ISOLAMENTO DE UMA FRAO ENRIQUECIDA EM SINAPTOSOMAS DE CREBRO DA ABELHA APIS MELLIFERA UTILIZANDO GRADIENTE DESCONTNUO DE PERCOLL E IDENTIFICAO DE MIOSINAS V E VI Original Article 51 ADAPTABILIDADE E ESTABILIDADE DE GENÓTIPOS DE SOJA EM GOIÁS NO ANO 2004/2005 ADAPTABILITY AND STABILITY OF SOYBEAN GENOTYPES IN GOIÁS IN THE YEAR 2004/2005 Poliana Borges FRANCO1, Osvaldo Toshiyuki HAMAWAKI2 1. Aluna do curso de Agronomia, Instituto de Ciências Agrárias – ICIAG, Universidade Federal de Uberlândia – UFU, Uberlândia, MG, Brasil; 2. Professor, Doutor, ICIAG – UFU. hamawaki@umuarama.ufu.br RESUMO: Este trabalho teve o objetivo de avaliar a característica de linhagens de soja, do Programa de Melhoramento Genético de Soja da Universidade Federal de Uberlândia, nos municípios de Goiatuba, Rio Verde, Bela Vista, Campo Alegre e Porangatu, no Estado de Goiás. Foram avaliadas 27 linhagens de ciclo tardio e tendo como testemunhas as cultivares M-Soy 8866, Garantia, M-Soy 8800, Chapadões e M-Soy 8411, semeadas no ano agrícola de 2004/2005. O delineamento experimental foi de blocos casualizados, com 3 repetições. Foram testados 32 genótipos em cada municipio. A parcela foi formada por quatro fileiras de 5 metros de comprimento, espaçadas 0,45m entre fileiras. Foi avaliado a produtividade de grãos (PG). As metodologias adaptabilidade e/ou estabilidade fenotípica utilizadas foi regressão linear simples de Eberhart e Russell; regressão linear bissegmentada de Cruz; Torres e Vencovsky. A metodologia de Eberhart e Russell, destacando a linhagem 9, por reunir boa produtividade de grãos, adaptabilidade e estabilidade nos locais de teste. PALAVRAS-CHAVE: Adaptabilidade. Estabilidade. Genótipos de soja. INTRODUÇÃO A soja [Glycine max (L.) Merrill], é uma das culturas agrícolas de maior importância no mundo, tendo como principais produtos o óleo e o farelo de soja, além de ser importante matéria-prima para a indústria. O Brasil é o segundo maior produtor mundial de soja, sendo cultivada em todas as regiões. Nas áreas de cerrado, está ocorrendo a maior expansão e produção de soja. Esta adaptação da soja em ampla faixa de cultivo deve-se principalmente ao melhoramento genético visando alta produtividade, resistência às principais doenças estabilidade produtiva e adaptação aos diversos ambientes agrícolas. A adaptabilidade é a capacidade potencial de um genótipo responder positivamente variações do ambiente. Já estabilidade refere-se capacidade de um genótipo apresentar uma característica previsível, em função de variações ambientais. Eberhart e Russel (1966) consideram a estabilidade de característica de um genótipo, a habilidade do genótipo ter um mínimo de interação com o ambiente, o que, por sua vez, é uma característica controlada geneticamente. Cruz e Regazzi (1994) caracteriza a adaptabilidade dos genótipos quando a respostas significativas às variações ambientais nos ambientes favoráveis e/ou nos desfavoráveis. A difusão de cultivares, com adaptação e estabilidade à região de produção, é fundamental em vista do custo de produção e dos investimentos em tecnologia, necessários para aumentos de produtividade pelos agricultores. Este estudo é parte do Programa de Melhoramento Genético de Soja da Universidade Federal de Uberlândia, e tem por objetivo avaliar caracteristica de linhagens de soja para importância no melhoramento, em testes regionais de avaliação de linhagens, quanto à adaptação e estabilidade em municípios do Estado de Goiás, através dos métodos de Eberhart e Russell (1966); Cruz; Torres; Vencovsky (1989). MATERIAL E MÉTODOS Ambientes de condução dos experimentos Os experimentos foram instalados no ano agrícola 2004/2005, na época normal de cultivo para o Estado de Goiás (cultivo de verão). Nos municípios de Rio Verde, Goiatuba, Bela Vista, Campo Alegre e Porangatu. Coordenadas geográficas das áreas experimentais Os experimentos foram instalados nas seguintes coordenadas geográficas: a) Goiatuba-GO - na fazenda Pontal, situada a 18º00’00”S de latitude e 50º04’212” W de longitude, com altitude de 528m; b) Rio Verde-GO - na fazenda Santa Mônica, situada a 17º47’53” S de latitude e 51º55’ W de longitude, com altitude de 715m; Biosci. J., Uberlândia, v. 25, n. 3, p. 51-64, May/June 2009 Received: 04/12/07 Accepted: 05/06/08 mailto:hamawaki@umuarama.ufu.br Adaptabilidade e estabilidade... FRANCO, P. B.; HAMAWAKI, O. T. 52 c) Bela Vista-GO - na fazenda experimental situada a 16º58’22” S de latitude e 48º57’12” W de longitude, com altitude de 803m; d) Campo Alegre-GO - na fazenda Santa Fé, situada a 17º67’ S de latitude e 47º62’ W de longitude, com altitude de 877m; e) Porangatu-GO - na fazenda experimental situada a 13º26’27” S de latitude e 49º08’55” W de longitude, com altitude de 306m. Delineamento estatístico O delineamento experimental usado foi de blocos casualizados com três repetições. Foram testados 32 genótipos em cada um dos 5 locais. A parcela foi similar em todos os experimentos, sendo formada por 4 fileiras de 5m de comprimento espaçadas de 0,45m. A parcela útil para a tomada de dados compreendeu as duas fileiras centrais da parcela, descontando 0,50m de cada extremidade das fileiras (3,60m2). Procedimentos experimentais As semeaduras ocorreram na época normal de cultivo da soja, nos seguintes locais: Rio Verde, Goiatuba, Bela Vista, Campo Alegre e Porangatu, no Estado de Goiás. No preparo de solo foi feito uma aração seguida de gradagem e calagem conforme análise do solo. Por ocasião da semeadura nestas áreas, efetuou-se a aplicação de herbicidas de pré-plantio trifluralin, na dosagem de 2 L/ha, e imazaquin, na dosagem de 200 g/ha. Após a emergência da soja, o controle de plantas daninhas foi realizado com herbicida seletivo de princípio ativo chlorimuron ethyl, na dosagem de 80 g/ha. Quando necessário, foi feito capina com enxada. A adubação foi realizada, utilizando 500 kg/ha da mistura de grânulos 02-28-18 de (N-P2O5-K2O). Efetuou-se a inoculação com Bradyrhizobium japonicum, na dosagem de 150 ml/50 kg de semente de um produto comercial com estirpes SEMIA 5079 e SEMIA 5080 e para o controle da ferrugem foi feito aplicação de produto ópera na dosagem de 0,5l/ha. O controle de pragas foi químico, com inseticidas específicos registrados para a cultura da soja. Durante a formação das vagens, foi usado o princípio ativo endosulfan (1,25 L/ha) para o controle de percevejos, como o percevejo verde pequeno Piezodorus guildinii. Genótipos Foram avaliadas 27 linhagens de soja, de ciclo de maturação tardio, provenientes de cruzamentos realizados no Programa de Melhoramento de Soja da Universidade Federal de Uberlândia. Foram utilizadas cinco testemunhas, cultivares comerciais adaptadas região e de boa produtividade, sendo M-Soy 8866, Garantia, M-Soy 8800, Chapadões e M-Soy 8411. Informações sobre a identificação e a origem dos genótipos seguem no quadro a seguir: Identificação e origem dos genótipos de soja avaliados. Trat. Proveniente de: 01 Trat. 01 – Ensaio Regional 03/04 – UFUS Riqueza 02 Trat. 02 – Ensaio Regional 03/04 – UFUS Impacta 03 Trat. 03 – Ensaio Regional 03/04 – UFUS Milionária 04 Trat. 04 – Ensaio Regional 03/04 – Garantia x Savana 05 Trat. 05 – Ensaio Regional 03/04 – Cristalina x IAC-100 06 Trat. 06 – Ensaio Regional 03/04 – Cristalina x IAC-100 07 Trat. 07 – Ensaio Regional 03/04 – Cristalina x IAC-100 08 Trat. 08 – Ensaio Regional 03/04 – Cristalina x IAC-100 09 Trat. 09 – Ensaio Regional 03/04 – DM101 x Liderança 10 Trat. 10 – Ensaio Regional 03/04 – Tucano x Msoy 880 11 Trat. 11 – Ensaio Regional 03/04 – Msoy 8411 x Xingy 12 Trat. 12 – Ensaio Regional 03/04 – Cristalina x IAC-100 13 Trat. 13 – Ensaio Regional 03/04 – Cristalina x IAC-100 14 Trat. 14 – Ensaio Regional 03/04 – Cristalina x IAC-100 15 Trat. 01 – Ensaio Regional ¾ 16 Trat. 02 – Ensaio Regional ¾ 17 Trat. 08 – Ensaio Regional ¾ 18 Trat. 09 – Ensaio Regional 03/04 19 Trat. 10 – Ensaio Regional 03/04 20 Trat. 11 – Ensaio Regional 03/04 21 Trat. 12 – Ensaio Regional 03/04 Biosci. J., Uberlândia, v. 25, n. 3, p. 51-64, May/June 2009 Adaptabilidade e estabilidade... FRANCO, P. B.; HAMAWAKI, O. T. 53 22 Trat. 13 – Ensaio Regional 03/04 23 Trat. 14 – Ensaio Regional 03/04 24 Trat. 17 – Ensaio Preliminar (07) 2004 Cruz. nº 41 25 Trat. 12 – Ensaio Preliminar (08) 2004 Cruz. nº 26 26 Trat. 08 – Ensaio Preliminar (09) 2004 Cruz. nº 28 27 Trat. 02 – Ensaio Preliminar (10) 2004 Cruz. nº 35 28 M-Soy 8866 29 Garantia 30 M-Soy 8800 31 Chapadões 32 M-Soy 8411 Caractere avaliado Em todos os experimentos, foi avaliado: Produtividade de Grãos (PG): caráter avaliado no estádio R8 ou de maturação plena da planta, através do peso dos grãos da área útil da parcela, após a colheita, trilha e limpeza dos grãos, e posterior correção do teor de umidade da massa de grãos para a umidade padrão de 13%, expressa em g/parcela. Análise de variância Os dados relativos aos caracteres avaliados nestes experimentos foram submetidos a uma análise de variância individual por local, e conjunta, considerando-se todos os locais, utilizando-se o procedimento GLM do programa – SAS, General Linear Models Procedure (STATISTICAL ANALYSIS SYSTEM – SAS, 1997). Análises de adaptabilidade e estabilidade Utilizando-se o método da Ecovalência, proposto por Wricke (1965) para a produtividade de grãos. As análises de adaptabilidade e estabilidade foram realizadas por dois métodos: Regressão Linear Simples de Eberhart e Russell (1966); Regressão Bissegmentada de Cruz; Torres; Vencovsky (1989). Metodologia de Eberhart e Russell (1966) O modelo estatístico é dado por Yij= β0i + βiIj + δij + εij onde : Yij: média do genótipo i no ambiente j; β0i: média geral do genótipo i; βi: coeficiente de regressão linear, que descreve a resposta do i-ésimo genótipo à variação do ambiente; Ij: índice ambiental; δij: desvio da regressão do genótipo i no ambiente j; εij: erro experimental médio. βi = ∑ Yij Ij / ∑ I2j σ2di = [(QMDi) (QMR/r)] em que: QMDi : é o quadrado médio dos desvios da regressão do genótipo i; QMR : é o quadrado médio do resíduo; r : é o número de repetições; R2i : coeficiente de determinação do genótipo i. R2i = [(SQR. Linear)i / SQ (E/Gi)] x 100 Sendo: (SQR. Linear)i : a soma de quadrados da regressão linear do genótipo i: SQ (E/Gi) : soma de quadrados de ambiente dentro do genótipo i. O método considera como parâmetro de adaptabilidade e estabilidade o coeficiente de regressão (βi), a variância dos desvios de regressão (σ2di) e/ou coeficiente de determinação (R2) e a produtividade média. Assim, o genótipo ideal é aquele que apresenta alta produção média, coeficiente de regressão igual a 1,0 (β1=1), desvios de regressão (σ2d = 0) ou tão pequenos quanto possíveis e/ou R2 = 1 ou próximo de 100%, metodologia de Eberhart e Russell (1966). Metodologia de Cruz; Torres; Vencovsky (1989) O modelo matemático é dado por: Yij= β0i + β1iIj + β2iT(Ij) + δij + εij. em que: Yij: é a média do genótipo i no ambiente j; β0i: é a média geral do genótipo i ao longo de todos os ambientes; β1i: é o coeficiente de regressão linear que dá a resposta do genótipo i à variação nos ambientes desfavoráveis; Ij= índice ambiental, dado por Ij= Yj – Y; β2i: é o coeficiente de regressão linear que informa sobre o diferencial de resposta do genótipo i à variação nos ambientes favoráveis; δij= é o desvio da regressão do genótipo i no ambiente j; εij= é o erro experimental médio; β1i = ∑ YijIj – ∑ YijT(Ij) / ∑ I2j – ∑ T2 (Ij) β2i = ∑I2j ∑YijT(Ij) – ∑T2(Ij) ∑YijIj / ∑ T2 (Ij) [∑I2j – ∑T2(Ij)] Biosci. J., Uberlândia, v. 25, n. 3, p. 51-64, May/June 2009 Adaptabilidade e estabilidade... FRANCO, P. B.; HAMAWAKI, O. T. 54 T(Ij)= 0 se Ij < 0; T(Ij)= Ij-I+, se Ij >0, sendo I+ a média dos índices Ij positivos. As hipóteses (H0: β1i = 1), (H0: β2i = 0) e (H0=: (β1i + β2i) = 1) foram testadas pelo teste “tα,m”, sendo α o nível de segurança, e m, os graus de liberdade do resíduo. Os testes foram obtidos pelas fórmulas: t = (β1i – 1)/(α2β1i)1/2; t= (β2i)/(α2β2i)1/2; t = (β1i+β2i) – 1/(α2β1i + β2i)1/2, respectivamente. RESULTADOS E DISCUSSÃO Análise de variância individual As análises de variância para cada local das 27 linhagens de ciclo tardio e das cinco cultivares de soja cultivadas em cinco locais, são apresentadas nas Tabelas 1, 2, 3, 4, 5. A produtividade média de grãos, como também se pode ver nas Tabelas 1, 2, 3, 4 e 5, nos cinco locais de cultivares de ciclo tardio, variou de 2.022,77 kg/ha-1 Rio Verde; 2.274,43 kg/ha-1 Porangatu; 2.580,60 kg/ha-1 Goiatuba; 3.586,73 kg/ha-1 Campo Alegre e 3.953,59 kg/ha-1 Bela Vista. Os coeficientes de variação foram de 13,70% a 22,33% indicando, assim, que a precisão experimental variou de ótima a regular, sendo valores considerados válidos para experimento de campo, conforme Ferreira (1996). Tabela 1. Análise de variância simples (individual), ciclo tardio, em Goiatuba-GO, safra 2004/2005. Fonte de variação GL QM F Tratamento 31 535167,74 2,33** Repetição 2 761362,44 3,32* Resíduo 62 229380,65 Média 2580,60 CV % 18,56 * Significativo a 5% de probabilidade; ** Significativo a 1% de probabilidade; Tratamento significativo a 5% e repetição a 1% houve diferenças entre os genótipos. Tabela 2. Análise de variância simples (individual), ciclo tardio, em Rio Verde-GO, safra 2004/2005. Fonte de variação GL QM F Tratamento 31 1155861,29 13,43** Repetição 2 55293,01 0,64NS Resíduo 62 86044,40 Média 2022,77 CV % 14,50 ** Significativo a 1% de probabilidade; NS Não significativo; Tratamento significativo entre os genótipos (comportamento diferente); Repetição não significativa, solo homogêneo (não tem mancha de fertilidade). Tabela 3. Análise de variância simples (individual), ciclo tardio, em Bela Vista-GO, safra 2004/2005. Fonte de variação GL QM F Tratamento 31 777831,66 2,65** Repetição 2 222935,88 0,76NS Resíduo 62 293346,67 Média 3953,59 CV % 13,70 ** Significativo a 1% de probabilidade; NS Não significativo; Tratamento significativo entre os genótipos (comportamento diferente); Repetição não significativa, solo homogêneo (não tem mancha de fertilidade). Tabela 4. Análise de variância simples (individual), ciclo tardio, em Campo Alegre-GO, safra 2004/2005. Fonte de variação GL QM F Tratamento 31 464443,99 1,71* Repetição 2 1713583,06 6,30** Resíduo 62 271806,80 Média 3586,73 CV % 14,53 * Significativo a 5% de probabilidade; * Significativo a 1% de probabilidade; ratamento significativo a 5% e repetição a 1% houve diferenças entre os genótipos. Biosci. J., Uberlândia, v. 25, n. 3, p. 51-64, May/June 2009 Adaptabilidade e estabilidade... FRANCO, P. B.; HAMAWAKI, O. T. 55 Tabela 5 Análise de variância simples (individual), ciclo tardio, em Porangatu-GO, safra 2004/2005. Fonte de variação GL QM F Tratamento 31 445198,85 6,49** Repetição 2 1674144,79 1,73* Resíduo 62 257968,38 Média 2274,43 CV % 22,33 * Significativo a 5% de probabilidade; * Significativo a 1% de probabilidade; ratamento significativo a 1% e repetição a 5% houve diferenças entre os genótipos. As análises de variância individual apresentaram diferenças significativas entre as linhagens para a produtividade de grãos analisado, o que indica caracteristica diferenciada entre as linhagens em todos os diferentes locais. Estes valores estão coerentes com os encontrados na literatura em experimentos dessa natureza, como os conduzidos por Oliveira (2002) e Oliveira Neto (2004). Análise de variância conjunta A análise de variância conjunta relativa à produtividade de grãos (kg/ha-1), encontram-se na Tabela 6. Tabela 6. Análise de variância conjunta para produtividade de grãos (kg/ha-1) de 32 cultivares de soja de ciclo tardio, semeadas em duas épocas e cinco locais, na safra 2004/2005. Fonte de variação GL QM F Genótipos 31 1.380.584,73** 5,56** Ambiente 4 57.066.640,97** 229,86** Genótipos x ambiente 124 456.592,17** 1,84** Resíduo 291 Média 2.821,46 CV % 17,66 ** Significativo a 1% de probabilidade; nteração genótipo x ambiente foi significativa, houve comportamentos diferentes entre genótipos e ambiente. A análise de variância mostrou efeitos significativos (P<0,01) pelo teste F, para o caractere produtividade para genótipos, ambientes e a interação genótipos x ambientes, indicando haver mudança de desempenho produtivo das linhagens de soja nos diferentes ambientes avaliados. Isso justifica a obtenção de estimativas de parâmetros de estabilidade e adaptabilidade para as linhagens avaliadas, pois a significância da interação genótipo x ambiente constitui-se uma premissa para a utilização de métodos que avaliam a estabilidade fenotípica como Eberhart e Russell (1966); Cruz; Torres; Vencovsky (1989). A significância da interação genótipo x local em soja relatada por Alliprandini et al. (1998); Lopes et al. (2002); Yan e Rajcan (2002). Análises de estabilidade e adaptabilidade Regressão linear simples de Eberhart e Russell (1966) Os resultados da análise de adaptabilidade e estabilidade fenotípica avaliadas pelo método de regressão linear de Eberhart e Russel (1966) são apresentados nas Tabelas 7, 8 e 9. Tabela 7. Análise de variância para produtividade de grãos kg/ ha-1, utilizando o método de Eberhart e Russel (1966), com soma de quadrado do desvio para cada genótipo. F. Variação GL SQ QM R2 (%) Ambiente 4 127240448,0000 31810112,0000 Genótipo 31 83728176,0000 2700909,0000 Int. G x A 124 397461440,0000 3205334,2500 Amb. / gen. 128 524701888,0000 4099233,5000 Amb. linear 1 127240056,0000 127240056,0000 G x amb. L1 31 40726200,0000 1313748,3750 Dev. Comb. 96 356734496,0000 3715984,2500 Desv. G – 1 3 22085218,0000 7361739,5000 12,00 Biosci. J., Uberlândia, v. 25, n. 3, p. 51-64, May/June 2009 Adaptabilidade e estabilidade... FRANCO, P. B.; HAMAWAKI, O. T. 56 Desv. G – 2 3 8316161,0000 2772053,7500 57,23 Desv. G – 3 3 15581528,0000 5193842,5000 52,20 Desv. G – 4 3 6838203,5000 2279401,2500 42,74 Desv. G – 5 3 2755675,7500 918558,5625 54,93 Desv. G – 6 3 10699047,0000 3566349,0000 8,42 Desv. G – 7 3 9381079,0000 3127026,2500 42,93 Desv. G – 8 3 6266687,5000 2088895,8750 56,40 Desv. G – 9 3 1157372,0000 385790,6562 80,15 Desv. G – 10 3 3546055,0000 118201,8359 86,94 Desv. G – 11 3 4463919,0000 1487973,0000 67,53 Desv. G – 12 3 5264743,0000 1754914,5000 39,17 Desv. G – 13 3 4219677,5000 1406559,1250 55,14 Desv. G – 14 3 11522568,0000 3840856,0000 64,53 Desv. G – 15 3 7332040,0000 2444013,2500 38,89 Desv. G – 16 3 2885018,0000 961672,6875 69,08 Desv. G – 17 3 2655408,7500 885136,2500 39,12 Desv. G – 18 3 2692948,0000 897649,3125 68,19 Desv. G – 19 3 119983792,0000 3994597,2500 28,31 Desv. G – 20 3 7017102,5000 2339034,2500 43,82 Desv. G – 21 3 5824504,5000 1941501,5000 50,52 Desv. G – 22 3 3553795,2500 1184598,3750 50,51 Desv. G – 23 3 20621698,0000 6873899,5000 3,56 Desv. G – 24 3 209879044,0000 69963248,0000 11,85 Desv. G – 25 3 23205120,0000 7735040,0000 13,98 Desv. G – 26 3 19114642,0000 6371547,0000 5,55 Desv. G – 27 3 13313953,0000 4437984,5000 46,55 Desv. G – 28 3 21408350,0000 7136116,5000 3,10 Desv. G – 29 3 19398364,0000 6466121,5000 18,15 Desv. G – 30 3 24386384,0000 8128794,5000 3,49 Desv. G – 31 3 16180807,0000 5393602,5000 4,48 Desv. G – 32 3 25265064,0000 8421688,0000 4,62 Resíduo 291 72245928,0000 248267,7969 Tabela 8. Média dos ambientes e índices ambientais nos cinco locais, na safra 2004/2005, utilizando o método de Eberhart e Russell (1966) Ambientes Média (kg/ha-1) β0i Índice Ambiental (Ij) 1 Bela Vista 2718,0916 121,7712 F 2 Campo Alegre 3478,4668 877,1465 F 3 Goiatuba 2580,6013 -15,7190 D 4 Porangatu 2274,4272 -321,8931 D 5 Rio Verde 1935,0187 -661,3016 D Tabela 9. Estimativa dos coeficientes β0, β1i e Sigmaquad (di) utilizando o método de Eberhart e Russel (1966), para produtividade de grãos (kg/ha-1) na semeadura realizada em duas épocas e cinco locais, na safra 2004/2005. Produtividade de grãos Linh agen s β0 β1i (T = β1i = 1) Sigmaquad (di) F R2 1 1.923,20 -0,87 -7,49** 2371157,25 29,65** 12,00 2 2.615,17 1,67 2,69** 841261,94 11,17** 57,23 3 2.607,84 2,07 4,28** 1648525,00 20,92** 52,20 4 2.060,26 1,13 0,53NS 677044,44 9,18** 42,74 5 2.829,87 0,92 -0,32NS 223430,27 3,70* 54,93 6 2.834,48 0,50 -2,01NS 1106027,13 14,36** 8,42 Biosci. J., Uberlândia, v. 25, n. 3, p. 51-64, May/June 2009 Adaptabilidade e estabilidade... FRANCO, P. B.; HAMAWAKI, O. T. 57 7 2.239,52 1,33 1,33NS 959586,19 12,59** 42,93 8 2.867,73 1,43 1,71NS 613542,69 8,41** 56,40 9 2.968,94 1,08 0,33NS 45840,96 1,55NS 80,15 10 2.984,09 0,77 -0,92NS -43355,32 0,47NS 86,94 11 2.878,64 1,53 2,11* 413235,06 5,99** 67,53 12 2.727,77 0,92 -0,31NS 502215,56 7,07** 39,17 13 2.989,26 1,14 0,57NS 386097,13 5,66** 55,14 14 2.586,80 2,30 5,19** 1197529,38 15,47** 64,53 15 3.106,42 1,08 0,33NS 731915,19 9,84** 38,89 16 3.062,40 1,27 1,09NS 237801,63 3,87** 69,08 17 2.736,76 0,65 -1,38NS 212289,48 3,56** 39,12 18 3.195,06 1,20 0,82NS 216460,52 3,62** 68,19 19 3.117,79 1,09 0,36NS 1248776,50 16,09** 28,31 20 2.834,40 1,17 0,69NS 696922,13 9,42** 43,82 21 2.868,15 1,22 0,89NS 564411,25 7,82** 50,52 22 3.251,28 0,95 -0,17NS 312110,22 4,77** 50,51 23 2.258,70 0,44 -2,25NS 2208543,75 27,69** 3,56 24 2.156,51 0,84 -0,63NS 2249360,00 28,18** 11,85 25 2.308,53 0,97 -0,11NS 2495590,75 31,16** 13,98 26 2.121,32 0,53 -1,87NS 2041093,13 25,66** 5,55 27 1.650,73 1,71 2,83* 1396572,13 17,88** 46,55 28 2.294,13 0,42 -2,34* 2295949,50 28,74** 3,10 29 2.129,73 1,04 0,16NS 2072617,88 26,04** 18,15 30 2.442,10 0,47 -2,11* 2626842,25 32,74** 3,49 31 1.925,18 0,44 -2,25* 1715111,50 21,72** 4,48 32 2.509,46 0,55 -1,78NS 2724473,50 33,92** 4,62 * Significativo a 5% de probabilidade; ** Significativo a 1% de probabilidade; NS Não significativo. Para cada genótipo foi feita uma análise de regressão, utilizando-se o índice ambiental como variável independente e o caráter produtividade como variável dependente. Assim, como proposto por Eberhart e Russel (1966), o efeito do ambiente pode ser decomposto em dois componentes, um linear e outro não linear. O coeficiente de regressão β1i está associado ao componente linear, indicando a adaptabilidade do genótipo, ou seja, sua capacidade de responder à melhoria do ambiente. Os desvios da regressão σ2di estão associados ao componente não- linear e indicam a estabilidade fenotípica. Por este método, tem-se que um genótipo é estável quando σ2di = 0; não estável, quando σ2di ≠ 0; de adaptabilidade ampla, se β1i = 1; adaptado a ambientes favoráveis, se β1i > 1, e adaptado a ambientes desfavoráveis, se β1i < 1. o coeficiente de determinação R2 de cada genótipo, acrescentado como medida adicional por Pinthus (1973) ao método de Eberhart e Russel (1966), foi usado também como medida na definição da estabilidade fenotípica e para quantificar que a proporção da variação fenotípica de cada genótipo é explicada pela regressão linear. A hipótese de que qualquer coeficiente de regressão não difere da unidade foi avaliada pelo teste T, e a hipótese de que os desvios da regressão de cada genótipo não diferem de zero foi verificada pelo teste F. Foram observadas diferenças significativas pelo teste F (Tabela 6) para as fontes de variação do ambiente (E), de genótipo (G), e da interação genótipo x ambiente (G x E), e ambiente / genótipo. Observa-se que a magnitude da variação devido ao ambiente foi menor que o efeito de genótipo, e este, maior que o efeito da interação G x E, mas sendo todas as fontes altamente significativas (P < 0,01). Isto sugere que as linhagens e os ambientes apresentaram variabilidade e que as linhagens diferiram-se nos ambientes. A significância de ambiente linear mostra a existência de variações significativas no ambiente, para proporcionar alterações nas médias dos genótipos. A significância da interação G x E linear mostra que há diferenças entre os coeficientes de regressão dos genótipos. Na Tabela 8, estão representadas as médias de produtividade β0i (kg ha-1) relativas aos cinco ambientes, e os índices ambientais Ij, segundo o método de Eberhart e Russel (1966). A análise de dados indicou índices ambientais positivos aos ambientes 1 (Bela Vista-GO), 2 (Campo Alegre- GO), sendo estes municípios onde houve as melhores produtividades médias dos genótipos. Por Biosci. J., Uberlândia, v. 25, n. 3, p. 51-64, May/June 2009 Adaptabilidade e estabilidade... FRANCO, P. B.; HAMAWAKI, O. T. 58 este critério de índices ambientais Ij, os ambientes 3 (Goiatuba-GO), 4 (Porangatu-GO) e 5 (Rio Verde- GO) foram considerados desfavoráveis, com índices negativos na performance dos genótipos. Na Tabela 6 são apresentadas a médias das linhagens que sobressaíram com boa produtividade em relação a média geral β0 (2.821,46 kg/ha-1) e a média das cultivares testemunhas foram: 5, 8, 9, 10, 13, 15, 16, 18, 19, 20, 21, 22 (Tabela 9 ) A linhagem 11, média de 2.878,64 kg/ha-1 e β1i > 1 significativo a 5%, apresenta adaptabilidade especificamente a ambientes favoráveis σ2di ≠ 0, mas de baixa estabilidade e uma regular previsibilidade R2 = 67,53%, as linhagens 5, 13, 15, 16, 18, 19, 20, 21, médias de 2.829,87 kg/ha-1; 2.989,26 kg/ha-1; 3.106,42 kg/ha-1; 3.062,40 kg/ha-1; 3.195,06 kg/ha-1; 3.177,79 kg/ha-1; 2.834,40 kg/ha-1; 2.868,15 kg/ha-1 e 3.251,28 kg/ha-1; e β1i = 1, apresentam adaptabilidade ampla aos ambientes, mas de baixa estabilidade σ2di ≠ 0 e de pouca a regular previsibilidade R2 = 54,93% (5); R2 = 8,42% (6); R2 = 56,40% (8); R2 = 55,14% (13); R2 = 38,89% (15); R2 = 69,08% (16); R2 = 68,19% (18); R2 = 28,31% (19); R2 = 43,82% (20); R2 = 50,52% (21); R2 = 50,51% (22) (Tabela 9 ). A linhagem 9 média de 2.968,94 kg/ha e B1i = 1, apresenta adaptabilidade amplas aos ambientes e alta estabilidade σ2di = 0 e uma boa previsibilidade R2 = 80,12%. A linhagem 9 se enquadra no genótipo ideal de Eberhart e Russel (1966). Os resultados obtidos neste trabalho pela regressão linear simples de Eberhart e Russel (1966) são semelhantes aos encontrados por Oliveira Neto (2004), ambos estudando a adaptabilidade e estabilidade de linhagem de soja. Regressão linear bissegmentada de Cruz; Torres; Vencovsky (1989) Os resultados da análise de adaptabilidade e estabilidade fenotípica avaliadas pelo método de Cruz; Torres; Vencovsky (1989) são apresentados nas Tabelas 10, 11, 12 e 13. Tabela 10. Índices ambientais (Ij) e T (Ij), obtidos utilizando o método de Cruz; Torres; Venovsky (1989), para produtividade de grãos (g/par) em cinco locais, na safra 2004/2005. Programa de Melhoramento de Soja da UFU tem sua base de cruzamentos e Condução das gerações iniciais na Fazenda Capim Branco da UFU (altitude de + ou – 800m). Neste caso é justificável a menor favorabilidade de ambientes com altitudes semelhantes. Tabela 11. Desvio de regressão de 32 genótipos de soja, utilizando o método descrito por Cruz; Torres; Vencovsky (1989), para produtividade de grãos (g/par) em cinco locais, na safra 2004/2005. Genótipo QM Regressão QM Desvio R2 (%) F Desvio (P<0,01) 1 10924490,0000 1625345,00 87,0489 6,5467 * 2 9656250,0000 67076,00 99,3102 0,2702 Ns 3 14648712,0000 1652852,00 89,8608 6,6575 * 4 5339684,0000 632029,00 89,4163 2,5458 Ns 5 2844393,5000 213334,00 93,0231 0,8593 Ns 6 1671401,6250 4170291,00 28,6116 16,7976 ** 7 7600825,5000 618794,50 92,4717 2,4924 Ns 8 6097426,5000 1090729,50 84,8260 4,3934 * 9 2383788,0000 532718,25 81,7344 2,1457 Ns 10 1333614,7500 24864,00 98,1697 0,1001 Ns 11 4685314,0000 2189926,00 68,1476 8,8208 ** 12 3984387,7500 343608,75 92,0608 1,3840 Ns Local Média (g/par) Índice (Ij) Índice T (Ij) Tipo Altitude (m) Bela Vista 2718,09155 121,77124 -377 F 803 Campo Alegre 3473,46679 877,14648 377 F 877 Goiatuba 2580,60132 -15,71899 0 D 528 Porangatu 2274,42725 -321,893066 0 D 306 Rio Verde 1935,01868 -661,30163 0 D 715 Média dos ambientes favoráveis (F) 499,45886 Biosci. J., Uberlândia, v. 25, n. 3, p. 51-64, May/June 2009 Adaptabilidade e estabilidade... FRANCO, P. B.; HAMAWAKI, O. T. 59 13 4398453,0000 304885,00 93,5177 1,2280 Ns 14 14980953,0000 1261901,00 92,2310 5,0828 * 15 5574207,5000 425372,00 92,9100 1,7134 Ns 16 4219873,5000 445636,00 90,4483 1,7950 Ns 17 1108220,5000 1072720,50 50,8139 4,3208 * 18 3717641,2500 516307,25 87,8055 2,0796 Ns 19 7792873,0000 565797,00 93,2310 2,2790 Ns 20 5001614,5000 1244441,00 80,0764 5,0125 * 21 5117162,0000 768643,00 86,9407 3,0960 * 22 3373288,5000 217523,50 93,9422 0,8762 Ns 23 10119590,0000 572859,00 94,6424 2,3074 Ns 24 11904868,0000 1306,00 99,9890 0,0053 Ns 25 13014570,0000 474033,00 96,4857 1,9094 Ns 26 9848968,0000 270157,00 97,3302 1,0882 Ns 27 12077007,0000 379012,00 96,9572 1,5266 Ns 28 10129881,0000 917117,00 91,6980 3,6941 * 29 10903760,0000 947249,00 92,0070 3,8154 * 30 12436505,0000 198633,00 98,4279 0,8001 Ns 31 8108323,5000 362334,50 95,7225 1,4595 Ns 32 12245137,0000 999707,00 92,4521 4,0267 * * Significativo a 5% de probabilidade;** Significativo a 1% de probabilidade; NS Não significativo. Tabela 12. Estimativa dos coeficientes β0, β1i e β2i de 32 genótipos de soja, utilizando o método descrito por Cruz; Torres; Vencovsky (1989), para produtividade de grãos (g/par) em cinco locais, na safra 2004/2005. Genótipo β0 β1 β2 β1 + β2 1 1923,20117 0,27915 -5,29546 -5,02631 2 2615,17187 2,42439 -3,49027 -1,06588 3 2607,84009 2,99927 -4,27518 -1,28591 4 2060,26269 1,75322 -2,88083 -1,12762 5 2829,87305 1,32005 -1,86216 -0,54211 6 2834,48389 0,90090 -1,87389 -0,97299 7 2239,52246 2,08184 -3,48204 -1,40019 8 2867,73315 1,96899 -2,46626 -0,50727 9 2968,94311 1,16405 -0,37013 0,79392 10 2984,09546 0,91582 -0,67379 0,24203 11 2878,64111 1,45204 0,35398 1,80602 12 2727,77002 1,48546 -2,61063 -1,12517 13 2989,26123 1,64118 -2,31836 -0,67718 14 2586,80176 3,08401 -3,66034 -0,57633 15 3106,41431 1,75206 -3,10642 -1,35436 16 3062,40356 1,64410 -1,72294 -0,07884 17 2736,75928 0,84268 -0,87139 -0,02872 18 3195,06299 1,54358 -1,57230 -0,02872 19 3117,78833 1,95632 -4,01964 -2,06332 20 2834,39941 1,73233 -2,59654 -0,84419 21 2868,14868 1,76681 -2,52649 -0,75968 22 3251,28149 1,41902 -2,15487 -0,73585 23 2258,69849 -0,72101 5,38489 4,66388 24 2156,50561 -0,36058 5,58980 5,22922 25 2308,52954 -0,26512 5,75654 5,49141 26 2121,32519 -0,60039 5,25876 4,65837 27 1650,73339 0,77720 4,32367 5,10087 28 2294,12671 -0,74678 5,39844 4,65166 29 2129,73096 -0,05851 5,10498 5,04648 Biosci. J., Uberlândia, v. 25, n. 3, p. 51-64, May/June 2009 Adaptabilidade e estabilidade... FRANCO, P. B.; HAMAWAKI, O. T. 60 30 2442,09692 -0,81494 5,97632 5,16138 31 1925,17981 -0,59525 4,79709 4,20183 32 2509,46289 -0,71192 5,88552 5,17360 Tabela 13. Teste T dos coeficientes β1i e β2i, de 32 genótipos de soja, utilizando o método descrito por Cruz; Torres; Vencovsky (1989), para produtividade de grãos (g/par) em cinco locais, na safra 2004/2005. Genótipo T (β1 = 1) (P<0,01) T (β1 + β2) = 1 (P<0,01 ) T (β1 = 1) (P<0,01) 1 -2,5910 ** -11,1892 ** -8,7100 ** 2 5,0497 ** -3,8358 ** -5,7408 ** 3 7,0523 ** -4,2443 ** -7,0318 ** 4 2,6703 ** -3,9504 ** -4,7384 ** 5 1,1346 Ns -2,8633 ** -3,0629 ** 6 -0,3513 Ns -3,6633 ** -3,0822 ** 7 3,8353 ** -4,4565 ** -5,7273 ** 8 3,3998 ** -2,7986 ** -4,0565 ** 9 0,5816 Ns -0,3826 Ns -0,6088 Ns 10 -0,2984 Ns -1,4073 Ns -1,1083 Ns 11 1,6026 Ns 1,4966 Ns 0,5822 Ns 12 1,7210 Ns -3,9459 ** -4,2940 ** 13 2,2731 * -3,1141 ** -3,8132 ** 14 7,3882 ** -2,9268 ** -6,0205 ** 15 2,6662 ** -4,3714 ** -5,1094 ** 16 2,2835 * -2,0031 * -2,8339 ** 17 -0,5577 Ns -1,9101 Ns -1,4333 * 18 1,9271 Ns -1,9101 Ns -2,5861 ** 19 3,3903 ** -5,6878 ** -6,6115 ** 20 2,5963 ** -3,4613 ** -4,2708 ** 21 2,7185 ** -3,2673 ** -4,1556 ** 22 1,4855 Ns -3,2230 ** -3,5443 ** 23 -6,1013 ** 6,8028 ** 8,8571 ** 24 -4,8235 ** 7,8525 ** 9,1941 ** 25 -4,4851 ** 8,3393 ** 9,4683 ** 26 -5,6737 ** 6,7926 ** 8,6496 ** 27 -0,7899 Ns 7,6142 ** 7,1116 ** 28 -6,1927 ** 6,7801 ** 8,8793 ** 29 -3,7526 ** 7,5132 ** 8,3967 ** 30 -6,4343 ** 7,7265 ** 9,8299 ** 31 -5,6555 ** 5,9449 ** 7,8902 ** 32 -6,0691 ** 7,7492 ** 9,6805 ** * Significativo a 5% de probabilidade; ** Significativo a 1% de probabilidade; NS Não significativo. O método proposto por Cruz; Torres; Vencovsky (1989) baseia-se na análise de regressão bissegmentada, tendo como parâmetros de adaptabilidade, a média (β0i) e a resposta linear aos ambientes desfavoráveis (β1i) e aos ambientes favoráveis (β1i + β2i). A estabilidade das cultivares foi avaliada pelos desvios da regressão σ2di de cada genótipo, em função das variações ambientais, e completada com o coeficiente de determinação R2. Houve efeitos significativos (P < 0,01) quanto aos ambientes, genótipos e interação genótipos x ambientes, o que evidencia o comportamento diferenciado entre as linhagens avaliadas por causa das variações ambientais, Tabela 6. Pelo método de Cruz; Torres; Vencovsky (1989), busca-se como cultivar ideal aquela que apresenta alta produtividade média (β0), adaptabilidade nos ambientes desfavoráveis (β1i < 1), capacidade de responder à melhoria ambiental (β1i + β2i > 1) e, variância dos desvios de regressão igual a zero (σ2di = 0). Há respostas significativas às variações ambientais tanto nos ambientes favoráveis quanto Biosci. J., Uberlândia, v. 25, n. 3, p. 51-64, May/June 2009 Adaptabilidade e estabilidade... FRANCO, P. B.; HAMAWAKI, O. T. 61 nos desfavoráveis, para todos os genótipos estudados, conforme evidenciado pela significância dos quadrados médios da regressão linear bissegmentada (Tabela 12). O genótipo preconizado como ideal, ou seja, aquele com média alta, β1i < 1, β1i + β21 > 1 e T2δi:= 0, não se encontra entre os genótipos. CONCLUSÕES O programa de Melhoramento Genético de Soja da Universidade Federal de Uberlândia tem selecionado genótipos produtivos que podem ser indicados para semeadura em vários ambientes agrícolas e outros com adaptação específica. A interação genótipo x local foi significativa e evidenciou um diferencial no comportamento das linhagens avaliadas nos diferentes locais. As linhagens que mais se destacaram nos ambientes favoráveis em produtividade de grãos foram 5, 8, 9, 13, 15, 16, 18, 19, 20 e 21. Os locais mais favoráveis, onde houve a maior produtividade foram Bela Vista e Campo Alegre. Os locais Goiatuba, Porangatu e Rio Verde foram considerados desfavoráveis. A linhagem 11 destacou-se nos ambientes favoráveis, mas de baixa estabilidade e regular previsibilidade. A linhagem 9 apresentou adaptação ampla e estabilidade geral. ABSTRACT: This work had the objective to evaluate the character of soybean lines, the Program of Genetic Improvement of soybean of the Federal University of Uberlândia, in the county of Goiatuba, Rio Verde, Bela Vista, Campo Alegre and Porangatu, in the State of Goiás. 27 lines of late cycle had been evaluated and having as check cultivars M-Soy 866, Guarantee, M-Soy 8800, Chapadões and M-Soy 8411, sown in the agricultural year of 2004/2005. The experimental design was randomized blocks, with 3 replications. 32 genotypes in each county. The parcel formed by four rows of 5 meters of length, spaced 0,45m between rows. Was evaluated productivity grain yield (PG). The methodologies that quantify the used adaptability and/or fenotype stability had been simple linear regression of Eberhart and Russell; bissegmentada linear regression of Cruz; Torres and Vencovsky. The method of Eberhart and the Russell, outstanding the strain 9, for gather good grain yield, adaptability and stability in the test places. KEYWORDS: Adaptability. Stability. Soybean genotypes. REFERÊNCIAS ALLARD, R. W.; BRADSHAW, A. D. Implications of genotype– environmental interactions in applied plant breeding. Crop Science, Madison v. 4, n. 5, p. 503-508, 1964. ALLIPRANDINI, L. F.; TOLEDO, J. F. F.; FONSECA JÚNIOR, N; ALMEIDA, L. A.; KIIHL, R. A. S. Análise de adaptação e estabilidade de genótipos de soja no estado do Paraná. 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