Microsoft Word - 7-Agra_8174.doc 48 Original Article Biosci. J., Uberlândia, v. 28, n. 1, p. 48-57, Jan./Feb. 2012 ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DE ÓLEO E EXTRATOS VEGETAIS SOBRE Sclerotinia sclerotiorum ANTIFUNGAL ACTIVITY OF VEGETABLE OILS AND EXTRACTS AGAINST Sclerotinia sclerotiorum Riccely Ávila GARCIA1; Fernando Cezar JULIATTI2; Kássia Aparecida Garcia BARBOSA3 ; Thales Alves CASSEMIRO4 1. Núcleo de Pesquisas em Fitopatologia, Universidade Federal de Goiás - UFG, Goiânia, GO, Brasil. riccelyavila@yahoo.com.br ; 2. Professor, Doutor, Departamento de Fitopatologia, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil; 3. Laboratório de Nematologia, Universidade Federal de Goiás - UFG, Goiânia, GO, Brasil; 4. Engenheiro Agrônomo. RESUMO: Considerando a importância do mofo branco, causado pelo patógeno Sclerotinia sclerotiorum na cultura da soja (Glycine max) e a falta de estudos sobre alternativas de controle deste patógeno, este trabalho teve como objetivo estudar o efeito de óleos e extratos vegetais sobre o crescimento micelial de S. sclerotiorum. No experimento de óleos essenciais, concentrações de 25, 50, 75 e 100 µ g de i.a mL-1 de azadiractina, obtida de nim indiano (Azadirachta indica A. Juss), foram estudadas em associação às doses de 0, 1/3, 1/6, 1/8 e 1/10 do óleo de Karanja (Pongamia glabra). Quanto ao experimento de extratos vegetais, estudou-se as espécies Aroeirinha (Schinus molle L.), Mentrasto (Ageratum conyzoides L.), Alfavaca (Ocimum gratissimum L.), Losna (Artemisia absinthium L.), Jambolão (Syzygium cumini (L.) Skeels), Arruda (Ruta graveolens L.), Mandioca (Manihot esculenta Crantz), Santa Bárbara (Melia azedarach L.) e Pimenta longa (Piper aduncum L.) na concentração de 30%. Óleos e extratos vegetais foram incorporados, separadamente, ao meio de cultura BDA e vertido em placa de Petri de 9 cm de diâmetro, na qual depositou-se um disco de BDA, contendo micélio do fungo. As placas foram incubadas à temperatura de 22 ± 3 oC e fotoperíodo de 12 horas. As avaliações consistiram em medições diárias do diâmetro da colônia, durante 48 horas. A maior inibição do crescimento micelial foi diretamente proporcional ao aumento das concentrações dos óleos de nim indiano e de Karanja. A concentração de azadiractina, correspondente a 100 µ g de i.a mL-1 com 1/3 de óleo de Karanja foi a mais eficiente na redução do crescimento micelial, com 63% de inibição. Em relação aos extratos vegetais, o fruto de pimenta longa foi o mais promissor sobre a redução do crescimento micelial, com 43% de inibição. PALAVRAS-CHAVE: Extratos aquosos. Óleos essenciais. Controle alternativo. Crescimento micelial. INTRODUÇÃO O controle de doenças de plantas é freqüentemente realizado com fungicidas. Entretanto, o uso de fungicidas é proibido nos processos orgânicos de produção, conforme as exigências das instituições certificadoras, devendo ser substituídos por produtos alternativos. De acordo com Ghini e Kimati (2000) o uso indiscriminado de defensivos agrícolas no controle de doenças de plantas pode causar sérios riscos à saúde humana e contaminação do meio ambiente, além dos possíveis problemas de resistência de fitopatógenos. Desta forma, é necessário a busca por métodos alternativos de controle de doenças que causem menos impacto ao meio ambiente e seja eficiente no manejo de doenças. Algumas plantas, por apresentarem uma diversidade de substâncias em sua composição, muitas vezes com potencial fungicida ou fungistático, devem ser estudadas para serem utilizadas diretamente pelo produtor, bem como servir de matéria-prima para síntese de novos fungicidas (CELOTO et al., 2008), ou ainda serem utilizadas na indução de resistência às plantas (STANGARLIN, 2007). O nim indiano (Azadirachta indica A. Juss), originário da Índia e pertencente à família Meliaceae, tem sido estudado por diversos autores para controle de fitopatógenos (MELLO et al., 2005; PIGNONI; CARNEIRO, 2005; CARNEIRO, 2003; NEVES et al., 2003). A azadiractina é o principal composto da planta com capacidade de controle de fitopatógenos, sendo biodegradável e de persistência curta no meio ambiente (MARTINEZ, 2002). Outra planta também de origem indiana e da família Papilionaceae é a Karanja (Pongamia glabra), para a qual já foi relatado efeito anti- helmíntico contra Pheretima posthuma (NIRMAL et al., 2006), bactericida (BASWA et al., 2001) e inseticida (GEORGE; VINCENT, 2005). O óleo de Karanja apresenta efeito sinérgico quando associado ao óleo de nim indiano, podendo aumentar a eficiência do nim indiano (BASWA et al., 2001), ação inseticida sinergista também foi verificada entre Karanja e ata (Annona squamosa) sobre larvas de Culex quinquefasciatus (GEORGE; VINCENT, 2005). A planta, ainda, é utilizada na medicina em Received: 06/12/10 Accepted: 05/06/11 49 Atividade antifúngica... GARCIA, R. A. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 28, n. 1, p. 48-57, Jan./Feb. 2012 tumores, úlcera e reumatismo (NIRMAL et al., 2006). Em estudos fitopatológicos, os resultados ainda são incipientes. O óleo de nim nas concentrações de 0,25, 0,5 e 2% reduziram o crescimento micelial e formação de escleródios de Sclerotinia sclerotiorum, comparado ao tratamento testemunha (MELLO et al., 2005). Extrato de folha de nim nas concentrações de 10, 20 e 30%, aplicado no início do surgimento dos sintomas, mostrou-se eficiente no controle do oídio da ervilha (SINDHAN et al., 1999). Carneiro (2003) verificou que o óleo de sementes de nim, mesmo em concentrações menores, foi mais eficiente que o extrato da folha no controle do oídio do tomateiro. Segundo Martinez (2002), a melhor eficiência do óleo, em relação ao extrato de folha, deve-se provavelmente à presença da azadiractina nas sementes. Pignoni e Carneiro (2005) observaram que óleo de nim foi mais eficiente sobre a severidade da pinta preta do tomateiro do que a severidade da antracnose do feijoeiro. Koona e Budida (2011) verificaram que extratos de folhas de nim indiano proporcionaram efeito antibacteriano às bactérias Proteus vulgaris e Micrococcus luteus. Extratos de sementes de nim indiano apresentaram efeito sobre o desenvolvimento do nematóide Heterodera glycines (Silva et al., 2008). Efeito do óleo de sementes de nim indiano foi verificado sobre a redução do número de esporos de Phaeoisariopsis griseola e no controle da mancha angular do feijoeiro quando as aplicações ocorreram antes da inoculação (CARNEIRO et al., 2008). Pimenta-longa ou pimenta-de-macaco (Piper aduncum L.) é uma planta aromática da família Piperaceae, nativa da região Amazônica (SILVA, 2004). O óleo desta piperácea é rico em dilapiol, com comprovada ação fungicida, moluscicida, acaricida, bactericida e larvicida com a vantagem de ser um produto biodegradável (SILVA, 2004; BASTOS, 1997). Óleo de pimenta-longa (Piper aduncum) mostrou-se eficiente no controle de Colletotrichum musae em frutos de banana em pós-colheita (BASTOS; ALBUQUERQUE, 2004). Silva e Bastos (2007) também verificaram ação inibitória com óleos essenciais de espécies de Piper sobre o crescimento micelial dos fungos Crinipellis perniciosa, Phytophthora palmivora e Phytophthora capsici, além de reduzir a germinação de basidiósporos de Crinipellis perniciosa. Segundo Lobato et al. (2007), o óleo essencial de pimenta longa (Piper aduncum) na concentração de 0,5%, apresentou melhor custo/benefício e não foi fitotóxico à germinação das sementes, além de reduzir os fungos Aspergillus flavus, Penicillium spp., Fusarium spp., Rhizoctonia solani Kuhn e Macrophomina phaseolina associados às sementes de caupi (Vigna unguiculata). Outras plantas também têm sido estudadas no controle de fitopatógenos. Domingues et al. (2009) observaram que as maiores porcentagens de inibição do crescimento micelial foram obtidas com os extratos hexânicos em relação aos extratos etanólicos, sendo que a inibição total do crescimento micelial foi obtida com os extratos de arruda (Ruta graveolens), allamanda (Allamanda cathartica), maria-sem-vergonha (Impatiens walleriana) para Sclerotium rolfsii e com maria-sem-vergonha (Impatiens walleriana) para Alternaria solani. Nenhum extrato conseguiu inibir totalmente o crescimento de Colletotrichum acutatum. Celoto et al. (2008) avaliram o efeito de extratos de plantas de 22 espécies sobre o crescimento micelial e germinação de esporos de Colletotrichum gloeosporioides. Os autores verificaram que extratos aquosos e hidroetanólico de melão-de-são-caetano (Momordica charantia) e extrato hidroetanólico de eucalipto (Eucalyptus citriodora) foram os mais eficientes na inibição do crescimento micelial, enquanto que os extratos aquosos de bucha (Luffa acutangula), eucalipto (Eucalyptus citriodora), erva-santa-maria (Chenopodium ambrosioides) e unha-de-vaca (Bauhinia spp.) e os extratos hidroetanólicos de arruda (Ruta graveolens), eucalipto (Eucalyptus citriodora), gengibre (Zingiber officinale) e erva-santa-maria (Chenopodium ambrosioides) inibiram mais de 90% da germinação de esporos. Balbi-Peña et al. (2006a) relataram que os extratos não autoclavados de açafrão (Curcuma longa) a 10% e 15% inibiram o crescimento micelial em 38,2 e 23,2%, respectivamente, e a esporulação em 71,7 e 87%, respectivamente, do fungo Alternaria solani. Venturoso et al. (2011) verificaram que meios de cultura contendo os extratos de cravo-da- índia (Syzygium aromaticum L.), alho (Allium sativum L.) e canela (Cinnamomum zeylanicum Breym), concentração de 20%, foram os mais promissores sobre a redução do crescimento micelial dos fitopatógenos Aspergillus sp., Penicillium sp., Cercospora kikuchii, Colletotrichum sp., Fusarium solani e Phomopsis sp., destacando o extrato de cravo-da-índia, que inibiu completamente o desenvolvimento de todos os fitopatógenos testados. Itako et al. (2008) verificaram que os extratos brutos aquosos de cânfora (Artemisia camphorata), capim-limão (Cymbopogon citratus) e alecrim (Rosmarinus officinalis) reduziram a esporulação e germinação de esporos de Alternaria 50 Atividade antifúngica... GARCIA, R. A. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 28, n. 1, p. 48-57, Jan./Feb. 2012 solani. Em relação à proteção das plantas verificou- se uma redução no número de lesões em relação à testemunha, nas folhas acima das tratadas, observando o efeito sistêmico dos extratos. Balbi- Peña et al. (2006b) também verificaram que curcumina e os extratos de cúrcuma a 1% e 10% apresentaram controle da pinta preta causada por A. solani em tomateiro, similares ao tratamento com o fungicida oxicloreto de cobre, mas inferior ao fungicida azoxystrobin. Martins et al. (2010) verificaram que óleo de Melaleuca arternifolia reduziu o crescimento micelial dos fungos Macrophomina phaseolina, Sclerotinia sclerotiorum e Alternaria alternata, a partir da concentração de 0,2% incorporada ao meio de culturta. Embora a literatura relate vários casos de controle de doenças pelo uso de óleos essenciais e extratos aquosos de diversas plantas, são escassos os estudos de métodos alternativos de controle da podridão branca da haste da soja, causada por Sclerotinia sclerotiorum, tanto in vitro quanto in vivo. Desta forma, este trabalho objetivou estudar o efeito dos óleos de nim indiano (Azadirachta indica) e Karanja (Pongamia glabra), bem como extratos vegetais aquosos sobre o crescimento micelial de S. sclerotiorum. MATERIAL E MÉTODOS Obtenção do isolado de S. sclerotiorum O isolado de S. sclerotiroum utilizado neste estudo foi obtido de escleródios formados no interior da haste de soja, provenientes de campos comerciais de Jataí-GO. Em laboratório, os escleródios foram previamente desinfestados em álcool a 50% e hipoclorito de sódio a 0,5%, por 30 e 60 segundos, respectivamente. Em seguida, os escleródios foram enxaguados em água destilada estéril por três vezes e transferidos para placas de Petri contendo meio BDA. As placas de Petri foram incubadas a 22 ± 3 ºC e fotoperíodo de 12 horas, sob luz fluorescente. Assim que os escleródios começaram a germinar, retirou-se um disco de BDA com aproximadamente 0,6 cm de diâmetro, contendo micélio, da borda da colônia e transferiu- se para placa de Petri, incubando-o novamente nas mesmas condições descritas acima. Inibição do crescimento micelial de Sclerotinia sclerotiorum com óleo de nim indiano associado ao óleo de Karanja Para estudar o efeito de nim indiano e Karanja sobre o crescimento micelial de S. sclerotiorum, concentrações de 25, 50, 75 e 100 µ g mL-1 de nim indiano, foram associadas as concentrações de 0, 1/3, 1/6, 1/8 e 1/10 de Karanja (Tabela 1). Como controle negativo, utilizou-se a testemunha (ausência de nim indiano e Karanja) e fungicida procimidone, na concentração de 10 µ g ml-1 do ingrediente ativo, como controle positivo. Tabela 1. Concentrações de nim indiano (Azadirachta indica) associadas às concentrações de Karanja (Pongamia glabra). Concentrações de Karanja (Pongamia glabra) (µ L) Concentrações de nim indiano (Azadirachta indica) (µg mL-1) 25 50 75 100 0 0 0 0 0 1/3 67 133 200 267 1/6 33 67 100 133 1/8 25 50 75 100 1/10 20 40 60 80 As concentrações de nim indiano e Karanja foram adicionadas ao meio de cultura após esterilização e resfriamento, bem como para o tratamento com fungicida. Como adjuvante, utilizou-se Tween 20, a 0,05 %, para homogeneização dos óleos ao meio de cultura. Após a solidificação do meio de cultura, discos de BDA de 6 mm de diâmetro, contendo micélio com 7 dias de idade, foram depositados no centro das placas de Petri de 9 cm de diâmetro, as quais foram incubadas à temperatura de 22 ± 3 ºC e fotoperíodo de 12 horas, durante 48 horas. Inibição do crescimento micelial de Sclerotinia sclerotiorum com extratos vegetais aquosos As plantas estudadas foram coletadas nas cidades de Uberlândia-MG e Goiatuba-GO, sendo elas: aroeirinha (Schinus molle L.), mentrasto (Ageratum conyzoides L.), alfavaca (Ocimum gratissimum L.), losna (Artemisia absinthium L.), 51 Atividade antifúngica... GARCIA, R. A. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 28, n. 1, p. 48-57, Jan./Feb. 2012 jambolão (Syzygium cumini (L.) Skeels), arruda (Ruta graveolens L.), mandioca (Manihot esculenta Crantz), Santa Bárbara (Melia azedarach L.) e pimenta longa (Piper aduncum L.). As partes das plantas estudadas foram as folhas, com exceção de pimenta longa, que além da folha estudou-se o fruto. Após a coleta, as folhas e frutos foram lavados em água corrente e desinfestados em hipoclorito de sódio, a 0,5%, durante 30 minutos, a fim de eliminar microrganismos presentes na superfície das mesmas. Decorrido este período, as folhas e frutos foram lavados com tríplice lavagem em água corrente, para retirada do excesso de hipoclorito, e secos em papel toalha por 24 horas. Em seguida, os materiais foram acondicionados em sacos de papel e colocados em estufa, com circulação de ar, a 45 ºC, por 96 horas para folhas e 120 horas para frutos. Após a secagem, o material foi moído em moinho de facas. O extrato aquoso foi obtido deixando-se o material moído, imerso em água destilada estéril por 12 horas, na dosagem de 100 g L-1, para liberação das substâncias presentes. Em seguida, procedeu-se a filtragem dos extratos em gaze estéril. Disco de BDA de 6 mm de diâmetro, contendo micélio com 8 dias de idade, foi depositado no centro da placa de Petri de 9 cm de diâmetro, contendo meio BDA e o extrato vegetal na concentração de 30%. Como controle negativo, utilizou-se a testemunha (ausência de extrato vegetal) e fungicida procimidone, na concentração de 10 µ g mL-1 do ingrediente ativo, como controle positivo. As placas foram incubadas, à temperatura de 22 ± 3 ºC e fotoperíodo de 12 horas, durante 48 horas. Avaliações As avaliações consistiram em medições diárias do diâmetro das colônias, por meio de régua, iniciadas 24 horas após a incubação e encerradas 48 horas após, quando as colônias fúngicas, do tratamento testemunha, atingiram toda a superfície do meio. A partir dos dados determinou-se a porcentagem de inibição do crescimento micelial através da fórmula: Onde: PICM = porcentagem de inibição do crescimento micelial, DTT = diâmetro no tratamento testemunha, DTQ = diâmetro no tratamento químico. Delineamento experimental e análise estatística O delineamento experimental referente ao experimento de nim indiano e Karanja foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial de 4 (concentrações de nim indiano) x 5 (concentrações de Karanja) + 2 (controle negativo e positivo), com 3 repetições. No experimento de extratos vegetais, utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado constituído de 12 tratamentos, com 5 repetições. Os dados foram submetidos à análise de variância pelo teste F a 1% de significância. As médias dos tratamentos no experimento de extratos vegetais foram comparadas pelo teste de Scott-Knott à 5% de significância e submetidas a uma regressão no experimento de nim indiano e Karanja, por meio do software SISVAR (FERREIRA, 2000). RESULTADOS E DISCUSSÃO Efeito do óleo de nim indiano associado ao óleo de Karanja sobre o crescimento micelial de Sclerotinia sclerotiorum O efeito da interação do óleo de nim indiano e Karanja sobre a inibição do crescimento micelial de S. sclerotiorum foi significativo (P≤0,001), sendo a maior porcentagem de inibição proporcional ao aumento das concentrações de nim indiano e Karanja (Figura 1). A concentração de 100 µ g ml-1 de azadiractina com 1/3 do óleo de Karanja inibiu em 63% o crescimento micelial, demonstrando efeito sinérgico entre nim indiano e Karanja, pois somente a concentração de 100 µ g ml-1 de nim indiano reduziu em 53,6% o crescimento micelial. Efeito sinérgico entre nim indiano e Karanja também foi verificado por Baswa et al. (2001). George e Vicent (2005) também verificaram efeito sinérgico entre Karanja e ata (Annona squamosa) sobre larvas de Culex quinquefasciatus. A porcentagem de inibição do crescimento micelial, em função das concentrações do óleo de nim indiano e a da interação nim indiano e Karanja, foram melhores ajustadas ao modelo linear, com exceção da interação nim indiano com 1/3 do óleo de Karanja que se ajustou melhor ao modelo quadrático (Figura 1). Apesar de nim indiano e Karanja reduzirem o crescimento de S. sclerotiroum, o fungicida procimidone foi superior a todas as concentrações estudadas com 100% de inibição. Em relação à testemunha, todas as concentrações de nim indiano e Karanja foram superiores na inibição do crescimento micelial (Tabela 1). 52 Atividade antifúngica... GARCIA, R. A. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 28, n. 1, p. 48-57, Jan./Feb. 2012 Figura 1. Efeito das concentrações (µ g mL-1) de nim indiano e Karanja sobre a inibição do crescimento micelial de Sclerotinia sclerotiorum. (A) 1/3 de Karanja, (B) 1/6 de Karanja, (C) 1/8 de Karanja, (D) 1/10 de Karanja e (E) nim indiano. A B C D E 53 Atividade antifúngica... GARCIA, R. A. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 28, n. 1, p. 48-57, Jan./Feb. 2012 Tabela 1. Efeito das concentrações (µ g mL-1) de óleo de nim indiano e Karanja, em comparação aos tratamentos adicionais (testemunha e fungicida), na porcentagem de inibição do crescimento micelial (PICM) de Sclerotinia sclerotiorum Tratamentos PICM Testemunha 0,0 g Procimidone 100,0 a 25 µ g mL-1 de nim indiano 31,0 f 25 µ g mL-1 de nim indiano com 1/3 Karanja 45,6 d 25 µ g mL-1 de nim indiano com 1/6 Karanja 40,7 e 25 µ g mL-1 de nim indiano com 1/8 Karanja 40,1 e 25 µ g mL-1 de nim indiano com 1/10 Karanja 40,1 e 50 µ g mL-1 de nim indiano 35,7 f 50 µ g mL-1 de nim indiano com 1/3 Karanja 47,2 d 50 µ g mL-1 de nim indiano com 1/6 Karanja 45,6 d 50 µ g mL-1 de nim indiano com 1/8 Karanja 44,2 d 50 µ g mL-1 de nim indiano com 1/10 Karanja 44,0 d 75 µ g mL-1 de nim indiano 45,4 d 75 µ g mL-1 de nim indiano com 1/3 Karanja 55,2 c 75 µ g mL-1 de nim indiano com 1/6 Karanja 49,6 d 75 µ g mL-1 de nim indiano com 1/8 Karanja 46,2 d 75 µ g mL-1 de nim indiano com 1/10 Karanja 48,2 d 100 µ g mL-1 de nim indiano 53,6 c 100 µ g mL-1 de nim indiano com 1/3 Karanja 63,1 b 100 µ g mL-1 de nim indiano com 1/6 Karanja 49,6 d 100 µ g mL-1 de nim indiano com 1/8 Karanja 45,4 d 100 µ g mL-1 de nim indiano com 1/10 Karanja 48,2 d CV (%) 7,54 Médias seguidas por letras distintas diferem entre si, pelo teste de Scott-Knott, a 5% de probabilidade. O óleo de nim indiano possui em, sua composição, vários componentes, entre eles os terpenos e os flavonóides (NEVES et al., 2003). Os terpenos e os flavonóides são dotados de atividade antimicrobiana e atuam na defesa química das plantas contra fungos e bactérias (CASTRO et al., 2001). Segundo Silva (2001), a reunião de vários componentes na composição de óleos essenciais pode atuar de forma sinérgica e apresentar uma ampla gama de atuação fungicida ou fungistática. Taninos e flavonóides também estão presentes na composição química de Karanja (MANDAL et al., 1984). Os taninos possuem ação antimicrobiana e são encontrados em folhas de espécies arbóreas e aumentam de concentração com a idade das plantas, esta é a razão por que as folhas mais novas possuem maior suscetibilidade às doenças (CASTRO et al., 2001). Mello et al. (2005) também verificaram que o óleo de nim, nas concentrações de 0,25, 0,5 e 2%, reduziu o crescimento micelial e formação de escleródios de Sclerotinia sclerotiorum, comparado ao tratamento testemunha. Efeito do óleo de nim também foi verificado em doenças foliares, como oídio do tomateiro, com resultados similares ao fungicida triforine (CARNEIRO, 2003) e oídio da ervilha (SINDHAN et al., 1999). Segundo Martinez (2002), a melhor eficiência do óleo, em relação ao extrato de folha, deve-se provavelmente à presença da azadiractina nas sementes. Carneiro et al. (2008) verificaram redução no número de esporos de Phaeoisariopsis griseola e no controle da mancha angular do feijoeiro quando as aplicações com óleo de sementes de nim indiano ocorreram antes da inoculação (CARNEIRO et al., 2008). Efeito 54 Atividade antifúngica... GARCIA, R. A. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 28, n. 1, p. 48-57, Jan./Feb. 2012 antibacteriano de extratos de folha de nim indiano também foi verificado sobre as bactérias Proteus vulgaris e Micrococcus luteus (KOONA; BUDIDA, 2011). Os resultados obtidos demonstraram uma ação fungistática de óleo de nim indiano e Karanja contra S. sclerotiorum. Isto sugere que novas pesquisas devem ser realizadas no controle de fitopatógenos, em condições de campo e casa-de- vegetação, para que se possa recomendar a utilização destes óleos em um sistema orgânico de produção ou ao manejo integrado da doença. Efeito dos extratos vegetais sobre o crescimento micelial de Sclerotinia sclerotiorum Observando-se a Figura 2, verifica-se que aroeirinha, jambolão, alfavaca, mandioca e losna não diferiram da testemunha, proporcionando pouco efeito sobre S. sclerotiorum, enquanto que Santa Bárbara, mentrasto, arruda e folha de pimenta longa, reduziram em média 25% do crescimento micelial. 0.0 d 2.38 d 2.86 d 3.57 d 6.55 d 8.45 d 22.38 c 25.24 c 25.71 c 26.07 c 42.86 b 100 a 0 20 40 60 80 100 Te ste m un ha A ro ei rin ha Ja m bo lã o A lfa va ca -c ra vo M an di oc a Lo sn a Sa nt a B ár ba ra M en tra sto A rru da Pi m en ta lo ng a- F ol ha Pi m en ta lo ng a- F ru to Pr oc im id on e Tratamentos P o rc en ta g em d e In ib iç ã o d o C re sc im en to M ic el ia l (% ) Figura 2. Porcentagem de inibição do crescimento micelial de Sclerotinia sclerotiorum em função do efeito dos extratos vegetais. Médias seguidas de letras distintas diferem estatisticamente entre si pelo teste de Scott-Knott a 5% de significância. Celoto et al. (2008) também verificaram que extrato de arruda reduziu em aproximadamente 23% o crescimento micelial de Colletotrichum gloeosporioides. Dos dez extratos vegetais testados, o fruto de pimenta longa foi o mais promissor na inibição do crescimento micelial, reduzindo-o na ordem de 43%. Entretanto, nenhum extrato vegetal foi igual ao fungicida procimidone, o qual inibiu 100% do crescimento micelial (Figura 2). O fato do extrato aquoso do fruto de pimenta longa ter proporcionado melhor efeito sobre a inibição do crescimento micelial, em comparação ao extrato da folha, pode ser explicado devido à maior predominância de monoterpenos nos frutos (NAVICKIENE, 2006). Silva e Bastos (2007) também verificaram ação inibitória com óleos essenciais de espécies de Piper sobre o crescimento micelial dos fungos Crinipellis perniciosa, Phytophthora palmivora e Phytophthora capsici, além de reduzir a germinação de basidiósporos de Crinipellis perniciosa. Segundo Lobato et al. (2007), o óleo essencial de pimenta longa (Piper aduncum) na concentração de 0,5%, apresentou melhor custo/benefício e não foi fitotóxico à germinação das sementes, além de reduzir os fungos Aspergillus flavus, Penicillium spp., Fusarium spp., Rhizoctonia solani Kuhn e Macrophomina phaseolina associados às sementes de caupi Vigna unguiculata. O óleo de pimenta- longa (Piper aduncum) também se mostrou eficiente no controle de Colletotrichum musae em frutos de banana em pós-colheita (BASTOS; ALBUQUERQUE, 2004). Fiori et al. (2000) obtiveram 100% de inibição do crescimento micelial e germinação de esporos de Didymella bryoniae, com extrato de mentrasto. Possivelmente, isto pode ser explicado em função de vários fatores influenciarem nos 55 Atividade antifúngica... GARCIA, R. A. et al. Biosci. J., Uberlândia, v. 28, n. 1, p. 48-57, Jan./Feb. 2012 princípios ativos das plantas, como fator genético, condições de cultivo, colheita e processamento do material (CASTRO et al., 2001), além dos patógenos estudados serem diferentes. Desta forma, cuidados durante a colheita como época do ano, hora do dia, estágio de desenvolvimento, escolha da parte botânica e processamento do material devem ser levados em consideração para não influenciar no potencial fungistático ou fungicida das substâncias. Apesar da planta pimenta longa ter apresentado efeito inibitório inferior a 50% do fitopatógeno S. sclerotiorum, carece que novos estudos sejam realizados utilizando a planta na indução de resistência (STANGARLIN, 2007), bem como utilização do óleo essencial e outras formas de extração de extrato aquoso, uma vez que o óleo de pimenta longa apresenta a vantagem de ser um produto biodegradável. CONCLUSÕES A eficiência na redução do crescimento micelial de S. sclerotiorum foi diretamente proporcional ao aumento das concentrações de nim indiano e Karanja, sendo a concentração de 100 µ g mL-1 de nim indiano com 1/3 de Karanja a mais eficiente. A associação entre Karanja e nim indiano proporcionaram melhor efeito inibitório sobre o patógeno, demonstrando um efeito sinérgico. Dentre os extratos vegetais aquosos avaliados, o fruto de pimenta longa foi o mais promissor na inibição do crescimento micelial. AGRADECIMENTOS Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq, pela concessão de bolsa de estudo durante o curso de mestrado do primeiro autor e ao Dr. Belmiro Pereira das Neves, pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão, pelo envio dos óleos de nim indiano e Karanja. ABSTRACT: Considering the importance of white mold, caused by the pathogen Sclerotinia sclerotiorum, to soybeans (Glycine max) and the lack of studies about alternative control ways of plant pathogens, this study evaluated the effect of vegetable oils and extracts on the mycelial growth of S. sclerotiorum. Concentrations of 25, 50, 75 and 100 µ g a.i. mL-1 of azadiractine, obtained from neem (Azadirachta indica A. Juss), were evaluated associated with the doses of 0, 1/3, 1/6, 1/8 or 1/10 of Karanja (Pongamia glabra) oil in the experiment with essential oils. Vegetable extracts of the species Schinus molle L., Ageratum conyzoides L., Ocimum gratissimum L., Artemisia absinthium L., Syzygium cumini (L.) Skeels, Ruta graveolens L., Manihot esculenta Crantz, Melia azedarach L. and Piper aduncum L. were evaluated in the concentration of 30%. Oils and vegetable extracts were incorporated, separately, into PDA culture medium and poured in 9-cm diameter petri plates, over which a PDA disk containing mycelium of the fungus was placed. The plates were incubated at 22 ± 3 oC and 12 hours lighting. The evaluations consisted of daily measurements of colony diameter for two days. The greatest mycelial growth inhibition was directly proportional to the concentration increase of neem and Karanja oils. Azadiractin concentration corresponding to 100 µ g a.i. mL-1 with 1/3 Karanja oil was the most effective on reducing mycelial growth, with 63% inhibition. Among the vegetable extracts, fruits of long pepper were the most promising for reducing mycelial growth, with 43% inhibition. KEYWORDS: Water Extracts. Essential oils. Alternative control. Mycelial growth. REFERÊNCIAS BALBI-PEÑA, M. I.; BECKER, A.; STANGARLIN, J. R.; FRANZENER, G.; LOPES, M. C.; SCHWAN- ESTRADA, K. R. F. Controle de Alternaria solani em tomateiro por extratos de Curcuma longa e Cucurmina – I. Avaliação in vitro. Fitopatologia Brasileira, Brasília, v. 31, n. 4, p. 401-404, 2006a. BALBI-PEÑA, M. I.; BECKER, A.; STANGARLIN, J. R.; FRANZENER, G.; LOPES, M. C.; SCHWAN- ESTRADA, K. R. F. Controle de Alternaria solani em tomateiro por extratos de Curcuma longa e Cucurmina – II. Avaliação in vivo. Fitopatologia Brasileira, Brasília, v. 31, n. 3, p. 310-314, 2006b. BASWA, M.; RATH, C. C.; DASH, S. K.; MISHRA, R. K. Antibacterial activity of Karanj (Pongamia pinnata) and Neem (Azadirachta indica) seed oil: a preliminary report. 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