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Original Article 

Biosci. J., Uberlândia, v. 28, n. 3, p. 332-337, May/June. 2012 

ESTRATIFICAÇÃO E DISSIMILARIDADE AMBIENTAL PARA 
AVALIAÇÃO DE CULTIVARES DE SOJA NO ESTADO DE TOCANTINS 

 

STRATIFICATION AND ENVIRONMENTAL DISSIMILARITY FOR 

EVALUATION OF SOYBEAN CULTIVARS IN THE STATE OF TOCANTINS  
 

Joenes Mucci PELUZIO1; Giulianno de Deus GEROMINNI2; João Pedro Aguiar da SILVA2;  
Flavio Sérgio AFFÉRRI1; José Benedito Girardelo VENDRUSCOLO3 

1. Professor, Doutor, Universidade Federal do Tocantins – UFT, Gurupi, TO, Brasil. joenesp@uft.edu.br ; 2. Engenheiro de Alimentos, 

Universidade Federal do Tocantins – UFT, Palmas, TO, Brasil; 3. Professor do Instituto Federal Tecnológico de Ceres, Ceres, GO, 

Brasil 
 

RESUMO: Em virtude da existência da interação cultivares x ambientes, torna-se pouco provável a 
superioridade de um cultivar em todos os ambientes. Neste sentido, com o intuito de avaliar a similaridade de ambientes e 

determinar o número de ambientes necessários para avaliação de cultivares, foram realizados oito ensaios de competição 

de cultivares no Estado do Tocantins. Quatro ensaios foram instalados em Gurupi, nas datas de 08/11, 19/11, 28/11 e 

05/12/2006, e quatro no município de Alvorada, nas datas de 09/11, 23/11, 07/12 e 21/12/2006, sendo que cada ensaio 

representou um ambiente. O delineamento experimental utilizado foi de blocos casualizados, com sete tratamentos e 

quatro repetições. Os tratamentos constaram dos cultivares BR/EMGOPA 314, BRS Sambaíba, BRS Tracajá, DM-339, M-

SOY 108, M-SOY 8411 e M8866. Os métodos de agrupamento de ambientes utilizados foram a estratificação ambiental e 

a dissimilaridade, baseada na interação de ordem simples. Na análise de variância conjunta, houve efeito significativo da 

interação cultivares x ambiente, indicando uma inconsistência de comportamento dos cultivares com a variação ambiental, 

justificando-se os estudos de agrupamento de ambientes. Os dois métodos permitiram a formação de um único grupo de 

ambientes similares. Não houve concordância entre os métodos quanto à composição dos grupos formados. O método de 

estratificação ambiental resultou na formação de um grupo compreendendo três ambientes de Gurupi (19/11, 28/11 e 

05/12) e dois ambientes de Alvorada (09/11 e 21/12). Entretanto, o método de dissimilaridade ambiental permitiu a 

formação de um grupo contendo apenas dois ambientes em Alvorada (09/11 e 23/11). Os métodos de agrupamento foram 

pouco sensíveis em detectar ambientes distintos representados por épocas de semeadura em um mesmo local 
 

PALAVRAS-CHAVE: Interação genótipo x ambiente. Produção de grãos. Glycine Max.  
 

INTRODUÇÃO 
 

Em programas de melhoramento de plantas, 

a seleção e recomendação de genótipos específicos 

são, frequentemente, precedidas pela análise 

multiambiental, na qual o desempenho relativo dos 

genótipos quase sempre varia de um ambiente para 

outro. A esta variação, dá-se o nome de interação 

genótipo x ambiente.  

O principal objetivo de um programa de 

melhoramento é selecionar genótipos com 

produtividade elevada e consistente, nos mais 

diversos ambientes. Neste contexto, a baixa 

eficiência na análise da interação genótipo por 

ambiente (G×A) pode representar problemas aos 

melhoristas, por reduzir a precisão de seleção de um 

ambiente para outro. Assim, a presença da interação 

GxA provoca um aumento do desvio padrão 

fenotípico, reduzindo a herdabilidade ao longo de 

ambientes e, consequentemente, diminuindo os 

ganhos genéticos potenciais (ALLARD; 

BRADSHAW, 1964; VENCOVSKI et al., 1990; 

CRUZ; REGAZZI, 2007). 

A interação G×A por ambiente pode ser 

minimizada utilizando-se cultivares específicos para 

cada ambiente, usando cultivares com ampla 

adaptabilidade e boa estabilidade (SILVA; 

DUARTE, 2006, PELUZIO et al., 2010; PRADO et 

al., 2001; PEREIRA et al., 2008; CARVALHO et 

al., 2002; OLIVEIRA et al., 2003) ou identificando 

grupos de ambientes similares, por meio da 

estratificação e dissimilaridade ambiental 

(OLIVEIRA et al., 2004; GARBUGLIO et al., 

2007).  

A identificação de ambientes similares nos 

experimentos de competição de cultivares é de 

grande importância, uma vez que  reduz ou 

minimiza a interação G×A, pela alocação dos 

ambientes semelhantes em um mesmo grupo, para o 

conjunto de cultivares disponível;  auxilia na 

alocação de recursos para o desenvolvimento de 

programas de melhoramento, uma vez que permite 

ao melhorista eliminar os ambientes semelhantes 

dentro de cada grupo, sem que haja perda da 

eficiência ou precisão do processo seletivo, 

permitindo também avaliar um maior número de 

cultivares por experimento  (HUHN; TRUBERG, 

2002a e 2002b; VENCOVSKI et al., 1990; CRUZ; 

REGAZZI, 2007; OLIVEIRA et al., 2004).  

Received: 05/11/10 

Accepted: 20/09/11 



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Estratificação e dissimilaridade...  PELUZIO, J. M. et al. 

Biosci. J., Uberlândia, v. 28, n. 3, p. 332-337, May/June. 2012 

O processo de estratificação ambiental 

consiste na subdivisão de regiões heterogêneas em 

sub-regiões mais uniformes, onde se exclui qualquer 

interação GxA significativa (LIN, 1982). Em outras 

situações, pode-se agrupar os ambientes usando 

interação significativa com predominância de 

porção simples, ou seja, que não venha a 

comprometer a recomendação das cultivares 

(dissimilaridade genética) (CRUZ; REGAZZI, 

2007; OLIVEIRA et al., 2004). 
O método de agrupamento de ambientes 

pelo algoritmo de LIN (1982) consiste em estimar a 

soma de quadrados da interação entre cultivares e 

pares de ambientes, seguido do agrupamento 

daqueles ambientes cuja interação é não-

significativa. O método prossegue com a estimação 

da soma de quadrados entre genótipos e grupos de 

três ambientes, sendo empregado o teste F para se 

avaliar a possibilidade da formação do novo grupo 

(CRUZ; REGAZZI, 2007; OLIVEIRA et al., 2004). 

A dissimilaridade genética, pelo método de 

Cruz; Regazzi (2007) consiste em agrupar apenas 
aqueles ambientes cuja interação seja 

predominantemente de natureza simples e 

significativa, ou seja, quando forem proporcionadas 

pelas diferenças de variabilidade entre os cultivares 

nos ambientes (ALLARD; BRADSHAW, 1964; 
AKTHER; SNELLER, 1996; CRUZ; REGAZZI, 

2007).  
O presente estudo teve como objetivo 

estudar a similaridade entre os ambientes, por meio 

da estratificação ambiental pelo método de LIN 

(1982), e a dissimilaridade ambiental pelo método 

de Cruz; Regazzi (2007), em sete cultivares de soja, 

quanto à produção de grãos, no Sul do Estado do 

Tocantins. 

 

MATERIAL E MÉTODOS 
 

Foram realizados oito ensaios de 

competição de cultivares de soja durante o ano 

agrícola 2006/07, sendo quatro instalados na área 

experimental da Fundação Universidade Federal do 

Tocantins-TO, localizada em Gurupi-TO (300m de 

altitude, 11º 43’S, 49º 15’ W, solo do tipo Latossolo 

Vermelho-Amarelo), nas datas de 08/11, 19/11, 

28/11 e 05/12/2006, e quatro no município de 

Alvorada-TO (330m de altitude, 12°45’ S e 49°14’ 

W 220m, 13º 58' S e 48º11' W, solo do tipo 

Latossolo Vermelho-Amarelo), nas datas de 09/11, 

23/11, 07/12 e 21/12/2006. Cada ensaio representou 

um ambiente.  

A adubação utilizada foi realizada segundo 

as exigências da cultura, após prévia análise de solo. 

Em cada ensaio, o delineamento 

experimental utilizado foi o de blocos ao acaso, com 

quatro repetições e sete tratamentos. Os tratamentos 

constaram dos cultivares BR/EMGOPA 314 , BRS 

Sambaíba, BRS Tracajá, DM-339, M-SOY 108, M-

SOY 8411 e M8866.  

A unidade experimental foi composta por 

quatro fileiras de 5,0 m de comprimento, com 

espaçamento de 0,45 m entre fileiras, sendo a área 

útil da parcela representada pelas duas fileiras 

centrais, eliminando-se 0,50 m da extremidade de 

cada fileira. 

No momento da semeadura, foi realizada a 

inoculação das sementes com estirpes de 

Bradyrhizobium japonicum.  Os tratos culturais, 

como o controle de pragas e plantas daninhas, foram 

realizados à medida que se fizeram necessários. 

Foi realizada análise de variância conjunta 

dos ensaios, utilizando o total dos tratamentos, em 

que o menor quadrado médio residual não diferiu 

em mais de sete vezes do maior (CRUZ; REGAZZI, 

2007). Quando houve significância na interação, 

foram realizados agrupamentos de ambientes 

através da estratificação ambiental e dissimilaridade. 

A estratificação ambiental foi realizada 

segundo o método de agrupamento de ambientes 

com base no algoritmo de LIN (1982), que consiste 

em estimar a soma de quadrado para a interação 

entre genótipos e pares de ambientes e, 

posteriormente, agrupar aqueles ambientes cuja 

interação é não significativa. Por outro lado, o 

estudo de similaridade dos ambientes consiste em 

agrupar os ambientes através das interações 

predominantemente de natureza simples e 

significativas (CRUZ; REGAZZI, 2007). A 

característica agronômica considerada neste estudo 

foi a produção de grãos, em virtude de sua 

importância nos programas de melhoramento de 

soja. No modelo estatístico considerou-se fixo o 

efeito do cultivar e os demais aleatórios. 

 

RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 

A análise de variância conjunta (Tabela 1) 

mostrou efeitos significativos dos ambientes, da 

interação cultivar x ambiente e dos cultivares. Pela 

significância da interação e, sendo esta do tipo 

complexa para a grande maioria dos pares de 

ambientes (Tabela 2), houve inconsistência de 

comportamento dos cultivares com a variação 

ambiental (Tabela 3), justificando-se o agrupamento 

de ambientes. 

 



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Biosci. J., Uberlândia, v. 28, n. 3, p. 332-337, May/June. 2012 

Tabela1. Resumo da análise da variância conjunta da produção de grãos, envolvendo sete cultivares de soja, 
em oito ambientes e quatro repetições, no Estado do Tocantins, Safra 2006/07 

Fonte de variação 

 

Gl QM 

Blocos/Ambientes     3 21543 

Cultivar     6 666794* 

Ambiente     7 22587354* 

Cultivar x Ambiente   42 295357* 

Resíduo 144  95995 

Média (kg/ha) 2809  

C.V. (%) 11,02  
 ** Significativo a 5% de probabilidade pelo teste F. 

 

Tabela 2. Porcentagem da parte complexa (acima da diagonal) resultante da decomposição da interação entre 
cultivares e pares de ambientes e correlações entre médias de cultivares (abaixo da diagonal), nos 

ensaios de competição de cultivares de soja em oito ambientes, no Estado do Tocantins, Safra 

2006/07 

Local/  Data G G  G G A A A A 

  Plantio 08/11 19/11 28/11 05/12 09/11 23/11 07/12 21/12 

 Ensaio  1 2  3 4 5 6 7 8 

G 1 08/11  94,0 97,7 63,7 91,1 80,5 94,7 109,4 

G 2 19/11 -0,03  102,8
*
 49, 106,9

*
 87,4 100,6

*
 61,9 

G 3 28/11 -0,01 -0,09  50,8 99,6 106,4
*
 95,2 117,9

*
 

G 4 05/12 0,10 0,58 0,46  84,4 69,1 94,1 88,6 

A 5 09/11 0,11 -0,16 -0,01 -0,05  44,8(S) 66,2 87,4 

A 6 23/11 0,16 -0,32 -0,53 0,47 0,51  63,2 69,6 

A 7 07/12 0,05 -0,35 -0,08 -0,74 0,39 0,54  61,3 

A 8 21/12 -0,20 0,50 -0,42 -0,31 0,20 0,30 0,55  
1/  G – Gurupi; A – Alvorada;*  valores superiores a 100% indicam correlações negativas entre as médias dos cultivares em dois 

ambientes; (s) identifica os pares de ambientes cuja interação com os cultivares é predominantemente simples.  

 

Tabela 3. Média para o caráter produção de grãos, em kg/ha, de cultivares de soja, nos ensaios instalados em 
Gurupi e Alvorada - TO, safra 2006/07 

 

Cultivares 
Produção de Grãos / Local 

1/
 

     G1            G2             G3             G4             A1              A2           A3            A4 

BR/Emgopa314 3261  2467 1769 1181 3481 4218 3738 2873 

BRS Tracajá 2593 2893 1576 1287 3702 4105 3560 3447 

BRS Sambaíba 2636 2391 1947 1212 3813 3688 3541 2784 

DM 339 2566 2728 1701 1253 3081 3088 3052 2909 

M-SOY 108 3052 2909 2145 1402 3534 3022 3416 3099 

M-SOY 8411 2405 2577 2172 1222 3392 3554 3835 3092 

M8866 2735 2607 1637 1000 3555 3859 4264 3526 
1/ G1 = Gurupi, Plantio 08/11; G2 = Gurupi, Plantio 19/11; G3 = Gurupi, Plantio 28/11; G4 = Gurupi, Plantio 05/12; A1 = Alvorada, 

Plantio 09/11; A2 = Alvorada, Plantio 23/11; A3 = Alvorada, Plantio 07/12; A4 = Alvorada, Plantio 21/12 

 

 

O agrupamento dos ambientes com base no 

algoritmo de LIN (1982), que é baseado na 

significância da interação cultivares x ambientes, 

para a produtividade de grãos, encontra-se na Tabela 

4. Pode-se observar a formação de um único grupo 

representado por três ambientes em Gurupi (19/11, 

28/11 e 05/12/2006) e dois ambientes em Alvorada 

(09/11 e 21/12/2006) que, assim, apresentaram-se 

como estatisticamente similares. Assim, dentro 

deste grupo, não há interação cultivares x ambientes 

significativa, ou seja, a classificação dos cultivares 

com base na produtividade de grãos é similar. 

 



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Biosci. J., Uberlândia, v. 28, n. 3, p. 332-337, May/June. 2012 

Tabela 4. Agrupamento dos ambientes de avaliação de cultivares de soja, baseado na produtividade de grãos, 
no Estado do Tocantins, Safra 2006/07 

Grupo                               Ambientes 

Estratificação ambiental             Dissimilaridade       

 

 

I 

Gurupi (19/11) 

Gurupi (28/11) 

Gurupi (05/12) 

Alvorada (09/11) 

Alvorada (21/12) 

Alvorada (09/11) 

Alvorada (23/11) 

Neste contexto, em avaliações posteriores, 

pode-se considerar apenas um dos ambientes 

pertencentes ao grupo formado, cabendo aos 

melhoristas escolher aquele que mais se encaixe nas 

necessidades de seu programa de nelhoramento. 

Critérios como proximidade dos centros de pesquisa 

e facilidade de acesso podem ser adotados em 

futuros programas de melhoramento da instituição. 

Essa diminuição no número de ambientes 

proporcionará redução nos custos de avaliação dos 

cultivares, além de permitir a realização de 

avaliações mais criteriosas nos ensaios restantes 

(HUHN; TRUBERG, 2002a e 2002b; VENCOVSKI 

et al., 1990; CRUZ; REGAZZI, 2007.; OLIVEIRA 

et al., 2004).  

O agrupamento dos ambientes por meio da 

dissimilaridade ambiental (CRUZ; REGAZZI, 

2007), ou seja, onde a interação ambiente x 

cultivares foi predominantemente de natureza 

simples e significativa, também proporcionou a 

formação de um único grupo, representado pelos 

ambientes Alvorada - 09/11 e Alvorada - 23/11 

(Tabela 4). Este método de agrupamento não 

proporciona grandes inconvenientes no trabalho de 

identificação de cultivares superiores nos ambientes 

considerados, uma vez que os cultivares apresentam 

comportamento coerente de um ambiente para outro 

ou não sofrem alterações relevantes que 

comprometam as suas recomendações (CRUZ; 

REGAZZI, 2007; GARBUGLIO et al ., 2007; 

OLIVEIRA et al., 2004). 

A formação de um único grupo nos 

processos de estratificação e dissimilaridade 

ambiental ocorreu, provavelmente, face à baixa 

eficiência dos métodos em detectar ambientes 

distintos quando usadas épocas de semeaduras, em 

um mesmo local, como ambientes. Segundo 

OLIVEIRA et al., (2005), os métodos de 

agrupamento de ambientes apresentam consistência 

somente para interação de genótipos x locais e não 

para genótipos x anos, genótipos x safras ou 

genótipos x locais x anos  

Comparando os resultados do grupo de 

ambientes resultante da interação cultivares x 

ambientes não significativas (estratificação 

ambiental) com o grupo oriundo da interação 

cultivares x ambientes significativa de natureza 

simples (dissimilaridade ambiental), verificou-se 

uma discordância entre os métodos quanto à 

composição do grupo. Essa discordância ocorreu em 

função de serem passíveis de agrupamento todas as 

combinações entre os pares de ambientes pela 

estratificação ambiental, enquanto apenas foram 

passíveis de agrupamento, pela dissimilaridade 

ambiental, os pares Gurupi - 19/11 x Gurupi - 05/12 

e Alvorada - 09/11 e Alvorada - 21/12 (Tabela 2), 

uma vez que a interação cultivares x ambientes entre 

esses pares foi, predominantemente, de natureza 

simples. 

Esses resultados não estão em concordância 

com aqueles obtidos por (GARBUGLIO et al., 
2007), em cultivares de milho cultivados em vários 

ambientes no estado do Paraná, uma vez que os 

autores verificaram similaridade entre os métodos 

de agrupamento de ambientes.  Tal discordância 

ocorreu pelo fato de que, no referido trabalho, a 

natureza da interação cultivares x ambientes entre os 

pares foi, em parte, de ordem simples, permitindo 

que um maior número de ambientes viessem a ser 

agrupado pelo método de dissimilaridade ambiental. 

 
CONCLUSÕES 

 

Houve concordância entre os métodos 

quanto ao número de grupos formados, mas não 

quanto à composição do grupo; 

O método de estratificação ambiental 

resultou na formação de um grupo compreendendo 

três ambientes de Gurupi (19/11, 28/11 e 05/12) e 

dois ambientes de Alvorada (09/11 e 21/12); 

O método de dissimilaridade ambiental 

permitiu a formação de um grupo contendo dois 

ambientes de Alvorada (09/11 e 23/11) 

Os métodos de agrupamento foram pouco 

sensíveis em detectar ambientes distintos 

representados por épocas de semeadura em um 

mesmo local 

 

AGRADECIMENTOS 
 

Ao CNPq (Conselho Nacional de 

Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico) pela 



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Biosci. J., Uberlândia, v. 28, n. 3, p. 332-337, May/June. 2012 

oportunidade de realização do trabalho através do 

Projeto “Avaliação de Germoplasma de Milho e 

Soja para Fins de Melhoramento nos Ecossistemas 

de Várzea e Terras Altas no Estado do Tocantins”; 

A Universidade Federal do Tocantins, pela 

cessão da área experimental e de funcionários de 

campo; 

Ao Sr. Luis Richter, proprietário da Fazenda 

São Jorge, município de Alvorada-TO, por 

gentilmente nos ceder sua propriedade para a 

realização dos trabalhos. 

 

 

ABSTRACT: Because of the existence of genotype x environment interaction, it is unlikely the superiority of 
one cultivar in all environments. In this sense, in order to evaluate the similarity of environments and determine the 

number of environments for the assessment of cultivars, eight trials were carried out in the State of Tocantins. Four trials 

were carried out in Gurupi-TO, in the dates of 08/11, 19/11, 28/11 and 05/12/2006, and four trials were carried out in 

Alvorada-TO, in the dates of 09/11, 23/11, 07/12 and 21/12/2006. Each trial represented an environment. The experiment 

design was a randomized blocks with
 
seven treatments (cultivars) and four replications. The cultivars were: BR/EMGOPA 

314, BRS Sambaíba, BRS Tracajá, MD-339, M-SOY 108, M-Soy 8411 and M8866. The methods used were stratification 

and environmental dissimilarity cluster, based on the interaction of simple order. In the jointly analysis of variance there 

was significant effect of cultivar x environment interaction. There these indicated an inconsistency of the superiority of 

cultivars to environmental variation, justifying the studies of cluster environments. Both methods led to the formation of a 

single group of similar environments. There was no agreement between the methods regarding the composition of the 

groups formed. The environmental stratification method resulted in the formation of a group comprising three 

environments in Gurupi (19/11, 28/11 and 05/12) and two environments in Alvorada (21/12 and 11/09). However, the 

environmental dissimilarity method allowed the formation of a group containing only two environments in Alvorada 

(11/09 and 23/11). The clustering methods were less sensitive in detecting distinct environments represented by sowing 

dates in one place. 

 

KEYWORDS: Interaction genotype x environment. Grain production. Glycine Max. 
 

 

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