Microsoft Word - 19-Bio_7501.doc


666 
Original Article 

Biosci. J., Uberlândia, v. 27, n. 3, p. 666-672, May/June2011 

LEVANTAMENTO DE MAMÍFEROS SILVESTRES DE PEQUENO E MÉDIO 
PORTE ATROPELADOS NA BR 101, ENTRE OS MUNICÍPIOS DE 

JOINVILLE E PIÇARRAS, SANTA CATARINA 
 

SURVEY OF WILD MAMMALS SMALL AND MEDIUM-SIZE RUN OVER IN BR 101, 

STRETCH BETWEEN THE MUNICIPALITIES OF JOINVILLE AND PIÇARRAS, 

STATE OF SANTA CATARINA 
 

 
Luciano de Souza Costa1 

1. Biólogo, Mestre; OAP, Consultores Associados – Joinville, SC, Brasil. r6lsc@udesc.br 
 

RESUMO: O atropelamento de animais silvestres nas rodovias brasileiras causa grande impacto sobre a fauna, 
podendo muitas vezes ameaçar populações de animais distribuídas ao longo das rodovias. Para o Estado de Santa Catarina 
há poucos estudos sobre este tema, ainda assim, é possível perceber que o impacto destes atropelamentos sobre algumas 
espécies é grande. Em função disto, o presente trabalho tem a finalidade de apresentar registros de mamíferos de pequeno 
e médio porte atropelados na rodovia BR 101, entre o município de Joinville e Piçarras, localizados na região norte do 
Estado de Santa Catarina. 
 

PALAVRAS CHAVE: Mortalidade. Fauna silvestre. Rodovia BR 101 (SC).  
 
INTRODUÇÃO 
 

O Brasil ocupa o status de pais com maior 
biodiversidade do planeta MMA (2006), abrigando 
652 espécies nativas de mamíferos, segundo a mais 
recente compilação disponível (Reis et al., 2006). 
Destas, 69 espécies de mamíferos está oficialmente 
ameaçadas, o que representa 10,6% das espécies 
ocorrente no país MMA (2008). 

Em estudo semelhante realizado para o 
estado de Santa Catarina, Cherem et al (2004) 
registrou 152 espécies de mamíferos nativos de 
ocorrência confirmada, 60 espécies de possível 
ocorrência e 6 espécies ou subespécies citadas para 
o estado, mais provavelmente não ocorrem. 

Apesar disto, essa extraordinária 
biodiversidade vem sofrendo paulatinamente com 
as intervenções antrópicas, levando muitas vezes a 
diminuição ou até mesmo o desaparecimento de 
espécies silvestres. 

O atropelamento de animais silvestres é um 
problema pouco abordado entre as questões que 
envolvem a ameaça das espécies da fauna 
brasileira. No entanto, apesar desta pouca 
divulgação é uma das principais causas do declínio 
de espécimes em ecossistemas contíguos as 
rodovias Rodrigues et al. (2002) e Silveira (1999).   

De acordo com Seiler e Heldin (2006), nas 
últimas décadas, os atropelamentos passaram a ser 
mais importantes que a caça como causa direta de 
mortalidade de vertebrados terrestres, tendendo a 

tornar-se uma significativa ameaça a biodiversidade 
em países com rápido desenvolvimento. 

Esta problemática aumenta 
concomitantemente com o crescimento da malha 
viária e do fluxo de veículo. Aliado a esses fatores, 
a perda de habitat e a fragmentação de ecossistemas 
vem a potencializar esta questão, fazendo com que 
espécies saiam do seu ambiente de ocorrência em 
buscas de locais mais estáveis. 

A BR 101 é uma das principais rodovias 
Catarinense, cortando o estado no sentido N-S pelo 
litoral. Esta rodovia tem uma importância 
fundamental no escoamento da produção 
agroindustrial, além disto, cumpre um papel de 
destaque no desenvolvimento turístico litorâneo.  

A diversidade da fauna nos ecossistemas 
contíguos a rodovia é bastante significativo. Em 
estudo realizado pela OAP (2008), para o 
licenciamento do bota-fora da praça de pedágio 
P03, localizado as margens da BR 101, no km 79, 
município de Araquari-SC, foram registradas 63 
espécies da mastofauna.  

Nas últimas décadas, com o aumento da 
capacidade de tráfego no trecho norte do estado 
catarinense devido sua duplicação, vem sendo 
observado um acréscimo substancial no número de 
mortes de animais silvestres por atropelamento 
(obs. do autor).  

Este fato esta relacionado principalmente 
com a perda e fragmentação de ecossistemas 
lindeiros, necessidades para sobreviver e 
reproduzir, estabelecimento de territórios ou áreas 

Received: 
Accepted:  



667 
Levantamento de mamíferos...  COSTA, L. S. 

Biosci. J., Uberlândia, v. 27, n. 3, p. 666-672, May/June2011 

de vida, aumento do tráfego de veículos, ampliação 
da largura da pista de rolagem, falta de passagem 
de fauna, presença de defenças contínuas 
impedindo a travessia da fauna e fazendo com que 
os animais permaneçam por maior tempo na pista, 
aumentando com isso as chances de atropelamento, 
entre outros. 

Este estudo teve o objetivo gerar 
informações sobre a mastofauna silvestres de 
pequeno e médio porte vítimas de atropelamento 
em um trecho da rodovia BR 101, entre o 
município de Joinville e Piçarras – SC.  
 
MATERIAL E MÉTODOS 

 
O Estado de Santa Catarina possui uma 

área de 95.985km2, localizada na região sul do 
Brasil, tendo como fronteira ao norte com o Estado 
do Paraná, ao sul com o Estado do Rio Grande do 
Sul, a leste com o Oceano Atlântico e a oeste com a 
Província de Misiones, Argentina. Seu território 
está totalmente inserido no domínio da Mata 
Atlântica, incluindo diversas fisionomias florestais 
e ecossistemas associados. 

Segundo a classificação fisionômica-
ecológica proposta no “Manual Técnico da 
Vegetação Brasileira” (IBGE, 1992), a cobertura 
Florestal de Santa Catarina está subdividida em: 
Floresta Ombrófila Densa que ocupa com maior 
intensidade o litoral e se estende até a Serra Geral, 
Serra do Mar e Serra do Espigão, onde começa a 
Floresta Ombrofila Mista (caracterizada por 
Araucaria angustifolia) e Floresta Estacional 
Semidecidual, característica do Vale do Rio 
Uruguai, oeste de Santa Catarina, além dos refúgios 
vegetacionais e áreas de formações pioneiras. 

O clima no Estado, segundo o sistema de 
Koeppen, é do tipo Cfa, subtropical úmido com 
verões quentes, no litoral e nas partes mais baixas 
do planalto, e Cfb, subtropical úmido com verões 
brandos, no restante do planalto GAPLAN (1986). 

O presente estudo foi conduzido entre 
novembro de 2008 e junho de 2009. A área 
amostrada corresponde ao trecho da rodovia BR 
101, entre o município de Joinville (km 42) e 
Piçarras (km 105), perfazendo um esforço amostral 
de 4.032 km percorridos. 

A BR 101 é uma rodovia federal de grande 
fluxo, apresentando-se duplicada no trecho em 
estudo. A velocidade máxima permitida é de 100 
km/h, sendo controlada por radares eletrônicos 
móveis. A circulação de veículos pesados e de 
passeio é constante, sendo que durante o verão o 
fluxo de veículos de passeio aumenta 
expressivamente. 

Os levantamentos de campo foram 
realizados através de uma viagem semanal, sempre 
nas sextas feiras, no período matutino, tanto no 
sentido N-S como S-N. Para facilitar o avistamento 
dos espécimes mortos, o veículo foi conduzido em 
baixa velocidade. 

A escolha do período amostral de uma 
viagem semanal ao invés de quatro dias 
consecutivo por mês, tem como finalidade diminui 
as chances dos fatores externos (clima) interferirem 
na amostragem.  

Nas averiguações de campo foram 
checados qualquer objeto sobre a pista de 
rolamento ou acostamento que aparentavam ser 
restos mortais de animal silvestre, sendo que as 
ocorrências confirmadas foram anotadas em 
planilha com as seguintes informações: posição 
(km) , data de coleta das informações, espécie e 
tipo de ecossistema lindeiro. 

Os animais encontrados mortos foram 
identificados in loco, tendo como base as obras de 
Reis (2006) e Cimardi (1996). Para os espécimes 
que apresentaram maior dificuldade na 
identificação, foram realizadas fotografias para 
posterior identificação. 

As carcaças encontradas foram retiradas da 
via evitando com isso a atração de animais 
necrófagos, que podem vir a ser atropelados 
também, além de se evitar nova contabilização. 

A classificação dos espécimes quanto ao 
porte foi realizada segundo as medidas fornecidas 
por (Fonseca et al, 1996), no qual é estipulada que 
as espécies de pequeno porte correspondem a 
indivíduos com peso médio dos adultos inferior a 1 
kg e de médio porte a indivíduos com peso médio 
dos adultos entre 1 e 10 kg. 

Grande parte das áreas contíguas ao trecho 
estudado é formada por áreas com diferentes níveis 
de antropização (campos de pastagens, 
reflorestamento de espécies exóticas, áreas urbanas 
e industriais), intercalados por áreas de vegetação 
nativa do bioma Mata Atlântica, composta pela 
Floresta Ombrófila Densa de terras baixas e 
submontana, nos estágios inicial e médio de 
regeneração.  

Destaca-se que o percurso estudado não 
cruzar Unidades de Conservação - UC, sendo que a 
UC mais próxima é o Parque Natural Municipal 
Caminho do Peabiru, localizado no município de 
Barra Velha, estando a uma distância aproximada 
de 1,5 km da rodovia. A conexão do Parque com as 
áreas contíguas a BR 101 é feita através de um 
remanescente florestal secundário em estágio 
inicial e médio de regeneração. 
 



668 
Levantamento de mamíferos...  COSTA, L. S. 

Biosci. J., Uberlândia, v. 27, n. 3, p. 666-672, May/June2011 

RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Durante as investigações de campo foram 

registrados 43 espécimes de mamíferos de pequeno 
e médio porte atropelados na BR 101, pertencentes 

a 11 espécies, conforme descrito na Tabela 1. 
Destaca-se que 11 espécimes não foram 
identificados devido às condições de dilaceração do 
cadáver, mas que pela pelagem, membros, entre 
outras, indicavam ser de mamíferos silvestres. 

 
 
Tabela 1. Mamíferos de pequeno e médio porte atropelado na BR 101, entre o município de 

Joinville e Piçarra, de Novembro/2008 a Junho /2009. 
FAMÍLIA ESPÉCIE NOME COMUM No % 

Myrmecophagidae Tamandua tetradactyla Tamanduá 9 21 
Mustelidae Galictis cuja Furão 4 9 
Didelphidae Didelphis albiventris Gambá de orelha 

branca 
1 2 

 Didelphis aurita Gambá 5 12 
 

 Philander opossum Gambá cinza de 
quatro olhos 

1 2 

Caviidae Cavia aperea Preá 2 5 
Canidae Cerdocyon thous Cachorro-do-mato 3 7 

Procyonidae Procyon cancrivorus Mão pelada 4 9 
 Nasua nasua Quati 1 2 
 Hydrochoerus hydrochaeris Capivara 1 2 

Erethizontidae Sphigurus villosus Ouriço 1 2 
Ni Ni Ni 11 27 

Total   43 100 
N= número de indivíduos por espécies; % = porcentagem dos indivíduos da espécie em relação ao total de mamíferos 
atropelados. 
 

Considerando os 63 quilômetros 
percorridos, a média de atropelamento foi de 0,68 
animais/km, superior ao encontrado por Prada 
(2004), que obteve 0,048 animais/km, em estudo 
realizado em um circuito das principais estradas da 
região nordeste do estado de São Paulo.  

Bagatini (2006), ao estudar rodovias 
limítrofes à Estação Ecológica das Águas 
Emendadas, situada na extremidade nordeste do 
Distrito Federal obteve registro de 0,0833 
animais/km, superior ao encontrado por Prada, no 
entanto, abaixo do encontrado no presente estudo.  

É importante destacar que os índices 
obtidos nos trabalhos supracitados foram realizados 
com todos os grupos de vertebrados, ao contrário 
do presente estudo que focou somente a taxa dos 
mamíferos, tornando-se bastante expressivo os 
resultados obtidos.        

Analisando os dados obtidos, dos 43 
espécimes atropelados apenas dois indivíduos 
pertenciam ao grupo das espécies de pequeno porte, 
conforme classificação apresentada por (Fonseca 
et. al., 1996).  

Esta baixa ocorrência pode estar 
relacionada com o padrão de dispersão dos 

pequenos mamíferos. Segundo Olmos (1996), 
espécies de pequenos mamíferos florestais relutam 
em cruzar áreas abertas, o que significa que seus 
padrões de movimentação e dispersão são 
significativamente alterados pela presença de 
estradas.  

Além disto, estas possuem naturalmente 
um baixo potencial de deslocamento e podem ser 
menos impactadas por estradas. E se forem 
atropeladas serão mais dificilmente detectáveis 
devido ao pequeno tamanho corporal. 

Dentre as espécies atropeladas Tamandua 
tetradactyla (9, 21%) foi a que apresentou maior 
número de indivíduos, seguida por Didelphis aurita 
(5; 12%), Galictis cuja (4; 9,%) e Procyon 
cancrivorus (4; 9%), todas pertencentes ao grupo 
dos mamíferos de médio porte (Figura 1).  

Estas espécies juntas representaram 51% do 
total de espécies de mamíferos atropelados. Vale 
salientar que estas são amplamente distribuídas 
pelo estado catarinense, não estando presente na 
lista oficial de espécies ameaçadas de extinção 
publicada pelo IBAMA, (2003). 



669 
Levantamento de mamíferos...  COSTA, L. S. 

Biosci. J., Uberlândia, v. 27, n. 3, p. 666-672, May/June2011 

Espécies de Mamíferos Atropelados na Br 101

21%

12%

9%

9%7%

5%

2%
2%

2%

2%

2%

27%

Tam andua tetradactyla Didelphis  m ars upialis Procyon cancrivorus

Galictis  cuja Cerdocyon thous Cavia aperea 

Sphigurus  villos us Philander oposs um  Nas ua nas ua

Hydrochoerus  hydrochaeris Didelphis  albiventris Ni

 
 
Figura 1. Gráfico das espécies de pequenos e médios mamíferos atropelados na BR 101- SC, entre os 
quilômetros 42 a 105. 
 

Dentre as espécies supracitadas, Tamandua 
tetradactyla foi a que sofreu o maior número de 
baixa, perfazendo um total de 21% dos animais 
atropelados. Este percentual é preocupante já que a 
dinâmica reprodutiva desta espécie determina uma 
baixa capacidade de reposição de estoque, podendo 
comprometer as populações desta espécie ao longo 
da rodovia. 

Entre aos fatores que podem ter colaborado 
para o grande índice de atropelamento desta espécie 
estão: visão pouco desenvolvida e a audição 
medianamente acurada, além de terem um 
deslocamento lento e pouco ágil. Para Gumier 
Costa (2009), os atropelamentos de animais de 
locomoção lenta, evidenciam como os motoristas 
são pouco sensíveis ao problema, pois para 
vertebrados lentos, seria possível desviar-se ou 
reduzir a velocidade, evitando o atropelamento. 

Analisando a classificação ecológica das 
espécies atropeladas constatou-se que estas 
apresentaram, em sua maioria o caráter 
periantrópico, ou seja, ocupam sistemas 

descaracterizados pela ação humana, embora sua 
ocorrência não seja fortemente relacionada com a 
presença do homem. A única espécie que apresenta 
uma tendência a um comportamento sinantrópico 
foi Didelphis aurita, taxa não dependente de 
formações florestais.  

Com relação aos grupos faunísticos, o que 
mostrou mais sensível aos atropelamentos foi o da 
família Didelphidae, com um registro de Didelphis 
albiventris, cinco de Didelphis aurita e um de 
Philander opossum, diferente dos obtidos por 
Bagatini (2006) que registrou a família canidae 
como a mais vulnerável ao atropelamento. 

Considerando a extensão investigada 
(quilômetro 42 a 105) os trechos que apresentaram 
maior número de atropelamento estão entre os 
quilômetros 93 a 97 com 13 ocorrências, seguido 
dos trechos entre os quilômetros 74 a 82 com 8 
ocorrências, quilômetros 100 a 105 com 8 
ocorrências e 47 a 51 com 4 ocorrências, conforme 
pode ser visto na Tabela 1. Analisando a 
distribuição dos pontos de atropelamento, 



670 
Levantamento de mamíferos...  COSTA, L. S. 

Biosci. J., Uberlândia, v. 27, n. 3, p. 666-672, May/June2011 

verificou-se que a maior ocorrência deu-se no 
quilômetro 94 com 4 espécimes atropelados. 
 
Conforme observação de campo, grande parte dos 
atropelamentos (92%) aconteceu em regiões onde a 
vegetação apresentava-se fortemente presente, isto 
é, áreas sem ocupação antrópica ou com baixa 
ocupação. A área mais expressiva em termos de 
formação florestal está entre os quilômetros 93 a 
97, explicando a grande ocorrência de 
atropelamentos neste trecho. A vegetação contígua 
a este trecho apresenta estrato superior em torno de 
7 metros de altura e um grande adensamento de 
espécies.  

Já nas áreas com maior adensamento 
populacional a ocorrência de atropelamento foi 
bem menor (8%).  Estas são compostas por áreas de 
médio a alto grau de adensamento populacional, 
como exemplo a encontrada entre o quilômetro 88 
a 90, no município de Barra Velha, onde está 
estabelecido um grande número de casa de 
veraneio/moradia.  

A avaliação temporal dos atropelamentos 
demonstrou uma maior incidência nos mês de 

março e abril de 2009, quando foram encontrados 
dezoito exemplares, isto é, 41,86% do total de 
espécimes atropeladas, conforme Tabela 2. Este 
percentual foi mais elevado que os obtidos para os 
meses de janeiro e fevereiro, meses que apresentam 
maior fluxo de veículos em virtude do período de 
férias de verão, no qual foram registradas oito 
ocorrências, contemplando 18,6% dos 
atropelamentos registrados para este trabalho. 

A maior incidência de atropelamento 
ocorrida nos meses de março e abril pode estar 
relacionada com a diminuição da disponibilidade 
de recursos alimentares, fazendo com que as 
espécies ampliem sua área de atuação em busca de 
alimento. 

Entre as ações a serem implementadas 
sugere a realização de estudos de dinâmica de 
populações/ecologia das espécies ocorrente na 
região; implantação de dispositivos que facilitem a 
passagem de animais pela rodovia de maneira 
segura (túnel e cercas); implantação de sinalização 
nos pontos mais críticos; e promover a 
conscientização dos motoristas através de 
distribuição de folder nos postos de pedágios. 

 
Tabela 2. Espécies, nome comum, quilômetro ocorrido (km) e mês de ocorrência.  

MÊS/ANO  ESPÉCIES NOME COMUM Km 
Novembro/08 Ni Ni 45 
 Cerdocyon thous Cachorro do mato 47 
 Tamandua tetradactyla Tamanduá 96 
 Nasua nasua Quati 105 
Dezembro/08 Galictis cuja Furão 93 
 Procyon cancrivorus Mão pelada 101 
Janeiro/09 Tamandua tetradactyla Tamanduá 95 
 Sphigurus villosus Ouriço 103 
 Ni Ni 97 
Fevereiro/09 Tamandua tetradactyla Tamanduá 90 
 Tamandua tetradactyla Tamanduá 48 
 Didelphis aurita Gambá  79 
 Ni Ni 102 
 Ni Ni 74 
Março/09 Hydrochoerus hydrochaeris Capivara 104 
 Galictis cuja Furão 82 
 Didelphis albiventris Gambá de orelha branca 80 
 Cerdocyon thous Cachorro do mato 49 
 Cavia aperea Preá 94 
 Didelphis aurita Gambá  74 
 Galictis cuja Furão 77 
 Ni Ni 96 
 Ni Ni 103 
 Ni Ni 65 
Abril/09 Procyon cancrivorus Mão pelada 100 
 Tamandua tetradactyla Tamanduá 96 
 Didelphis aurita Gambá  63 
 Tamandua tetradactyla Tamanduá 94 



671 
Levantamento de mamíferos...  COSTA, L. S. 

Biosci. J., Uberlândia, v. 27, n. 3, p. 666-672, May/June2011 

 Didelphis aurita Gambá  43 
 Tamandua tetradactyla Tamanduá 79 
 Tamandua tetradactyla Tamanduá 94 
 Ni Ni 42 
Maio/09 Procyon cancrivorus Mão pelada 93 
 Tamandua tetradactyla Tamanduá 97 
 Procyon cancrivorus Mão pelada 102 
 Cerdocyon thous Cachorro do mato 51 
 Philander opossum Gambá cinza de quatro olhos 66 
 Ni Ni 89 
Junho/09 Didelphis aurita Gambá  75 

 Cavia aperea Preá 94 
 Galictis cuja Furão 43 
 Ni Ni 71 
 Ni Ni 97 

 
CONCLUSÕES 
 

Verificou-se uma quantidade expressiva de 
atropelamentos no período de estudo, com uma 
média de atropelamento superior a outras rodovias. 

A distribuição dos atropelamentos ao longo 
do trecho amostrado apresentou diferenças 
significativas, tendo como principais pontos de 
atropelamento as regiões com melhor qualidade 

ambiental. Este fato demonstra a necessidade da 
implementação de ações nestes pontos, visando 
mitigar este impacto sobre a fauna.  

No que concerne a distribuição ao longo 
dos meses, verificou-se uma maior concentração de 
atropelamentos nos meses com temperaturas mais 
amenas, indicando o maior deslocamento das 
espécies em busca de suprimento alimentar. 

 
 

ABSTRACT: The trampling of wild animals on Brazilian highways cause great impact on wildlife and can 
often threaten animal populations distributed along the highways. For the State of Santa Catarina there are few studies on 
this subject, you can still see that the impact of trampling on some species is great. Because of this, this paper aims to 
provide records of mammals on small and medium-size run over on highway Br 101 between the city of Joinville and 
Piçarras, located in the northern state of Santa Catarina. 
 

KEYWORDS: Mortality. Wild animals. Highway BR 101.  
 
 
REFERÊNCIAS  
 
BAGATINI, T. Evolução dos índices de atropelamento de vertebrados silvestres nas rodovias do entorno 
da estação ecológica Águas Emendadas, DF, Brasil, e eficácia de medidas mitigadoras. 2006. 67 f. 
Dissertação (Mestrado em Ecologia)-Instituto de Ciências Biológicas, Universidade de Brasília, Brasília, 2006. 
 
CIMARDI, A. V. Mamíferos de Santa Catarina. 1 ed. Florianópolis: FATMA, 1996. 302p. 
 
CHEREM, J. J., SIMÕES-LOPES, P. C., ALTHOFF, S.; GRAIPEL, M. P. (2004). Lista dos Mamíferos do 
Estado de Santa Catarina, Sul do Brasil. Mastozoología Neotropical, v. 11, p. 151–184. 
 
GAPLAN. 1986. Atlas de Santa Catarina. Gabinete de Planejamento e Coordenação Geral, Rio de Janeiro, 
Brasil, 173 f. 
 
GUMIER-COSTA, F.; SPERBER, F. C. Atropelamentos de vertebrados na Floresta Nacional de Carajás, Pará, 
Brasil. Acta Amazonica, Manaus, vol. 39 n.2. fev. 2009: 459 – 466. Disponível em: 
acta.inpa.gov.br/fasciculos/39-2/PDF/v39n2a27.pdf. Disponível em: 25 agosto. 2009. 
 



672 
Levantamento de mamíferos...  COSTA, L. S. 

Biosci. J., Uberlândia, v. 27, n. 3, p. 666-672, May/June2011 

FONSECA, G. A. B.; HERRMAN, G.; LEITE, Y. L. R.; MITTERMEIER, R. A.; RYLANDS, A. B.; 
PATTON, J. L. 1996. Lista anotada dos mamíferos do Brasil. Occasional Papers in Conservation Biology, 
Belo Horizonte, v. 4, p. 1-38. 
 
IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. 2003. Lista das Espécies 
da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção.  Brasília, 2003. 
 
IBAMA Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 1992. Manual Técnico da Vegetação Brasileira/IBGE, 
Departamento de Recursos Naturais e Estudos Ambientais, Rio de Janeiro. 92p.  
 
MMA Ministério do Meio Ambiente. 2006. Avaliação do Estado do Conhecimento da Biodiversidade 
Brasileira, Ministério do Meio Ambiente. Brasília, 2006. 
 
MMA Ministério do Meio Ambiente. 2008. Livro vermelho da fauna brasileira ameaçada de extinção. 1.ed. - 
Brasília, DF : MMA; Belo Horizonte, MG : Fundação Biodiversitas, 2008. 2v. (1420 p.): il. - (Biodiversidade ; 
19) 
 
OAP CONSULTORES ASSOCIADOS. 2008. RELATÓRIO AMBIENTAL PRÉVIO – RAP BOTA-FORA 
DA PRAÇA DE PEDÁGIO P03 DA BR-101. JOINVILLE – SC. 2008. 
 
OLMOS, F. Impacto sobre a fauna: ampliação da capacidade rodoviária entre São Paulo e Florianópolis (BR 
116/SP/PR) – Transposição da Serra do Cafezal – DNE/IME. São Paulo: Instituto Florestal, 1996. 
 
PRADA, Cristiana de Santis. Atropelamentos de vertebrados silvestres em uma região fragmentada do nordeste 
do estado de São Paulo: Quantificação do impacto e análise de fatores envolvidos. 2004. 128f. Dissertação 
(Mestrado em Ecologia e Recursos Naturais) - Universidade Federal de São Carlos, São Carlos - SP, 2004. 
 
REIS, N. R. dos; PERACCHI, A. L.; PEDRO, W. A.; LIMA, I. P. de. Mamíferos do Brasil. Londrina: N. R. 
Reis; A. L. Peracchi; W. A. P.; I. P. Lima, 2006. 437 p. 
 
RODRIGUES, F. H. G. A.; Hass, L. M.; Rezende, C. S.; Pereira, C. F.; Figueiredo, B. F.; Leite, F. G. R. 
França. Impacto de rodovias sobre a fauna da Estação Ecológica de Águas Emendadas, DF. Anais do III 
Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação 585-593. 2002. 
 
SEILER, A.; HELLDIN, J. Mortality in wildlife due to transportation. In: DAVENPORT, J; DAVENPORT, J. 
L. (eds.). The ecology of transportation: managing mobility for the environments. 
Ireland: University College Cork, 2006. p. 165-190. 
 
SILVEIRA, Leandro. Ecologia e conservação dos mamíferos carnívoros do Parque Nacional das Emas, Goiás. 
1999. 117 f. Dissertação (Mestrado em Biologia) – Curso de Pós-Graduação em Biologia, Universidade Federal 
de Goiás, Goiás, 1999.