DESEMPENHO AGRONMICO DAS LINHAGES DE SOJA DESENVOLVIDOS PELO PROGRAMA DE MELHORAMENTO DA UFU


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DESEMPENHO AGRONÔMICO DAS LINHAGES DE SOJA 
DESENVOLVIDOS PELO PROGRAMA DE MELHORAMENTO DA UFU 

 
AGRONOMIC PERFORMANCE OF THE LINES OF SOYBEAN DEVELOPED BY 

UFU BREEDING PROGRAM 
 

Érika SAGATA1; Osvaldo Toshiyuki HAMAWAKI2; Larissa Barbosa de SOUSA1;  
Cristiane Divina Lemes HAMAWAKI2

1. Mestranda em Fitotecnia, Instituto de Ciências Agrárias – ICIAG, Universidade Federal de Uberlândia – UFU. 
erikastbr@yahoo.com.br; 2. Professor, Doutor, ICIAG – UFU. hamawaki@umuarama.ufu.br; 3. Universidade de Uberaba-UNIUBE, 

Uberaba, MG, Brasil. 
 

RESUMO: O Programa de Melhoramento e Estudos Genéticos em Soja (PMEGS) na Universidade Federal de 
Uberlândia visa aplicar a nível acadêmico de graduação e de pós-graduação, estudos experimentais da genética e de 
melhoramento na soja. O trabalho teve como objetivo avaliar o desempenho agronômico das linhagens desenvolvidas pelo 
PMEGS. Os ensaios foram conduzidos na Fazenda experimental Capim Branco, no município de Uberlândia – MG e em 
Uberaba-MG na Fazenda Boa Vista. Avaliou-se o número de dias para a floração (NDF), número de dias para a maturação 
(NDM), altura da planta na maturação (APM), acamamento e rendimento de grãos (RG) das 22 linhagens de ciclo 
semitardio/tardio provenientes do ensaio regional do ano agrícola 04/05 e incluindo as testemunhas BRSGO Luziânia, 
MGBR Garantia, BRSGO Chapadões, DM-339 e MSOY-8914. Em Uberlândia, a linhagem 16 apresentou todas as 
características desejáveis de uma cultivar e em Uberaba devido a problemas de fertilidade e pluviosidade as linhagens 
estudadas, não apresentaram bons rendimentos em produtividade.  

 
PALAVRAS-CHAVE: Glycine max L. Merril. Produtividade. Programa de melhoramento. 

 
INTRODUÇÃO  

 
A soja (Glycine max L. Merril) chegou ao 

Brasil introduzida por Gustavo D’Utra, professor da 
Escola Agrícola da Bahia, em 1882, como espécie 
forrageira (KIIHL, 2006). 

Nos anos 80, com a introdução dos genes de 
período juvenil longo e com o lançamento da 
cultivar Doko, o cultivo da soja foi expandido para 
as diversas regiões do Cerrado brasileiro e 
posteriormente, com o lançamento da cultivar 
Tropical, tal cultivo atingiu áreas do Norte e 
Nordeste brasileiros (POLIZEL, 2004).  

Com o melhoramento da cultura e o 
lançamento de novas cultivares no mercado tem 
sido uma das tecnologias que mais têm contribuído 
para os aumentos de produtividade e estabilidade de 
produção, sem custos adicionais ao agricultor. Uma 
cultivar de soja deve ter alta produtividade, 
estabilidade de produção e ampla adaptabilidade aos 
mais variados ambientes existentes na região onde é 
recomendada.  

O Programa de Melhoramento e Estudos 
Genéticos em Soja (PMEGS) na Universidade 
Federal de Uberlândia visa aplicar a nível 
acadêmico de graduação e de pós-graduação, 
estudos experimentais da genética e de 
melhoramento na soja. Como resultados destes 
trabalhos foram lançadas as duas primeiras novas 
cultivares em 2003, denominadas UFUS IMPACTA 

e UFUS RIQUEZA, ambas Registradas e Protegidas 
no Serviço Nacional de Proteção de Cultivares 
(SNPC) do Ministério da Agricultura, e em 2004, 
foi lançadas outras duas cultivares, respectivamente, 
UFU GUARANI e UFU MILIONÁRIA ambas em 
processo de registro e proteção. Na safra 2004/5 foi 
lançada a quinta variedade, denominada UFU 
XAVANTE para cultivo em Mato Grosso. 

A variedade UFU GUARANI destaca-se 
devido ao ciclo de 120 dias, e também ao seu habito 
de crescimento indeterminado, facilitando o controle 
da ferrugem asiática da soja, porque permite a 
penetração de fungicidas ate a parte inferior do 
dossel vegetativo.  

O elevado potencial produtivo da cultivar 
UFU XAVANTE, alcançando valores de ate 4.900 
kg/ha, nos municípios de Sinop e Campo Novo de 
Parecis, e uma produtividade de grãos de 3.900 
kg/ha nas safras 2004/2005 no estado de Mato 
Grosso,  permitiu a sua indicação para cultivo 
naquele estado, pois a sobrevivência da sojicultura 
naquela região, depende quase que exclusivamente 
da disponibilidade de genótipos altamente 
produtivos. A cultivar UFUS XAVANTE destaca-se 
também pelo maior conteúdo de óleo nos grãos 
(20%), possibilitando uma produtividade de 700 a 
800 kg ha-1 de óleo, destacando-se entre as 
cultivares de soja, que apresentam um conteúdo de 
18% de óleo em média, com uma produtividade de 
óleo de 450 a 550 kg ha-1. 

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mailto:erikastbr@yahoo.com.br


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Atualmente é a cultura mais plantada no 
Brasil, com área cultivada estimada em mais de 
21,25 milhões de hectares (CONAB, 2009) e nesse 
crescimento, paralelamente, vêm sendo 
incorporados e cada vez mais atualizados os 
trabalhos nas áreas de fertilidade do solo, 
melhoramento de plantas, fitossanidade e manejo 
desta cultura (EMBRAPA, 2009). 
 Diante da importância do melhoramento no 
desenvolvimento da soja no Brasil, o presente 
trabalho teve como objetivo avaliar os genótipos de 
soja desenvolvidos pela UFU no ano agrícola de 
04/05 

MATERIAL E MÉTODOS 
 

Local de realização 
Os ensaios foram realizados na Fazenda 

experimental Capim Branco, pertencente à 
Universidade Federal de Uberlândia, no município 
de Uberlândia – MG, situada na latitude 18o 
53’19’’S, longitude 48o20’57’’W (altitude de 835 m 
e precipitação média anual de 1250mm) e em 
Uberaba-MG na Fazenda Boa Vista situada na 
latitude 19º 59’, longitude 47º 53’ W, altitude de 
764 m e precipitação média anual de 1388 mm, 
conforme figuras 1 e 2. 

 

 
Figura 1. Precipitação pluviométrica, temperaturas média, máxima e mínima na safra agrícola 

2004/2005 na Fazenda Capim Branco, Uberlândia. UFU, 2005. 
 

 
Figura 2. Precipitação pluviométrica, temperaturas média, máxima e mínima na safra agrícola 

2004/2005 na Fazenda Bela Vista, Uberaba. UFU, 2005. 
 
 
 

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Solo 
As áreas escolhidas situam-se ambas sobre 

um Latossolo Vermelho Escuro Distrófico. Em 
Uberlândia o solo era de textura argilosa e em 
Uberaba o solo onde o experimento foi implantado 

era de textura arenosa-média. Na cidade de Uberaba 
o experimento foi conduzido em local onde havia 
pasto degradado. Realizou-se uma análise química e 
granulométrica dos solos das duas cidades, 
conforme tabelas 1 e 2. 

 
Tabela 1. Análise química e granulométrica do solo. UFU, Uberlândia, 20051/.  

Análise Química2/

pH água P K Al Ca Mg H+Al SB t T V m M.O. 
1:2,5 .mg dm-3. ..........................cmolc dm-   ....................... ... 

%..... 
dag kg-1

5.8 9.7 123.9 0.0 2.9 1.0 3.8 4.2 4.2 8.0 52 0 2.8 
Análise Granulométrica 
Areia Grossa Areia Fina Silte Argila 
....................................................................g kg-1..................................................... 

94 66 107 733 
1/ Análises realizadas pelos Laboratórios de Análise de Solos e Calcários e de Manejo de Solos do Instituto de Ciências Agrárias da 
Universidade Federal de Uberlândia.2/ P, K = (HCl 0,05 N + H2SO4  0,025 N); Al, Ca, Mg = (KCl 1 N);  M.O. = (Walkley-Black). SB = 
Soma de bases/ t = CTC efetiva / T = CTC a pH 7,0 / V = Sat. por bases / m = Sat por Al. 
 
Tabela 2. Análise química e granulométrica do solo. UFU, Uberaba, 20051/. 

Análise Química2/

pH água P K Al Ca Mg H+Al SB t T V m M.O. 
1:2,5 .mg dm-3. ..........................cmolc dm- ... %..... dag kg-1

4.4 0.0 3.0 0.0 0.1 0.0 1.1 0.2 0.7 2.0 4.0 0.0 0.3 
Análise Granulométrica 
Areia Grossa Areia Fina Silte Argila 
.......................................................................g kg-  ......................................................... 

182 200 185 145 
1/ Análises realizadas pelos Laboratórios de Análise de Solos e Calcários e de Manejo de Solos do Instituto de Ciências Agrárias da 
Universidade Federal de Uberlândia. 2/ P, K = (HCl 0,05 N + H2SO4  0,025 N); Al, Ca, Mg = (KCl 1 N);  M.O. = (Walkley-Black). SB = 
Soma de bases/ t = CTC efetiva / T = CTC a pH 7,0 / V = Sat. por bases / m = Sat por Al. 
 
 Fertilizantes minerais 
 A adubação de semeadura em Uberlândia 
foi feita de acordo com a análise de solo, no entanto 
foi utilizado o formulado 02-28-18 + 0,2 Zn, nas 
doses de 500 Kg ha-1, em ambos os locais. 
 Genótipos 

Os genótipos avaliados foram oriundas do 
Programa de Melhoramento de Soja da 
Universidade Federal de Uberlândia-MG, e 
constituíram das linhagens do ensaio regional do 

ano agrícola 04/05. Foram testadas 17 linhagens de 
ciclo semitardio/tardio e utilizadas como 
testemunhas as cultivares BRSGO Luziânia, MGBR 
Garantia, BRSGO Chapadões, DM-339 e M-SOY 
8914, conforme dispostos na Tabela 3. 

Para a obtenção das linhagens foram 
realizadas hibridações simples, exceto a linhagem 
02 que apresenta cruzamento triplo. E a condução 
da seleção dos materiais utilizou-se a metodologia 
SSD ou Pedigree modificado. 

 
Tabela 3. Linhagens e cultivares utilizados no ensaio regional. UFU, 2005. 

Tratamentos Genealogia 
1 FT-50268–M x UFV-18 
2 (PI 416937 x IAC-8.2) x IAC-8.2 
3 FT-2000 x IAS-5 
4 Garimpo x Savana 
5 Cristalina x IAC-100 
6 UFV-16 x MG/Br 93.4916 
7 Cristalina x IAC-100 
8 Cristalina x IAC-100 
9 DM-101 x Liderança 

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10 Tucano x M-Soy 8800 
11 M-SOY 8411 x Xingu 
12 Cristalina x IAC-100 
13 Confiança x Xingu 
14 Cristalina x IAC-100 
15 M-SOY 8411 x UFV-18 
16 Br-86-11864 RCH x MG/Br 93.7916 
17 FT- 50268-M x M-SOY 8400 
18 BRSGO Luziânia 
19 BRSMG Garantia 
20 DM-339 
21 BRSGO Chapadões 
22 M-SOY 8914 

 
 Tratamento das sementes 

Na momento da semeadura, inoculou-se as 
sementes com Biomax®, na proporção de 7 x 108 
células ml-1 de Bradirhizobium por semente, 
utilizando-se 150 ml para cada 50 kg de semente.  
 Data da semeadura 

A semeadura foi realizada em 24/11/2004, 
na Fazenda Capim Branco, Uberlândia, e no dia 
28/12/2004, na Fazenda Bela Vista, em Uberaba. 

Delineamento experimental 
O delineamento experimental foi o de 

blocos casualizados, composto de 17 tratamentos e 
cinco testemunhas. Cada parcela foi constituída de 
quatro linhas de cinco metros, espaçadas de 0,45 
metros entre linhas, sendo a parcela útil as duas 
linhas centrais, eliminando-se as 2 linhas laterais e 
0,5 metros de cada extremidade, perfazendo 3,6m2 
para cada parcela, com 3 repetições para cada 
tratamento. 

Instalação 
O preparo do solo foi realizado por meio 

uma aração e duas gradagens, sendo que a última 
gradagem foi efetuada às vésperas do sulcamento. A 
semeadura foi realizada a 2 cm de profundidade, 
sendo distribuída uniformemente cerca de 100 
sementes em cada linha de 5 metros. 

Condução 
No decorrer do experimento, realizou-se, 

sempre que necessário, o controle de plantas 
daninhas através de capinas manuais e aplicações de 
herbicidas Pivot à dose de 600 mL.ha-1, Verdict na 
dose de 700mL.ha-1 mistura ao óleo mineral na 
concentração de 5% v/v. Também foram efetuadas 
pulverizações com inseticidas (Strong à 350 mL.ha-
1) e fungicidas (Folicur à 500 mL.ha-1) indicadas 
para a cultura, controlando as moléstias incidentes. 

Características avaliadas em campo 

Número de dias para a floração (NDF) 
O número de dias para a floração é definido 

como número de dias desde a emergência até a 
floração, quando aproximadamente 50% das plantas 
da parcela útil apresentavam pelo menos uma flor 
aberta no estádio R1-R2 (FEHR; CAVINESS, 1977). 

Altura de planta na floração (APF) 
A altura na floração foi mensurada através 

de uma régua de madeira graduada de 1 em 1 cm, 
considerando-se a distância entre a superfície do 
solo e o ápice da haste principal da planta. Realizou-
se este procedimento em 4 plantas tomadas 
aleatoriamente por parcela útil quando a cultura se 
apresentava no estágio R2, apresentando flor aberta 
em um dos dois últimos nós da haste principal, com 
a folha completamente desenvolvida. 

Número de dias para a maturação 
(NDM) 

Para a avaliação do número de dias para a 
maturação é considerado o número de dias desde a 
emergência até quando 95% das vagens da área útil 
da parcela estiverem maduras estádio R8-R9 e com 
coloração típica da cultivar, além da umidade 
considerada em torno de 12-15%. 

Altura da planta na maturação (APM) 
A altura da planta na maturação é a 

distância em cm, a partir da superfície do solo até a 
extremidade do caule principal de 10 plantas 
sorteadas aleatoriamente quando estas se 
encontravam no estágio reprodutivo R8, quando 
95% de vagens atingiram a cor de vagem madura. 

Acamamento (AC) 
O acamamento avaliado na maturidade 

indica a inclinação da haste principal obedecendo a 
uma escala descrita na Tabela 4 (SEDIYAMA et al., 
1993). 

 
 
 
 

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Tabela 4.  Escala de notas elaboradas para a avaliação do acamamento. 
Nota Descrição 
1- Quase todas as plantas eretas; 

 
2- Plantas ligeiramente inclinadas ou algumas plantas acamadas; 

 
3- Plantas moderadamente inclinadas ou 25 a 50% de plantas acamadas; 

 
4- Plantas consideravelmente inclinadas ou 50 a 80% de plantas acamadas; 

 
5- Todas as plantas acamadas. 

 
 
Considerou-se planta acamada aquela que 

apresentava um ângulo maior de 45° de inclinação 
em relação à vertical. 

Rendimento de grãos (RG) 
O rendimento de grãos foi avaliado através 

da colheita da área útil de cada parcela e pesagem 
dos grãos obtidos. Os dados em gramas por parcela 
foram transformados para Kg ha-1. 

Análise Estatística TER 
Foi verificada a significância para cada 

característica, segundo o teste de F em análise 
conjunta local x genótipo, desdobrando locais x 
genótipos e vice-versa. Utilizando-se o teste de 
Scott-Knot a 5% de probabilidade.. 

Todas as análises foram feitas usando o 
programa Sisvar, desenvolvida pela Universidade 
Federal de Viçosa (UFV). 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 

 
Os resultados das análises estatísticas são 

apresentados nas Tabelas 05, 06 e 07 de todas as 
variáveis estudadas nos dois locais. 

Número de dias para floração e 
maturação  

Verifica-se na Tabela 05 que o 
florescimento em ambas as cidades iniciou-se em 
torno de 55 dias e se estendeu até os 60 dias em 
Uberaba e até os 68 dias em Uberlândia.  

 
Tabela 05. Número médio de dias para floração e maturação dos 22 tratamentos em dois locais de cultivo da 

soja. UFU, 20051. 
NDF NDM Tratamento 
Uberaba Uberlândia Uberaba Uberlândia 

1 57 b B 61 b A 129 a B 143 a A
2 57 b A 57 c A 121 b B 134 b A
3 57 b A 57 c A 137 a A 145 a A
4 60 a B 68 a A 137 a A 146 a A
5 60 a B 64 b A 136 a A 145 a A
6 58 b B 62 b A 127 b B 153 a A
7 60 a B 67 a A 136 a A 146 a A
8 56 b B 61 b A 136 a B 147 a A
9 57 b B 63 b A 123 b B 139 b A
10 58 b B 62 b A 132 a B 145 a A
11 60 a B 63 b A 137 a B 154 a A
12 59 a B 62 b A 137 a A 147 a A
13 59 a B 63 b A 123 b B 153 a A
14 60 a B 63 b A 137 a A 134 b A
15 57 b B 62 b A 135 a A 137 b A
16 56 b B 62 b A 123 b B 144 a A
17 60 a B 63 b A 125 b B 140 b A
BRSGO Luziânia 55 b B 57 c A 122 b B 155 a A
BRSMG Garantia 57 b B 62 b A 135 a B 148 a A
DM-339 60 a B 63 b A 134 a B 152 a A
BRSGO Chapadões 56 b A 56 c A 121 b B 140 b A
M-SOY 8914 60 a B 62 b A 138 a A 145 a A

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Média Geral 58,15     61,7     131     146,15     
CV (%) 1,87 4,76 

1/ Médias seguidas de mesma letra minúscula, na vertical, maiúscula, na horizontal, não diferem estatisticamente entre si, a 5% de 
probabilidade, pelo teste de Scott-Knot. 

 
Segundo Farias Neto (1987), a resposta das 

cultivares às variações de fotoperíodo varia com a 
época de semeadura na mesma latitude (plantios no 
mesmo local ). 

Segundo Sediyama (1993), o fotoperíodo é 
o fator mais importante na determinação da 
proporção relativa entre os períodos vegetativos e 
reprodutivos, influenciando, também, no período de 
florescimento até a formação da vagem e, daí até a 
maturação, no número de nós e na altura da planta. 

Observa-se que em Uberaba o número 
médio de dias para data de maturação variou de 121 
a 138 dias e em Uberlândia de 134 a 152 dias, com 
diferenças estatísticas em ambos os locais. 

No Estado de Minas Gerais adaptam-se 
cultivares de quatro grupos de maturação, onde o 
ciclo semiprecoce varia de 101 a 110 dias, médio de 
111 a 125 dias, semitardio de 126 a 145 dias e tardio 
com ciclo maior que 145 dias (EMBRAPA, 2006). 

Em relação às testemunhas a M-SOY 8914 
pertence ao grupo de maturação semitardio, e as 
demais testemunhas (DM-339, BRSGO Chapadões, 
BRSMG Garantia e BRSGO Luziânia) são do grupo 
tardio. 

Em Uberaba as testemunhas DM-339, 
Chapadões, Garantia e Luziânia apresentaram ciclos 
menores variando entre o grupo médio e o 
semitardio.  

Houve uma diferença média do número de 
dias de maturação entre Uberlândia e Uberaba de 12 
dias e esta diferença é atribuída à ocorrência de altas 
temperaturas em Uberaba onde a altitude mais baixa 
influencia na temperatura média em relação à 
Uberlândia. 

Altura da planta no florescimento e na 
maturação 

Na Tabela 06, verifica-se que em Uberaba, 
genótipos com altura média menor na floração e na 
maturação quando comparada com Uberlândia. 

 
Tabela 06. Altura da planta na floração e maturação dos 22 tratamentos em dois locais de cultivo da soja. 

UFU, 20051. 
AF     AM Tratamento 
Uberaba Uberlândia Uberaba Uberlândia 

1 79 a B 95 a A 79 b B 101 a A
2 56 b B 71 b A 78 b B 93 b A
3 74 a A 77 b A 98 a A 107 a A
4 71 a B 97 a A 97 a A 109 a A
5 61 b B 91 a A 83 b B 112 a A
6 61 b B 90 a A 94 a A 90 b A
7 68 b B 95 a A 98 a B 116 a A
8 49 b B 75 b A 67 b B 90 b A
9 55 b B 88 a A 80 b B 100 a A
10 58 b B 93 a A 90 a B 104 a A
11 55 b B 85 a A 93 a A 104 a A
12 63 b B 87 a A 95 a A 90 b A
13 65 b B 90 a A 92 a A 102 a A
14 58 b B 90 a A 105 a A 102 a A
15 66 b B 96 a A 101 a A 104 a A
16 80 a B 94 a A 87 b B 103 a A
17 63 b B 84 a A 89 a A 101 a A
BRSGO Luziânia 62 b A 71 b A 96 a A 93 b A
BRSMG Garantia 76 a A 86 a A 104 a A 106 a A
DM-339 63 b B 87 a A 99 a A 104 a A
BRSGO Chapadões 67 b A 60 c A 81 b A 75 c A
M-SOY 8914 65 b B 92 a A 90 a B 105 a A
Média Geral 64     86     91     100     
CV (%) 9,08 8,49 

1/ Médias seguidas de mesma letra minúscula, na vertical, maiúscula, na horizontal, não diferem estatisticamente entre si, a 5% de 
probabilidade, pelo teste de Scott-Knot. 

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Em Uberaba a altura média apresenta-se 
inferiores aos de Uberlândia, com média de 86cm. 
Segundo Câmara (1991), à medida que uma cultivar 
é levada para latitudes menores ou quando sua 
semeadura é atrasada, obtém-se plantas mais baixas 
e menos produtivas. 

O tratamento 14 estava com 58cm de altura 
no florescimento e praticamente dobrou o seu 
tamanho para 105cm, mas este comportamento não 
foi verificado em Uberlândia. O tratamento 16 
obteve maior altura no florescimento (80cm), mas 
na maturação atingiu uma altura intermediária com 
87cm, enquanto que a Garantia obteve a maior 
altura na maturação com 104cm. 

As variedades de soja do tipo indeterminado 
são aquelas que não apresentam o racemo terminal e 
as plantas continuam em altura, após o início do 
florescimento, por um período de quatro a cinco 
semanas. Sua altura freqüentemente dobra após o 
aparecimento das primeiras flores (SEDIYAMA, 
1993). 

Em Uberlândia, a menor altura de 
florescimento e de maturação com 60cm e 75cm 
respectivamente, foi da testemunha Chapadões. A 
maior altura de florescimento foi de 97cm pelo 
tratamento 04, mas não difere estatisticamente do 
tratamento 07 com 95cm, este apresentou maior 
altura de maturação com 116cm. 

Em se tratando da altura mínima desejável 
para a colheita mecanizada, essa depende da 
topografia do solo, do tipo de máquina a ser 
utilizada na colheita e da habilidade do operador da 
colhedeira automotriz (SEDIYAMA et al., 1993). 

Segundo a Embrapa (2004), a altura na 
colheita considerada ideal esta em torno de torno de 
80 a 100 centímetros, pois favorece o pleno 
crescimento das plantas e facilidade da colheita 
mecanizada. Visto estas considerações, os materiais 

analisados estão nos padrões que o mercado exige, 
exceto o tratamento 08 (67cm) na cidade de 
Uberaba. No entanto, devido a não correção de solo 
neste local, não inviabiliza o uso deste genótipo, 
caso mais testes possam ser realizados em outros 
locais, o comportamento poderá ser melhor em 
outras condições. 

Acamamento e Avaliação do rendimento 
de grãos 

O acamamento afeta diretamente no 
desempenho das colhedoras, pois plantas acamadas 
provocam perdas no rendimento de grãos, pela 
incapacidade do recolhimento dos grãos, além de 
poder ocasionar perdas pelo solo em contato direto 
com as vagens, com aparecimento de fungos e 
pragas. 

Em Uberaba todos os tratamentos 
apresentaram plantas quase todas eretas, enquanto 
que em Uberlândia, os tratamentos 15, 12 e 1 
apresentaram nota média de 4, e os tratamentos M-
SOY 8914, 3,10, 11, 4, 5, 9, 14 e 13 com nota 3 
(Tabela 07). Esta diferença pode ser explicada pelo 
tipo de solo que se encontrava os tratamentos nas 
respectivas cidades.  

A resistência ao acamamento é grandemente 
influenciada pelo tipo de solo e pelas condições de 
desenvolvimento da soja. Em geral, as planta de soja 
sofrem maior acamamento em solos férteis e 
pesados, com umidade abundante, do que em solos 
leves ou arenosos. Nos solos bastante arenosos, de 
baixa fertilidade ou de baixa umidade, onde o 
acamamento não constitui problema, as variedades 
de crescimento indeterminado, ou mais tardias, com 
seus portes elevados, geralmente, são as preferidas. 
Em solos pesados, férteis e com melhor umidade, as 
variedades de crescimento determinado e com 
menor altura mostram menor tendência ao 
acamamento das plantas (SEDIYAMA et al., 1993). 

 
Tabela 07. Nota dos acamamentos e produtividade dos 22 tratamentos em dois locais de cultivo da soja. 

UFU, 20051. 
AC RG Tratamento 
Uberaba Uberlândia Uberaba Uberlândia 

1 2 a B 4 a A 2.263 a B 3.432 a A 
2 1 a B 3 a A 2.402 a B 3.333 a A 
3 1 a B 3 a A 1.254 a B 3.246 a A 
4 1 a B 3 a A 1254 b B 3.131 a A 
5 1 a B 3 a A 1.612 b B 2.690 b A 
6 1 a B 3 a A 1.806 b B 2.858 b A 
7 1 a B 3 a A 1.344 b B 2.472 b A 
8 1 a B 2 b A 1.711 b B 2.934 b A 
9 1 a B 3 a A 1.967 a B 3.455 a A 
10 2 a B 3 a A 1.613 b B 2.751 b A 
11 1 a B 3 a A 1.278 b B 3.022 a A 
12 1 a B 4 a A 1.523 b B 2.536 b A 

Biosci. J., Uberlândia, v. 25, n. 6, p. 112-120, Nov./Dec. 2009 



Desempenho agronômico...  SAGATA, E. et al.  119

13 1 a B 3 a A 1.440 b B 3.268 a A 
14 1 a B 3 a A 1.573 b B 3.415 a A 
15 1 a B 4 a A 2.145 a B 3.043 a A 
16 1 a A 1 b A 2.651 a B 3.444 a A 
17 1 a A 2 b A 2.060 a B 2.726 b A 
BRSGO Luziânia 1 a A 2 b A 2.277 a B 3.148 a A 
BRSMG Garantia 1 a A 1 b A 2.651 a B 2.881 b A 
DM-339 1 a B 3 a A 1.893 b B 3.321 a A 
BRSGO Chapadões 1 a A 2 b A 2.248 a A 2.567 b A 
M-SOY 8914 1 a B 3 a A 1.414 b B 2.967 b A 
Média Geral 1,13     2,77     1889 3029 
CV (%) 32,96 11,95 

1/ Médias seguidas de mesma letra minúscula, na vertical, maiúscula, na horizontal, não diferem estatisticamente entre si, a 5% de 
probabilidade, pelo teste de Scott-Knot. 
 

A produtividade média de Uberlândia é 
maior que a de Uberaba. Em Uberlândia os 
tratamentos que apresentaram maiores 
produtividades são os tratamentos 09, 16, 1, 14 e 02 
com 3455, 3444, 3433, 3415 e 3333 kg.ha-1 
respectivamente, e os tratamentos 07, 12 e BRSGO 
Chapadões apresentaram as menores produtividades 
com 2472, 2536 e 2567 kg.ha-1, respectivamente. 

Em termos de rendimento de grãos os 
tratamentos 09, 16 1, 14 e 02 estão acima da média 
daquele produzido no estado de Minas Gerais (2600 
Kg ha-1), e a do Brasil (2764 Kg ha-1), segundo a 
Empresa brasileira de pesquisa agropecuária (2004), 
podendo então dizer que os materiais são 
extremamente promissores.  

Em Uberaba os melhores tratamentos foram 
a BRSMG Garantia, 16, 3 e 2 com média de 2652, 
2435 e 2403 kg.ha-1, e as menores médias foram 
tratamentos 4, 11 e 7 com 1254, 1278 e 1344 kg.ha-
1, respectivamente. 

A diferença de produtividade entre Uberaba 
e Uberlândia é atribuída à adubação ser a mesma 
nos dois locais, em Uberaba verifica-se baixa 
produtividade, em razão do cultivo no primeiro ano 
e a não correção na fertilidade do solo. Além da 
média de precipitação pluviométrica nos meses de 
dezembro e janeiro em Uberaba foram inferiores a 

115 mm, o que interferiu na germinação e 
desenvolvimento das plantas. 

Dentre os principais atributos do clima que 
interferem no desenvolvimento e rendimento da 
soja, tem-se a umidade (CÂMARA, 1992). 

A água é, sem dúvida, um dos fatores mais 
importantes para a cultura da soja, sendo essencial à 
germinação, crescimento e ao desenvolvimento da 
planta, bem como necessária aos processos 
bioquímicos durante o ciclo vegetativo e 
reprodutivo. A deficiência hídrica influi 
severamente em todas as fases do ciclo da cultura, 
porém é durante o enchimento dos grãos o período 
mais crítico para a soja, pois restringe a duração da 
área foliar, induz o aborto de legumes, acelera a 
senescência das folhas e, consequentemente, o peso 
e número de grãos ( URBEN FILHO; SOUZA, 
1993). 

 
CONCLUSÃO 

 
Os tratamentos 2, 3, 4, 9, 11, 13, 14, 15 e 16 

apresentaram os melhores rendimentos produtivos, 
superiores as testemunhas M-SOY 8914, BRSGO 
Chapadões e BRSMG Garantia na cidade de 
Uberlândia. 

Isto parece mais discussão, conclusão tem 
que ser direto e objetivo  

 
 
ABSTRACT: The Breeding Program and Genetic Studies in Soybean (PMEGS) at the Federal University of 

Uberlândia aims to apply the academic level of graduate and postgraduate studies, experimental studies of genetics and 
breeding in soybeans. The study aimed to evaluate the agronomic performance of lines developed by PMEGS. The tests 
were conducted on Fazenda Capim Branco, in Uberlândia - MG, in Uberaba-MG on Fazenda Boa Vista. The number of 
days to flowering (NDF), number of days to maturity (NDM), plant height at maturity (APM), lodging and grain yield 
(RG) of 22 strains of cycle medium /late in the season 04/05, including the controls BRSGO Luziânia, BRMG Guarantia, 
BRSGO Chapadões, DM-339 and M-SOY-8914. In Uberlândia, the line 16 had all the desirable characteristics of a 
cultivar in Uberaba due to problems of fertility and rains the lines studied did not show good returns in yield. 

 
KEYWORDS: Glycine max L. Merril. Yield. Breeding Program. 
 

Biosci. J., Uberlândia, v. 25, n. 6, p. 112-120, Nov./Dec. 2009 



Desempenho agronômico...  SAGATA, E. et al.  120

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Biosci. J., Uberlândia, v. 25, n. 6, p. 112-120, Nov./Dec. 2009 


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