Microsoft Word - 4-revisado-804_Agra Original Article 24 ESTOQUE DE CARBONO E ESTABILIDADE DE AGREGADOS DE UM LATOSSOLO VERMELHO DISTRÓFICO, SOB DIFERENTES MANEJOS CARBON SUPPLY AND STABILITY OF HAPLUSTOX AGGREGATES UNDER DIFFERENT MANAGEMENTS Danilo Eduardo ROZANE1; José Frederico CENTURION2; Liliane Maria ROMUALDO3; Carlos Alberto Kenji TANIGUCHI3; Milaine TRABUCO3; Adriana Ursulino ALVES3 1. Pós-doutorando, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias – FCAV, Departamento de Solos e Adubos, Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” - UNESP, Jaboticabal, SP. Brasil. danilorozane@yahoo.com.br ; 2. Professor Adjunto, FCAV - UNESP; 3. Doutorandos, Departamento de Solos e Adubos - UNESP-FCAV, Jaboticabal, SP. Brasil. RESUMO: Os sistemas de uso e manejo dos solos são fatores preponderantes no estoque de carbono e na estabilidade dos agregados, que exercem grande influência na produtividade das culturas. A presente pesquisa teve como objetivo avaliar o estoque de carbono e a estabilidade de agregados de um Latossolo Vermelho Distrófico, sob diferentes usos e manejos. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, em parcelas subdivididas, com seis repetições. Assim, foram utilizados, como tratamentos principais, três manejos de solo (mata nativa, pastagem com ‘capim Tanzânia’ e cultivo com milho) e, como subparcelas, três camadas (0-10; 10-20 e 20-30cm). As amostras de solo foram analisadas para determinação da matéria orgânica, estoque de carbono orgânico no solo (métodos de camada e de massa de solo equivalente), o diâmetro médio ponderado (DMP) e o diâmetro médio geométrico (DMG). Os resultados indicam que os sistemas de manejo avaliados influenciaram nos tamanhos dos agregados do solo e em sua distribuição na camada de 0 – 30 cm de profundidade. O maior acúmulo de carbono se deu nas camadas superficiais, apesar de não haver variação entre os sistemas de manejo. PALAVRAS-CHAVE: Qualidade do solo. Carbono orgânico do solo. DMG. DMP. INTRODUÇÃO Os solos possuem diferenças estruturais que derivam da pedogênese, apresentando diferentes granulometrias, mineralogias e conteúdo de matéria orgânica, que podem ser modificados pelo seu uso e cultivo (CENTURION et al., 2004). O estudo das transformações que ocorrem resultantes do uso e do manejo dos solos é de grande importância na escolha de sistemas mais adequados para manejar a potencialidade das áreas, devido à formação e a estabilidade dos agregados do solo que ocorrem mediante a ação de processos físicos, químicos e biológicos. O manejo e as condições físicas do solo tenderão a um estado estável, o qual é dependente das condições edafoclimáticas e dos sistemas de manejo empregados. Dessa forma, diferentes sistemas de manejo resultarão, conseqüentemente, em diferentes condições de preservação da matéria orgânica e do equilíbrio físico do solo, que poderão ser favoráveis ou não, à sua conservação e à produtividade das culturas. Vários pesquisadores vêm estudando o efeito dos sistemas de cultivo sobre a estabilidade dos agregados e do acúmulo da matéria orgânica (SILVA et al., 1998; CORRÊA, 2002; LIMA et al., 2003; GÓES et al., 2005; LUCA et al., 2008). Silva et al. (1998) estudaram a resistência de agregados de Latossolo Vermelho ao impacto de gotas de chuva, simulada, e o diâmetro médio geométrico dos agregados sob sistemas de sucessão milho-adubo verde e sob cerrado nativo e concluíram que o último apresentou agregados maiores e mais estáveis, sendo necessária maior energia cinética para destruí-los. Os autores também verificaram que a braquiária apresentou maior ação agregante que as leguminosas, o que é justificável pela maior agregação do solo devido à maior extensão de seu sistema radicular (BAVER et al.,1973) e a elevada densidade de raízes (SILVA; MIELNICZUK, 1997). Corrêa (2002) avaliou o efeito de sistemas de cultivo na estabilidade de agregados em água de Latossolo Vermelho-Amarelo no Mato Grosso, verificando que o maior fracionamento de agregados ocorreu nas áreas preparadas com grade aradora e niveladora para monocultivo da soja e maior estabilidade de agregados foi observada na semeadura direta da soja sobre a palhada do milheto. Lima et al. (2003) concluíram que o sistema de manejo de semeadura direta favoreceu a formação de agregados de maior tamanho, originando maior diâmetro médio ponderado de agregados. Góes et al. (2005) verificaram que os sistemas de uso do solo com cana-de-açúcar Biosci. J., Uberlândia, v. 26, n. 1, p. 24-32, Jan./Feb. 2010 Received: 18/09/08 Accepted: 03/02/09 mailto:danilorozane@yahoo.com.br Estoque de carbono... ROZANE, D. E. et al. 25 reduzem a estabilidade de agregados e a condutividade hidráulica saturada em relação à mata nativa. Luca et al. (2008) estudando três solos cultivados com cana-de-açúcar e manejados com colheita mecanizada sem despalha a fogo e colheita manual com a queima do canavial, concluíram que a decomposição da palhada depositada proporcionou aumento no teor e no estoque de matéria orgânica, passando a funcionar como dreno de C e N atmosféricos e o maior teor de matéria orgânica favoreceu o aumento de estabilidade de agregados. A perda de matéria orgânica, devido ao cultivo, é favorecida pelo aumento da exposição do solo, possibilitando erosão e elevação da taxa de decomposição (BOWMAN et al., 1990). Cavenage et al. (1999) estudando tipos de uso do solo (eucalipto, pinus, mata ciliar, pastagem e milho), observaram que o pinus e a mata ciliar promoveram as menores alterações físicas comparadas à vegetação natural de cerrado. Em adição ao tipo de solo e à intensidade do déficit hídrico, os sistemas de manejo adotados podem alterar as quantidades totais e as localizações dos estoques de carbono orgânico do solo (DE BONA et al., 2006). Enquanto os sistemas de culturas determinam o potencial de aporte anual de biomassa ao solo, é possível que a utilização de diferentes manejos favoreça a ocorrência de elevadas taxas de decomposição da matéria orgânica do solo (BAYER et al., 2000). Diversos estudos demonstram que há correlação entre o conteúdo de carbono orgânico no solo e a estabilidade dos agregados em água. A influência da matéria orgânica na agregação do solo é um processo dinâmico em que os efeitos benéficos estão associados à intensificação da atividade microbiana, resultando em produtos que desempenham função na formação e estabilidade (agentes agregantes) dos agregados. Entretanto, estes efeitos benéficos sobre essa agregação são resultantes da atividade conjunta dos microrganismos, da fauna e da vegetação. Paladini; Mielniczuk (1991) constataram correlação entre agregados maiores que 2,00 mm e carbono orgânico do solo na camada de 0 - 2,5 cm, indicando que compostos orgânicos podem ter atuado na formação e estabilidade desses agregados. Campos et al. (1995) verificaram que o solo sob semeadura direta apresentou diâmetro médio dos agregados cerca de duas vezes maior que a semeadura convencional, e acrescentaram que essa diferença foi diretamente correlacionada ao incremento de carbono orgânico e atividade microbiana. Diante do exposto, objetivou-se avaliar o estoque de carbono e estabilidade de agregados de um Latossolo Vermelho Distrófico, sob diferentes usos e manejos. MATERIAL E MÉTODOS O estudo foi realizado, em maio de 2007, num Latossolo Vermelho Distrófico, típico, textura média, A-moderado, hipoférrico e muito profundo, (Haplustox) com relevo suave ondulado (EMBRAPA, 1999). As coordenadas geográficas da área experimental são 21º14’07’’ de latitude sul e 48º16’35’’ de longitude oeste, e altitude de 595m, localizada no Pólo Regional de Desenvolvimento Tecnológico dos Agronegócios de Alta Mogiana, no município de Colina, SP. A precipitação média anual é de 1.262 mm e a temperatura média, de 24,8º C. O clima é tropical chuvoso (Aw), pelo critério de classificação climática de Köppen. Utilizou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado, em parcelas subdivididas, sendo os três sistemas (mata, pastagem com ‘capim Tanzânia’ e milho) como parcelas e as três camadas (0-10, 10-20 e 20-30 cm) como subparcelas e seis repetições. A área de pastagem (Panicum maximum cv. capim Tanzânia) foi implantada em 1997 e desde então vem sendo manejada com bovinos de corte. A área com milho em sistema de semeadura direta e irrigação sob pivô central, iniciou-se em 2006 em local anteriormente cultivado com ‘capim Tanzânia’. Na implantação de ambas as áreas realizou-se o preparo do solo com duas gradagens pesadas (16 discos de 32 polegadas), mais uma gradagem de nivelamento (24 discos de 28 polegadas). Especificamente para o milho, a calagem foi feita em abril de 2006 com aplicação de 6 t ha-1 de calcário dolomítico, além de receber, na adubação de plantio, 1.000 kg ha-1 da formulação 20-05-20. Na adubação de cobertura, feita em junho de 2006, foram aplicados 1.100 kg ha-1 da fórmula 14-07-28 e incorporados por meio de cultivador marca “DMB”. O milho foi colhido em maio de 2007 e a produtividade de grãos obtida foi de 3,5 t ha-1. A determinação do teor de matéria orgânica, conforme método descrito em Raij et al. (2001), e de granulometria pelo método da pipeta, de acordo com EMBRAPA (1979) foi feita em amostra composta de solo proveniente de 20 subamostras, sendo essas, coletadas com auxilio de um trado tipo holandês (Tabela 1). Biosci. J., Uberlândia, v. 26, n. 1, p. 24-32, Jan./Feb. 2010 Estoque de carbono... ROZANE, D. E. et al. 26 Tabela 1. Teores de areia, silte e argila em três camadas de um Latossolo Vermelho Distrófico sob três manejos e uso de solo Camada Mata Pastagem Milho -- Areia -- Silte Argila -- Areia -- Silte Argila -- Areia -- Silte Argila Grossa Fina Grossa Fina Grossa Fina cm ------------------------------------------------ g kg-1 ------------------------------------------------ 00-10 335 433 50 182 333 431 68 168 306 464 60 170 10-20 347 414 52 187 338 408 85 170 314 449 57 180 20-30 340 413 54 193 321 443 51 185 307 440 54 200 Nas áreas de mata nativa e de pastagem, as amostras de solo foram coletadas em área total e em zigue-zague, enquanto que na de cultivo de milho, as amostras foram coletadas após a colheita dos grãos e nas entrelinhas de semeadura. As áreas de estudo apresentavam, aproximadamente, 50 m de distância entre si e cerca de 10 ha cada. As amostras de solo destinadas à determinação do diâmetro médio ponderado (DMP) e do diâmetro médio geométrico (DMG), foram coletadas com enxadão, sem destruição dos torrões, adicionadas em sacos de plástico e levadas ao laboratório para a secagem ao ar. No preparo das amostras os torrões foram desmanchados tomando- se cuidado para não destruir os agregados, e passados em peneira de 7,93 mm e retido em peneira de 4,00 mm, para determinação da distribuição de classes de agregados. Em cada determinação foram utilizadas 50 g de solo, sendo este umedecido com álcool e levado ao aparelho com peneiras de malhas 4,00; 2,00; 1,00; 0,50; 0,25 e 0,125 mm. O aparelho foi calibrado para 15 minutos, com 32 oscilações verticais por minuto e um intervalo espacial de 4,0 cm de amplitude entre o ponto máximo e o mínimo. A umidade residual foi determinada utilizando-se uma amostra adicional. Após o término das oscilações o conteúdo retido em cada uma das peneiras foi seco em estufa à 105°C, durante 24 horas, e em seguida foi pesado. Todos esses procedimentos foram realizados conforme EMBRAPA (1997). Foram determinados o diâmetro médio ponderado (DMP), obtido pela fórmula proposta por Castro Filho et al. (1998), e o diâmetro médio geométrico (DMG), segundo Schaller; Stockinger (1953), citados por Alvarenga et al. (1986). As equações utilizadas foram: DMP = Σni=1 (ni d) DMG = antilog Σ (n log d) / Σn onde: ni = % dos agregados retidos em uma determinada peneira (forma decimal); di = diâmetro médio de uma determinada faixa de tamanho do agregado; e n = % dos agregados retidos em uma determinada peneira. A matéria orgânica foi transformada em carbono orgânico, pela indicação de Camargo et al. (1986). O estoque de carbono orgânico nas respectivas camadas de solo foi transformado pelos métodos da camada (BAYER et al., 2000) e da massa de solo equivalentes (ELLERT; BETTANY, 1995) . O método da camada equivalente leva em consideração a espessura da camada e a densidade do solo; enquanto o método da massa equivalente de solo utiliza, como referência, a massa de solo de um tratamento, a qual é tomada como base para o cálculo do estoque em todos os demais tratamentos. Para o presente estudo, considerou-se como referência, as massas de solo das camadas correspondentes da mata nativa, a qual representa a condição original do solo. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância e comparação de médias pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Realizaram- se também análises de correlação do carbono orgânico com o DMP e com o DMG dos agregados. (SAS INSTITUTE, 1996). RESULTADOS E DISCUSSÃO Nas Tabelas 2 e 3 estão apresentados os valores do DMG e do DMP dos agregados, respectivamente. Apesar de não haver diferenças significativas nos valores de DMG e de DMP nas áreas de mata e de pastagem, estes foram significativamente maiores que os encontrados na área de cultivo de milho. Resultados semelhantes foram obtidos por Lacerda et al. (2005), que encontraram maior DMP em um Nitossolo Vermelho Distroférrico com mata nativa e menor em área cultivada por 22 anos no sistema de semeadura convencional. Castro Filho et al. (2002) também verificaram valores maiores de DMG e de DMP no sistema de semeadura direta quando comparado ao sistema convencional de cultivo em um Latossolo Vermelho Distrófico. Pinheiro et al. (2004), em um Latossolo Vermelho Distrófico, encontraram maiores valores de DMG e de DMP, Biosci. J., Uberlândia, v. 26, n. 1, p. 24-32, Jan./Feb. 2010 Estoque de carbono... ROZANE, D. E. et al. 27 tanto na camada de 0-5 quanto na de 5-10 cm, em área com cultivo de gramíneas e menores em áreas de cultivo convencional e sem cobertura do solo. Os valores de DMG e de DMP dos agregados obtidos na área de pastagem (Tabelas 2 e 3, respectivamente), superiores quando comparados aos da área de milho, pode ser explicado, segundo Silva; Mielniczuk (1997), ao maior desenvolvimento e melhor distribuição do sistema radicular de gramíneas perenes no solo, favorecendo as ligações dos pontos de contatos entre partículas minerais e agregados. Silva; Mielniczuk (1998) observaram a existência de uma correlação positiva entre densidade de raízes e DMP (r = 0,76**). Tabela 2. Diâmetro médio geométrico (DMG) dos agregados de um Latossolo Vermelho sob diferentes sistemas de uso e em três camadas Camadas Sistemas de uso Mata Pastagem Milho Média cm ---------------------------------- mm ---------------------------------- 00-10 5,45Aa 5,62Aa 3,24Ab 4,77A 10-20 4,86Aa 4,16Bb 3,39Ac 4,13B 20-30 2,44Ba 2,03Ca 2,02Ba 2,15C Média 4,25a 3,94a 2,88b Teste F Sistemas de uso (S) 66,82** Camadas (C) 155,88** Interação S x C 11,59** CV (%) para S 10,09 CV (%) para C 12,55 1Médias seguidas de mesma letra maiúscula na coluna e minúscula na linha, não diferem significativamente a 5% de probabilidade pelo Teste de Tukey. **: Significativo a 1% de probabilidade. A menor estabilidade dos agregados na área de cultivo de milho pode ser explicada por práticas como a aração e a gradagem, que provocam a desestruturação dos agregados e a oxidação da matéria orgânica. Corrêa (2002) verificou a redução de 30 e 49% no teor de matéria orgânica até a profundidade de 15 cm de um Latossolo Vermelho- Amarelo de textura média com o primeiro cultivo de arroz e seis anos de cultivo de soja, respectivamente. Em relação aos estoques de carbono orgânico, os métodos de cálculo da camada equivalente e de massa equivalente resultaram em valores muito similares, devido à pequena variação na densidade do solo entre os sistemas de manejo (Tabela 4). Contudo valores de mesma magnitude foram observados em camada equivalente por De Bona et al. (2006) e Luca et al. (2008). No entanto, De Bona et al. (2006) indica que a discussão dos efeitos nos sistemas de manejo devem ser baseados nos estoques de carbono orgânico obtidos pelo método da massa equivalente de solo. Tabela 3. Diâmetro médio ponderado (DMP) dos agregados de um Latossolo Vermelho sob diferentes sistemas de uso e em três camadas Camadas Sistemas de uso Mata Pastagem Milho Média cm ---------------------------------- mm ---------------------------------- 00-10 5,76Aa 5,84Aa 4,68Ab 5,42A 10-20 5,52Aa 5,18Ba 4,72Ab 5,14B 20-30 3,99Ba 3,64Ca 3,73Ba 3,78C Média 5,09a 4,89a 4,38b Teste F Sistemas de uso (S) 40,75** Camadas (C) 155,23** Interação S x C 6,95** CV (%) para S 5,09 CV (%) para C 6,25 1Médias seguidas de mesma letra maiúscula na coluna e minúscula na linha, não diferem significativamente a 5% de probabilidade pelo Teste de Tukey. **: Significativo a 1% de probabilidade. Biosci. J., Uberlândia, v. 26, n. 1, p. 24-32, Jan./Feb. 2010 Estoque de carbono... ROZANE, D. E. et al. 28 Como observado nas Tabelas 2 e 3, os maiores valores de DMG e de DMP foram encontrados na camada de 0-10, seguida da camada de 10-20 cm, pois nessas camadas foram encontrados os maiores valores de carbono orgânico (Tabela 4). Resultados semelhantes foram obtidos por Castro Filho et al. (2002), que encontraram maiores concentrações de carbono orgânico na camada de 0-20, quando comparadas às de 20-40 cm, independentemente do sistema de cultivo empregado (convencional ou semeadura direta) ou do tipo de solo (LVdf, PVAd e RQo), como relataram Luca et al. (2008) com manejo de cana- de-açúcar com despalha a fogo. As concentrações de matéria orgânica e de C orgânico na camada superficial (0-10 cm) do solo nos manejos estudados mostraram-se superiores às camadas mais profundas, o que é coerente com o fato da maior deposição de resíduos na superfície do solo. O que concorda com os resultados obtidos por De Bona et al. (2006). Por outro lado, na camada entre 8,7 e 17,7 cm da área de cultura de milho, o teor carbono orgânico foi similar ao da superfície (Tabela 4), sendo este resultado atribuído possivelmente à incorporação da matéria orgânica pelo preparo convencional da área em razão ao primeiro cultivo da cultura. A análise de variância do estoque de carbono orgânico revelou não haver diferenças entre os sistemas de manejo, haja vista a grande deposição de material orgânico na superfície do solo pela mata nativa e pela pastagem. Entretanto, acredita-se que apesar da cultura de milho ter sido implantada recentemente, as práticas agrícolas da mesma foram suficientes somente para provocar a desestruturação dos agregados (Tabelas 2 e 3), mas não suficiente para degradar o carbono orgânico do solo, acumulado por 10 anos sucessivos de pastagem (Tabela 4). Tabela 4. Estoque de carbono orgânico calculados em camada equivalente de solo e em massa equivalente de solo, em três sistemas de manejo, em um Latossolo Vermelho Distrófico, típico (Haplustox) Manejo Densidade Matéria Camada equivalente de solo Massa equivalente de solo Orgânica(1) Camada Massa Carbono Camada(1) Massa(2) Carbono(3) kg dm-3 g dm-3 cm t ha-1 kg t-1 t ha-1 cm ------- t ha-1 ------- Mata 1,39 19 0-10 1390 11,0 15,4 0-10 1390 15,4aA 1,39 14 10-20 1390 8,1 11,3 10-20 1390 11,3aB 1,42 13 20-30 1420 7,6 10,7 20-30 1420 10,7aB Pastagem 1,53 19 0-10 1530 11,0 16,9 0-9,1 1390 15,4aA 1,51 17 10-20 1510 9,9 14,9 9,1-18,3 1390 13,7aB 1,50 14 20-30 1500 8,1 12,2 18,3-27,8 1420 11,6aC Milho 1,60 17 0-10 1600 9,9 15,8 0-8,7 1390 13,7aA 1,55 15 10-20 1550 8,7 13,5 8,7-17,7 1390 12,1aA 1,39 12 20-30 1390 7,0 9,7 17,7-27,9 1420 9,9aB (1) Limites teóricos de cada camada que contém a mesma massa de solo da mata nativa (referência). (2) Massa de solo da mata nativa (referência), de acordo com os valores de densidade apresentados. (3) Letras minúsculas comparam os sistemas de manejo. Letras maiúsculas comparam as camadas dentro de cada manejo. Médias seguidas da mesma letra maiúscula na coluna e minúscula na linha, não diferem estatisticamente entre si, pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. De Bona et al. (2006) após oito anos de observação, concluíram, que a concentração de carbono orgânico em sistemas que tem grande aporte de material orgânico superficialmente se equivalem com sistemas onde o mesmo aporte é incorporado, considerando-se a mesma espessura de avaliação até onde ocorra a incorporação. Por conseguinte, a localização do material orgânico na camada superficial do solo, onde se localiza grande parte do sistema radicular (MERTEN; MIELNICZUK, 1991), pode ser considerado um aspecto benéfico aos cultivos agrícolas, por melhorarem a estabilidade da estrutura do solo, nos fluxos de O2 e H2O, na complexação de metais e na atividade da biota (REICOSKY et al., 1995). Há maior favorecimento para os sistemas manejados com mata nativa e pastagem. Considerando os valores de diâmetro médio e de carbono orgânico do solo, verificou-se correlação positiva e significativa entre esses fatores (Figuras 1a,b), indicando a importância do conteúdo de carbono orgânico na estabilidade dos agregados dos solos. Campos et al. (1995), em experimento com rotação de culturas e sistemas de manejo de um Biosci. J., Uberlândia, v. 26, n. 1, p. 24-32, Jan./Feb. 2010 Estoque de carbono... ROZANE, D. E. et al. 29 Latossolo Vermelho Distrófico, encontraram correlação positiva entre DMG e carbono orgânico. Silva; Mielniczuk (1998) encontraram um r = 0,55** entre DMP e carbono orgânico de dois solos sob diferentes manejos. Wendling et al. (2005), avaliando os efeitos de manejos na estabilidade de agregados de um Latossolo Vermelho, encontraram coeficientes de correlação entre diâmetro médio e teor de carbono orgânico na camada de 0 a 20 cm de 0,74*** a 0,83***. Corrêa (2002) também encontrou correlação positiva entre o DMP e o teor de matéria orgânica de um Latossolo Vermelho-Amarelo de textura média (r = 0,94**). Lima et al. (2003) encontraram coeficientes de correlação entre DMP e carbono orgânico de um Planossolo Hidromórfico Eutrófico de 0,45** a 0,78**. Silva et al. (2007) encontraram correlação positiva entre o diâmetro médio de agregados e o teor de carbono orgânico de um Latossolo Amarelo Distrocoeso cultivado com cana-de-açúcar por 2; 18 e 25 anos. Martens (2000) encontrou correlação entre tamanho médio de agregados e teores totais de monossacarídeos, de proteínas, de ácidos fenólicos e de substâncias húmicas extraídas em meio alcalino de um solo sob diferentes sistemas de uso (vegetação de pradaria e cultivos de milho e de soja), sugerindo que a bioquímica dos resíduos adicionados interferem diretamente nas propriedades físicas do solo. a) b) y = 0,3612x - 0,6762 r = 0,68** 1 2 3 4 5 6 9 10 11 12 13 14 15 16 Carbono, t ha-1 D iâ m et ro m éd io g eo m ét ric o, m m y = 0,2107x + 2,2372 r = 0,65** 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 9 10 11 12 13 14 15 16 Carbono, t ha-1 D iâ m et ro m éd io p on de ra do , m m Figura 1. Correlações entre diâmetro médio geométrico, DMG (a) e ponderado dos agregados, DMP (b) e carbono no solo. Cada ponto representa a média de 6 repetições. ** Significativo a 1% de probabilidade Por outro lado, Silva et al. (1998), em experimento com sucessão milho e espécies de adubos verdes, não encontraram correlação entre o DMG e o conteúdo de carbono orgânico de um Latossolo Vermelho. Na Figura 2 observa-se que as práticas de preparo do solo adotadas no cultivo do milho reduziram significativamente a proporção dos agregados da classe entre 7,93 a 4 mm e aumentou os da classe inferior a 2 mm até a camada de 0-20 cm. Na camada de 0-10 cm das áreas de mata e de pastagem, não houve diferença significativa na % de agregados > que 2 mm (97%), porém, com o cultivo do milho por apenas um ano no sistema de semeadura convencional, houve redução para 78%. Na camada de 10-20 cm, cerca de 93; 87 e 80% dos agregados das áreas de mata, de pastagem e de milho, respectivamente, apresentavam-se > que 2 mm. Na camada de 20-30 cm, não houve diferença significativa na percentagem de agregados maiores que 2 mm, indicando que os métodos de preparo de solo não influenciaram a estabilidade dos agregados a esta profundidade. Paladini; Mielniczuk (1991) verificaram que o sistema de pousio/milho diminuiu a % de agregados > que 2 mm e aumentou a % na classe de 1 a 0,250 mm até a profundidade de 17,5 cm de um Argissolo Vermelho. Corrêa (2002) verificou que a % de agregados > que 2 mm passaram de 88,1%, em uma área de mata natural, para 63,9 e 22,5% com o primeiro cultivo de arroz e o monocultivo da soja por seis anos, respectivamente. Mendes et al. (2003) observaram que o sistema convencional de cultivo reduziu em cerca de 40% os agregados > que 2 mm de um Latossolo Vermelho, quando comparado este solo sob vegetação de cerrado. Biosci. J., Uberlândia, v. 26, n. 1, p. 24-32, Jan./Feb. 2010 Estoque de carbono... ROZANE, D. E. et al. 30 50% 60% 70% 80% 90% 100% Milho Mata Pasto Milho Mata Pasto Milho Mata Pasto % d e ag re g ad o s 7,93 a 4 mm 4 a 2 mm <2 mm 0 a 10 cm 10 a 20 cm 20 a 30 cm Ba Aa Aa Ac Ab Ab Ab Bb Bb Bb Ca Ac Ab Aa Ab Ba Ac Bb Aa Ac ABb Bb Ac Aa Aa Ac Ab Figura 2. Distribuição dos agregados conforme o sistema de uso adotado e em três camadas. Médias seguidas de mesma letra, maiúscula para sistemas de uso e minúscula para classes de agregados, dentro de cada camada, não diferem estatisticamente entre si, pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. CONCLUSÕES Os resultados indicam que os sistemas de manejo avaliados influenciaram nos tamanhos dos agregados do solo e em sua distribuição na camada de 0 – 30 cm de profundidade. O maior acúmulo de carbono se deu nas camadas superficiais, apesar de não haver variação entre os sistemas de manejo. ABSTRACT: These systems of soil use and management are very important in carbon supply and stability of aggregates, because affect directly culture yields. The aim of this project is to evaluate the carbon supply and stability of Haplustox aggregates under different managements. It was utilized a completely randomized experimental design in split plot scheme, with six replications. Thus, the treatments utilized were three different soil managements (native forest, pasture with Tanzania grass and corn). The plots were consisted by three layers (0-10; 10-20 and 20-30 cm) and were analyzed to determined the organic matter, organic carbon supply of soil (layers and equivalent soil mass methods) and weighed average diameter (DMP) and geometrical average diameter (DMG). The results indicated that the evaluated managements systems affected the size of soil aggregates of the ground and in its distribution in the layer of 0 - 30 cm of depth. The greatest accumulation of carbon were in the surface layers, although, there were not variation between the management systems. KEYWORDS: Soil quality. Soil organic carbon. DMG. DMP. REFERÊNCIAS ALVARENGA, R. C.; FERNANDES, B.; SILVA, T. C. A.; RESENDE, M. Estabilidade de agregados de um Latossolo Roxo sob diferentes métodos de preparo do solo e de manejo da palhada do milho. 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