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RBCIAMB | n.40 | jun 2016 | 107-123

Paulo Cesar 
Machado Ferroli
Professor Doutor de Engenharia 
do Centro de Comunicação e 
Expressão do Departamento de 
Expressão Gráfica da Universidade 
Federal de Santa Catarina (UFSC) – 
Florianópolis (SC), Brasil. 

Lisiane Ilha Librelotto
Professora Doutora de Engenharia 
do Centro Tecnológico (CTC) do 
Programa de Pós-Graduação em 
Arquitetura e Urbanismo (Pós-ARQ) 
da UFSC – Florianópolis (SC), Brasil.

Letícia Mattana
Engenheira Civil e mestranda do 
Pós-ARQ da UFSC – Florianópolis 
(SC), Brasil.

Endereço para correspondência: 
Paulo Cesar Machado Ferroli – 
Universidade Federal de Santa 
Catarina – Campus Reitor João 
David Ferreira Lima, s/n – Trindade – 
88040-900 – Florianópolis (SC), 
Brasil – E-mail: ferroli@cce.ufsc.br

RESUMO
O conceito de design é, por vezes, reescrito pelo conceito moderno da 
sustentabilidade. O desenvolvimento ecologicamente correto, que era 
considerado um diferencial no final do século passado, passa a ser 
considerado obrigatório. Quando o objetivo do projetista é aliar a inovação 
com a questão ambiental, surgem dificuldades devido à complexidade 
do tema. Se por um lado o design busca a satisfação do cliente e a oferta 
contínua de novos produtos, por outro existe a preocupação em integrar 
o tecnicamente possível com o ecologicamente necessário, por meio do 
equilíbrio sustentável dos aspectos sociais, ambientais e econômicos. 
A contribuição do presente trabalho está na experimentação de modelos a 
partir da análise da sustentabilidade. A metodologia utilizada compreende 
a aplicação da ferramenta ESA, em que são consideradas questões ambientais, 
sociais e econômicas para avaliação dos protótipos. Como resultado, tem-
se a demonstração de uma ferramenta de análise da sustentabilidade para 
aplicação em modelos volumétricos e em produtos.

Palavras-chave: modelos; sustentabilidade; design; produtos; inovação.

ABSTRACT
The concept of design is rewritten by the modern concept of sustainability. 
The eco-friendly development, which was considered a differential at the 
end of the last century, now is considered obligatory. When the designer’s 
goal is to combine innovation with environmental issues, some difficulties 
appear due to the complexity of the subject. If, on the one hand, the 
designer searches for the customer satisfaction and the continuous supply 
of new products, on the other, there is a concern to integrate the technically 
possible with the ecologically necessary. Furthermore, the integration must 
happen through sustainable balance of social, environmental and economic 
aspects. The contribution of this work is to experiment models through 
the analysis of sustainability. The methodology includes the application of 
ESA tool. This tool considers environmental, social and economic issues for 
the evaluation of the prototypes. As a result, there is a demonstration of an 
analysis tool of sustainability to use in volumetric models and products.

Keywords: prototypes; models; sustainability; design.

DOI: 10.5327/Z2176-9478201612314

MODELOS DE ESCALA REDUZIDA UTILIZADOS 
NA ANÁLISE DA SUSTENTABILIDADE DE PRODUTOS

SUSTAINABILITY ASSESSMENT OF PRODUCT DESIGN USING REDUCED SCALE MODELS



Ferroli, P.C.M.; Librelotto, L.I.; Mattana, L.

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INTRODUÇÃO
O desenvolvimento de novos produtos tem como obje-
tivo a integração de pessoas, de ferramentas e de tec-
nologias com a proposta de obter ganhos econômicos. 
Quando há a intenção de integrar o desenvolvimento 
de novos produtos com a sustentabilidade, o projeto 
desses produtos passa a existir um grau adicional de 
complexidade (THOMÉ et al., 2016).

Parte integrante da atividade projetual, os modelos 
volumétricos em escala reduzida são, basicamente, re-
presentações tridimensionais de objetos ou produtos 
em fase de desenvolvimento ou semiacabados, simu-
lando determinadas propriedades dos objetos em es-
tudo e, assim, permitindo a correção de possíveis de-
feitos e insuficiências do produto durante as etapas de 
projeto (PENNA, 2002). Essa representação dos obje-
tos projetados por meio de modelos pode ser realizada 
nos meios físico ou virtual.

Segundo Manzini e Vezzoli (2008), design de produtos 
deve ser entendido de acordo com seu significado am-
plo e atual; não apenas aplicando o produto físico (defi-
nido por material, forma e função), mas estendendo-se 
ao “sistema-produto”, ou seja, ao conjunto integrado de 
produto, serviço e comunicação. Dentro dessa linha de 
pensamento, os autores destacam que o design é a ati-
vidade que deve “ligar” o tecnicamente possível com o 
ecologicamente necessário, atuando dentro de quatro 
níveis de interferência: redesign ambiental de produtos 
já existentes; projeto de novos produtos para substitui-
ção dos atuais; projeto de novos produtos e serviços in-
trinsecamente sustentáveis; e proposta de novos cená-
rios para um novo estilo de vida sustentável.

Nesse contexto, observa-se que, até o momento, 
a atuação profissional dos envolvidos em atividades 
projetuais está, quase na totalidade dos casos, restri-
ta aos dois primeiros níveis, sendo que tal atuação, 
embora útil e necessária, é insuficiente para atingir a 
sustentabilidade ambiental, garantida apenas pelos 
outros dois níveis (Design for Sustainability). Há, por-
tanto, uma necessidade de alteração comportamental 
na atividade de projeto, de modo que se enfatizem mu-
danças de paradigmas toda vez que seja feito o projeto 
de um novo produto.

A incorporação da variável sustentabilidade em ativi-
dades projetuais é assunto consideravelmente deba-

tido na atualidade, sendo consenso entre os autores 
da área que (para que tenha efeito permanente e não 
apenas esporádico ou superficial) a sustentabilidade 
deve ser alicerçada na união das três dimensões bási-
cas: econômica, social e ambiental. A forma de gerir a 
sustentabilidade, nessas três dimensões, está expressa 
no modelo de Sustentabilidade Econômica – Social – 
Ambiental (ESA) (LIBRELOTTO, 2009). Essa forma de 
gestão deve englobar também o projeto. Inserir os pre-
ceitos da sustentabilidade no projeto é a única solução 
possível para que ocorra a união entre a filosofia da 
melhoria contínua com a necessidade cada vez maior 
da preservação dos recursos naturais, qualidade de 
vida do homem e ao capitalismo vigente. 

Tendo em vista que os conceitos relacionados à sus-
tentabilidade são relativamente novos, a principal pro-
blemática de sua incorporação na atividade projetual 
reside em dois tópicos principais:

• a pouca disponibilidade de informações referentes 
à aplicação em casos reais das variáveis econômi-
cas, sociais e ambientais da sustentabilidade em 
projeto de produtos e;

• a verificação de confiabilidade de algumas aplica-
ções, tendo em vista o fato de vários estudos de ca-
sos não virem necessariamente acompanhados de 
validação pertinente.

Como forma de integrar a sustentabilidade na atividade 
projetual, sobretudo nas etapas de modelagem, o ob-
jetivo geral da pesquisa relatada no presente artigo foi 
demonstrar a importância do uso dos modelos volumé-
tricos para análise da sustentabilidade, considerando as 
variáveis da sustentabilidade descritas no modelo ESA. 

O desenvolvimento de novos produtos sustentáveis é 
uma área de pesquisa que está em constante cresci-
mento (THOMÉ et al., 2016). O presente artigo estru-
tura-se da seguinte forma: inicialmente, é feita uma 
breve revisão bibliográfica abordando os assuntos de 
design, sustentabilidade e ferramentas projetuais com 
ênfase ambiental; na sequência, apresenta-se o estudo 
de caso mediante a pesquisa de campo, com posterior 
elaboração e aplicação de ferramentas projetuais em 
modelos e protótipos.



Modelos de escala reduzida utilizados na análise da sustentabilidade de produtos

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REVISÃO DA LITERATURA
Apesar da importância do desenvolvimento ecologi-
camente correto, algumas vezes a questão ambiental 
é tratada de modo superficial pelos profissionais, sen-
do vista como um fator para cumprimento de proto-
colo. Ferroli & Librelotto (2011a, p. 109) apresentam 
alguns importantes eventos que surgiram com a evolu-
ção dos processos fabris e produtivos:

- o emprego da metodologia científica no processo de 
produção, integrando as áreas de administração e en-
genharia, por Taylor;
- a inclusão da preocupação ergonômica em projetos de 
produtos e ambientes fabris, iniciada timidamente através 
do movimento werkbund, na Alemanha, e evoluindo para 
o conceito de ergonomia de produto a partir de 1950; 
- os princípios da qualidade e a qualidade total, através de 
suas diversas correntes (gestão da qualidade total, gestão 
da produtividade total, gestão dos custos total, gestão 
da tecnologia total, gestão dos recursos total) e de suas 
várias ferramentas (Diagrama de Paretto, Ciclo PDCA, 5S, 
Diagrama de Causa-Efeito, Histograma, etc.) principal-
mente pelos trabalhos de W. E. Deming, Kaoru Ishikawa, 
Philip B. Crosby, Armand Feigenbaum e Joseph W. Juran; 
- a globalização da economia e as associações inter-
nacionais de comércio forçando (ou tentando forçar) 
uma padronização internacional; dentre outras.

Com a evolução desses processos fabris e com os no-
vos métodos e ferramentas desenvolvidos, houve al-
teração na forma como o conhecimento é adquirido, 
transmitido e aplicado no desenvolvimento de produ-
tos. Nas primeiras etapas do projeto, há maior grau de 
liberdade para promover a criatividade, enquanto que 
nas etapas finais as restrições ficaram maiores, favo-
recendo a integração entre as diversas disciplinas que 
compõem o projeto, incluindo a relação do projeto com 
a sustentabilidade (FERROLI & LIBRELOTTO, 2011b).

Back et al. (2008) sugerem diferentes denominações 
para os projetos voltados ao meio ambiente, dentre elas 
é possível citar, por exemplo, o projeto para reciclagem, 
o projeto para sustentabilidade, o projeto para o fim de 
vida do produto e o projeto para descarte. Os autores 
complementam dizendo que “entre essas denomina-
ções, existem pequenas diferenças de enfoques, mas, 
em geral, o requisito fundamental é minimizar a utiliza-
ção de recursos naturais, geração de resíduos, riscos à 
segurança e à saúde e a degradação ecológica”.  

Vários incentivos têm sido encontrados na literatura cien-
tífica a respeito do aumento da preocupação com a sus-

tentabilidade em etapas de projeto. Thomé et al. (2016) 
fizeram uma revisão sobre o tema design de produtos e a 
relação com a sustentabilidade em trabalhos científicos 
internacionais. Os autores mencionam que os assuntos 
mais abordados nesses trabalhos, nos últimos 25 anos, 
foram as avaliações dos ciclos de vida dos produtos, segui-
das dos métodos multicritérios para seleção de produtos 
e materiais sustentáveis. Artigos mais recentes apresen-
tam temas como os modelos de design, produtos susten-
táveis e a disposição final dos resíduos desses produtos. 
Outros assuntos abordados em menor número são as re-
lações entre usuários e fornecedores, suas visões da sus-
tentabilidade e a otimização de modelos, por exemplo.

A Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvol-
vimento Sustentável também apresenta alguns incen-
tivos em prol de uma economia verde sustentável, 
que repense o crescimento econômico a fim de asse-
gurar a proteção ambiental e a igualdade social nas ati-
vidades rentáveis (RIO+20, 2012).

O Guia de Sustentabilidade da Dinamarca aborda con-
ceitos sobre como produtos e serviços podem ser pro-
jetados sem prejudicar os seres humanos e o meio am-
biente. O guia apresenta as possibilidades de integrar 
as questões ambientais com as empresas de projeto e 
com seus processos de desenvolvimento de produtos. 
Uma das abordagens é a consideração do ciclo de vida 
dos produtos (McALOONE & BEY, 2009).

McAloone & Bey (2009) sugerem o uso de uma atividade 
chamada de “product life thinking”, que envolve o mapea-
mento de todos os estágios do ciclo de vida do produto, 
considerando todos os fornecedores e situações relacio-
nadas com o processo de produção. A Figura 1 mostra o 
mapeamento do ciclo de vida para um andaime de obras 
(produto), no qual é possível visualizar esse produto e as 
atividades relacionadas com sua produção. A partir do 
mapeamento, pode-se relacionar o consumo de recursos 
e as causas raízes dos impactos ambientais durante a pro-
dução do andaime.

A seleção de materiais no ciclo de vida do produto tam-
bém é importante para os resultados sustentáveis. 
Isso ocorre por meio da avaliação das diversas interrela-
ções dos materiais utilizados nos projetos com os impac-
tos sobre a natureza e o meio, os efeitos sobre a saúde 
humana e as alterações nas reservas de recursos naturais. 



Ferroli, P.C.M.; Librelotto, L.I.; Mattana, L.

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Percebe-se a existência de integração dos parâmetros da 
sustentabilidade contidos no modelo ESA com o proces-
so de projeto do design. Esse passa a incluir as questões 
ambientais, econômicas e sociais de forma integrada no 
projeto de produtos (CALLISTER JUNIOR, 2006; FERROLI & 
LIBRELOTTO, 2012a).

Pahl et al. (2005, p. 244), ao comentarem o projeto 
considerando a reciclagem, sugerem as seguintes al-
ternativas para economizar e reaproveitar as matérias 
primas envolvidas na produção: 

menor utilização de material por meio de um melhor 
aproveitamento do material e menos desperdício de 

produção; substituição das peças fabricadas com maté-
rias-primas escassas e, portanto, mais custosas, por ou-
tras fabricadas com matérias-primas mais baratas e 
disponíveis por mais tempo; reciclagem por retorno dos 
refugos de produção, do produto ou dos componentes 
de um produto para reutilização ou retrabalho. 

Kai et al. (2014) propuseram um modelo conceitual ba-
seado no 3BL (Triple Bottom Line) para analisar as opera-
ções dentro de indústrias gráficas e apoiar as boas práti-
cas de sustentabilidade nessas operações. Eles sugerem 
que há necessidade de mudar a estratégia e, algumas 
vezes, de modificar processos produtivos das empresas, 
a fim de obter os resultados pretendidos com a susten-

Fonte: McAloone e Bey (2009).

Figura 1 – Mapeamento do ciclo de dida de um andaime. 



Modelos de escala reduzida utilizados na análise da sustentabilidade de produtos

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tabilidade. Além disso, mencionam a importância dos 
stakeholders no desenvolvimento sustentável das em-
presas e a influência deles nos resultados. 

Alblas et al. (2013) mencionam que os fornecedores e os 
clientes têm papel decisivo na adoção da sustentabilida-
de por parte das empresas e que eles devem fazer parte 
do processo de projeto. Os autores demonstram, ainda, 
que grande parte das rotinas organizacionais de empre-
sas que desenvolvem novos produtos não facilita a orga-
nização de atividades voltadas para a sustentabilidade.

Em relação ao design, na pesquisa de Santos (2000), são 
mostrados alguns conceitos interessantes, como o de 
Chermayeff, o qual afirma que “às vezes, fazer design é 
não fazer muita coisa, apenas identificar um problema 
e torná-lo mais simples” (CHERMAYEFF apud SANTOS, 
2000, p. 20). Santos (2000) ainda faz uma abordagem so-
bre o conceito do design, afirmando que ele é um sistema 
processador de informações de várias áreas (engenha-
ria, produção, ergonomia, marketing, sociologia, econo-
mia, entre outros), no qual existem entrada e saída. Essa 
abordagem evoluiu para o método de projeto conhecido 
como MD3E (Método de Desdobramento em 3 Etapas) 
ou Método Aberto de Design (SANTOS, 2005), conforme 
ilustra a Figura 2, adaptada de Santos (2005). 

Ferroli & Librelotto (2012b, p.3) mencionam que “a bus-
ca de procedimentos sistemáticos ligados ao projeto 
tem por objetivo, claramente, a melhoria da qualidade 

do atendimento das necessidades das pessoas, obti-
do pela solução de um problema específico mediante 
o projeto de um produto”. A solução deve contemplar 
tanto a satisfação às necessidades dos usuários quanto o 
tripé da sustentabilidade: aspectos sociais, ambientais e 
econômicos aliados ao processo de projeto do produto.

Ashby & Johnson (2011) afirmam que o mercado é um 
poderoso motivador para o design de produtos e que é 
o desejo do usuário e a vontade de ter determinado pro-
duto que movimenta o mercado. Isso significa que não é 
somente a necessidade de ter determinado produto que 
amplia o crescimento e também não é somente o desig-
ner que movimenta o mercado, mas são os desejos dos 
usuários que criam essas motivações e mudanças.

Para Baxter (2000), deve existir integração entre as di-
ferentes disciplinas envolvidas no desenvolvimento de 
novos produtos, dentre elas as atividades de marke-
ting, engenharia de produtos e processos, aplicação de 
conhecimentos sobre estética e estilo. Como resultado 
dessa integração, surge um produto mais equilibrado. 
Além disso, o autor menciona a necessidade de pes-
quisa, planejamento e controle no desenvolvimento de 
novos produtos. 

A integração comentada por Baxter (2000) em suas 
pesquisas pode ser obtida em um ambiente que bus-
que a melhoria contínua nos seus processos de pro-
dução. A integração entre o projeto, a produção e o 

Figura 2 – Metodologia MD3E.

ANÁLISE DO
PROBLEMA ATRIBUTOS DO

PROJETO

C
A

M
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H
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PRÉ-CONCEPÇÃO

CO
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S-CO
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CEPCÃO

PROBLEMA
DE PROJETO

NECESSIDADE
HUMANA



Ferroli, P.C.M.; Librelotto, L.I.; Mattana, L.

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produto final pode ser obtida por meio do aperfeiçoa-
mento da qualidade do produto e pela busca constante 
da satisfação do usuário. Para a consideração da susten-
tabilidade integrada ao processo de desenvolvimento de 
produtos, alguns critérios fundamentais devem ser envol-
vidos, com base no que está demonstrado na Tabela  1, 

estando eles apresentados na Tabela 2 (FERROLI & 
LIBRELOTTO, 2012b).

Esses critérios, se agrupados de forma diferente, con-
templam a tríade ESA da sustentabilidade e devem ser 
analisados pelo projetista, levando-se em consideração 
o ciclo de vida do produto.

CRITÉRIOS DESCRIÇÃO

Fabris e 
produtivos

O designer precisa estar em constante comunicação com os profissionais da área fabril, pois 
o projeto deve originar um produto fabricável e que respeite as restrições referentes aos 

materiais que serão utilizados na sua produção (disponibilidade, por exemplo). Além disso, 
deve respeitar os métodos de fabricação disponíveis, as máquinas necessárias para a produção 

(por exemplo: equipamentos, ferramentas e outros dispositivos), a produtividade desejada 
durante todas as fases do ciclo de vida do produto, a flexibilidade produtiva necessária para o 

atendimento de mudanças comportamentais do consumidor, entre outras questões.

Mercadológicos 
e sociais

Todo e qualquer produto é projetado para atender a necessidades e desejos de certo público. 
Aspectos referentes à regionalização e às expectativas próprias de cada população influenciam 
tanto quanto aspectos técnicos. O marketing do produto e a observação contínua dos produtos 

concorrentes são essenciais para o reconhecimento de um produto. Novas tendências de 
materiais, formas, cores e estilos são aspectos que devem ser considerados.

Financeiro e 
econômico

Os custos são fortemente influenciados pelos processos fabris e características mercadológicas. 
É possível tornar o produto inviável ou inacessível ao público alvo se não forem considerados 
os diversos aspectos já mencionados, como aquisição de maquinário, projetos de dispositivos 

ou ferramental complementar de chão de fábrica e os treinamentos e capacitações da mão 
de obra. Nessa análise, devem ser considerados também os custos dos materiais que serão 

usados no produto e os gastos que envolvem o processo de produção (energia elétrica, água, 
controle de resíduos, tratamentos superficiais e térmicos, e outros).

Estética e 
apresentação do 
produto

A primeira relação do usuário com o produto que se está adquirindo é visual; e a primeira 
intenção na escolha de um produto, feita pela maioria das pessoas, é a questão da estética. 

Posteriormente, a primeira impressão pode ser modificada por outros critérios como, por exemplo, 
os fatores ergonômicos (sensação de conforto proporcionado pelo produto), fatores financeiros 

(preço do produto) e a tendência da “moda” atual (que pode influenciar desde detalhes e cores até 
o material empregado no produto). Esses são fatores que podem alterar a escolha inicial do usuário. 

Ergonomia e 
segurança do 
produto

A satisfação do usuário está diretamente relacionada à percepção de conforto existente no 
produto, que por sua vez proporciona a segurança devida. Nesse sentido, deve-se levar em 
conta o uso inesperado do produto por parte do usuário e garantir a segurança por meio de 
incrementos tecnológicos que tragam a confiabilidade e evitem qualquer dano ao usuário. 
Medidas antropométricas, biomecânica e cognição, por exemplo, devem ser testadas em 

diferentes momentos do projeto, por meio de simulações físicas e virtuais. 

Ecológicos e 
ambientais

São os fatores inseridos no chamado eco-design, que consideram os índices de reciclabilidade dos 
materiais empregados; a questão da possível reutilização dos materiais; a redução de componentes 

e gastos energéticos (incluindo a água); a análise total do ciclo de vida (tanto do projeto como do 
produto em si) e outros. Esses critérios não devem ser considerados como fatores de sustentabilidade, 

uma vez que a sustentabilidade atua durante todo o processo de desenvolvimento do produto. 

Tabela 1 – Critérios para integração entre as diferentes disciplinas envolvidas.



Modelos de escala reduzida utilizados na análise da sustentabilidade de produtos

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O uso de modelos físicos em design de produtos
Os modelos físicos são representações tridimensionais 
que simulam propriedades de objetos em estudo, per-
mitindo avaliações e correções durante etapas prévias 
do processo de projeto. Em diversas etapas do desen-
volvimento de produtos, é possível utilizar os modelos 
e protótipos, que podem ter diferentes funções e ní-
veis de complexidade. Quanto às funções, os modelos 
podem ser utilizados para apresentar o novo produto 
ao cliente, para auxiliar o designer no desenvolvimento 
de novas ideias que necessitem de entendimento em 
três dimensões e podem ser usados para visualizar a 
integração entre os diversos componentes do produto. 
A complexidade do modelo físico aumenta quando sur-
gem necessidades de responder questões mais especí-
ficas sobre o referido produto durante o seu processo 
de desenvolvimento (FERROLI & LIBRELOTTO, 2012b).

Existem diferentes tipos de modelos físicos para repre-
sentações de objetos no processo de desenvolvimento 
de novos produtos. As principais classificações dos mo-
delos físicos são os modelos preliminares, o Moch-up, 
os Modelos em escala reduzida ou maquete e os protó-
tipos. Os modelos preliminares são pré-modelos usados 
para avaliação volumétrica. Não consideram detalhes 
construtivos das peças. Geralmente, são usados em 
estudos preliminares e são executados com qualquer 
material de fácil manuseio, baixo custo e que permitam 
alterações rápidas (ASHBY & JOHNSON, 2011).

Já os modelos experimentais, recebem a denomi-
nação de Mock-up e são executados na escala real 
(1:1). Têm a função de testar funções ergonômicas, 
funcionais e verificação do acabamento do produto. 

Critérios econômicos Critérios sociais Critérios ambientais

Critério ESA Critério ESA Critério ESA

Preço de aquisição do 
material

E1
Quantidade de fornecedores 

na região
S1

Possibilidade de 
reciclagem do material 

usado no modelo
A1

Quantidade de 
material utilizado

E2
Disponibilidade do material – 

tempo de espera para 
efetivar compra

S2
Possibilidade de 

reaproveitamento do 
material usado no modelo

A2

% de aproveitamento 
do material 
considerando 
dimensões comerciais 
disponíveis no mercado.

E3

Existência, na região, de 
materiais alternativos (mesmo 

custo) na impossibilidade de uso 
do material de primeira escolha.

S3 Origem da matéria-prima A3

Quantidade de 
ferramentas necessárias

E4 Geração de renda para a região S4
Gasto energético total na 

fabricação do modelo
A4

Custo de 
energia elétrica

E5

Quantidade de empresas 
capazes de fabricar a matéria-
prima empregada no modelo 

(na região)

S5
Quantidade de 

subprodutos sem utilidade 
no processo fabril

A5

Tempo de fabricação 
do modelo

E6

Capacitação da mão de obra na 
região especializada na produção 
da matéria-prima empregada na 

fabricação do modelo

S6

Quantidade de 
subprodutos que 

podem ser vendidos 
para reciclagem ou 
reaproveitamento

A6

Tabela 2 – Classificação dos critérios segundo o ESA para análise dos modelos físicos.



Ferroli, P.C.M.; Librelotto, L.I.; Mattana, L.

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São executados com diversos materiais (MDF, Polies-
tireno, Polipropileno e outros). Os modelos em escala 
reduzida, ou maquete, são aqueles executados em es-
calas reduzidas, geralmente usados para as maquetes 
nos cursos de Arquitetura. Eles têm como função o 
estudo de volumes, cores, formas e outros. Diferente-
mente dos modelos, os protótipos são realizados nas 
etapas finais do projeto, em escala real, igual ao pro-
duto final. No protótipo, devem-se utilizar os mesmos 
materiais e acabamentos do novo produto (FERROLI 
& LIBRELOTTO, 2012b).

A modelagem geométrica, a seleção de materiais e o 
uso de protótipos estão presentes nas etapas do pro-
cesso de design, independentemente do método de 
projeto adotado. Alguns autores fazem considerações 
a respeito da estrutura de um processo de projeto ou 

de design. Dentre eles, pode-se citar Back et al. (2008) 
e Rozenfeld et al. (2006), que apresentam em suas 
pesquisas uma estrutura de processo para projeto que 
contempla a utilização de modelos e protótipos confor-
me é ilustrado na Figura 3. 

Rozenfeld et al. (2006) apresentam o processo de de-
senvolvimento de projetos em cinco etapas, conforme 
mostra a Figura 4: projeto informacional, projeto con-
ceitual, projeto detalhado, preparação para produção e 
lançamento do produto. Os autores afirmam que o uso 
de modelos e protótipos para projeto deve ser adequa-
do às necessidades de cada etapa específica. Ferroli & 
Librelotto (2012b, p.8) ressaltam que “nem sempre é 
necessário o emprego de um modelo ou protótipo fí-
sico, podendo o estudo ser realizado de modo virtual”.

CICLO DE
VIDA

METODOLOGIA
DE PROJETO

GERENCIAMENTO
DE PROJETO

TECNOLOGIA
DA INFORMAÇÃO

Contratação Planilhaseletrônicas

Pesquisa de
Mercado

Análise da
Concorrência

Lista de
verificação

Análise
detalhada

Técnica de
representação

Síntese de
funções

Métodos de
criatividade

Métodos de
seleção

Modelagem
geométrica

Seleção de
materiais

ProtótiposNormatização

Escopo Tempo Comunicações Riscos Aquisições Qualidade Recursos

IntegraçãoIniciaçãoPlanejamentoExecuçãoControleEncerramento

Custos

QFD DFX...

Base
de dados

Sistema
especialista

Sistema
Cad/cae/cam

Linguagens
computacionais

Padrões de
modelagem

PROJETO
INFORMACIONAL

PROJETO
CONCEITUAL

PROJETO
PRELIMINAR

PROJETO
DETALHADO

Comercialização

Projeto

Produção

Utilização

Desativação

Figura 3 – Estrutura de projeto.



Modelos de escala reduzida utilizados na análise da sustentabilidade de produtos

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Sustentabilidade aplicada em modelos volumétricos
Carvalho & Sposto (2012) associam a sustentabilidade às 
habitações de interesse social. Em sua pesquisa, as auto-
ras comentam que o equilíbrio entre as três dimensões 
da sustentabilidade (econômica, social e ambiental) nas-
ce da integração de atividades de desenvolver e conser-
var. Os três pilares da sustentabilidade enfatizam a ne-
cessidade do equilíbrio entre o lucro dos investidores, a 
equidade social e a conservação do meio. 

Ferroli & Librelotto (2012a, p. 115) complementam 
que: “os investidores devem ter o retorno financeiro, 
a comunidade local deve usufruir dos benefícios da 
atividade empresarial, os funcionários devem ter seu 
retorno em qualidade de vida e equidade social, e tudo 
isso, não deve prejudicar [...] o meio ambiente, do qual 
todos necessitam para sobreviver”.

Assegurar e garantir que as gerações futuras terão 
acesso às opções econômicas, sociais e ambientais 
presentes nos dias atuais é uma das propostas da apli-
cação da sustentabilidade. A sustentabilidade é válida 
tanto para aplicação no desenvolvimento de produtos, 
como para o desenvolvimento de projetos das mais di-
versas áreas, podendo inclusive ser aplicada dentro de 
empresas. Librelotto (2009) utiliza o modelo ESA para 
avaliação da sustentabilidade em empresas do setor da 
construção civil nestas três dimensões:

• Dimensão social: envolve os preceitos da respon-
sabilidade social e gestão de pessoas na estrutura-
-conduta–desempenho da indústria. 

• Dimensão ambiental: associa a estrutura–conduta–
desempenho da indústria à preservação do ecossis-
tema ou minimização dos impactos das atividades 
industriais sobre esse.

• Dimensão econômica: associa a estrutura–con-
duta–desempenho à garantia de retorno dos in-
vestimentos aos intervenientes do processo (pro-
prietários, clientes, funcionários e comunidade 
em geral).

A ferramenta ESA, desenvolvida por Librelotto (2009), 
é adaptável para outras situações e outros setores em 
que se deseja avaliar a sustentabilidade. No caso de 
uma empresa, o desempenho sustentável nas dimen-
sões social, econômica e ambiental pode ser influen-
ciado pelas condutas adotadas pela empresa, pela sua 
estrutura e pela organização interna. 

Uma das adaptações do Modelo ESA refere-se à apli-
cação para avaliação da sustentabilidade de produtos. 
Para isso, deve ser feito um corelacionamento das di-
mensões originais do ESA por meio do uso do cubo da 
sustentabilidade. A figura 5 demonstra essa situação. 
Ferroli & Librelotto (2012, p.34) explicam que “o posi-
cionamento da empresa ou produto será avaliado con-
forme a localização nos cubos”. 

O cubo ESA original define as empresas em três di-
mensões: desempenho, pressão e conduta. A partir 
dessas dimensões, é possível avaliar as empresas nas 

Pré

Descontinuar
Produto

Melhoria do processo de
Desenvolvimento de produtos

Gerenciamento de
Mudanças de engenharia

Lançamento
do Produto

Preparação
Produção

Projeto
Detalhado

Projeto
Conceitual

Projeto
Informacional

GATES

Acompanhar
Produto/
Processo

PósDesenvolvimento

Planejamento
Estratégico

dos Produtos

Processos de Apoio

Planejamento
Projeto

Figura 4 – Processo de Desenvolvimento de Produto.



Ferroli, P.C.M.; Librelotto, L.I.; Mattana, L.

116

RBCIAMB | n.40 | jun 2016 | 107-123

seguintes características: derrotada, sofrível, respon-
sável, indiferente, oportunista ou pioneira. O cubo 
ESA adaptado identifica os estados transitórios defini-
dos originalmente no modelo, considerando as novas 
dimensões como: a social, a econômica e a ambiental. 
O cubo adaptado permite a avaliação de produtos e 
modelos nas seguintes características: inadequado, 

mediano, indiferente, inovador, eficaz ou adequado, 
conforme sua posição no cubo de correlação. 

Librelotto (2009) complementa que há uma tendência de 
deslocamento do objeto avaliado para os quadrantes da 
extremidade do cubo, e que é difícil que o objeto se deslo-
que da parte inferior do cubo para o superior ou vice-versa, 
sem que ocorra uma mudança nas condições de mercado.

MATERIAIS E MÉTODOS
Este item apresentará a aplicação do modelo ESA de 
sustentabilidade em modelos e protótipos desenvol-
vidos em projetos de design de produto. Quanto à 
adaptação do modelo ESA para o caso específico de 
modelos e protótipos: o eixo de desempenho avaliou o 
critério econômico da sustentabilidade; o eixo da con-
duta avaliou o critério ambiental da sustentabilidade; 
e o eixo referente às pressões avaliou o critério social 
da sustentabilidade. A posição no cubo determinará o 
grau de “sustentabilidade” do modelo segundo uma 
abordagem ampla, contemplando as três variáveis: 
econômica, social e ambiental. Na verdade, assume-se 
que cada eixo (estrutura, conduta e desempenho) pos-
sui também um cubo de correlação no que se refere às 
variáveis mencionadas.

Para a realização dos experimentos práticos, foram 
utilizados trabalhos desenvolvidos em disciplinas de 
graduação em Design Industrial, Design de Produto e 
Arquitetura e Urbanismo. Foram escolhidos aleatoria-

mente alguns modelos para teste e validação da adap-
tação original do modelo ESA, dos quais seis foram 
mostrados no presente artigo.

Para o caso específico de análise de modelos ou pro-
tótipos de design, foi necessária uma adaptação das 
nomenclaturas utilizadas na modelo ESA original, apli-
cado na indústria da construção civil. A adaptação teve 
início em aspectos nos quais as pressões do mercado 
(que, neste caso, representa a questão social da sus-
tentabilidade) são pequenas, de modo que:

• o termo “pioneira” foi substituído por “adequa-
do”, ou seja, representa um modelo e/ou protótipo 
construído dentro de princípios modernos de sus-
tentabilidade, considerando os critérios econômico 
e ambiental, já que a questão social não é forte.

• o termo “oportunista” foi substituído por “eficaz”, 
que representa um modelo e/ou protótipo cons-
truído dentro do esperado do ponto de vista econô-

ESA ADAPTADO PARA
MODELOS E PROTÓTIPOS

Am
bie

nta
lEconômico

So
ci

al

Con
dut

a
Desempenho

Adequado
Eficaz
Inovador

Indiferente
Mediano
Inadequado

Pioneira
Oportunista
Responsável

Indiferente
Sofrível
Derrotada

Pr
es

sã
o

5
4

10
61116

17 12
18

2
1

7
3813

14 9
15

2
1

7
3813

14 9
15

5
4

10
61116

17 12
18

ESA ORIGINAL

Fonte: adaptado de Librelotto (2009).

Figura 5 – Avaliação do posicionamento das empresas.



Modelos de escala reduzida utilizados na análise da sustentabilidade de produtos

117

RBCIAMB | n.40 | jun 2016 | 107-123

mico e ambiental, em um ambiente social que não 
apresenta pressões demasiadas. 

• o termo “indiferente” será mantido, pois representa 
um modelo e/ou protótipo construído em um am-
biente com pouca ou nenhuma pressão do ponto de 
vista social, sendo nele usados materiais normais, 
sem a ocorrência de preocupação demasiada com 
os aspectos ambiental ou econômico dos materiais 
utilizados. No entanto, tanto do ponto de vista eco-
nômico quanto ambiental, não foram usados ma-
teriais muito caros ou comprovadamente nocivos, 
de modo que o modelo não inova, mas também não 
compromete a sustentabilidade.

Nos pontos em que as pressões de mercado são maio-
res e, por isso, as consequências da escolha equivoca-
da dos materiais, modelos e/ou protótipos serão mais 
graves, tem-se as seguintes alterações: 

• o termo “derrotada” foi substituído por “inadequa-
do”, representando um modelo e/ou protótipo pro-
jetado e executado de forma incorreta, com custo 
muito elevado e utilização de materiais nocivos ao 
meio ambiente.

• o termo “sofrível” foi substituído por “mediano”, 
e representa um modelo e/ou protótipo que aten-
de parcialmente à questão ambiental e econômica, 
em um ambiente onde as pressões sociais são ele-
vadas, ou seja, é um modelo construído com mate-
riais de preço elevado e de difícil reciclagem e/ou 
reaproveitamento, por exemplo.

• o termo “responsável” foi substituído por “inovador”, 
representando um conceito oposto ao inadequado. 
É um modelo construído com materiais pré-selecio-
nados, representando uma boa inovação, atendendo 
aos requisitos de projeto de forma responsável.

• Para a classificação dos modelos, os itens considerados 
para posicionamento do modelo no cubo do modelo 
ESA foi definido conforme listagem abaixo. Foram pa-
dronizados dois critérios para cada fator: material de 
confecção do modelo e processo de fabricação. 

A classificação do modelo e/ou protótipo, segundo o 
modelo ESA, considera: eixo x, ambiental; eixo y, social; 
e eixo z, econômico. O primeiro passo da classificação é 
o posicionamento segundo a pressão social, sendo:

Eixo y: notas de 0,0 a 4,9, com possibilidade dos mode-
los adequado, indiferente e eficaz.

Eixo y: notas de 5,0 a 10,0, com possibilidades dos mo-
delos inadequado, mediano e inovador.

O segundo passo da classificação é o estabelecimento 
do posicionamento no eixo y (questão social fraca ou 
forte). As demais médias funcionarão como pares or-
denados, sendo assim classificadas:

• indiferente: pressão social fraca, com fator econô-
mico de 0,00 a 6,65, associado a um fator ambiental 
de 0,00 a 6,65 (se um dos fatores estiver no cubo 7, 
por exemplo, o outro fator deverá ter média máxi-
ma de 3,32 e vice-versa, conforme  Figura 5.

• eficaz: pressão social fraca, sendo que um dos fa-
tores (econômico ou ambiental) deverá estar com 
índice entre 6,67 a 10,00, ou ambos com índice no 
mínimo entre 3,33 e 6,66;

• adequado: pressão social fraca, com ambos os fato-
res devendo estar com nota mínima de 6,67;

• inadequado: mesma situação numérica que o mo-
delo classificado como indiferente, porém aqui a 
pressão social é elevada;

• mediano: mesma situação numérica que o modelo 
classificado como eficaz, porém aqui a pressão so-
cial é elevada;

• inovador: mesma situação numérica que o modelo 
classificado como adequado, porém aqui a pressão 
social é elevada.

Os valores colocados nas planilhas classificatórias fo-
ram relacionados com os seguintes fatores:

• Econômicos: 

• Material de confecção do modelo: preço de aqui-
sição do material (R$), quantidade de material 
utilizado (kg), porcentagem de aproveitamento 
do material considerando dimensões comerciais 
disponíveis no mercado (%); 

• Processo de fabricação: quantidade de ferra-
mentas necessárias (unidades); custo de energia 
elétrica (kwh x custo do kwh, em R$), tempo de 
fabricação do modelo (min);



Ferroli, P.C.M.; Librelotto, L.I.; Mattana, L.

118

RBCIAMB | n.40 | jun 2016 | 107-123

• Sociais:

• Material de confecção do modelo: quantidade de 
fornecedores na região (unidade); disponibilidade 
do material, ou seja, tempo de espera para efetivar 
a compra (dias); existência na região de materiais al-
ternativos (de mesmo custo) na impossibilidade de 
uso do material de primeira escolha (sim ou não).

• Processo de fabricação: geração de renda para a 
região, ou seja, se a matéria-prima empregada 
no modelo é fabricada na região (sim ou não); 
quantidade de empresas capazes de fabricar a 
matéria-prima empregada no modelo na região 
(quantidade); capacitação da mão de obra na re-
gião especializada na produção da matéria-pri-
ma empregada na fabricação do modelo (medi-
da de observação qualitativa).

• Ambientais:

• Material de confecção do modelo: possibilidade 
de reciclagem do material usado no modelo (% 
de material do modelo que pode ser reciclado); 
possibilidade de reaproveitamento do material 
usado no modelo (% de material do modelo que 
pode ser reaproveitado); origem da matéria-pri-
ma (virgem, reciclada ou mista).

• Processo de fabricação: gasto energético total 
na fabricação do modelo (R$); quantidade de 
subprodutos sem utilidade gerados no processo 
fabril (kg); quantidade de subprodutos que po-

dem ser vendidos para reciclagem ou reaprovei-
tamento gerados no processo fabril (kg).

Na aplicação do ESA, as notas foram atribuídas median-
te comparações quantitativas e qualitativas com outros 
possíveis materiais que poderiam ter sido utilizados para 
a construção do modelo, respeitando-se aos requisitos 
técnicos e estéticos. Observa-se que, para efeito do pro-
posto na presente pesquisa, o modelo desenvolvido em 
determinado material foi comparado com outros dois 
possíveis materiais. O limite de dois exemplos foi esta-
belecido somente para efeitos desta pesquisa, ressaltan-
do-se que não existem limites determinados para uma 
aplicação prática. Para o preenchimento das planilhas, 
utilizou-se a classificação mostrada na Tabela 2.

Observações a respeito do preenchimento dos quadros 
de aplicação:

• preço de aquisição do material: incluiu-se, nesse 
quesito, não somente o valor do material base, mas 
também materiais de apoio, como tintas, lixas, mas-
sa acrílica, tecido, cola etc.

• quantidade de material utilizado e porcentagem de 
aproveitamento considerando dimensões comer-
ciais disponíveis no mercado: nesses quesitos, con-
siderou-se apenas o material base.

• no fator social, a região foi delimitada como a Gran-
de Florianópolis, incluindo os municípios de Floria-
nópolis, São José, Biguaçu e Palhoça.

APLICAÇÕES PRÁTICAS DO 
MODELO ESA EM MODELOS VOLUMÉTRICOS

Este item apresenta alguns modelos desenvolvidos em 
aulas práticas de oficina em cursos de Design Industrial, 
Design de Produto e Arquitetura e Urbanismo. Dentre 
vários modelos desenvolvidos, selecionaram-se alguns 
para serem demonstrados aqui.

O primeiro modelo utilizado para teste de aplicação 
do modelo ESA foi desenvolvido em papelão tipo 
couro (pedra) pela técnica do empilhamento. A Fi-
gura 6 mostra o resultado final (modelo desenvol-
vido) e a Tabela 3 demonstra a aplicação (teste) do 
modelo ESA. Para o referido modelo, os materiais de 
comparação para aplicação do ESA foram: bloco de 

Poliuretano (PU) e argila. Pela análise da planilha, a 
pressão social é alta. Considerando-se então as de-
mais notas obtidas, o modelo foi classificado como 
mediano.

O segundo modelo escolhido foi desenvolvido original-
mente em resina de poliéster. Após, foram realizados 
modelos em PU e em clay para comparação do método. 
A Figura 7 ilustra os modelos: preto (resina de poliéster), 
creme (PU) e cinza (clay). A aplicação do ESA no modelo 
está registrada na Tabela 4. A análise considerou o mo-
delo em resina de poliéster como escolhido para fabrica-
ção e os demais para efeitos comparativos. Pela análise 



Modelos de escala reduzida utilizados na análise da sustentabilidade de produtos

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Figura 6 – Etapa de construção do modelo e apresentação final.

Figura 7 – Modelos desenvolvidos em resina, clay e PU. 

APLICAÇÃO DO MODELO ESA - MODELO 1

Critérios econômicos Critérios sociais Critérios ambientais

Papelão Argila PU Nota Papelão Argila PU Nota Papelão Argila PU Nota

E1 R$ 21,00 R$ 12,00 R$ 65,00 5,00 S1 4 5 2 7,00 A1 50% 0% 0% 7,00

E2 95 g 245 g 134 g 8,00 S2 1 1 2 6,00 A2 80% 0% 60% 7,00

E3 90% 90% 85% 7,00 S3 muitos vários poucos 9,00 A3 reciclada virgem virgem 8,00

E4 9 6 7 7,00 S4 não pouco não 5,00 A4 R$ 4,90 R$ 5,90 R$ 7,45 7,00

E5 R$ 3,32 R$ 1,72 R$ 4,00 6,00 S5 0 4 0 4,00 A5 0% 10% 55% 5,00

E6 156 min 146 min 187 min 7,00 S6 não há médio não há 5,00 A6 20% 0% 0% 7,00

Média 6,67 6,00 6,83

Tabela 3 - ESA aplicado ao modelo. 



Ferroli, P.C.M.; Librelotto, L.I.; Mattana, L.

120

RBCIAMB | n.40 | jun 2016 | 107-123

da planilha, a pressão social é alta. Considerando-se en-
tão as demais notas obtidas, o modelo foi classificado 
como mediano também.

A Figura 8 mostra o modelo desenvolvido para experi-
mentação em Arquitetura, simulando o congresso na-
cional. Para esse modelo, construído em argamassa, os 
materiais de comparação para aplicação do ESA foram: 
bloco de MDF revestido com massa acrílica e gesso 
reforçado. A Tabela 5 mostra a aplicação do ESA. Pela 
análise da planilha, a pressão social é baixa. Conside-

rando-se, então, as demais notas obtidas, o modelo foi 
classificado como adequado. 

Mediante o estudo de caso apresentado, percebe-se 
que o modelo ESA adaptado para análise de modela-
gem física em design e arquitetura pode trazer boas 
informações para que o designer possa analisar, do 
ponto de vista da sustentabilidade, o modelo gerado. 
Consequentemente, essa análise pode ser ampliada 
para o escopo de todo projeto, abrangendo todo o ci-
clo de vida do produto.

Aplicação do modelo ESA - Modelo 2

Critérios econômicos Critérios Sociais Critérios Ambientais

Resina Clay PU Nota Resina Clay PU Nota Resina Clay PU Nota

E1 R$ 37,00 R$ 22,00 R$ 33,00 5 S1 2 0 2 7 A1 0% 0% 20% 7

E2 76 g 121 g 89 g 8 S2 1 3 2 8 A2 0% 30% 60% 3

E3 90% 90% 85% 7 S3 poucos nenhum poucos 9 A3 virgem virgem virgem 5

E4 4 8 7 6 S4 não não não 5 A4 R$ 1,10 R$ 1,45 R$ 5,43 8

E5 R$ 1,89 R$ 1,22 R$ 1,10 6 S5 0 0 0 5 A5 0% 10% 30% 6

E6 108 min 180 min 134 min 8 S6 não há não há pouco 5 A6 0% 0% 0% 5

Média 6,67 6,50 5,67

Tabela 4 – ESA aplicado ao modelo. 

Figura 8 – Etapas construtivas do modelo. 



Modelos de escala reduzida utilizados na análise da sustentabilidade de produtos

121

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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir das análises decorrentes da presente pes-
quisa, viu-se que a escolha dos materiais utilizados 
na confecção de modelos físicos e/ou protótipos 
utilizados em design de produtos é mais do que a 
consideração de atributos técnicos e produtivos. 
Um bom produto precisa atender às necessidades 
de todos os grupos de usuários, envolvendo aspec-
tos produtivos, econômicos, ergonômicos, sociais, 
ambientais e estéticos. Além disso, os materiais 
adequados ao produto devem estar em conformi-
dade com tais aspectos. 

O modelo ESA, originalmente concebido para 
aplicação na construção civil, pode ser adaptado 
a contento no intuito de fornecer aos designers 
um modo quantitativo/qualitativo de avaliar a sus-
tentabilidade nas dimensões econômica, social 
e ambiental.

Pela aplicação vista, pode-se enumerar as seguintes 
considerações:

• a adaptação do modelo ESA, desenvolvido por 
Librelotto (2009), mostrou-se satisfatória para 
análise dos modelos físicos e/ou protótipos 
em design, permitindo uma abordagem global 
da sustentabilidade;

• o preenchimento correto das planilhas originadas é 
muito importante. Devido à natureza das variáveis, 
pequenas oscilações podem alterar o posiciona-
mento do modelo/protótipo no cubo de classifica-
ção, podendo ocasionar conclusões precipitadas 
e incorretas;

• é necessário um novo estudo propondo pondera-
ção das variáveis sob a forma de pesos, testando-se 
a ferramenta GUT (Gravidade – Urgência – Tendên-
cia) para que se possam analisar, caso a caso, as par-
ticularidades de cada modelo/protótipo.

Como recomendação para futuros trabalhos, deve ser 
observado que o modelo ESA foi constituído objetivando 
uma aplicação na construção civil. Os autores do presen-
te artigo perceberam no ESA uma potencialidade para 
analisar a sustentabilidade de qualquer produto. Há de se 
considerar, no entanto, as características próprias de cada 
setor. Devido a isso, o modelo ESA, adaptado para uso 
em produtos de design, deve ser testado com mais pro-
fundidade. Também é necessária, antes de aplicações 
profissionais, a elaboração de um conjunto de diretrizes 
que possam orientar o designer (ou equipe de projeto) 
a melhorar o posicionamento das variáveis econômicas, 
sociais e ambientais no modelo gráfico do ESA.

APLICAÇÃO DO MODELO ESA - MODELO 3

CRITÉRIOS ECONÔMICOS CRITÉRIOS SOCIAIS CRITÉRIOS AMBIENTAIS

Arga-
massa

MDF Gesso Nota
Arga-
massa

MDF Gesso Nota
Arga-
massa

MDF Gesso Nota

E1 R$ 134,00R$ 198,00 R$ 231,00 8,00 S1 7 5 7 5,00 A1 0% 0% 0% 5,00

E2 632 g 545 g 438 g 7,00 S2 1 1 1 5,00 A2 0% 30% 0% 4,00

E3 90% 76% 85% 9,00 S3 poucos poucos poucos 5,00 A3 virgem virgem virgem 5,00

E4 4 11 14 9,00 S4 não não não 5,00 A4 R$ 5,65 R$ 8,65 R$ 12,32 9,00

E5 R$ 6,70 R$ 3,21 R$ 3,33 4,00 S5 várias poucas várias 5,00 A5 30% 10% 50% 8,00

E6 213 min 321 min 378 min 8,00 S6 não há não há pouco 4,00 A6 0% 20% 0% 5,00

Média 7,50 4,83 6,00

Tabela 5 – ESA aplicado ao modelo. 



Ferroli, P.C.M.; Librelotto, L.I.; Mattana, L.

122

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