-da-noite”) O 4, 5 CAR Butorides striatus (“socozinho”) P 1, 2, 5 ONI Bubulcus ibis (“garça-vaqueira”) P 5 INS Syrigma sibilatrix (“maria-faceira”) R 4, 5 ONI Pilherodius pileatus (“garça-real”) P 4, 5 ONI Egretta thula (“garça-branca-pequena”) P 5 INS Threskiornithidae (2) Mesembrinibis cayennensis (“corocoró”) R 1, 2, 4, 5 ONI Theristicus caudatus (“curicáca”) R 1, 4, 5 ONI Cathartiformes (1) Cathartidae (1) Coragyps atratus (“urubú-de-cabeça-preta”) R 4, 5 DET Falconiformes (7) Accipitridae (3) Gampsonyx swainsonii (“gaviãozinho”) O 3 CAR 100 Biosci. J., Uberlândia, v. 22, n. 2, p. 97-108, May/Aug. 2006 A avifauna no parque municipal Santa Luzia,... VALADÃO, R. M. et al. Ictinia plumbea (“gavião-sovi”) O 5 INS Rupornis magnirostris (“gavião-carijó”) R 4, 5 CAR Falconidae (4) Caracará plancus (“carcará”) R 4, 5 CAR Milvago chimachima (“gavião-carrapateiro”) R 4, 5 CAR Falco sparverius (“quiriquiri”) P 4, 5 CAR Falco femoralis (“falcão-de-coleira”) P 4, 5 CAR Gruiformes (4) Rallidae (4) Aramides cajanea (“saracura-três-potes”) R 1 ONI Laterallus viridis (“sanã-castanha”) P 1 ONI Laterallus melanophaius (“sanã-parda”) P 1 ONI Pardirallus nigricans (“saracura-sanã”) P 1 ONI Charadriiformes (1) Charadriidae (1) Vanellus chilensis (“quero-quero”) R 1, 5 ONI Columbiformes (7) Columbidae (7) Columbina talpacoti (“rolinha-caldo-de-feijão”) R 1,2,3,4,5 GRA Columbina squammata (“fogo-apagou”) R 1,2,3,4,5 GRA Columba livia (“pombo-doméstico”) R V GRA Patagioenas picazuro (“pomba-asa-branca”) R 1,2,3,4,5 FRU Patagioenas cayennensis (“pomba-galega”) R 1,4,5 FRU Zenaida auriculata (“avoante”) R 1,2,3,4,5 GRA Leptotila verreauxi (“juriti-pupu”) R 1,2,3,4,5 FRU Psittaciformes (7) Psittacidae (7) Orthopsittaca manilata (“maracanã-de-cara-amarela”) R 4, 5 FRU Diopsittaca nobilis (“maracanã-pequena”) R 4, 5 FRU Aratinga leucophthalma (“periquitão-maracanã”) R 4, 5 FRU Aratinga aurea (“periquito-rei”) P 4, 5 FRU Forpus xanthopterygius (“tuim”) R 4, 5 FRU Brotogeris chiriri (“periquito-de-encontro-amarelo”) R 4, 5 FRU Amazona aestiva (“papagaio-verdadeiro”) P 4, 5 FRU Cuculiformes (3) Cuculidae (3) Piaya cayana (“alma-de-gato”) R 3, 4, 5 INS Crotophaga ani (“anu-preto”) R 1,2,3,4,5 INS Guira guira (“anu-branco”) P 3, 4, 5 INS Strigiformes (1) Strigidae (1) Athene cunicularia (“coruja-buraqueira”) P 1, 3, 4, 5 INS Apodiformes (7) Apodidae (1) Tachornis squamata (“tesourinha”) R 4, 5 INS Trochilidae (6) Phaethornis pretrei (“rabo-branco-acanelado”) P 4, 5 NEC Eupetomena macroura (“beija-flor-tesoura”) R 3, 4, 5 NEC Colibri serrirostris (“beija-flor-de-orelha-violeta”) O A NEC Chlorostilbon aureoventris (“besourinho-bico-vemelho”) R 2, 3, 4, 5 NEC Thalurania furcata (“beija-flor-tesoura-verde”) P 2, 3, 4 NEC 101 Biosci. J., Uberlândia, v. 22, n. 2, p. 97-108, May/Aug. 2006 A avifauna no parque municipal Santa Luzia,... VALADÃO, R. M. et al. Amazilia fimbriata (“beija-flor-de-garganta-verde”) P 2, 3, 4, 5 NEC Coraciiformes (3) Alcedinidae (3) Ceryle torquatus (“martim-pescador-grande”) P 4, 5 CAR Chloroceryle amazona (“martim-pescador-verde”) P 4, 5 CAR Chloroceryle americana (“martim-pescador-pequeno”) P 4, 5 CAR Galbuliformes (1) Galbulidae (1) Galbula ruficauda (“ariramba-de-cauda-ruiva”) R 3, 4, 5 INS Piciformes (6) Ramphastidae (1) Ramphastos toco (“tucanuçu”) P 4, 5 ONI Picidae (5) Picumnus albosquamatus (“pica-pau-anão-escamado”) R 3, 4, 5 INS Melanerpes candidus (“pica-pau-branco”) P 4, 5 INS Veniliornis passerinus (“picapauzinho-anão”) P 3, 4 INS Colaptes melanochloros (“pica-pau-verde-barrado”) R 4, 5 INS Colaptes campestris (“pica-pau-do-campo”) P 4, 5 INS Passeriformes (71) Thamnophilidae (3) Taraba major (“chorá-boi”) R 3, 4 INS Thamnophilus doliatus (“choca-barrada”) R 2, 3, 4, 5 INS Herpsilochmus longirostris (“chorozinho-bico-compr.”)* R 3, 4, 5 INS Furnariidae (5) Furnarius rufus (“joão-de-barro”) R 1,2,3,4,5 INS Synallaxis frontalis (“petrim”) R 1,2,3,4,5 INS Cranioleuca vulpina (“arredio-do-rio”) P 2, 3 INS Phacellodomus ruber (“graveteiro”) R 2, 3, 4, 5 INS Hylocryptus rectirostris (“fura-barreira”)* R 1,2,3,4,5 INS Tyrannidae (23) Todirostrum cinereum (“ferreirinho-relógio”) R 3, 4, 5 INS Elaenia flavogaster (“guaracava-de-barriga-amarela”) R 3, 4, 5 ONI Elaenia spectabilis (“guaracava-grande”) R 3, 4, 5 FRU Camptostoma obsoletum (“risadinha”) R 3, 4, 5 INS Tolmomyias sulphurescens (“bico-chato-orelha-preta”) P 3, 4, 5 INS Myiophobus fasciatus (“filipe”) P 3, 4, 5 INS Pyrocephalus rubinus (“príncipe”) P 3, 4, 5 INS Satrapa icterophrys (“suiriri-pequeno”) P 3, 4, 5 INS Xolmis cinereus (“primavera”) P 4, 5 INS Colonia colonus (“viuvinha”) P INS Machetornis rixosa (“suiriri-cavaleiro”) R 1, 3, 4, 5 INS Myiozetetes cayanensis (“bentevizinho-asa-ferrugínea”) O 4, 5 ONI Myiozetetes similis (“bentevizinho-penacho-vermelho”) R 4, 5 ONI Pitangus sulphuratus (“bem-te-vi”) R 1, 3, 4, 5 ONI Myiodynastes maculatus (“bem-te-vi-rajado”) P 4, 5 ONI Megarynchus pitangua (“neinei”) R 4, 5 ONI Empidonomus varius (“peitica”) P 4, 5 INS Griseotyrannus aurantioatrocristatus (“peitica”) P 4, 5 ONI Tyrannus albogularis (“suiriri-de-garganta-branca”) P 4, 5 INS Tyrannus melancholicus (“suiriri”) R 3, 4, 5 INS Tyrannus savanna (“tesourinha”) P 4, 5 INS 102 Biosci. J., Uberlândia, v. 22, n. 2, p. 97-108, May/Aug. 2006 A avifauna no parque municipal Santa Luzia,... VALADÃO, R. M. et al. Myiarchus ferox (“maria-cavaleira”) P 4, 5 INS Myiarchus tyrannulus (“maria-cavaleira-rabo-enferru.”) P 4, 5 INS Pipridae (1) Antilophia galeata (“soldadinho”)* O 4 FRU Vireonidae (1) Cyclarhis gujanensis (“pitiguari”) R 3, 4, 5 ONI Corvidae (1) Cyanocorax cristatellus (“gralha-do-campo”)* P 4 ONI Hirundinidae (3) Progne tapera (“andorinha-do-campo”) P 4, 5 INS Pygochelidon cyanoleuca (“andorinha-pequena-de-casa”) R 4, 5 INS Stelgidopteryx ruficollis (“andorinha-serradora”) R 4, 5 INS Troglodytidae (2) Thryothorus leucotis (“garrinchão-de-barriga-vermelha”) R 2,3,4,5 INS Donacobius atricapilla (“japacanim”) P 2, 3, 5 INS Polioptilidae (1) Polioptila dumicola (“balança-rabo-de-máscara”) R 2, 3, 5 INS Turdidae (4) Platycichla flavipes (“sabiá-una”) O 2, 3, 5 ONI Turdus rufiventris (“sabiá-laranjeira”) R 1,2,3,4,5 ONI Turdus leucomelas (“sabiá-barranco”) R 1,2,3,4,5 ONI Turdus amaurochalinus (“sabiá-poca”) R 1,2,3,4,5 ONI Coerebidae (1) Coereba flaveola (“cambacica”) R 3, 4, 5 NEC Thraupidae (9) Schistochlamys melanopis (“sanhaçu-de-coleira”) P 3, 4, 5 ONI Nemosia pileata (“saíra-de-chapéu-preto”) O 3, 4 ONI Eucometis penicillata (“pipira-da-taoca”) P 3, 4, 5 ONI Ramphocelus carbo (“pipira-de-máscara”) P 3, 4 ONI Thraupis sayaca (“sanhaçu-do-mamoeiro”) R 3, 4, 5 ONI Thraupis palmarum (“sanhaçu-do-coqueiro”) R 3, 4, 5 ONI Tangara cayana (“saíra-amarela”) R 3, 4, 5 ONI Tersina viridis (“saí-andorinha”) P 3, 4, 5 ONI Dacnis cayana (“saí-azul”) R 3, 4, 5 ONI Emberizidae (8) Zonotrichia capensis (“tico-tico”) P 3, 4 GRA Sicalis citrina (“canário-rasteiro”) O 3, 4 GRA Volatinia jacarina (“tiziu”) R 1,2,3,4,5 GRA Sporophila lineola (“bigodinho”) R 2, 3, 4, 5 GRA Sporophila nigricollis (“baiano”) R 2, 3, 4, 5 GRA Sporophila caerulescens (“coleirinho”) P 2, 3, 4, 5 GRA Sporophila leucoptera (“chorão”) O 2 GRA Arremon flavirostris (“tico-tico-de-bico-amarelo”) R 1,2,3,4,5 GRA Parulidae (2) Basileuterus culicivorus (“pula-pula”) O 1, 2, 3 INS Basileuterus leucophrys (“pula-pula-de-sobrancelha”)* R 2, 3 INS Icteridae (4) Icterus cayanensis (“encontro”) P 4, 5 ONI Gnorimopsar chopi (“pássaro-preto”) R 4, 5 ONI Chrysomus ruficapillus (“garibaldi”) R 2, 3, 4, 5 ONI Molothrus bonariensis (“chopim”) R 2, 3, 4, 5 ONI 103 Biosci. J., Uberlândia, v. 22, n. 2, p. 97-108, May/Aug. 2006 A avifauna no parque municipal Santa Luzia,... VALADÃO, R. M. et al. Fringillidae (1) Euphonia chlorotica (“vivi”) R 2, 3, 4, 5 ONI Estrildidae (1) Estrilda astrild (“bico-de-lacre”) R 2, 3, 4, 5 GRA Passeridae (1) Passer domesticus (“pardal”) R 1,2,3,4,5 ONI Os valores entre parênteses indicam o número de espécies de cada táxon. * - espécies endêmicas Comparando-se a riqueza da avifauna no Parque Santa Luzia com as registradas em outras áreas urbanas de Uberlândia, notamos que o número de espécies encontrado foi relativamente alto. No Campus Umuarama da Universidade Federal de Uberlândia foram registradas 91 espécies de aves (FRANCHIN et al., 2004). Em cinco praças da cidade foram encontradas 72 espécies (FRANCHIN; MARÇAL JÚNIOR, 2002). No Parque Municipal do Sabiá (maior Parque urbano da cidade – 184 ha), foram registradas 149 espécies de aves (FRANCHIN; MARÇAL JÚNIOR, 2004). Uma maior complexidade estrutural da vegetação pode aumentar localmente a diversidade de aves (ANJOS; LAROCA, 1989; BESSINGER; OSBORNE, 1982; MATARAZZO-NEUBERGER, 1995; MOTTA- JÚNIOR, 1990). Dessa forma, acreditamos que a diversidade de ambientes verificada no Parque (mata associada a vereda e brejos e a presença da lagoa artificial) seja um fator determinante para a manutenção da riqueza de espécies de aves no local. Foram obtidos 11 novos registros na área urbana da cidade de Uberlândia: Amazona aestiva, Arremon flavirostris, Chrysomus ruficapillus, Colonia colonus, Cranioleuca vulpina, Crypturellus undulatus, Donacobius atricapilla, Laterallus melanophaius, Pardirallus nigricans, Platycichla flavipes, Sporophila leucoptera (FRANCHIN et al., 2004; FRANCHIN; MARÇAL JÚNIOR, 2004; VALADÃO; FRANCHIN; MARÇAL JÚNIOR, 2006). Também foram registradas cinco espécies endêmicas do Cerrado: Antilophia galeata, Cyanocorax cristatellus, Hylocryptus rectirostris, Herpsilochmus longirostris e Basileuterus leucophrys (SILVA, 1997). As três últimas foram classificadas como residentes no Parque. Cavalcanti (1988) ressalta que a maioria das aves endêmicas do Cerrado ainda é comum; porém, é necessário que se estabeleçam, com urgência, novas áreas de conservação para sua proteção. Tais resultados demonstram a importância do Parque Santa Luzia para conservação da avifauna. A curva acumulativa de espécies apresentou uma tendência à estabilização a partir do sexto mês de amostragem (janeiro de 2005), o que sugere que a maioria da avifauna foi amostrada (Figura 1). A média de espécies registradas mensalmente na estação seca foi de 77 espécies e na chuvosa 82. O número médio de espécies registradas nesta estação foi maior que na seca por se tratar do período reprodutivo da maioria das aves, o que facilita sua detecção em campo (MATARAZZO- NEUBERGER, 1995; SICK, 1997). Entretanto, ao se comparar o número de espécies registrado durante a estação chuvosa (n = 117) com o da estação seca (n = 120), verifica-se que os valores não diferem estatisticamente (χ2 = 0,038; gl = 1; p > 0,05). Os tipos de dieta observados foram: insetívoro (35%), onívoro (32%), granívoro (10%), frugívoro (9%), carnívoro (8%), nectarívoro (5%) e detritívoro (1%). O predomínio de espécies insetívoras e onívoras (45 e 41 espécies, respectivamente) no Parque Santa Luzia correspondeu ao padrão observado em outras áreas urbanas brasileiras (ARGEL-DE-OLIVEIRA, 1995; D´ANGELO-NETO et al., 1998; FRANCHIN; MARÇAL JÚNIOR, 2004; KRÜGEL; ANJOS, 2000; MATARAZZO-NEUBERGER, 1995; MOTTA- JÚNIOR, 1990; VALADÃO; FRANCHIN; MARÇAL JÚNIOR, 2006; VILLANUEVA; SILVA, 1996). No ambiente urbano, insetívoros e onívoros são representados, normalmente, por espécies generalistas (VILLANUEVA; SILVA, 1996). Além disso, um grande número de insetívoros e onívoros presentes em pequenos fragmentos é esperado, pois esses hábitos alimentares funcionam como “efeito-tampão” contra as flutuações no suprimento alimentar, que restringem a ocorrência de frugívoros e nectarívoros, além de insetívoros mais especializados (WILLIS, 1979). As espécies residentes (n = 69 espécies) e prováveis residentes (n = 48) representaram juntas 90% das espécies de aves que foram registradas no Parque Santa Luzia, o que ressalta a importância deste logradouro para a manutenção das aves no ambiente urbano da cidade de Uberlândia. 104 Biosci. J., Uberlândia, v. 22, n. 2, p. 97-108, May/Aug. 2006 A avifauna no parque municipal Santa Luzia,... VALADÃO, R. M. et al. Os espaços verticais mais utilizados pelas aves foram o arbóreo e o aéreo. O oposto se verificou em relação aos estratos herbáceo e epigeu (Figura 2). A preferência pelo estrato arbóreo corrobora Sick (1966), que afirma que: “a avifauna característica do cerrado é, em boa parte, uma fauna de mata, uma fauna arborícola”. Esse resultado também está de acordo com o estudo realizado por Matarazzo-Neuberger (1995), em parques e praças da Grande São Paulo. A baixa preferência pelo estrato epigeu (27 espécies) reforça os resultados obtidos em vários estudos no ambiente urbano (ARGEL-DE- OLIVEIRA, 1995; MATARAZZO-NEUBERGER, 1995; VALADÃO; FRANCHIN; MARÇAL JÚNIOR, 2006). Por outro lado, Bessinger e Osborne (1982), em estudo realizado na área urbana de Oxford (Ohio, E.U.A.), verificaram que as aves forragearam primariamente no solo (epigeu). Figura 1. Curva acumulativa (linha) e número mensal (colunas) das espécies de aves registradas no Parque Municipal Santa Luzia, Uberlândia, MG (2004-2005). 27 37 69 109 118 0 20 40 60 80 100 120 140 1 2 3 4 5 ocupação do espaço vertical N úm er o de E sp éc ie s Figura 2. Distribuição das espécies de aves de acordo com a ocupação do espaço vertical no Parque Municipal Santa Luzia, Uberlândia, MG (2004-2005). Ocupação do espaço vertical: 1– superfície do solo; 2 – até 0,5 m de altura; 3 – de 0,5 a 2,0 m de altura; 4 – mais de 2,0 metros de altura; e 5 – em vôo. 105 Biosci. J., Uberlândia, v. 22, n. 2, p. 97-108, May/Aug. 2006 A avifauna no parque municipal Santa Luzia,... VALADÃO, R. M. et al. CONCLUSÃO O Parque Municipal Santa Luzia apresenta uma avifauna rica, que inclui não apenas espécies de aves comuns na área urbana, mas também espécies endêmicas do Cerrado, o que demonstra sua importância para a manutenção e conservação da avifauna na cidade de Uberlândia. AGRADECIMENTOS A todos que colaboraram, direta ou indiretamente, com o desenvolvimento da presente pesquisa; à administração do Parque pelas facilidades oferecidas. Ao CNPq pela concessão da bolsa de Iniciação Científica (Processo B-026/2004). À FAPEMIG pelo Auxílio Financeiro ( Processo n. CRA 897/03). ABSTRACT: This work aimed to evaluate the composition of the avifauna in the Santa Luzia Park, located in the periphery of municipality of Uberlândia, State of Minas Gerais. It has about 28 ha and possesses a fragment of Forest Gallery associated to a Vereda. The bird community was studied from August of 2004 to August of 2005. We performed two monthly visits, from dawn to four hours later (104 hours of observations). During walks on trails, visual and/or acoustic records were accomplished. A total of 130 species (16 orders, 39 families and 117 genera) was registered. Five species were endemic of the Cerrado: Antilophia galeata, Basileuterus leucophrys, Cyanocorax cristatellus, Hylocryptus rectirostris and Herpsilochmus longirostris. About 90% of the birds were classified as resident and probable resident. Insectivorous (n = 45) and omnivorous (n = 41) were predominant groups. The results show that the Santa Luzia Park presents a rich avifauna, including common birds of urban areas as well as endemic species of the Cerrado, which demonstrating its importance for the conservation of the avifauna. KEYWORDS: Birds. Cerrado. Urban Parks. Urban Ecology. Urban Ecosystem. REFERÊNCIAS ANDRADE, M. A. Aves silvestres: Minas Gerais. Belo Horizonte: Conselho Internacional para Preservação das Aves, Brasil, 1997. 176 p. ANJOS, L.; LAROCA, S. Abundância relativa e diversidade específica de aves em duas comunidades urbanas de aves de Curitiba. Brazilian Archives of Biology and Technology, Curitiba, v. 32, n. 4, p. 637-643, 1989. ARAÚJO, G. M.; NUNES, J. 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