Microsoft Word - revisado_884-bio.doc


Original Article 

Biosci. J., Uberlândia, v. 26, n. 4, p. 619-625, July/Aug. 2010 

619 

INFLUÊNCIA DA APLICAÇÃO DE SILÍCIO NA OCORRÊNCIA DE 
LAGARTAS (LEPIDOPTERA) E DE SEUS INIMIGOS NATURAIS CHAVES 

EM MILHO (Zea mays L.) E EM GIRASSOL (Helianthus annuus L.) 
 

INFLUENCE OF THE APPLICATION OF SILICON IN THE OCCURRENCE OF  

CATERPILLARS (LEPIDOPTERA) AND OF ITS KEY NATURAL ENEMIES ON 

CORN (Zea mays L.) AND ON SUNFLOWER (Helianthus annuus L.) 
 

Cristiana Silveira ANTUNES¹; Jair Campos MORAES²; Alex ANTÔNIO³;  
Valkiria Fabiana SILVA4 

1. Bióloga, Mestre em Agronomia/Entomologia, Universidade Federal de Lavras - UFLA, Lavras, MG, Brasil. 
Cristiana.santunes@gmail.com ; 2. Engenheiro Agrônomo, Doutor em Fitotecnia, Professor do Departamento de Entomologia - UFLA, 

Lavras, MG, Brasil; 3. Graduando em Agronomia, UFLA, Lavras, MG, Brasil; 4. Engenheira Agrônoma, Mestre em Agronomia, 
UFLA, Lavras, MG, Brasil. 

 
RESUMO: A lagarta-do-cartucho do milho, Spodoptera frugiperda (J. E. SMITH, 1797) e a lagarta-do-girassol 

Chlosyne lacinia saundersii (DOUBLEDAY; HEWITSON, 1847) são consideradas pragas chaves, respectivamente, das 
culturas de milho e de girassol. Dessa forma, os objetivos no presente trabalho foram avaliar os efeitos da aplicação de 
silício na ocorrência da lagarta-do-cartucho, da lagarta-do-girassol e de seus inimigos naturais chaves em plantas de milho 
e de girassol. O experimento foi conduzido a campo, em área experimental destinada ao cultivo orgânico da UFLA, no 
período de fevereiro a julho de 2008, adotando-se o delineamento em blocos casualizados, em esquema fatorial 2 
(culturas) x 2 (com e sem aplicação de silício) e 8 repetições.  Avaliaram-se o número total de lagartas, a taxa de 
parasitismo e a ocorrência de tesourinhas e joaninhas. Pelos resultados, pode-se verificar que a aplicação de silício, apesar 
de não ter afetado diretamente a infestação de S. frugiperda, favoreceu a ocorrência do predador Dorus spp. e causou 
redução no número de lagartas C. lacinia saundersii. Em relação às joaninhas, estas foram encontradas nas duas culturas, 
sendo significativamente maior em plantas de girassol. Não houve registro de lagartas parasitadas, fato que deve ser 
estudado em outras pesquisas.   
 

PALAVRAS-CHAVE: Ácido silícico. Controle biológico. Zea mays. Helianthus annuus 
 
INTRODUÇÃO 
 

A lagarta-do-cartucho Spodoptera 
frugiperda (J. E. Smith, 1797) (Lepidoptera: 
Noctuidae) é uma espécie polífaga que ataca 
diversas culturas economicamente importantes em 
vários países (LOPES et al., 2008). No Brasil, é 
considerada praga-chave da cultura do milho, por 
causar enormes prejuízos, podendo causar redução 
em mais de 25% da produção (WAQUIL; 
VILELLA, 2003). Esta praga é distribuída em todas 
as regiões onde se cultiva esse cereal, mas vários 
relatos também mostram a ocorrência de lagartas do 
gênero Spodoptera em diferentes culturas, incluindo 
amendoim, arroz, trigo, sorgo, batata, cebola e 
algodão (TEIXEIRA et al., 2001; BAVARESCO et 
al., 2003; BUSATO et al., 2005; SANTOS; 
MENEGUIM; NEVES, 2005). 

No manejo da lagarta-do-cartucho a 
utilização de inseticidas sintéticos ainda é a 
principal tática recomendada, porém, esses produtos 
acarretam efeitos adversos, principalmente 
selecionando populações resistentes aos inseticidas 
(ROEL et al., 2000). 

Por outro lado, a lagarta-do-girassol 
Chlosyne lacinia saundersii (DOUBLEDAY; 
HEWITSON, 1847) é considerada importante praga 
do girassol (VENDRAMIM; BOIÇA JÚNIOR, 
1994). Ocorre, inicialmente, em reboleiras, nas 
bordaduras da cultura e, em alta densidade 
populacional, pode causar desfolha intensa das 
plantas. Quando o ataque dessa praga ocorre na fase 
de florescimento, com 50% a 75% das flores do 
capítulo abertas, ou na fase de formação do botão 
floral, o rendimento de aquênios é bastante afetado 
(GUIRADO et al., 2007). Seu controle tem sido 
realizado com o uso de produtos químicos que, além 
de agressivos ao ambiente, nem sempre são 
eficientes.  

O uso de agentes biológicos para o controle 
de insetos-praga tem se intensificado nos últimos 
anos no Brasil, com resultados significativos no 
manejo desses organismos fitófagos. Os inimigos 
naturais minimizam a necessidade da intervenção do 
homem no controle de pragas. Entretanto, na 
agricultura atual, somente em algumas situações o 
controle biológico natural é eficiente para controlar 

Received: 19/03/09 
Accepted: 15/09/09 



Influência da aplicação…  ANTUNES, C. S. et al 

Biosci. J., Uberlândia, v. 26, n. 4, p. 619-625, July/Aug. 2010 

620 

as pragas sem a complementação de outros métodos 
de controle (DEGRANDE et al., 2002). 

A indução de resistência às plantas 
utilizando-se produtos naturais como o silício pode 
se tornar uma alternativa viável no manejo de 
organismos-praga. A defesa induzida nas plantas é 
em razão da formação de barreiras mecânicas e ou 
pela alteração das respostas bioquímicas da planta 
ao ataque de herbívoros, aumentando a síntese de 
toxinas que podem agir como substâncias inibidoras 
ou repelentes (EPSTEIN, 1994; MARSCHNER, 
1995; DANNON; WYDRA, 2004). Alguns 
trabalhos relatam que a aplicação de silício pode 
reduzir a taxa de crescimento populacional, causar 
maior mortalidade de lagartas, além de estimular o 
crescimento e a produção vegetal por meio de várias 
ações indiretas, o que pode estar relacionado à 
presença de substâncias de defesa que podem causar 
efeitos adversos sobre a biologia e o comportamento 
do inseto (GOUSSAIN et al., 2002; GOMES et al., 
2005; NERI; MORAES; GAVINO, 2005; COSTA; 
MORAES; ANTUNES, 2007). 

Nesse sentido, os objetivos no presente 
trabalho foram avaliar os efeitos da aplicação de 
silício na ocorrência da lagarta-do-cartucho, da 
lagarta-do-girassol e de seus inimigos naturais 
chaves, em plantas de milho e de girassol.  

 
MATERIAL E MÉTODOS 
 

O experimento foi conduzido a campo, em 
área experimental destinada ao cultivo orgânico, da 
Universidade Federal de Lavras (UFLA), MG, 
Brasil, no período de fevereiro a julho de 2008.  

O solo, cultivado anteriormente com batata 
inglesa adubada com 30 t de composto orgânico .ha-
1, foi preparado por meio de uma gradagem. As 
sementes de milho, híbrido Dow Agrosciences 
2301, ou sementes de girassol, cv. HF 358, foram 
plantadas em sulcos de 10 cm de profundidade, com 
5 m de comprimento e espaçados de 0,80 m. 
Adotou-se o delineamento em blocos casualizados, 
em esquema fatorial 2 (culturas) x 2 (com e sem 
aplicação de silício), e 8 repetições, sendo cada 
parcela constituída por duas linhas de plantio. 

Foram testados os seguintes tratamentos: 
T1= milho com dose zero de ácido silícico; T2= 
milho com aplicação da solução de acido silícico a 
0,5% via foliar; T3= girassol com dose zero de ácido 
silícico e T4= girassol com aplicação da solução de 
acido silícico a 0,5% via foliar. O ácido silícico foi 
diluído em água e aplicado nas plantas até o 
escorrimento da calda, no total de quatro aplicações, 
a intervalos semanais, desde a emergência das 
plantas. As capinas foram manuais, realizadas a 

cada 15 dias, sendo a primeira 20 dias após o 
plantio. 

Foram realizadas avaliações semanais pela 
contagem de lagartas de S. frugiperda e C. lacinia 
saundersii encontradas nas plantas de milho e ou 
girassol. O número de lagartas foi acumulado para 
os primeiros 30 dias após emergência das plantas e 
no período de 30 até 60 dias. Em seguida, as 
lagartas foram colocadas em frascos de plástico com 
13 cm de altura e 8 cm de largura, visando à 
avaliação de possíveis parasitóides.  No Laboratório 
de Resistência de Plantas a Insetos, em sala 
climatizada à temperatura de 25±2ºC, umidade 
relativa de 70±10% e fotofase de 12 horas, as 
lagartas foram transferidas para tubos de ensaio de 4 
cm de diâmetro e 12 cm de altura, vedados com 
algodão hidrófilo, recebendo como alimento seções 
foliares das plantas dos respectivos tratamentos a 
campo. As seções foliares foram trocadas a cada 2 
dias, sendo o desenvolvimento das lagartas 
acompanhado diariamente.  

Os predadores, joaninhas e tesourinhas, 
foram registrados em função da presença de adultos 
sobre as plantas, considerando-se o total acumulado 
de todas as avaliações.  

Os dados de contagem foram transformados 
em 5,0+X  e submetidos à análise de variância, 

sendo as médias comparadas pelo teste F, a 5% de 
significância. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 

Observou-se que a lagarta-do-cartucho S. 
frugiperda só ocorreu nas plantas de milho, sendo 
os valores médios encontrados de 8,9±0,7 e 6,1±0,7, 
respectivamente para os períodos de até 30 dias e de 
30 a 60 dias. A referida lagarta não foi registrada em 
girassol em nenhuma das avaliações. Quanto à 
aplicação de silício (Tabela 1), não foram 
constatadas diferenças significativas da sua 
aplicação no milho para a infestação da lagarta-do-
cartucho.  

Por outro lado, a lagarta-do-girassol C. 
lacinia saundersii, nos primeiros 30 dias após a 
emergência das plantas, só foi encontrada atacando 
plantas de girassol, e os valores médios registrados 
foram de 28,1±0,1. De maneira semelhante a S. 
frugiperda, a lagarta-do-girassol, na fase inicial da 
cultura, só infestou o girassol e também não foi 
afetada pela aplicação de silício. Os valores médios 
encontrados foram de 12,9±5,3 e 15,2±5,8, 
respectivamente para plantas tratadas e não tratadas 
com este mineral.  



Influência da aplicação…  ANTUNES, C. S. et al 

Biosci. J., Uberlândia, v. 26, n. 4, p. 619-625, July/Aug. 2010 

621 

Entretanto, no período de 30 a 60 dias após 
a emergência das plantas, verificou-se (Tabela 2) 
interação entre as culturas e aplicação de silício na 
ocorrência da lagarta-do-girassol. O número de C. 
lacinia saundersii foi menor no girassol tratado com 

silício, sendo o valor reduzido em mais de 4 vezes. 
Essas lagartas também ocorreram em milho, 
possivelmente devido à baixa qualidade das folhas 
de girassol tratado com silício, ocasionando 
dispersão das lagartas para as parcelas vizinhas. 

 
Tabela 1. Número (média±EP) de lagartas Spodoptera frugiperda/parcela até 30 e de  30 a 60 dias do plantio, 

em plantas de milho ou de girassol com ou sem aplicação de silício. Lavras (MG), março a junho de 
2008 

Tratamento 30 dias* 60 dias* 

Com Si 4,3 ± 1,2  2,6 ± 0,8 Silício (Si) 

Sem Si 4,6 ± 1,3  3,4 ± 1,1 

CV(%) 18,6 25,5 

*Médias com diferenças não significativas pelo teste F (P≤0,05). 
 

O aumento de mortalidade de lagartas C. 
lacinia saundersii pode ter ocorrido em função da 
deposição do silício nas folhas, reduzindo a 
qualidade do alimento, o que ocorre em gramíneas, 
porém, ainda não tinha sido observado em girassol 
(GOUSSAIN et al., 2002; KEEPING; MEYER, 
2006).  

Com relação ao controle biológico, não foi 
verificada, nesta pesquisa, nenhuma lagarta 

parasitada, tendo sido coletadas 347 lagartas de S. 
frugiperda em milho e 2.678 lagartas de C. lacinia 
saundersii em girassol, em vários instares, durante 
as avaliações. Contudo, pesquisas desenvolvidas por 
outros autores têm encontrado lagartas parasitadas a 
campo (DEQUECH; SILVA; FIUZA, 2005; 
FIGUEIREDO et al., 2006) 

. 

 
 
Tabela 2. Número (média±EP) de lagartas Chlosyne lacinia saundersii/parcela após 30 e 60 dias do plantio em 

plantas de milho com ou sem aplicação de silício.   Lavras (MG), março a junho de 2008 
Número de lagartas  

Tratamento 

Com Silício Sem Silício 

Milho 0,9 ± 0,6 bA 0,0 ± 0,0 bB  
Cultura 

Girassol 54,2 ± 15,8 aB 237,2 ± 47,6 aA 

CV(%) 52,9 

*Médias seguidas de mesma letra, na coluna para cultura e na linha para silício, não diferem estatisticamente entre si pelo texto F 
(P≤0,05). 
 

Contudo, verificou-se (Tabela 3) a 
ocorrência do predador Doru spp., popularmente 
conhecido como tesourinha, em maior número 
(113,5±6,6) nas parcelas de milho sem aplicação de 
silício e significativamente diferente do valor no 
milho tratado (85,7±7,5). Nas plantas de girassol 
não foi observada a presença de tesourinhas. 

Também Figueiredo et al. (2006), ao avaliarem a 
relação entre a lagarta-do-cartucho e seus agentes de 
controle biológico natural na produção de milho, 
registraram que, entre os inimigos naturais presentes 
na área, o predador de ovos e larvas Doru luteipes 
foi o que ocorreu com maior frequência.  



Influência da aplicação…  ANTUNES, C. S. et al 

Biosci. J., Uberlândia, v. 26, n. 4, p. 619-625, July/Aug. 2010 

622 

A tesourinha é considerada um predador 
chave da lagarta-do-cartucho do milho e tanto as 
ninfas quanto os adultos predam ovos e lagartas de 
primeiros instares de S. frugiperda, sendo cada 
indivíduo capaz de consumir cerca de 500 ovos e 12 
lagartas (CRUZ; OLIVEIRA, 1997; CIVIDANES; 
YAMAMOTO, 2002).  Como a presença do 
predador Doru spp. em 70% das plantas de milho 
seria o suficiente para manter a lagarta-do-cartucho 
sob controle, ficando abaixo do nível de dano 

econômico (WAQUIL et al., 2002), o seu maior 
número no milho não tratado com silício pode ser 
em razão da maior infestação de ovos e de lagartas 
pequenas nessas parcelas. Dessa forma, a maior 
predação, possivelmente, interferiu na incidência de 
S. frugiperda, ocorrendo uma interação positiva da 
resistência induzida pelo silício nas plantas de milho 
e o controle biológico natural exercido pelo 
predador. 

 

Tabela 3. Número (média±EP) de tesourinhas Doru spp./parcela em plantas de milho com ou sem aplicação de 
silício. Lavras (MG), março a junho de 2008 

Tratamento Número de tesourinhas 

Com Si 85,7 ± 7,5 b  
Silício (Si) 

Sem Si 113,5 ± 6,6 a 
  

CV(%) 
 

13,5 
* Médias seguidas de letras diferentes na coluna diferem estatisticamente entre si pelo teste F (P≤0,05). 
 

As joaninhas, da espécie Cycloneda 
sanguinea foram encontradas em plantas de milho e 
de girassol (Tabela 4), sendo o seu número 
significativamente maior em girassol. Contudo, não 
se observaram diferenças significativas quanto à 
aplicação de silício na ocorrência desse predador, 
tendo sido encontrados 26,3±2,4 indivíduos nas 
parcelas tratadas e 29,2±2,5 nas parcelas não 
tratadas, no total das avaliações.  

Entre o grupo de predadores, C. sanguinea é 
comumente observada em várias culturas, como 
batata-doce, abobrinha-italiana e em algumas 
hortaliças, como salsinha, couve-chinesa e alface 
(MILLÉO et al., 2007). Entretanto, é importante 
ressaltar que o girassol oferece mais recursos 
alimentares para esse predador que o milho. Isso, 
provavelmente, ocorre devido à maior diversidade 
de nichos (complexidade estrutural) que estabiliza a 
dinâmica populacional dos insetos fitófagos e 
favorece a biologia e a dinâmica dos insetos 
benéficos, pela maior quantidade de alimento 
disponível para adultos (pólen e néctar), além de 
presas alternativas e da variedade de micro-habitat 

(ALTIERI; NICHOLLS, 1999; ALTIERI; SILVA; 
NICHOLLS, 2003).  

De maneira geral, a aplicação de silício 
afetou o desenvolvimento das lagartas, reduzindo 
consideravelmente as infestações de C. lacinia 
saundersii no período de 30 a 60 dias após a 
emergência das plantas. Com relação à ocorrência 
dos predadores tesourinhas e joaninhas, apenas as 
tesourinhas foram encontradas em menor número 
nas plantas de milho tratadas com silício, enquanto a 
ocorrência de joaninhas não diferiu nos tratamentos, 
somente entre as culturas. Portanto, os resultados 
obtidos são satisfatórios, podendo o silício ser 
considerado como mais uma tática a ser testada no 
manejo integrado de pragas em plantas comerciais, 
com outras fontes de silício. 

 

 

Tabela 4. Número (média ± EP) de joaninhas Cycloneda sanguinea/parcela em plantas de milho e girassol. 
Lavras (MG), março a junho de 2008 

 
 

*Médias seguidas de letras diferentes na coluna diferem estatisticamente entre si pelo teste F (P≤0,05). 

Tratamento Número de joaninhas  

  Milho 19,8 ± 0,7 b Cultura 

  Girassol 35,6 ± 1,6 a 
CV(%) 8,4 



Influência da aplicação…  ANTUNES, C. S. et al 

Biosci. J., Uberlândia, v. 26, n. 4, p. 619-625, July/Aug. 2010 

623 

CONCLUSÕES 
 
Não houve registro de lagartas parasitadas; 
A aplicação de silício não afeta diretamente 

a infestação de S. frugiperda, porém favorece a 
ocorrência do predador Dorus spp.; 

A aplicação de silício reduz a infestação de 
plantas de girassol pela lagarta C. lacinia 
saundersii; 

A aplicação de silício não afeta a ocorrência 
dos predadores Doru spp. e C. sanguinea em 

milho e/ou girassol, podendo seus efeitos serem 
aditivos no controle de lagartas. 
 

AGRADECIMENTOS 
 
Os autores agradecem ao Conselho 

Nacional de Desenvolvimento Científico e 
Tecnológico – CNPq pela concessão de bolsas e 
apoio financeiro ao projeto. 

 
 

ABSTRACT: The corn fall armyworm, Spodoptera frugiperda (J. E. Smith, 1797) and the sunflower caterpillar 
Chlosyne lacinia saundersii (Doubleday & Hewitson, 1847) are regarded as key pests, respectively, on corn and sunflower 
crops. In that way, the objectives of the present work were to evaluate the effects of silicon in the occurrence of fall 
armyworm, of the sunflower caterpillar and of their natural enemies on corn and sunflower. The experiment was 
conducted in the field in an experimental area intended to the organic cultivation at the UFLA, in the period of February to 
June of 2008, adopting the randomized block design in a factorial scheme 2 (crops) x 2 (with and without silicon 
application) and 8 replications.  The total number of caterpillars, the parasitism rate and the occurrence of earwigs and 
ladybugs were evaluated. From the results, one can find that the application of silicon, although don’t having direct effect 
on the S. frugiperda infestation, affected the development of C. lacinia saundersii, causing a reduction in the number of 
caterpillars. In relation to the ladybugs, they were found in the two crops, their being significantly higher on sunflower 
plants. There was no record of parasitized caterpillars, a fact that should be investigated in other research works. 
 

KEYWORDS: Silicic acid. Biological control. Zea mays. Helianthus annuus. 
 

 
REFERÊNCIAS  
 
ALTIERI, M. A.; NICHOLLS, C. I. Biodiversity, ecosystem function, and insect pest management in 
agricultural systems. In: COLLINS,W.W.; QUALSET,C.O. (Ed.). Biodiversity in agroecosystems. Boca 
Raton: CRC Press, 1999. p. 69-84. 
 
ALTIERI, M. A.; SILVA, E. N.; NICHOLLS, C. I. O papel da biodiversidade no manejo de pragas. 
Ribeirão Preto: Holos, 2003. 226 p.  
 
BAVARESCO, A. et al. Biologia comparada de Spodoptera cosmioides (WALK.) (Lepidoptera: Noctuidae) em 
cebola, mamona, soja e feijão. Ciência Rural, Santa Maria, v. 33, n. 6, p. 993-998, nov./dez. 2003. 
 
BUSATO, G. R. et al. Biologia comparada de populações de Spodoptera frugiperda (J.E. Smith) (Lepidoptera: 
Noctuidae) em folhas de milho e arroz. Neotropical Entomology, Londrina, v. 34, n. 5, p. 743-750, set./out. 
2005. 
 
CIVIDANES, F. J.; YAMAMOTO, F. T. Pragas e inimigos naturais na soja e no milho cultivados em sistemas 
diversificados. Scientia Agricola, Piracicaba, v. 59, n. 4, p. 683-687, out./dez. 2002.  
 
COSTA, R. R.; MORAES, J. C.; ANTUNES, C. S. Resistência induzida em trigo ao pulgão Schizaphis 
graminum (hemiptera: aphididae) por silício e acibenzolar-s-methyl. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 31, 
n. 2, p. 393-397, mar./abr. 2007. 
 
CRUZ, I.; OLIVEIRA, A. C. Flutuação populacional do predador Doru luteipes Scudder em plantas de milho. 
Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 32, n. 4, p. 363-368, abr. 1997. 
 



Influência da aplicação…  ANTUNES, C. S. et al 

Biosci. J., Uberlândia, v. 26, n. 4, p. 619-625, July/Aug. 2010 

624 

DANNON, E. A; WYDRA, K. Interaction between silicon amendment, bacterial wilt development and 
phenotype of Ralstonia solanacearum in tomato genotypes. Physiological and Molecular Plant Pathology, 
London, v. 64, n. 5, p. 233-243, May 2004. 
 
DEGRANDE, P. E. et al. Metodologia para avaliar o impacto de pesticidas sobre inimigos naturais. In: 
PARRA, J. R. P.; BOTELHO, P. S. M.; CORRÊA-FERREIRA; B. S.; BENTO, J. M. S. (Ed.). Controle 
biológico no Brasil: parasitóides e predadores. Manole: São Paulo. 2002. p. 75-81. 
 
DEQUECH, S. T. B.; SILVA, R. F. P.; FIUZA, L. M. Interação Entre Spodoptera frugiperda (J.E. Smith) 
(Lepidoptera: Noctuidae), Campoletis flavicincta (Ashmead) (Hymenoptera: Ichneumonidae) e Bacillus 
thuringiensis aizawai, em Laboratório. Neotropical Entomology, Londrina, v. 34, n. 6, p. 937-944, nov./dez. 
2005.  
 
EPSTEIN, E. The anomaly of silicon in plant biology. Proceedings National of Academy Science of the 
United State of América, Washington, v. 91, n. 1, p. 11-17, jan. 1994.  
 
FIGUEIREDO, M. de L. C., MARTINS-DIAS, A. M. P.; CRUZ, I. Exasticolus fuscicornis em lagartas de 
Spodoptera frugiperda. Pesquisa agropecuária brasileira, Brasília, v. 41, n. 8, p. 1321-1323, ago. 2006. 
 
FIGUEIREDO, M. de L. C.; MARTINS-DIAS, A. M. P.; CRUZ, I. Relação entre a lagarta-do-cartucho e seus 
agentes de controle biológico natural na produção de milho. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 
41, n. 12, p. 1693-1698, dez. 2006. 
 
GOMES, F. B. et al. Resistance induction in wheat plants by silicon and aphids. Scientia Agricola, Piracicaba, 
v. 62, n. 6, p. 547-551, nov./dez. 2005. 
 
GOUSSAIN, M. M. et al. Efeito da aplicação de silício em plantas de milho no desenvolvimento biológico da 
lagarta-do-cartucho Spodoptera frugiperda (J.E. Smith) (Lepidoptera: Noctuidae). Neotropical Entomology, 
Londrina, v. 31, n. 2, p. 305-310, abr./jun. 2002. 
 
GUIRADO, N. et al. Controle alternativo da lagarta preta (Chosyne lacinia saundersii) do girassol. Revista 
Brasileira de Agroecologia, Porto Alegre, v. 2, n. 1, p. 682-685, fev. 2007.  
 
KEEPING, M. G.; MEYER, J. H. Silicon-mediated resistance of sugarcane to Eldana saccharina Walker 
(Lepidoptera: Pyralidae): effects of silicon source and cultivar. Journal of Applied Entomology, Berlin, v. 
130, n. 8, p. 410-420, Sept.2006. 
 
LOPES, G. S. et al. Biologia de Spodoptera frugiperda (J. SMITH) (Lepidoptera: Noctuidae) em folhas de 
mandioca (Manihot esculenta, CRANTZ). Revista Caatinga, Mossoró, v. 21, n. 3, p. 134-140, jul./dez. 2008. 
 
MARSCHNER, H. Mineral nutrition of higher plants. New York: Academic, 1995. 889p.  
 
MILLÉO, J. et al. Coccinelídeos (Insecta, Coleoptera) presentes em hortaliças (Ponta Grossa - PR). Revista 
Publicatio UEPG Ciências Exatas e da Terra, Ciências Agrárias e Engenharias, Ponta Grossa, v. 13, n. 2, 
p. 71-80, ago. 2007. 
 
NERI, D. K. P., MORAES, J. C.; GAVINO, M. A. Interação silício com inseticida regulador de crescimento no 
manejo da lagarta-do-cartucho Spodoptera frugiperda (J. E. Smith) (Lepidoptera: Noctuidae) em milho. 
Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 29, n. 4, p. 1167-1174, jul./ago. 2005. 
 
ROEL, A. R. et al. Efeito do extrato acetato de etila de Trichilia pallida Swartz (Meliaceae) no 
desenvolvimento e sobrevivência da lagarta-do-cartucho. Bragantia, Campinas, v. 59, n. 1, p. 53-58, jan./jun. 
2000. 
 



Influência da aplicação…  ANTUNES, C. S. et al 

Biosci. J., Uberlândia, v. 26, n. 4, p. 619-625, July/Aug. 2010 

625 

SANTOS, K. B.; MENEGUIM, A. M.; NEVES, P. M. O. J. Biologia de Spodoptera eridania (Cramer) 
(Lepidoptera: Noctuidae) em diferentes hospedeiros. Neotropical Entomology, Londrina, v. 34, n. 6, p. 903-
910, nov./dez. 2005. 
 
TEIXEIRA, E. P. et al. Primeiro registro da ocorrência de Spodoptera albula (Walker) (Lepidoptera: 
Noctuidae) atacando amendoim (Arachis hypogaea L.) no Estado de São Paulo. Neotropical Entomology, 
Londrina, v. 30, n. 4, p. 723-724, jul./ago. 2001. 
 
VENDRAMIM, J. M.; BOIÇA JÚNIOR, A. L. Efeito de cultivares de girassol sobre o desenvolvimento e 
preferência para a alimentação de Chlosyne lacinia saundersii Doubl. & Hew. 1849 (Lepidoptera, 
Nymphalidae). Anais da Sociedade Entomológica do Brasil, Londrina, v. 23, n. 1, p. 81-86, abr. 1994. 
 
WAQUIL, J. M.; VIANA, P. A.; CRUZ, I. Cultivo de milho: manejo integrado de pragas. Sete Lagoas: 
Embrapa, 2002. (Comunicado técnico, 50). 
 
WAQUIL, J. M.; VILELLA, F. M. F. Gene bom. Revista Cultivar, São Paulo, v. 49, p.22-26, abr. 2003.