Microsoft Word - 9-Agra_revisado_7388.doc Original Article Biosci. J., Uberlândia, v. 27, n. 1, p. 59-69, Jan./Feb. 2011 59 ADAPTABILIDADE E ESTABILIDADE DE GENÓTIPOS DE SOJA EM DIFERENTES ÉPOCAS DE SEMEADURA ADAPTABILITY AND STABILITY OF SOYBEAN GENOTYPES UNDER DIFFERENT TIMES OF SOWING Marcelo Cunha MARQUES1; Osvaldo Toshiyuki HAMAWAKI2; Tuneo SEDIYAMA3; Mariana Rodrigues BUENO4; Múcio Silva REIS3; Cosme Damião CRUZ3; Ana Paula Oliveira NOGUEIRA5 1. Doutorando em Genética e Melhoramento de Plantas, Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" – ESALQ, Universidade de São Paulo - USP, Piracicaba, SP, Brasil. marcelo.cmarques@yahoo.com.br ; 2. Professor, Doutor, Instituto de Ciências Agrárias – ICIAG, Universidade Federal de Uberlândia - UFU; 3. Professor, Doutor, Universidade Federal de Viçosa - UFV; 4. Mestranda em Agronomia, ICIAG - UFU; 5. Doutoranda em Genética e Melhoramento, UFV. RESUMO: Este trabalho teve como objetivo avaliar o comportamento médio, a interação genótipos x ambientes (GxA), a adaptabilidade e estabilidade de sete cultivares de soja em três épocas de semeadura em Uberlândia-MG. Os ensaios foram conduzidos na Fazenda Capim Branco, pertencente à Universidade Federal de Uberlândia. As semeaduras foram realizadas nos dias 29 de outubro (1ª época), 24 de novembro (2ª época) e 17 de dezembro (3ª época) de 2007. O delineamento experimental adotado foi o de blocos casualizados, sendo sete genótipos (UFUS Xavante, UFUS Riqueza, UFUS Guarani, UFUS Milionária, Msoy 8001, Msoy 8411 e Msoy 8914) com três repetições em cada uma das três épocas de semeadura. As médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. A análise de adaptabilidade e estabilidade fenotípica dos genótipos foi feita pelos métodos de Eberhart e Russell (1966), Lin e Binns (1988) modificado por Carneiro (1998) e centróide (NASCIMENTO et al., 2009). Para o caráter produtividade de grãos, a cultivar UFUS Xavante foi classificada como de adaptabilidade específica para ambiente favorável e de alta estabilidade. As demais cultivares foram classificadas como sendo de adaptabilidade geral. Para o teor de óleo, as cultivares Msoy 8914 e UFUS Xavante comportaram se como de alta estabilidade e foram classificadas como de adaptabilidade geral alta. Para o caráter teor de proteína, todas as cultivares se comportaram como de ampla adaptabilidade e baixa estabilidade. PALAVRAS-CHAVE: Glycine max. Produtividade. Teor de óleo. Teor de proteína. INTRODUÇÃO A seleção de genótipos com alta produtividade de grãos e elevados teores de proteína e óleo é o principal objetivo dos programas de melhoramento (ROCHA; VELLO, 1999). Porém, a interação genótipos x ambientes (GxA) constitui-se num dos maiores problemas dos programas de melhoramento de qualquer espécie, seja na fase de seleção ou na de recomendação de cultivares. A interação GxA pode ser reduzida utilizando-se cultivares específicas para cada ambiente, ou utilizando-se cultivares com ampla adaptabilidade e boa estabilidade. (ALLARD; BRADSHAW, 1964; RAMALHO et al., 1993). A interação de G x A dificulta a seleção de genótipos amplamente adaptados. (DUARTE; VENCOVSKY, 1999). Cockerham (1963) atribuiu o aparecimento de interação GxA devido a respostas diferenciais do mesmo conjunto gênico em ambientes distintos. A adaptabilidade é a capacidade de os genótipos aproveitarem vantajosamente o estímulo do ambiente; a estabilidade é a capacidade de os genótipos mostrarem um comportamento altamente previsível mesmo com as variações ambientais (CRUZ; CARNEIRO, 2003). A seleção de cultivares, através da análise de adaptabilidade e estabilidade fenotípica, inclui a interação GxA e dá melhor interpretação dos resultados experimentais do que quando se despreza a interação (BUENO et al., 2001). Assim, a estimação dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade fenotípica tem sido uma forma muito difundida, entre os melhoristas de plantas, de avaliar novos genótipos antes de sua recomendação como cultivares. Este trabalho teve como objetivo avaliar o comportamento médio, a adaptabilidade e estabilidade de sete cultivares de soja em três épocas de semeadura em Uberlândia-MG, pelos métodos de Eberhart e Russell (1966), Lin e Binns (1988) modificado por Carneiro (1998) e centróide (NASCIMENTO et al., 2009). MATERIAL E MÉTODOS Os ensaios foram realizados na Fazenda Capim Branco, pertencente à Universidade Federal de Uberlândia, no município de Uberlândia – MG, Received: 04/05/10 Accepted: 05/11/10 Adaptabilidade e estabilidade... MARQUES, M. C. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 27, n. 1, p. 59-69, Jan./Feb. 2011 60 situada na latitude 18o 55’ 23’’ S, longitude 48o 17’ 19’’ W, a uma altitude de 872 m e média anual pluviométrica de 1.250 a 1.500 mm. As semeaduras foram realizadas nos dias 29 de outubro (1ª época), 24 de novembro (2ª época) e 17 de dezembro (3ª época) de 2007 em Uberlândia- MG. Os dados de precipitação pluvial e das temperaturas máximas e mínimas durante cada época de semeadura estão apresentados na Figura 1. Figura1. Dados climáticos de temperaturas máximas e mínimas e precipitação pluvial de outubro / 2007 a primeira dezena de maio / 2008, da Fazenda Capim Branco (UFU), Uberlândia - MG. O delineamento experimental adotado foi o de blocos casualizados, sendo sete genótipos com três repetições em cada uma das três épocas de semeadura. As cultivares avaliadas foram UFUS Xavante, UFUS Milionária, UFUS Guarani, UFUS Riqueza, Msoy 8001, Msoy 8411 e Msoy 8914. Algumas características e a região de adaptação de cada cultivar são listadas na Tabela 1. Tabela 1. Característica das cultivares avaliadas no experimento Cor Cultivares Flor Pubes- cência Hilo Altura (cm) Ciclo (dias) Região de Adaptação UFUS Xavante Roxa Cinza Marrom 70 135-145 (médio) MT / MG UFUS Riqueza Branca Marrom Amarelo 71 130-135 (médio) GO/ MT / MG UFUS Guarani Branca Marrom Marrom claro 67 125-132 (médio) GO / MG UFUS Milionária Branca Marrom Marrom claro 66 138-145 (semi -tardio) GO/ MT / MG ¹Msoy 8001 Branca Marrom Preto 75 120-125 (médio) C1* ¹Msoy 8411 Branca Cinza Marrom claro 90 115-130 (médio) C1* ¹Msoy 8914 Roxa Marrom Marrom 95 124-140 (semi - tardio) C1* ¹Fonte: Monsanto – MONSOY, 2007 (C1*: SP (norte), GO (sul), Triângulo Mineiro e MS (norte)). Cada unidade experimental foi constituída de 4 fileiras de 5 metros, espaçadas de 0,50 metro entre fileiras. A parcela útil foi constituída das 2 fileiras centrais, desconsiderando-se as 2 fileiras laterais e 0,50 metro de cada extremidade, perfazendo 4,0 m2 para cada parcela. O restante foi considerado bordadura. Adaptabilidade e estabilidade... MARQUES, M. C. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 27, n. 1, p. 59-69, Jan./Feb. 2011 61 A produtividade de grãos foi determinada pela colheita da área útil de cada parcela e pesagem dos grãos obtidos após trilha dos feixes de plantas e limpeza dos grãos. Os dados obtidos (gramas por parcela) foram transformados para kg ha-1, sendo esta produtividade corrigida para teor de umidade de 13%. O teor de óleo e proteína foram estimados indiretamente por meio da técnica de ressonância magnética nuclear (NMR), onde os dados foram expresso em percentagem, com base na matéria seca. Foi realizada análise conjunta das três épocas de semeadura e verificada a significância para cada característica, segundo ao teste de F e a comparação das médias dos tratamentos, utilizando- se o teste de Tukey, a 5% de probabilidade. As análises de adaptabilidade e estabilidade foram realizadas segundo os métodos propostos por Eberhart e Russel (1966), Lin e Binns (1988) modificado por Carneiro (1998) e centróide modificado (sete pontos) segundo Nascimento et al. (2009). O método de Eberhart e Russell (1966) fornece informações sobre o desempenho relativo de cada genótipo em relação às médias dos ambientes, bem como em relação à sua resposta linear. A estabilidade é estimada pela variância dos desvios da regressão (σ²di), já a adaptabilidade é obtida pela média e pelo coeficiente de regressão β1i. Os parâmetros de adaptabilidade e estabilidade podem ser estimados a partir do seguinte modelo de regressão: Os estimadores indicativos da estabilidade e adaptabilidade são determinados como se segue: Lin e Binns (1988) definiram como medida para estimar a adaptabilidade e estabilidade, o quadrado médio da distância entre a média da cultivar e a resposta média máxima obtida no ambiente. Neste método, considera-se o rendimento do genótipo e a resposta relativa a um genótipo hipotético que é uma medida de adaptabilidade. Além disso, pondera os desvios de comportamento dos genótipos nos ambientes, ou seja, considera a estabilidade de comportamento. Carneiro (1998) sugeriu a decomposição do estimador Pi nas partes devidas a ambientes favoráveis e desfavoráveis, sendo o parâmetro Pi denominado MAEC (Medida de Adaptabilidade e Estabilidade de Comportamento). A classificação dos ambientes baseia-se nos índices definidos como a diferença entre a média dos genótipos avaliados em cada local e a média geral. A recomendação é baseada na estimativa do parâmetro (Pi) como medida de superioridade. Para os ambientes favoráveis, com índices positivos incluindo o valor zero, estima-se o parâmetro MAEC (Pif), e para ambientes desfavoráveis (Pid), como a seguir: O método centróide (ROCHA et al., 2005) é um método não paramétrico que tem como objetivo facilitar a recomendação de genótipos, pois permite o direcionamento dos genótipos em relação à variação ambiental, dispensa a análise de vários parâmetros, como a que ocorre nos métodos baseados em regressão, e não possibilita a duplicidade de interpretação observada na metodologia de Lin e Binns (1988). Para utilização do método centróide, os ambientes devem ser classificados em favoráveis e desfavoráveis utilizando o índice ambiental proposto por Finlay & Wilkinson (1963): Após a classificação dos ambientes e criação dos pontos referenciais representativos dos ideótipos (centróides), utiliza-se a análise de componentes principais considerando, na matriz de médias de dimensão g×a, sete linhas adicionais correspondentes aos ideótipos estabelecidos. A partir desses genótipos (g+7) é feita a análise de componentes principais obtendo-se escores utilizados na representação gráfica. A posição dos genótipos em relação aos centróides (ideótipos) no gráfico de dispersão e os valores de distância cartesiana entre os pontos (genótipos) e cada um dos sete centróides possibilitam a sua classificação quanto à adaptabilidade e estabilidade. Uma medida de probabilidade espacial é calculada com uso do inverso da distância entre um tratamento e os sete ideótipos: Adaptabilidade e estabilidade... MARQUES, M. C. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 27, n. 1, p. 59-69, Jan./Feb. 2011 62 Em que: Pd(i,k): é a probabilidade de apresentar padrão de estabilidade semelhante ao k-ésimo centróide; e dik: é a distância do i-ésimo genótipo ao k-ésimo centróide no plano gerado a partir da análise de componentes principais. O conceito de adaptabilidade e estabilidade nesta metodologia difere das demais metodologias existentes na literatura. Os genótipos de máxima e média adaptação específica não são aqueles que apresentam bom desempenho nos grupos de ambientes favoráveis ou desfavoráveis, mas sim os genótipos que apresentam valores máximos ou médios para determinado grupo de ambientes (favoráveis e desfavoráveis) e mínimo para o outro conjunto. Todas as análises foram realizadas com o auxílio do aplicativo computacional em genética e estatística, Programa GENES (CRUZ, 2009). RESULTADOS E DISCUSSÃO Os coeficientes de variação experimental variaram de 1,60% para teor de proteína a 14,39% para produtividade de grãos (Tabela 2), indicando adequado controle das causas de variação de ordem sistemática dos ambientes experimentais. Segundo Carvalho et al. (2002) 16% é o limite máximo de coeficiente de variação para produtividade de grãos em soja. Tabela 2. Resumo da análise de variância conjunta dos dados obtidos para as características produtividade, teor de óleo e teor de proteína de 7 cultivares de soja em 3 épocas de semeadura. Ano agrícola 2007/08, Uberlândia–MG QUADRADOS MÉDIOS FV GL Produtividade (kg ha-1)+ Teor de Óleo (%)+ Teor de Proteína (%)+ Bloco/Época 6 336787,1255 0,0906 0,2312 Cultivares 6 896257,6028** 10,3025** 26,5892** Épocas 2 26872852,6079** 0,2477 3,1147** Cultivares X Épocas 12 301507,8786* 0,6727** 0,7731 Resíduo 36 122069,5860 0,2028 0,4477 Média 2427,33 20,86 41,69 C.V. (%) 14,39 2,15 1,60 ** e *: significativo a 1 e 5 %, respectivamente, pelo teste F;+: referem-se à unidade de médias. A terceira época de semeadura, realizada em 17 de dezembro, mostrou-se inferior às outras épocas em relação à produtividade de grãos (kg ha-1) (Tabela 3), evidenciando queda no rendimento médio das cultivares. Este fato já era esperado, devido ao efeito ocasionado pela semeadura tardia para qualquer cultivar, o qual proporciona um florescimento precoce com encurtamento do ciclo vegetativo, diminuição do porte e consequentemente, queda na produtividade. Não houve diferença significativa entre os tratamentos dentro da terceira época, onde todos obtiveram baixas produtividades, em torno de 1000 kg ha-1. A cultivar UFUS Xavante merece atenção especial visto seu potencial produtivo, alcançando elevada produtividade na primeira época diferindo das demais cultivares também na segunda época. Entre as épocas de semeadura, a terceira diferiu das demais. De forma geral as cultivares testadas apresentaram elevados teores de óleo (Tabela 4) em todas as épocas de semeadura avaliadas. A cultivar Msoy 8914 apresentou elevado teor de óleo, sendo estatisticamente superior as demais cultivares obtendo valores entre 21,83% a 23% de óleo na 1ª e 2ª época respectivamente, já a cultivar UFUS Riqueza obteve as menores médias para essa característica (Tabela 4). Existe uma correlação negativa entre a porcentagem de óleo e a porcentagem de proteína. Alto teor de óleo associa-se à floração e maturação precoce (SEDIYAMA et al., 1993). Em estudos de casa de vegetação, as temperaturas de 21ºC, 25ºC e 29ºC, durante o estádio de enchimento de vagens, obteve-se soja com 19,5%, 20,8% e 23,2% de óleo, respectivamente (SEDIYAMA et al., 1993), demonstrando que temperaturas mais elevadas favoreceram maior teor de óleo. Os dados de Adaptabilidade e estabilidade... MARQUES, M. C. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 27, n. 1, p. 59-69, Jan./Feb. 2011 63 temperatura, apresentados na Figura 1, registrados durante o período experimental fornecem uma média mensal variando entre 23,4ºC a 24,3ºC e ainda temperatura média geral de 23,8ºC, não ocorrendo, portanto diferenças pronunciadas desse efeito ambiental no caráter teor de óleo. Esses valores de temperatura associados aos teores de óleo estimados para as cultivares nas diferentes épocas de semeadura, corroboram com dados apresentados por Sediyama et al.(1993). Tabela 3. Médias de produtividade de grãos de sete cultivares de soja em três épocas de semeadura no município de Uberlândia – MG, no ano agrícola de 2007/2008 PRODUTIVIDADE (kg ha-1) Cultivares 1ª época 2ª época 3ª época Média UFUS Xavante 4158,42 a A 3804,30 a A 1088,64 b A 3017,12 A Msoy 8001 3334,87 a AB 3043,68 a AB 1330,89 b A 2569,81 AB Msoy 8411 3106,00 a B 2977,07 a AB 1199,01 b A 2427,36 BC UFUS Milionária 2569,17 b B 3295,54 a AB 1346,52 c A 2403,74 BC UFUS Guarani 3125,87 a B 2777,53 a B 1229,57 b A 2377,66 BC UFUS Riqueza 2864,52 a B 2854,06 a B 778,03 b A 2165,54 BC Msoy 8914 2565,80 a B 2647,44 a B 877,05 b A 2030,10 C Média 3103,52 a 3057,09 a 1121,39 b 2427,33 C.V. (%): 14,39 Médias com mesma letra maiúscula na coluna e minúscula na linha não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Tabela 4. Médias de teor de óleo de sete cultivares de soja em três épocas de semeadura no município de Uberlândia – MG, no ano agrícola de 2007/2008 TEOR DE ÓLEO (%) Cultivares 1ª época 2ª época 3ª época Média Msoy 8914 21,83 b A 23,00 a A 22,00 b A 22,28 A UFUS Xavante 21,63 b AB 22,56 a A 21,76 ab AB 21,98 A Msoy 8411 21,00 a AB 21,36 a B 21,00 a AB 21,12 B UFUS Milionária 21,23 a AB 21,30 a B 20,73 a BC 21,09 B Msoy 8001 20,53 a BC 19,53 b C 21,00 a AB 20,35 C UFUS Guarani 19,56 a C 19,56 a C 19,80 a CD 19,64 D UFUS Riqueza 19,76 a C 19,56 a C 19,30 a D 19,54 D Média 20,79 a 20,98 a 20,80 a 20,86 C.V. (%): 2,16 Médias com mesma letra maiúscula na coluna e minúscula na linha não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. O teor de óleo nos grãos de soja variam de 14 a 24% em média (HYMOWITZ et al., 1972). Predominantemente, as épocas de semeadura não influenciaram os teores de óleo das cultivares, com exceção da cultivar Msoy 8914 que apresentou média estatisticamente superior na segunda época e a cultivar UFUS Xavante na primeira época que apresentou média inferior. Os dados da Tabela 2 revelam que não houve interação GxA para o caráter teor de proteína, sendo verificado pelo comportamento constante das médias de cada cultivar dentro das diferentes épocas de semeadura (Tabela 5). A média geral entre a semeadura de outubro e as semeaduras de novembro e dezembro apresentou diferença estatística para o teor de proteína (Tabela 5), podendo este fato ser atribuído ao menor período entre o estabelecimento da simbiose das bactérias fixadoras de nitrogênio e o período de enchimento dos grãos durante o desenvolvimento da cultura na 2ª e 3ª época de semeadura, assim prejudicando a produção e o Adaptabilidade e estabilidade... MARQUES, M. C. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 27, n. 1, p. 59-69, Jan./Feb. 2011 64 acúmulo de compostos nitrogenados, que são os componentes básicos de qualquer proteína. Tabela 5. Médias de teor de proteína de sete cultivares de soja em três épocas de semeadura no município de Uberlândia – MG, no ano agrícola de 2007/2008 TEOR DE PROTEÍNA (%) Cultivares 1ª época 2ª época 3ª época Média UFUS Riqueza 43,80 a A 43,83 a A 43,53 a A 43,72 A UFUS Guarani 43,86 a A 43,86 a A 43,03 a AB 43,58 A Msoy 8001 43,20 a AB 43,53 a A 41,50 b BC 42,74 A Msoy 8411 42,00 a BC 41,16 a B 41,10 a C 41,42 B UFUS Xavante 41,63 a BC 40,36 a B 40,80 a CD 40,93 BC UFUS Milionária 40,70 a CD 39,80 a BC 40,23 a CD 40,24 C Msoy 8914 39,63 a D 38,63 a C 39,36 a D 39,21 D Média 42,12 a 41,60 b 41,36 b 41,69 C.V. (%): 1,60 Médias com mesma letra maiúscula na coluna e minúscula na linha não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. O elevado teor de proteína nos grãos de soja tem sido de grande importância para os diversos programas de melhoramento que visam o desenvolvimento de cultivares voltadas ao mercado de soja para consumo humano. O teor médio de proteína nos grãos de soja variam entre 33 a 49% (HYMOWITZ et al., 1972). Os resultados de interação significativa de cultivares x épocas de semeadura obtidos sugere o comportamento diferenciado dos genótipos aos diferentes ambientes, ou seja, o comportamento dos genótipos não foi constante ao longo dos ambientes. É importante o conhecimento da adaptação e da estabilidade dos genótipos em relação às épocas de semeadura para identificação de genótipos de comportamento previsível e que sejam responsivos às variações de ambientes em questão, com maior critério científico. Para a variável produtividade de grãos, observou-se na Tabela 6 que a cultivar UFUS Xavante foi a que apresentou maior média de produtividade, coeficiente de regressão significativamente maior que um, desvio da regressão não significativo e alto coeficiente de determinação sendo assim caracterizadas, segundo metodologia de Eberhart e Russell (1966), como uma cultivar de adaptabilidade específica para ambiente favorável e de alta estabilidade. As demais cultivares foram classificadas como sendo de adaptabilidade geral. Segundo a metodologia de Lin e Binns (1988) modificada por Carneiro (1998) (Tabela 6) a cultivar UFUS Xavante foi a que apresentou menor Pi para ambiente favorável, sendo assim classificada como uma cultivar de alta estabilidade e adaptabilidade para ambiente favorável. A cultivar UFUS Milionária por outro lado, comportou-se como a de alta adaptabilidade e alta estabilidade em ambiente desfavorável. As cultivares Msoy 8914 e UFUS Riqueza comportaram-se como de baixa adaptabilidade e estabilidade em todos ambientes. Pelo método do centróide (Tabela 6), verificou-se que as cultivares Msoy 8914 e UFUS Riqueza foram agrupadas na classe IV, ou seja, comportando-se como cultivares pouco adaptadas. Já as cultivares Msoy 8001 e UFUS Milionária estão agrupadas na classe VII que representa adaptabilidade específica a ambiente desfavorável, ao passo que UFUS Xavante apresenta-se no grupo VI (adaptabilidade específica a ambientes favoráveis). As cultivares Msoy 8411 e UFUS Guarani apresentaram adaptabilidade geral média, sendo agrupadas na classe V. Comparando a classificação da estabilidade fenotípica dos genótipos obtida pelo método Centróide, com classificação obtida pela metodologia de Lin e Binns (1988) modificada por Carneiro (1998), observa-se que todos os genótipos apresentaram classificação semelhante. Na Tabela 7, verifica-se que o caráter teor de óleo para as cultivares Msoy 8914 e UFUS Xavante apresentaram elevada média e comportaram se como de alta estabilidade segundo as três metodologias utilizadas. Tais cultivares foram classificadas como de adaptabilidade a ambiente favorável pelo método de Eberhart e Russel (1966), no entanto, segundo a estimativa pelo método de Lin e Binns (1988) modificada por Carneiro (1998) e do centróide (NASCIMENTO et al., 2009) as cultivares UFUS Xavante e Msoy 8914 comportaram-se como de adaptabilidade geral alta. Ainda referente a Tabela 7, observaram-se que as Adaptabilidade e estabilidade... MARQUES, M. C. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 27, n. 1, p. 59-69, Jan./Feb. 2011 65 cultivares UFUS Guarani e UFUS Riqueza se comportaram como de baixa estabilidade e previsibilidade segundo a metodologia proposta por Eberhart e Russell (1966). Por outro lado, as metodologias de Lin e Binns (1988) modificada por Carneiro (1998) e do centróide (NASCIMENTO et al., 2009) foram concordantes com relação à classificação das cultivares UFUS Guarani e UFUS Riqueza, apresentando por essas metodologias adaptabilidade reduzida e foram agrupadas com maior probabilidade na classe IV. Tabela 6. Estimativa dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade de sete cultivares de soja para produtividade de grãos, com base nas metodologias de Eberhart e Russel (1966), Lin e Binns (1988) modificada por Carneiro (1998) e centróide (NASCIMENTO et al., 2009) Eberhart e Russel (1966) Cultivares Média ß1 σ²di R²(%) UFUS Xavante 3017,12 1,47** 62,47 99,27 Msoy 8001 2569,81 0,95 -10162,68 98,69 Msoy 8411 2427,36 0,94 -37057,35 99,84 UFUS Milionária 2403,74 0,80 251001,50* 84,96 UFUS Guarani 2377,66 0,88 6573,55 97,68 UFUS Riqueza 2165,54 1,06 -39934,39 99,97 Msoy 8914 2030,10 0,88 -33174,047 99,62 Lin e Binns (1988) modificada por Carneiro (1998) Cultivares Média Pi geral Pi fav. Pi desf. UFUS Xavante 3017,12 11083,68 0,00 33251,04 Msoy 8001 2569,81 209503,56 314194,24 122,20 Msoy 8411 2427,36 302274,16 447971,19 10880,09 UFUS Milionária 2403,74 464088,51 696132,77 0,00 UFUS Guarani 2377,66 355679,82 530100,60 6838,26 UFUS Riqueza 2165,54 483385,26 644281,73 161592,33 Msoy 8914 2030,10 682524,82 968687,50 110199,47 Centróide Probabilidade Cultivares Média Classif. I II III IV V VI VII UFUS Xavante 3017,12 VI 0,09 0,08 0,01 0,01 0,01 0,76 0,01 Msoy 8001 2569,81 VII 0,07 0,06 0,09 0,07 0,26 0,07 0,35 Msoy 8411 2427,36 V 0,03 0,03 0,07 0,06 0,44 0,03 0,29 UFUS Milionária 2403,74 VII 0,07 0,07 0,19 0,14 0,20 0,07 0,22 UFUS Guarani 2377,66 V 0,05 0,05 0,14 0,11 0,28 0,05 0,28 UFUS Riqueza 2165,54 IV 0,06 0,06 0,15 0,28 0,22 0,06 0,15 Msoy 8914 2030,10 IV 0,03 0,03 0,13 0,61 0,08 0,03 0,07 Classe I: Adaptabilidade geral alta (Maxf, Maxd); Classe II: Adaptabilidade específica a ambientes favoráveis (Maxf,Mind); Classe III: Adaptabilidade específica a ambientes desfavoráveis (Minf,Maxd); Classe IV: Pouco adaptado (Minf,Mind); Classe V: Adaptabilidade geral média (Medf,Medd); Classe VI: Adaptabilidade específica a ambientes favoráveis (Maxf,Medd); Classe VII: Adaptabilidade específica a ambientes desfavoráveis (Medf,Maxd); Classif.: classificação. Adaptabilidade e estabilidade... MARQUES, M. C. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 27, n. 1, p. 59-69, Jan./Feb. 2011 66 Tabela 7. Estimativa dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade de sete cultivares de soja para teor de óleo, com base nas metodologias de Eberhart e Russel (1966), Lin e Binns (1988) modificada por Carneiro (1998) e centróide (NASCIMENTO et al., 2009) Eberhart e Russel (1966) Cultivares Média ß1 σ²di R²(%) Msoy 8914 22,28 5,77** -0,05 98,78 UFUS Xavante 21,98 4,61* -0,06 98,78 Msoy 8411 21,12 1,94 -0,06 99,95 UFUS Milionária 21,09 1,63 0,06 32,77 Msoy 8001 20,35 -6,50** 0,05 88,96 UFUS Guarani 19,64 -0,59 -0,03 23,12 UFUS Riqueza 19,54 0,13 0,04 0,36 Lin e Binns (1988) modificada por Carneiro (1998) Cultivares Média Pi geral Pi fav. Pi desf. Msoy 8914 22,28 0,00 0,00 0,00 UFUS Xavante 21,98 0,04 0,09 0,02 Msoy 8411 21,12 0,72 1,33 0,42 UFUS Milionária 21,09 0,80 1,44 0,49 Msoy 8001 20,35 2,45 6,00 0,67 UFUS Guarani 19,64 3,62 5,89 2,49 UFUS Riqueza 19,54 3,89 5,89 2,89 Centróide Probabilidade Cultivares Média Classif. I II III IV V VI VII Msoy 8914 22,28 I 1,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 UFUS Xavante 21,98 I 0,40 0,06 0,07 0,04 0,10 0,16 0,13 Msoy 8411 21,12 V 0,09 0,07 0,08 0,06 0,41 0,11 0,14 UFUS Milionária 21,09 V 0,09 0,07 0,09 0,07 0,39 0,12 0,14 Msoy 8001 20,35 V 0,08 0,08 0,20 0,16 0,22 0,09 0,14 UFUS Guarani 19,64 IV 0,05 0,07 0,08 0,51 0,12 0,06 0,07 UFUS Riqueza 19,54 IV 0,03 0,04 0,04 0,73 0,06 0,03 0,04 Classe I: Adaptabilidade geral alta (Maxf, Maxd); Classe II: Adaptabilidade específica a ambientes favoráveis (Maxf,Mind); Classe III: Adaptabilidade específica a ambientes desfavoráveis (Minf,Maxd); Classe IV: Pouco adaptado (Minf,Mind); Classe V: Adaptabilidade geral média (Medf,Medd); Classe VI: Adaptabilidade específica a ambientes favoráveis (Maxf,Medd); Classe VII: Adaptabilidade específica a ambientes desfavoráveis (Medf,Maxd); Classif.: classificação. Na Tabela 8 estão apresentadas as estimativas de adaptabilidade e estabilidade para o teor de proteína, através da qual se observa que todas as cultivares se comportaram como de ampla adaptabilidade e baixa estabilidade segundo a metodologia de Eberhart e Russell (1966). As cultivares UFUS Guarani e UFUS Riqueza apresentaram maior média para o caráter teor de proteína e de acordo com os métodos de Lin e Binns (1988) modificada por Carneiro (1998) e do centróide (NASCIMENTO et al., 2009) comportaram se como de ampla adaptabilidade geral. Por outro lado, segundo as mesmas metodologias as cultivares UFUS Milionária e Msoy 8914 foram classificadas como de baixa estabilidade e pouca adaptabilidade para os ambientes avaliados. Segundo Marchiori (2008) considera-se que genótipos determinados conjuntamente como de adaptabilidade e estabilidade geral, ou a ambientes favoráveis ou a ambientes desfavoráveis, pelo maior número de métodos, sejam mais confiáveis que apenas por um método isoladamente. De acordo com Oliveira (2003), a correlação entre as estimativas de adaptabilidade ou estabilidade com o uso de diferentes métodos pode contribuir para melhor predição do comportamento dos genótipos avaliados. Adaptabilidade e estabilidade... MARQUES, M. C. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 27, n. 1, p. 59-69, Jan./Feb. 2011 67 Tabela 8. Estimativa dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade de sete cultivares de soja para teor de proteína, com base nas metodologias de Eberhart e Russel (1966), Lin e Binns (1988) modificada por Carneiro (1998) e centróide (NASCIMENTO et al., 2009) Eberhart e Russel (1966) Cultivares Média ß1 σ²di R²(%) UFUS Riqueza 43,72 0,28 -0,11 44,45 UFUS Guarani 43,58 0,92 0,06 54,59 Msoy 8001 42,74 1,77 1,29** 39,33 Msoy 8411 41,42 1,26 -0,12 94,29 UFUS Xavante 40,93 1,32 0,15 63,27 UFUS Milionária 40,24 0,80 0,06 47,54 Msoy 8914 39,21 0,61 0,27 21,01 Lin e Binns (1988) modificada por Carneiro (1998) Cultivares Média Pi geral Pi fav. Pi desf. UFUS Riqueza 43,72 0,00 0,00 0,00 UFUS Guarani 43,58 0,04 0,00 0,06 Msoy 8001 42,74 0,78 0,22 1,06 Msoy 8411 41,42 2,78 1,74 3,30 UFUS Xavante 40,93 4,11 2,49 4,93 UFUS Milionária 40,24 6,24 5,01 6,85 Msoy 8914 39,21 10,45 8,96 11,18 Centróide Probabilidade Cultivares Média Classif. I II III IV V VI VII UFUS Riqueza 43,72 I 0,88 0,00 0,01 0,00 0,01 0,02 0,03 UFUS Guarani 43,58 I 0,53 0,00 0,06 0,03 0,08 0,09 0,15 Msoy 8001 42,74 VI 0,19 0,07 0,10 0,06 0,18 0,20 0,17 Msoy 8411 41,42 V 0,06 0,07 0,06 0,06 0,51 0,13 0,07 UFUS Xavante 40,93 V 0,08 0,13 0,08 0,14 0,29 0,16 0,09 UFUS Milionária 40,24 IV 0,08 0,14 0,09 0,27 0,19 0,12 0,09 Msoy 8914 39,21 IV 0,00 0,00 0,00 1,00 0,00 0,00 0,00 Classe I: Adaptabilidade geral alta (Maxf, Maxd); Classe II: Adaptabilidade específica a ambientes favoráveis (Maxf,Mind); Classe III: Adaptabilidade específica a ambientes desfavoráveis (Minf,Maxd); Classe IV: Pouco adaptado (Minf,Mind); Classe V: Adaptabilidade geral média (Medf,Medd); Classe VI: Adaptabilidade específica a ambientes favoráveis (Maxf,Medd); Classe VII: Adaptabilidade específica a ambientes desfavoráveis (Medf,Maxd); Classif.: classificação CONCLUSÕES A cultivar UFUS Xavante destacou-se com maior média de produtividade de grãos na primeira e segunda épocas de semeaduras, assim como no teor de óleo na segunda época. As cultivares UFUS Guarani e UFUS Riqueza apresentaram maiores teores de proteína na primeira e segunda época de semeadura. Para os caracteres produtividade de grãos e teor de óleo a cultivar UFUS Xavante foi classificada como de adaptabilidade específica para ambiente favorável e de alta estabilidade. As cultivares UFUS Guarani e UFUS Riqueza comportaram-se com ampla adaptabilidade geral para o caráter teor de proteína. ABSTRACT: This study aimed to evaluate the average behavior, the genotype x environment (GxE), adaptability and stability of seven soybean cultivars at three sowing dates in Uberlândia-MG. The tests were conducted at Capim Branco Farm, belonging to the Federal University of Uberlândia. Sowing was held on october 29 (1st season), Adaptabilidade e estabilidade... MARQUES, M. C. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 27, n. 1, p. 59-69, Jan./Feb. 2011 68 november 24 (2nd season) and december 17 (3rd season) 2007. The experimental design was a randomized, seven genotypes (UFUS Xavante, UFUS Riqueza, UFUS Guarani, UFUS Milionária, Msoy 8001, Msoy 8411 and Msoy 8914) with three replications in each of three sowing dates. Means were compared by Tukey test at 5% probability. Analysis of adaptability and phenotypic stability of genotypes was performed using the Eberhart and Russell (1966), Lin and Binns (1988) modified by Carneiro (1998) and centroid (NASCIMENTO et al., 2009). For grain yield, the cultivar UFUS Xavante was classified as specific adaptability to environment and high stability. The other cultivars were classified as being of general adaptability. For oil content, the cultivars Msoy 8914 and UFUS Xavante behaved as high stability and was classified as having high adaptability. For the character content of protein, all cultivars behaved as wide adaptability and low stability. KEYWORDS: Glycine max. Productivity. Oil content. Protein content. REFERÊNCIAS ALLARD, R. W.; BRADSHAW, A. D. 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