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Original Article 

Biosci. J., Uberlândia, v. 26, n. 6, p. 930-939, Nov./Dec. 2010 

930 

TRATAMENTO DE SEMENTES DE HÍBRIDOS DE MILHO COM 
FLUQUINCONAZOL 

 
EFFECT OF SEED TREATMENT IN MAIZE HYBRIDS WITH FLUQUINCONAZOL 

 
Viviane Moreira ALVES¹; Fernando Cezar JULIATTI² 

1. Engenheira Agrônoma, Mestranda; Instituto de Ciências Agrárias – ICIAG, Universidade Federal de Uberlândia - UFU, 
Uberlândia, MG, Brasil. viviane_agro@yahoo.com.br; 2. Engenheiro Agrônomo, Professor, Doutor; Instituto de Ciências Agrárias 

- ICIAG, Universidade Federal de Uberlândia - UFU, Uberlândia, MG, Brasil. juliatti@ufu.br 

 
RESUMO: A evolução na severidade e incidência das doenças na cultura do milho (Zea mays), tornou-se um 

entrave para o aumento da produtividade e da produção brasileira deste grão. Com isso o uso de fungicidas tem sido cada 
vez mais constante. O presente trabalho teve por objetivo avaliar o fungicida fluquinconazol em tratamento de sementes de 
diferentes híbridos de milho no controle da ferrugem comum e cercosporiose do milho. O delineamento experimental 
utilizado foi o de blocos casualizados, em esquema fatorial 8 (híbridos) x 4 (doses de fungicida) com 3 repetições. Foram 
avaliadas a porcentagem de plântulas emergidas, a incidência, a severidade, a evolução das doenças, a área abaixo da curva 
de progresso da doença e também a tolerância dos híbridos às doenças ocorridas. Pelos resultados obtidos verificou-se que 
o uso de fluquinconazol no tratamento de sementes de milho é eficaz para diminuir a severidade e o progresso de 
cercosporiose e de ferrugem comum na dose de 0,34g i.a.500g de sementes-1. O uso de fluquinconazol no tratamento de 
sementes em milho reduziu a porcentagem de emergência em até 2,4%.  

 
PALAVRAS-CHAVE: Zea mays. Ferrugem Comum. Cercospora-zeae maydis. Fungicidas. 

 
INTRODUÇÃO 
 

O milho é uma das culturas mais plantadas 
no mundo, representando importante fator sócio-
econômico, principalmente nos países do terceiro 
mundo (BRANDÃO, 2002). Os Estados Unidos 
lideram o ranking mundial de produção de milho, 
com uma produção de 307,39 milhões de toneladas 
métricas na safra 2008/09, seguido pela China e 
pelo Brasil (UNITED STATES, 2009). 

No Brasil a produção de milho da safra 
08/09 foi estimada em 49.882,3 mil toneladas. A 
área plantada nesta mesma safra foi estimada em 
14.122,3 mil hectares e a produtividade em 3.532 kg 
ha-1 (COMPANHIA NACIONAL DE 
ABASTECIMENTO, 2009). 

A cultura do milho, no Brasil, está sujeita à 
ocorrência de várias doenças, que, sob condições 
favoráveis, podem comprometer seriamente a 
qualidade e a produção de sementes e grãos. A 
incidência e a severidade dessas doenças têm 
aumentado muito, em decorrência, principalmente, 
de modificações no sistema de cultivo e na época de 
plantio do milho, bem como da expansão da área 
cultivada para a Região Centro – Oeste. Os plantios 
de safrinha e os plantios na Região Centro – Oeste 
expõem a cultura do milho a condições climáticas 
favoráveis ao desenvolvimento de determinadas 
doenças. Além disso, a safrinha pode contribuir para 
a manutenção de inóculo de vários patógenos, que, 
posteriormente, podem infectar as lavouras da safra 
de verão, sendo o inverso também verdadeiro. 

Contribuem também para manutenção de inóculo 
também as plantas voluntárias de milho que 
permanecem no campo após a colheita. A irrigação 
também pode proporcionar condições de microclima 
favorável a algumas doenças, e os plantios 
consecutivos, realizados em algumas áreas, 
contribuem para manutenção e aumento da 
concentração de inoculo (OLIVEIRA et al., 2004). 

Dessa forma, mais de 20 doenças já foram 
identificadas na cultura de milho no Brasil, a 
maioria é considerada de importância secundária, 
não ocasionando dano econômico à cultura. No 
entanto, uma doença considerada secundária pode 
passar a ter importância quando as condições se 
tornam favoráveis à interação entre o patógeno, o 
hospedeiro e o ambiente. (BRANDÃO, 2002). 

Atualmente, com o incremento das áreas 
irrigadas, a adoção do plantio direto, os cultivos 
sucessivos do milho, a utilização do plantio de 
verão, o plantio de safrinha e o plantio de inverno 
irrigado, proporcionam condições ideais para o 
desenvolvimento de várias doenças. Doenças 
consideradas secundárias, como a mancha de 
Phaeosphaeria (Phaeosphaeria maydis P. Henn.), as 
ferrugens (Puccinia polysora Underw e Puccinia 
sorghi Schw) e a cercosporiose (Cercospora zeae-
maydis Tehon & Daniels) tornaram-se limitantes ao 
cultivo do milho (BRANDÃO, 2002). 

Segundo Juliatti (2005), os fungicidas são 
compostos químicos de amplo uso no controle de 
doenças de plantas. Alguns com ação protetora e 
outros sistêmicos com ação curativa. Dentro desta 

Received: 17/11/09 
Accepted: 05/06/10 



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classificação incluem-se os indutores de resistência, 
os quais não agem sobre o crescimento micelial e 
sobre a esporulação. Recentemente, tem-se 
observado a necessidade de maior utilização de 
fungicidas na cultura do milho devido a severas 
epidemias que têm ocorrido no Brasil, 
desestabilizando os sistemas de produção. 

O tratamento de sementes com fungicidas é 
uma forma segura, eficiente e relativamente barata 
do controle de doenças de plantas. Esse método têm 
sido muito utilizado no manejo da ferrugem asiática 
da soja, evitando o estabelecimento precoce da 
doença, e protegendo a planta nos estádios iniciais 
de seu desenvolvimento (FURLAN et al., 2005). 

O uso de fungicidas sistêmicos no 
tratamento de sementes proporcionou um 
incremento deste em todo o país. Estes fungicidas 
podem proporcionar uma importante zona de 
proteção ao redor da semente, conferindo proteção à 
plântula nos primeiros estádios de crescimento das 
culturas (PICININI; GOULART, 2002). 

O tratamento de sementes, para controle de 
doenças de parte aérea, tem sido amplamente usado 
no Brasil, principalmente com fungicidas do grupo 
químico dos triazóis (FURLAN et al., 2005). 

Alguns produtos a base de triazóis 
específicos, aplicados às sementes de soja, mostram-
se ativos na planta por até 40 dias, impedindo que os 
esporos depositados sobre a planta a infectem e 
causem doença (COSTA, 2007). Esta técnica 

oferece proteção à planta desde sua emergência – 
fase onde ela está mais suscetível. 

O tratamento de sementes, recomendado à 
base de triazóis específicos e na dose correta (que 
não cause fitotoxicidade à planta), pode reduzir o 
inóculo e consequentemente ter-se uma menor 
incidência da doença na cultura (FURLAN et al., 
2005). 

O objetivo deste trabalho foi o de avaliar a 
eficácia do fluquinconazol em tratamento de 
sementes de diferentes híbridos de milho no 
controle da ferrugem comum e cercosporiose do 
milho.  
 
MATERIAL E MÉTODOS 
 

O experimento foi instalado em área 
experimental da Estação Experimental Agroteste, 
localizada na Fazenda experimental Olhos d’Água, 
no município de Uberlândia – MG. A fazenda 
localiza-se a uma altitude de 843 metros, latitude 
S18º53’27,6” e longitude  W48º08’34,4”. 

Foram utilizados os seguintes híbridos: 
30F35, 30S31, e 30K64 da Pioneer, 2B604, 2B587, 
e 2B707 da Dow AgroScienses, DKB177 e 
DKB455 da Dekalb. 

O comportamento dos híbridos em relação à 
ferrugem comum e à cercosporiose estão 
apresentados na Tabela 01. 

 
Tabela 01. Comportamento dos híbridos de milho em relação à ferrugem comum e cercosporiose.       

Híbridos Ferrugem Comum Cercosporiose 

30F35 MS MR 

30K64 MR MR 

30S31 MS MR 

2B604 MR MR 

2B707 MS MR 

2B587 MS MR 

DKB177 T T 

DKB455 T AT 
MS = moderadamente suscetível    |    MR = moderadamente resistente; T = tolerante   |    AT = altamente tolerante; Dados: 
Pioneer/Dekalb/Dow AgroScienses, 2009 

 
As sementes dos oito híbridos foram 

tratadas com carbofuran (furadan) na dose comercial 
recomendada. Posteriormente, as sementes foram 
tratadas com fluquinconazol, utilizando-se doses de 
0; 33,4 ; 50,1; e 66,8g i.a. 100kg de sementes-1. Para 
se obter a quantidade exata de fungicida necessária, 
foi utilizado seringa dosada em microlitros. As 
sementes tratadas foram acondicionadas em sacos 
de papel, previamente identificados.  

O delineamento experimental utilizado foi o 
de blocos casualizados, em esquema fatorial oito 
(híbridos) x quatro (doses de fungicida). O ensaio 
foi instalado em três repetições, perfazendo um total 
de 96 parcelas. Cada parcela foi constituída por 
quatro linhas de seis metros de comprimento. O 
espaçamento utilizado foi de 0,45 m entre linhas e a 
densidade populacional de seis sementes metro-1, 
totalizando uma área de 10,8m2 cada parcela. 



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Antes da semeadura do milho fez se uma 
capina manual na área e, posteriormente, uma 
dessecação com o herbicida paraquat na dose de 2,0 
L.ha-1 do produto comercial, aplicado por bomba 
costal. 

O experimento foi conduzido em sistema de 
plantio direto, sendo irrigado com aspersor tipo 
canhão, duas vezes por semana, durante 1 hora e 30 
minutos, sendo o volume da lâmina d’água de 1 
mm.d-1. 

A adubação química foi realizada conforme 
recomendações da Comissão de Fertilidade do Solo 
do Estado de Minas Gerais – CFSEMG, contidas na 
5ª Aproximação. Com base na análise química do 
solo, aplicou-se, então, 500 kg.ha-1 do formulado 08-
30-10 em pré-semeadura. Na cobertura foi usado 
150 kg.ha-1 de Super N (30-00-20) no estádio V3-V4. 
Uma segunda adubação em cobertura foi realizada 
com 100 kg.ha-1 de uréia, no estádio V7-V8. 

A semeadura dos híbridos foi feita 
manualmente no dia 1º de Maio de 2008. Foram 
realizadas duas pulverizações com inseticidas para 
controle da lagarta do cartucho. A primeira 
pulverização foi feita com novaluron na dose de 100 
ml ha-1 do produto comercial, e a segunda 

pulverização foi feita com spinosad na dose de 100 
ml ha-1 do produto comercial. 

As variáveis avaliadas no presente trabalho 
foram a porcentagem de plântulas emergidas; a 
incidência, a severidade, e a evolução das doenças, e 
também a tolerância dos híbridos às doenças 
ocorridas.   

A avaliação de emergência foi realizada 12 
dias após a semeadura (D.A.S.), procedendo a 
contagem das plântulas emergidas na área útil da 
parcela (duas linhas centrais). 

As avaliações de incidência, severidade e 
evolução das doenças, bem como a de tolerância dos 
híbridos às estas, foram realizadas aos 45, 75, 90, 
105 e 120 dias após a semeadura (D.A.S.). Estas 
avaliações foram realizadas a partir de amostras 
foliares, nas quais observou-se os sintomas, e o 
progresso destes, no terço médio das folhas 
amostradas em cada avaliação. Com o auxílio do 
software QUANT (VALE et al., 2003), foi obtida 
uma escala diagramática, para cada doença, com 
índices de severidade de 0,5%; 5%; 15%; 25%; 50% 
e 75% (Figuras 1 e 2). Com o auxílio da escala 
diagramática, foram atribuídas notas de severidade, 
por dois avaliadores. 

 
Figura 1. Escala diagramática para avaliação de severidade (%) de Ferrugem Comum. 



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Figura 2. Escala diagramática para avaliação de severidade (%) de Cercosporiose. 

 
Em cada parcela foram coletadas cinco 

folhas ao acaso (em cada avaliação coletava-se 
folhas de plantas diferentes) dentro da área útil. Na 
primeira amostragem foi coletada a terceira folha de 
baixo pra cima, na segunda amostragem foi coletada 
a quarta folha de baixo pra cima. Nas 3ª, 4ª e 5ª 
amostragens foi coletada a primeira folha abaixo da 
inserção da espiga principal. Este sistema de 
amostragem foi utilizado devido à seca e morte das 
folhas inferiores com o avanço do ciclo, e devido a 
importância da inserção foliar no enchimento da 
espiga. 

No mesmo dia da coleta, as folhas de cada 
amostra foram avaliadas quanto à porcentagem de 
área foliar com a presença de sinais de todos os 
patógenos, ali identificados, com base na 
sintomatologia e etiologia de cada doença. 

Após as avaliações, foram plotadas as 
curvas de progresso da doença, e a partir destas 
foram calculadas as áreas abaixo da curva de 
progresso da doença (AACPD) por meio da equação 

proposta por Campbell e Madden (1990), utilizando 
o software AVACPD® para tal. 

 

...... (1) 
Em que: 
AACPD: área abaixo da curva de progresso da doença 
Yi: proporção da doença na i-ésima observação 
Ti: tempo em dias na i-ésima observação 
n: número total de observações  

 
Realizou-se a análise de variância pelo 

software SISVAR®, para a avaliação do 
desempenho do tratamento de sementes com 
fluquinconazol nos diferentes híbridos para cada 
variável (emergência, ferrugem comum e 
cercosporiose). Em seguida utilizou-se o teste de 
Scott-Knott a 5% de probabilidade para comparar as 
médias das diferentes doses de fluquinconazol no 
tratamento de sementes. Também utilizou-se a 
regressão polinomial a 5% de probabilidade para 



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determinar a dose ideal (mais eficiente e 
econômica), a ser utilizada no tratamento de 
sementes. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 

 
Conforme mostrado na Tabela 02, para a 

análise da porcentagem de emergência de plântulas, 
houve efeito significativo para híbridos e para doses. 
No entanto a interação entre híbridos x doses não foi 
significativa, isso quer dizer que os diferentes 
híbridos, nas diferentes doses de fluquinconazol 
utilizadas no tratamento de sementes, apresentaram 
porcentagens de emergência semelhantes. 

A Figura 3 mostra que o uso de 
fluquinconazol no tratamento de sementes, em 
diferentes híbridos de milho, reduziu a taxa de 
emergência em até 2,4%. A dose máxima de 0,34. 
i.a.500g de sementes-1 é a dose que menos reduz a 

taxa de emergência. O período seco do ano (época 
de semeadura) pode ter afetado a emergência das 
plântulas e, assim, alterado o desempenho do 
fungicida fluquinconazol em tratamento de 
sementes (Figura 4). A redução de 2,4% no 
potencial de emergência pode não ser efetiva em 
condições normais de semeadura (período chuvoso). 

O tratamento de sementes com 
fluquinconazol na dose de 0,34g. i.a.500g.-1 de 
sementes, apesar de oferecer melhor proteção à 
lavoura de milho na fase inicial de desenvolvimento 
em relação à cercosporiose e ferrugem comum, 
reduz em 2% a taxa de emergência. Isto pode causar 
uma redução no stand final da lavoura. Cabe ao 
produtor analisar a relação custo-benefício do uso 
do fluquinconazol no tratamento de sementes em 
milho, na dose supracitada, e decidir se o seu uso 
compensa um possível aumento na densidade de 
semeadura. 

 
Tabela 02. Análise de variância para a porcentagem de emergência de plântulas de milho em função das 

diferentes doses de fluquinconazol no tratamento de sementes. Uberlândia – MG, 2009. 

Fontes de Variação Grau de Liberdade Quadrado Médio Pr>Fc 

Hibrido 7 19,633 0,0217* 

Dose 3 35,259 0,0056* 

Hibrido*Dose 21 6,371 0,670 

Bloco 2 22,732 0,059 

Resíduo 62 7,648  

Total corrigido 95   

Coeficiente de variação = 2,94% 
Média geral = 94,044; Número de observações = 96; *Significativo ao teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade 
 

y = 49,252x² - 22,796x + 95,825
R² = 99,95%

0

20

40

60

80

100

0 0,17 0,34

Doses (g. i.a./0,5 kg de sementes)

E
m

er
gê

nc
ia

 (
%

)

 
Figura 3. Porcentagem de emergência de plântulas de milho em função de diferentes doses  de fluquinconazol 

em tratamento de sementes. Uberlândia – MG, 2009. 



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935 

5,0

15,0

25,0

35,0

45,0

55,0

65,0

75,0

85,0

95,0

105,0

1/
m

ai

8/
m

ai

15
/m

ai

22
/m

ai

29
/m

ai
5/

ju
n

12
/ju

n

19
/ju

n

26
/ju

n
3/

ju
l

10
/ju

l

17
/ju

l

24
/ju

l

31
/ju

l
7/

ag
o

14
/a

go

21
/a

go

28
/a

go

T
em

p
. m

áx
im

a,
 m

éd
ia

 e
 m

ín
im

a(
ºC

);
 U

.R
.(

%
)

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

P
recip

itação(m
m

)

Te mp. máx Te mp. mé dia Te mp. min UR Pre cipit. (mm)
 

Figura 4. Dados climatológicos coletados na Estação Experimental Agroteste durante a  condução do 
experimento. Uberlândia – MG, 2008. 

 
Na análise visual das amostras foliares 

coletadas nas parcelas, e mesmo na análise visual 
feita em campo, verificou-se a incidência de apenas 
duas doenças, cercosporiose e ferrugem comum. 

Mesmo havendo inóculo inicial de outras 
doenças em áreas vizinhas, como de mancha branca, 
não houve sintomas e nem incidência destas outras 
doenças. Outros fatores como escape, clima 
desfavorável, e época de plantio, podem não ter 
permitido a evolução destas doenças (Figura 4). 

Atualmente as doenças se instalam na 
cultura do milho cada vez mais cedo, infectando as 
plântulas de milho nos estádios em que elas se 
encontram ainda desprotegidas tanto quimicamente 
como estruturalmente. Isto contribui para o aumento 
do inóculo inicial dos patógenos dentro da lavoura, 

sendo necessário maiores doses e/ou mais 
aplicações de fungicidas para controlar as doenças. 

O tratamento de sementes com 
fluquinconazol protege a planta nos estádios iniciais 
da cultura, e diminui o inóculo inicial de ferrugem 
comum e cercosporiose na cultura do milho. 

Conforme se pode observar pela análise de 
variância (Tabela 03), houve interação significativa 
para os diferentes híbridos analisados e interação 
significativa entre híbridos e doses, ou seja, a 
resposta de cada híbrido quanto à tolerância às 
doenças é variável em função da dose de 
fluquinconazol utilizada. A severidade e a evolução 
das doenças variaram também de acordo com os 
híbridos e a dose utilizada de fluquinconazol. 

 

Tabela 03. Análise de variância para AACPD para Cercosporiose em função dos diferentes  híbridos e doses de 
fluquinconazol. Uberlândia – MG, 2009. 

Fontes de Variação Grau de Liberdade Quadrado Médio Pr>Fc 

Hibrído 7 41934,420 0,001* 

Dose 3 42000066,431 0,000* 

Hibrído*Dose 21 25063,828 0,004* 

Bloco 2 10003,309 0,395 

Resíduo 62 10618,207  



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Total corrigido 95     

Coeficiente de Variação = 15,70% 
Média geral = 656,378; Número de observações = 96; *Significativo ao teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade 

 

Ao se analisar a Tabela 04, observa-se que 
quando não se utiliza o fungicida no tratamento de 
sementes, ou seja, a resistência parcial dos híbridos 
à cercosporiose, estes não diferem entre si. Com 
exceção dos híbridos 30K64 e 30F35 que 
apresentam menor resistência. Nas doses de 0,25g 
i.a.500g de sementes-1 os híbridos também não 

diferem entre si, com exceção do 30S31 que 
apresentou um desempenho inferior. Quando da 
utilização do fluquinconazol no tratamento de 
sementes na dose de 0,17g i.a.500g-1 de sementes 
não houve diferença na resposta da resistência dos 
híbridos à cercosporiose, assim como na dose de 
0,34g i.a.500g de sementes-1.  

 
Tabela 04. Comportamento dos híbridos de milho para Cercosporiose em função das diferentes doses de 

fluquinconazol. Uberlândia – MG, 2009. 

AACPD 

g i.a/ 500g de sementes Hibrídos 

0,00* 0,17* 0,25* 0,34* 

2B604 974,50a 790,90a 615,35a 67,47a 

2B587 1115,65a 710,39a 616,75a 92,99a 

2B707 999,12a 742,92a 650,99a 87,87a 

DKB177 1070,89a 766,39a 599,47a 77,65a 

DKB455 950,62a 709,99a 596,62a 83,87a 

30S31 999,69a 839,74a 986,75b 79,65a 

30F35 1208,25b 893,62a 604,15a 81,77a 

30K64 1311,00b 892,33a 686,66a 100,00a 

C.V. = 15,70% 
Média seguidas por letras minúsculas distintas na mesma coluna, diferem entre si pelo teste de Scott-Knott a 5% de significância 

 

Ao avaliar o efeito das diferentes doses de 
fluquinconazol sobre os diferentes híbridos quanto à 
severidade de cercosporiose verificou-se que o 
aumento na dose de fluquinconazol proporciona 

uma diminuição na severidade da doença em todos 
os híbridos. A dose máxima de 0,34g i.a.500g de 
sementes-1 é a que proporciona melhor controle da 
cercosporiose (Figura 5). 

0

400

800

1200

1600

0 0,17 0,34

DOSES(g i.a./500g de sementes)

A
A

C
P

D

30F35

30K64

30S31

2B587

2B707

2B604

DKB177

DKB455

 
Figura 5. Severidade de Cercosporiose em função de diferentes híbridos de milho em função do tratamento de 

sementes com diferentes doses de fluquinconal. Uberlândia – MG, 2009.  



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Na análise da ferrugem comum, também 
houve interação significativa para os diferentes 
híbridos analisados e interação significativa entre 
híbridos e doses (Tabela 05), ou seja, a resposta de 
cada híbrido quanto a tolerância à doença é variável 
em função da dose de fluquinconazol utilizada, 
assim como a severidade e a evolução das doenças 
variaram de acordo com os híbridos e a dose 
utlizada de fluquinconazol.  

A Tabela 06 mostra que quando não se 
utiliza o fungicida no tratamento de sementes, ou 
seja, nas testemunhas, a resistência parcial dos 
híbridos à ferrugem comum diferem entre si. Os 
hibrídos 2B587 e DKB177 são os que apresentam 
maior resistência. Na dose de 0,17g i.a.500g de 
sementes-1 o hibrído com maior resistência é o 

DKB177. Nas doses de 0,25g i.a.500g de sementes-1 
e de 0,34g i.a.500g de sementes-1 os híbridos 
apresentam resistências diferentes entre si. Os 
híbridos que apresentam maior resistência são 
2B604 e 30S31 nesta dose, e os híbridos 2B587 e 
DKB177 naquela dose. O híbrido com menor 
resistência à ferrugem comum é o 30K64. 

Ao avaliar o efeito das diferentes doses de 
fluquinconazol sobre os diferentes híbridos quanto a 
severidade de ferrugem comum, verifica-se que o 
aumento na dose de fluquinconazol proporciona 
uma diminuição na severidade da doença em todos 
os híbridos. A dose máxima de 0,34g i.a.500g de 
sementes-1 é a que proporciona melhor controle da 
ferrugem comum (Figura 6). 

 
Tabela 05. Análise de variância para AACPD para Ferrugem Comum em função dos diferentes híbridos e 

doses de fluquinconazol. Uberlândia – MG, 2009. 

Fontes de Variação Grau de Liberdade Quadrado Médio Pr>Fc 

Hibrído 7 154978,871 0,000* 

Dose 3 2941139,855 0,000* 

Hibrído*Dose 21 29645,678 0,000* 

Bloco 2 1937,192 0,001 

Resíduo 62 261,66  

Total corrigido 95     
Coeficiente de Variação = 2,87%; Média geral = 563,848; Número de observações = 96; *Significativo ao teste de Scott-Knott a 5% de 
probabilidade 
 
Tabela 06. Comportamento dos híbridos de milho para Ferrugem Comum em função das diferentes doses de 

fluquinconazol. Uberlândia – MG, 2009. 

AACPD 

g i.a/ 500g de sementes Hibrídos 

0,00* 0,17* 0,25* 0,34* 

2B604 865,35b 604,79c 531,39b 76,15a 

2B587 686,22a 587,42b 448,77a 103,05b 

2B707 846,95b 625,42c 516,32b 96,50b 

DKB177 695,55a 523,35a 462,19a 101,45b 

DKB455 832,72b 671,80d 533,22b 89,27b 

30S31 1013,62c 651,07d 561,20c 64,82a 

30F35 1161,52d 914,20e 584,62c 98,12b 

30K64 1276,89e 1039,10f 643,87d 136,17c 

C.V. = 15,70% 
Média seguidas por letras minúsculas distintas na mesma coluna, diferem entre si pelo teste de Scott-Knott a 5% de significância 
 



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Biosci. J., Uberlândia, v. 26, n. 6, p. 930-939, Nov./Dec. 2010 

938 

0

400

800

1200

1600

0 0,17 0,34
DOSES (g i.a./500g de sementes)

A
A

C
P

D
30F35

30K64

30S31

2B587

2B707

2B604

DKB177

DKB455

 
Figura 6. Severidade de Ferrugem Comum em diferentes híbridos de milho em função de diferentes do 

tratamento de sementes com diferentes doses de fluquinconazol. Uberlândia – MG, 2009. 
 
CONCLUSÕES 

 
O uso de fluquinconazol no tratamento de 

sementes de milho reduz a porcentagem de 
emergência em até 2,4%. Na dose de 0,34g i.a.500g 
de sementes-1 a redução da porcentagem de 
emergência é menor. 

O uso de fluquinconazol no tratamento de 
sementes em milho é eficaz para diminuir a 
severidade e o progresso de cercosporiose e de 

ferrugem comum na dose de 0,34g i.a.500g de 
sementes-1; 

O híbrido 30K64 apresenta menor 
resistência à ferrugem comum, enquanto que o 
híbrido DKB177 apresenta maior resistência a esta 
doença; 

Os híbridos 30F35 e 30K64 apresentam 
menor resistência à cercosporiose, quando na 
ausência do tratamento de sementes com 
fluquinconazol. 

 
 
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