198

RBCIAMB | n.36 | jun 2015 | 198-211

Iaponira Sales de Oliveira
Doutoranda em Desenvolvimento 
e Meio Ambiente, Associação em 
Rede, na Universidade Federal do 
Rio Grande do Norte (UFRN) – 
Natal (RN), Brasil. 

Eliza Maria Xavier Freire
Orientadora, docente no 
Departamento de Botânica e 
Zoologia (DBEZ) e no Programa de 
Doutorado em Desenvolvimento 
e Meio Ambiente, Associação em 
Rede, na UFRN – Natal (RN), Brasil. 

Endereço para correspondência: 
Iaponira Sales de Oliveira – 
Rua Praia da Baia Formosa, 9.219 – 
Ponta Negra – Natal (RN), Brasil. 
E-mail: iapobio@yahoo.com.br

RESUMO
Os anfíbios anuros são considerados bioindicadores de qualidade ambien-
tal e biocontroladores de populações de insetos, inclusive de pragas agrí-
colas. Daí a relevância de avaliar o conhecimento de comunidades de áreas 
agrícolas acerca desses animais e a importância deles para o ambiente em 
que vivem, já que tais animais são, culturalmente, vistos como repugnan-
tes — essa abordagem é uma das vertentes da etnociência. Nessa perspec-
tiva, o objetivo deste trabalho foi avaliar o conhecimento local de comuni-
dades agrícolas do semiárido ao longo do médio Rio São Francisco, estado 
de Pernambuco, sobre as espécies de anfíbios anuros e a importância destas 
como controladoras de insetos pragas. Foram realizadas quatro excursões 
de 15 dias cada, duas por comunidade, entre novembro de 2012 e abril de 
2013, quando se efetuaram observações diretas sobre as áreas, entrevistas 
semiestruturadas e identificação dos sítios de reprodução dos anfíbios ao 
longo dos sistemas agrícolas. A amostragem foi não aleatória intencional, 
resultando em 347 participantes. Foram citadas pelos agricultores oito et-
noespécies, correspondentes a 13 de anfíbios anuros, além de identificados 
locais de reprodução e desenvolvimento dessas espécies. Foi constatada im-
portância biológica dos anuros para práticas agrícolas sustentáveis.

Palavras-chave: agroecossistemas; conhecimento local; entomologia; 
biocontrole de pragas.

ABSTRACT
The frogs are considered bio-indicators of environmental quality and biocontrol 
of insect populations, including agricultural pests. Hence the importance of 
assessing the knowledge of agricultural zones communities about these 
animals and the importance of them to the environment in which they live, as 
they are culturally considered repugnant. This approach is one of the aspects 
of cognitive anthropology. In this perspective, the objective of this study was 
to evaluate the site knowledge of semi-arid farming communities along the 
middle São Francisco River, Pernambuco state, on the species of anurans and 
their importance the pest insect controllers. Four 15-day-excursions were 
held, two for community, between November and April 2012/2013 when 
direct observations were effected over the zones, as well as semi-structured 
interviews and geo-referencing of sites of reproduction of amphibians 
throughout the agricultural systems. The sampling was nor random neither 
intentional, resulting in 347 participants. Eight ethnospecies were cited by 
farmers, corresponding to 13 species of frogs, as well as the identification of 
local breeding and development of these species. Biological importance 
of anurans was for sustainable agricultural practices.

Keywords: agroecosystems; local knowledge; entomology; pest-biocontrol.

CONHECIMENTO ECOLÓGICO LOCAL 
SOBRE ANFÍBIOS ANUROS POR AGRICULTORES 

EM SISTEMAS AGRÍCOLAS DE REGIÃO SEMIÁRIDA BRASILEIRA
LOCAL ECOLOGICAL KNOWLEDGE ABOUT AMPHIBIANS BY 

FARMERS IN AGRICULTURAL SYSTEMS OF BRAZILIAN SEMIARID REGION

DOI: 10.5327/Z2176-947820151013



Conhecimento ecológico local sobre anfíbios anuros por agricultores em sistemas agrícolas de região semiárida brasileira

199

RBCIAMB | n.36 | jun 2015 | 198-211

INTRODUÇÃO
O semiárido brasileiro, que inclui o domínio morfocli-
mático da caatinga (AB’SÁBER, 2003), tem sido utiliza-
do para diversos fins econômicos, tais como pecuária, 
agricultura e extração de minérios, atividades que vêm 
causando degradações por vezes irreversíveis (ABÍ-
LIO, 2010). Para cada uma dessas atividades, foram ne-
cessárias adaptações específicas por parte das comuni-
dades locais, uma vez que essa região se caracteriza por 
condições edafoclimáticas específicas, as quais tornam 
tal ambiente muito frágil e de alta susceptibilidade aos 
processos erosivos, sendo imprescindíveis alternativas 
de uso e manejo (AGUIAR et al., 2006). Por se tratar de 
um ecossistema restrito ao território nacional, a preocu-
pação é ainda maior.

Nesse contexto, o semiárido brasileiro, e de manei-
ra particular a caatinga, abriga uma rica biodiversida-
de constituída até recentemente por 932 espécies de 
plantas vasculares (380 endêmicas) (SILVA et al., 2003), 
187 de abelhas, 240 de peixes, 175 de répteis e anfíbios 
(12% endêmicas), e 510 espécies de aves (ALBUQUER-
QUE et al., 2012). Embora o conhecimento acerca da 
biodiversidade da caatinga seja relevante, ainda é restri-
to a algumas áreas que, em sua maioria, não são prote-
gidas (RODRIGUES, 2013; ALBUQUERQUE et al., 2012), 
além de compor uma das regiões semiáridas mais po-
pulosas do mundo, com cerca de 50 milhões de habi-
tantes vivendo em condições muito precárias e, conse-
quentemente, explorando os recursos naturais de forma 
inadequada (FREIRE et al., 2009, p. 86; ABÍLIO, 2010). 
Assim, é preciso ampliar os estudos que abordam o co-
nhecimento das comunidades locais e suas interações 
com os recursos da caatinga, de forma a contribuir para 
a sua conservação. Os campos de estudo que se desta-
cam nesse sentido são a etnobiologia e a etnoconserva-
ção (MARQUES, 1995; ALBUQUERQUE, 2006).

O uso popular dos recursos naturais é uma prática que 
acompanha o ser humano desde os primórdios da civi-
lização, sendo fundamentado no acúmulo de informa-
ções repassadas oralmente ou de forma gestual a cada 
geração (ALVES et al., 2009; 2009; ALVES; ALBUQUER-
QUE, 2012; LEO NETO et al., 2011; 2012; SILVA; FREIRE, 
2010). Segundo Mourão e Nordi (2006), os estudos que 
se referem ao conhecimento ecológico tradicional e/ou 
local abordam, de modo geral, a maneira como as pes-
soas usam os recursos naturais e se apropriam deles, 
por intermédio do manejo, das crenças, dos conheci-

mentos, das percepções e dos comportamentos, além 
das várias formas de classificar, nomear e identificar as 
plantas e os animais do seu ambiente.

No âmbito da etnobiologia, a etno-herpetologia com-
preende grupos biológicos específicos, buscando regis-
trar e avaliar o conhecimento, a classificação, a utili-
zação e a convivência de comunidades locais com os 
anfíbios e répteis. Para a etno-herpetologia tem sido 
um grande desafio compreender essa relação, já que 
os répteis são considerados um grupo perigoso e, por 
conseguinte, perseguidos (ALVES & RAMOS, 2007). 
No caso das serpentes, mesmo as espécies não peço-
nhentas são com frequência espancadas ou mortas 
quando encontradas (ALVES & RAMOS, 2007; ALBU-
QUERQUE et al., 2012), fato que dificulta as estratégias 
de manejo aplicadas para outros grupos, como as aves 
e os mamíferos, por exemplo. 

No tocante aos anfíbios, são parcos os registros sobre 
a relação que as comunidades ocidentais estabelecem 
com esses animais, apesar de para algumas popula-
ções orientais eles servirem como amuletos em rituais 
religiosos (CERÍACO, 2010). Muitas civilizações antigas 
veneravam os sapos por associá-los à água e a seu pro-
cesso de transição para a terra, o que tornava os refe-
ridos animais símbolo de fertilidade e de renascimen-
to. Para os egípcios, além do grande respeito, os sapos 
eram tidos como futuros bebês, e a criação do homem 
e dos deuses era atribuída à deusa Heket, personifica-
da por uma mulher com cabeça de sapo (BLAUSTEIN; 
WAKE, 1995). Já os chineses e indianos acreditavam 
que o mundo se apoiava nas costas de um sapo gigante 
e que os terremotos ocorriam por conta da movimen-
tação desse sapo. Outra crença era de que os eclipses 
aconteciam porque um sapo engolia a lua. Na China, as 
rãs protagonizam muitas lendas e sempre foram tema 
obrigatório na pintura e nas artes cerâmicas, estiliza-
das em vasos, potes e peças entalhadas (BLAUSTEIN; 
WAKE, 1995; IZECKSOHN; CARVALHO-E-SILVA, 2002; 
CERÍACO, 2010). Na América Central, a civilização maia 
pensava no coaxar das rãs como uma manifestação do 
deus Chac para anunciar a chuva, que fazia brotar o 
verde nas planícies secas. Por meio dessa associação 
com a água, as rãs eram vinculadas não somente com 
o crescimento das plantas, mas também com a fertili-
dade e com o nascimento (DUELLMAN; TRUEB, 1994; 
CERÍACO, 2010). Por sua vez, os girinos e as rãs adultas 



Oliveira, I.S.; Freire, E.M.X.

200

RBCIAMB | n.36 | jun 2015 | 198-211

faziam parte da decoração de potes, roupas e orna-
mentos. Por fim, os índios brasileiros consideravam os 
anfíbios como guardiões das águas (BLAUSTEIN; WAKE, 
1995; CERÍACO, 2010).

No entanto na Idade Média na Europa, esses animais 
eram associados a manifestações do mal e a bruxarias 
(CERÍACO, 2010). A sociedade moderna herdou esse 
preconceito dos europeus medievais, e, por isso, não é 
dada a devida atenção aos anfíbios, que, segundo Vitt 
e Caldwell (2009), por exemplo, constituem elementos-
chave para a avaliação da qualidade ambiental e biocon-
troladores de insetos vetores de doenças e/ou pragas 
agrícolas. Portanto, os anfíbios anuros, que compreen-
dem os sapos e seus parentes, consistem em animais 
importantíssimos nas cadeias e teias ecológicas, espe-
cialmente por serem biocontroladores de populações 
de insetos e outros vertebrados, atuando como presas 
e predadores (STUART, 2008; VITT & CALDWELL, 2009; 
ABROL, 2012; VALENCIA-AGUILAR et al., 2013).

Apesar da reconhecida importância dos anfíbios anu-
ros, nas últimas décadas têm ocorrido a redução e 
o desaparecimento de espécies em todo o mundo 
(HOFFMANN et al., 2010; KATZENBERGER et al., 2012; 
COSTA et al., 2012). Como esses animais são sensíveis 
a mudanças ambientais, sua diminuição pode ser de-

corrente da ação antrópica e/ou das alterações climá-
ticas atuais (STEBBINS & COHEN, 1995; STUART, 2008; 
COSTA et al., 2012).

Nessa ótica, alguns questionamentos nortearam este 
trabalho, efetuado em sistemas agrícolas localizados 
no semiárido brasileiro e cujo controle de pragas agrí-
colas é feito atualmente por meio do uso de agroquími-
cos. As perguntas foram: qual o conhecimento ecológi-
co dos agricultores locais acerca dos anfíbios anuros? 
Qual a relevância desse conhecimento para subsidiar a 
proposta de utilização dos anfíbios anuros no biocon-
trole de insetos pragas e, consequentemente, na con-
servação das espécies, na preservação da saúde hu-
mana e na sustentabilidade desses sistemas agrícolas? 
Na perspectiva de responder a esses e outros desafios 
postos, os objetivos deste trabalho foram identificar e 
avaliar o conhecimento das comunidades agrícolas de 
região semiárida, especificamente dos municípios de 
Itacuruba e Petrolândia, estado de Pernambuco, Brasil, 
sobre as espécies de anfíbios anuros e seus respectivos 
modos de vida, além de, com base em tais respostas, 
propor o uso de anfíbios anuros no biocontrole de inse-
tos pragas para minimizar o emprego dos agroquímicos 
e os riscos ambientais e promover a conservação das 
espécies e a sustentabilidade dos agroecossistemas.

MATERIAIS E MÉTODOS
Delimitação e caracterização da área de estudo
Esta pesquisa é parte do Projeto Innovate (Interplay bet-
ween the multiple use of water reservoirs via innovative 
coupling of substance cycles in aquatic and terrestrial 
ecosystems), que envolve instituições brasileiras e ale-
mães de ensino e pesquisa com os objetivos de estudar 
e propor estratégias para a otimização dos múltiplos 
usos dos reservatórios construídos pela intervenção hu-
mana, por meio do aumento paralelo da produtividade, 
da redução da emissão de gases de efeito estufa e da 
manutenção da biodiversidade. O projeto está estrutu-
rado em cinco módulos interligados, cujas finalidades 
são conhecer e fornecer informações que comporão 
um banco de dados que possa gerar modelos preditivos 
para regiões semiáridas. Nessa perspectiva, foram es-
tudadas duas comunidades agrícolas nos municípios 
de Itacuruba (08º43’38”S e 38º41’00”W) e Petrolândia 

(08º58’45”S e 38º13’10”W), no estado de Pernambuco, 
ambas ao longo do submédio Rio São Francisco.

A cidade de Itacuruba está localizada na microrregião 
de Itaparica e tem como característica marcante a falta 
de recursos naturais (especialmente solos) para a prá-
tica de atividades agrícolas. Está incluída no Núcleo de 
Desertificação do Cabrobó da Organização das Nações 
Unidas (ONU), uma área muito vulnerável à degrada-
ção (BEUSCH et al., 2014). Segundo o censo do Institu-
to Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, 
sua população à época era de 4.639 habitantes e suas 
principais atividades são a pecuária e a agricultura, 
apesar de as famílias não serem beneficiadas com pro-
gramas de irrigação. 

As comunidades agrícolas de Itacuruba estão organiza-
das em três assentamentos concebidos pelo Instituto 



Conhecimento ecológico local sobre anfíbios anuros por agricultores em sistemas agrícolas de região semiárida brasileira

201

RBCIAMB | n.36 | jun 2015 | 198-211

Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que 
possibilitou o reassentamento dessas comunidades para 
tal região de maneira justa e sistematizada, mantendo-
-as no cadastro nacional de imóveis rurais, além de iden-
tificar, registrar, demarcar e titular terras destinadas a 
comunidades tradicionais quilombolas ali existentes. Fo-
ram encontradas 198 famílias que desenvolvem agricul-
tura de subsistência em Itacuruba; outros agricultores 
realizam suas atividades em propriedades de grandes fa-
zendeiros da região, em troca de salários e/ou moradia. 
É notória a diferença dessa comunidade, por não apre-
sentar recursos para o desenvolvimento de agricultura 
em larga escala e pela falta de um sistema de irrigação 
como nas comunidades rurais de Petrolândia. 

O perímetro irrigado do município de Petrolândia, 
também situado na região do submédio Rio São Fran-

cisco, faz parte do Sistema Itaparica de projetos de 
irrigação, construído pelo governo federal por meio 
da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), 
para compensar as famílias deslocadas pela constru-
ção da Usina Hidrelétrica Luiz Gonzaga (Usina de Ita-
parica) no fim da década de 1980. Com a construção 
da usina hidrelétrica de Itaparica, 834 km2 de terras 
foram inundadas, implicando o deslocamento de 
5.542 pessoas somente à margem esquerda do Rio 
São Francisco. Em março de 1986 a Chesf iniciou um 
estudo de viabilidade para o reassentamento das fa-
mílias atingidas pela inundação do lago.

A comunidade local de Petrolândia compreende 
618 famílias cadastradas em 16 agrovilas na zona rural 
do município, as quais desenvolvem agricultura com 
sistema irrigado. 

Procedimentos metodológicos
Nas duas comunidades averiguadas, durante estudo 
piloto, foram realizadas visitas às residências habitadas 
para esclarecimentos sobre esta investigação. Em se-
guida, foi solicitado aos que concordaram em participar 
da pesquisa que assinassem o termo de consentimen-
to livre e esclarecido, exigido pelo Conselho Nacional 
de Saúde por meio do Comitê de Ética em Pesquisa no 
Brasil (Resolução n.º 196/96). Além disso, este estudo 
foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pes-
quisa (CEP) da Universidade Federal do Rio Grande do 
Norte (UFRN) (Parecer n.º 466/2012).

O trabalho de campo ocorreu em quatro excursões, 
duas a cada um dos municípios analisados, entre os 
meses de novembro de 2012 e abril de 2013. A primei-
ra visita às duas comunidades rurais deu-se em novem-
bro de 2012, possibilitou a observação participante, 
conforme Combessie (2004), e consistiu na exploração 
da realidade local e no estabelecimento da pesquisa, 
propiciando conhecer as comunidades em foco e iden-
tificar as áreas de estudo.

Quanto à escolha dos entrevistados, a amostragem 
foi aleatória intencional (ALMEIDA & ALBUQUERQUE, 
2002), por intermédio da qual os indivíduos das comu-
nidades foram abordados em seus locais de trabalho 
(lavoura) sobre a disponibilidade de participar da pes-
quisa, de acordo com o sugerido por Caló et al. (2009). 
Definiu-se o universo amostral de ambas as áreas pela 
amostragem probabilística, a qual institui que todos os 

elementos possuem a mesma probabilidade de serem 
escolhidos (SAMPIERI et al., 2006), considerando o in-
tervalo de confiança de 5% e erro amostral de 0,1% 
(LEVIN, 1987). Assim, do número de famílias envolvi-
das em atividades agrícolas nas comunidades estuda-
das (198 em Itacuruba e 618 em Petrolândia), foram 
entrevistados 238 agricultores de Petrolândia e 131 de 
Itacuruba, com idades entre 18 e 65 anos, todos do 
sexo masculino. Após a definição dessa amostragem, 
as entrevistas aconteceram. 

Foram aplicadas entrevistas semiestruturadas, em 
conformidade com Viertler (2002), para a obtenção 
de dados a respeito da existência de espécies de anfí-
bios anuros nas áreas agrícolas e do conhecimento das 
comunidades locais acerca dos anfíbios conhecidos e 
seus respectivos modos de vida, incluindo os mais ci-
tados e observados pela comunidade agrícola. Para a 
análise desses dados foi aplicado o teste de Kruskal-
Wallis (H), que é um teste não paramétrico para análi-
ses de correlação simples.

A identificação das espécies de anfíbios anuros ocor-
rentes nas áreas agrícolas de Petrolândia e Itacuruba 
foi incialmente feita mediante estímulos visuais, com 
o auxílio de fotografias de espécies comuns em áreas 
de caatinga, à semelhança do método utilizado por 
García (2006), Monteiro et al. (2006), Souto (2008) e 
Maciel e Alves (2009). O referido método serviu para 
nortear os entrevistados contextualmente, assegu-



Oliveira, I.S.; Freire, E.M.X.

202

RBCIAMB | n.36 | jun 2015 | 198-211

rando que as entrevistas fossem direcionadas ao mes-
mo objeto (espécies de anfíbios anuros), a fim de co-
letar dados etnobiológicos precisos (GARCÍA, 2006). 
As informações coletadas ajudaram na construção de 
tabelas de cognição comparada para correlacionar as 
respostas dos entrevistados com as informações da 
literatura, sobretudo referentes à biologia dos anfí-
bios anuros. Posteriormente, as espécies de anfíbios 
citadas nas entrevistas foram coletadas pela busca 
ativa ao longo das áreas agrícolas e na caatinga cir-
cunvizinha, para identificação por especialista e por 
meio de bibliografia pertinente. Elas se encontram 
depositadas na Coleção Herpetológica da UFRN e na 
Senckenberg Natural History Collections em Dresden, 
na Alemanha. 

Para caracterizar os locais de reprodução e desenvol-
vimento dos anfíbios anuros nas áreas agrícolas, fo-
ram elaborados mapas orais com o intuito de verificar 
a percepção dos agricultores sobre o espaço no qual 
vivem e que utilizam como fonte de subsistência (CA-
LAMIA, 1999; CROWDER & NORSE, 2008; GERHAR-
DINGER et al., 2009). Produziram-se esses mapas 
com base em turnês guiadas (SPRADLEY & MCCUR-
DY, 1972) com os agricultores, que mencionaram a 
existência de sítios reprodutivos em suas áreas de cul-
tivo, a fim de nomear e georreferenciar os principais 
locais em que os anfíbios se reproduzem. As coorde-
nadas foram registradas em campo por meio de Glo-
bal Positioning System (GPS) e de acordo com as infor-
mações e orientações dos agricultores.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Nas áreas estudadas foram registradas oito etnoespé-
cies, segundo registros das entrevistas com os agricul-
tores. Tais etnoespécies correspondem a 13 espécies, 
conforme espécimes coletados em campo e identifica-
dos por especialistas (Tabela 1). São conhecidas mun-
dialmente 6.771 espécies de anfíbios (FROST, 2011), 
das quais 988 de anfíbios anuros são registradas no 
Brasil (SEGALLA et al., 2014) e 103 (10,4%) no domínio 
das caatingas (CAMARDELLI & NAPOLI, 2012), rique-
za considerada ainda subestimada.

A presença de anfíbios anuros nas áreas agrícolas foi 
citada por 79% dos agricultores entrevistados em Pe-
trolândia e 65% em Itacuruba. O número maior de ci-
tações em Petrolândia provavelmente se deve à maior 
quantidade de agricultores entrevistados nessa área 
(n = 238), no entanto a informação dos agricultores 
quanto à ocorrência de até 10 etnoespécies de anfíbios 
anuros em ambas as áreas analisadas confirma que, 
apesar do pouco conhecimento por parte dos agricul-
tores sobre a biologia desses animais, os anfíbios anu-
ros são observados e reconhecidos nas áreas agrícolas.

A etnoespécie mais comumente mencionada foi o 
sapo-cururu (42% em Petrolândia e 53% em Itacuru-
ba), que corresponde às espécies do gênero Rhinella 
encontradas nas áreas agrícolas e urbanas (Figura 1). 
Duas espécies equivalem ao que os agricultores locais 
denominam de sapo-cururu: Rhinella jimi (Stevaux, 
2002) e Rhinella granulosa (Spix, 1824). A primeira, 
conhecida na região do semiárido como sapo-cururu 

ou sapo-boi, possui ampla distribuição no Nordeste 
do Brasil, principalmente na caatinga, ocupando áreas 
próximas a habitações humanas, lagoas, margens de 
riachos, estradas e rodovias (BORGES-NOJOSA & SAN-
TOS, 2005). R. granulosa, por sua vez, é encontrada ao 
longo do Nordeste do Brasil e nos estados de Minas Ge-
rais e Espírito Santo, sobretudo em ambientes abertos 
e secos, sendo assim conspícuo da caatinga (NARVAES 
& RODRIGUES, 2009). Os agricultores das comunidades 
estudadas classificaram esses animais e descreveram 
aspectos de seus modos de vida e comportamentos, 
conforme conteúdo da Tabela 2, que inclui compara-
ções com informações da literatura.

Os relatos dos agricultores locais de Petrolândia (37%) 
e Itacuruba (48%) sobre o sapo-cururu demonstram al-
gum conhecimento a respeito dos modos de vida do 
referido animal, como a questão de ele contribuir para 
o controle de populações de insetos, pois afirmaram 
que os cururus são responsáveis pela “limpeza do am-
biente agrícola”. 

No entanto é necessária atenção especial a experiências 
para controle de insetos por espécies exóticas de anfí-
bios. Segundo Turvey (2013), uma espécie de sapo-cu-
ruru (Rhinella marina) foi introduzida na Austrália em 
uma área agrícola, a fim de combater o besouro-da-
cana (Dermolepida albohirtum) e proteger as culturas 
de cana-de-açúcar. Como a maioria das introduções de 
espécies não nativas apresenta controle ineficaz, o sa-
po-cururu agora é uma grande praga na Austrália. Isso 



Conhecimento ecológico local sobre anfíbios anuros por agricultores em sistemas agrícolas de região semiárida brasileira

203

RBCIAMB | n.36 | jun 2015 | 198-211

Etnoespécie
Município Petrolândia Itacuruba

Nome científico
Área de intensa 

atividade agrícola
Área de intensa 

atividade agrícola

Jia Dermatonotus muelleri (Boettger, 1885) X

Rã-de-bananeira Hypsiboas raniceps (Cope, 1862) X X

Caçote Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799) X X

Caçote
Leptodactylus macrosternum 

(Miranda-Ribeiro, 1926)
X X

Caçote Leptodactylus troglodytes (A. Lutz, 1926) X

Caçote Leptodactylus vastus (A. Lutz, 1930) X

Rãzinha
Physalaemus kroyeri 

(Reinhardt & Lütken, 1862 “1861”)
X

Rãzinha
Pseudopaludicola pocoto (Magalhães, Loebmann, 

Kokubum, Haddad & Garda, 2014)
X X

Rãzinha Physalaemus cicada (Bokermann, 1966) X

Cumbá Pleurodema diplolister (Peters, 1870) X

Sapo-cururu pequeno Rhinella granulosa (Spix, 1824) X X

Sapo-cururu grande Rhinella jimi (Stevaux, 2002) X X

Rãzinha-puladeira Scinax x-signatus (Spix, 1824) X X

Tabela 1 – Etnoespécies citadas por agricultores locais e respectivas espécies 
de anfíbios identificadas na região de Petrolândia e Itacuruba (PE), Nordeste do Brasil.

A

B

Figura 1 – Espécies de sapo-cururu (gênero Rhinella) encontradas na região agrícola 
de Petrolândia e Itacuruba (PE): (A) Rhinella granulosa (Spix, 1824); (B) Rhinella jimi (Stevaux, 2002).



Oliveira, I.S.; Freire, E.M.X.

204

RBCIAMB | n.36 | jun 2015 | 198-211

aconteceu apesar de a ideia da introdução de R. marina 
ter surgido do conhecimento local de os sapos serem os 
principais predadores de invertebrados. Apesar de esse 
fato ter se dado sem as devidas precauções de controle 
biológico, o papel potencialmente importante dos anfí-

bios como predadores de invertebrados deve ser des-
tacado. Na Argentina, Rhinella arenarum, Leptodactylus 
latinasus, Leptodactylus chaquensis e Physalaemus al-
bonotatus são conhecidos por forragearem artrópodes 
que habitualmente danificam as culturas de soja (VA-

Agricultores de Petrolândia Agricultores de Itacuruba Literatura científica

“Sai da toca à noite para caçar” 
(informante 6)

“À noite ficam nas ramas e 
onde tem luz procurando 
cascudos” (informante 5)

São animais de hábito noturno 
(CASSEMIRO et al., 2012)

“Tenho nojo, porque é frio e molhado” 
(informante 8)

“Ele é cheio de rugas e é 
molhado, dá nojo” 

(informante 3)

São animais ectotérmicos e também 
apresentam respiração cutânea, por 

isso devem manter a pele sempre 
úmida (NARVAES & RODRIGUES, 2009)

“Se cutucar, ele incha” 
(informante 40)

“Incha quando tá com raiva” 
(informante 45)

Como forma de defesa os anuros do 
gênero Rhinella tendem a inflar os 
pulmões de ar para amedrontar os 
predadores (BUCKLEY et al., 2010)

“Libera um leite que irrita os olhos” 
(informante 23)

“Libera um leite, que é 
seu veneno” 

(informante 58)

O gênero Rhinella apresenta as 
glândulas granulares, que liberam uma 

substância de aspecto leitoso, com 
capacidade de provocar irritabilidade 

nos predadores (DUELLMAN & TRUEB, 
1994; NARVAES E RODRIGUES, 2009)

“Se ele mijar nos olhos, pode cegar” 
(informante 33)

“Se mijar no olho, cega” 
(informante 28)

Não existe comprovação de substâncias 
tóxicas na urina dos anuros que possa 

provocar cegueira (BUCKLEY et al., 
2010; NARVAES; RODRIGUES, 2009)

“Onde ele faz cama não nasce mais 
coentro” 
(informante 12)

“De dia vivem em tocas no 
meio das ramas, em baixo 

dos galhos e onde tem água” 
(informante 9)

Os anfíbios anuros do gênero Rhinella 
tendem a aumentar de tamanho 

rapidamente. Outra característica é que 
esses animais tendem a se entocarem 

durante o dia em lugares úmidos e 
sombreados (BUCKLEY et al., 2010; 

NARVAES & RODRIGUES, 2009)

“Seu canto atrai chuva” 
(informante 7)

“Ele canta para chamar 
a fêmea” 

(informante 50)

Os anfíbios precisam de água ou de 
umidade para se reproduzirem, por 

isso o período chuvoso é o ideal para 
atrair as fêmeas com o canto e realizar 
o acasalamento (DUELLMAN & TRUEB, 
1994; NARVAES & RODRIGUES, 2009; 

BUCKLEY et al., 2010)

Tabela 2 – Cognição comparada entre citações e relatos dos agricultores locais de Petrolândia e 
Itacuruba (PE) acerca do modo de vida do sapo-cururu, espécies do gênero Rhinella, e a literatura científica sobre o tema.



Conhecimento ecológico local sobre anfíbios anuros por agricultores em sistemas agrícolas de região semiárida brasileira

205

RBCIAMB | n.36 | jun 2015 | 198-211

LÊNCIA-AGUILAR et al., 2013), mas os possíveis bene-
fícios do controle biológico realizado por esses anuros 
para esses sistemas agrícolas não foram testados.

A segunda etnoespécie mais citada pelos agricultores 
locais para as regiões de Petrolândia (29%) e Itacuruba 
(16%), o “caçote”, corresponde às espécies do gênero 
Leptodactylus (Figura 2). Essas espécies são encontra-
das em margens de riachos e drenos de irrigação da 
região agrícola de Petrolândia e em caixas-d’água e 
margens de riachos em Itacuruba. 

Apesar da generalização na definição das espécies 
de Leptodactylus, os agricultores entrevistados per-
cebem diferenças entre elas, mas não conseguem 
distinguir tais espécies a ponto de agrupá-las em 
grupos desiguais; apenas as identificam e as classi-
ficam quanto às variações de tamanho e cor, carac-

terísticas geralmente relacionadas a fases de desen-
volvimento, e não a espécies distintas. A exemplo 
disso, as “rãzinhas”, que para os agricultores são 
uma mesma espécie e as diferenças citadas se refe-
rem à cor e ao tamanho, correspondem a diferentes 
espécies das famílias Leiuperidae e Leptodactylidae, 
tais como Physalaemus cicada, Physalaemus kroyeri 
e Pseudopaludicola sp. 

A generalização na caracterização das espécies é um 
fato comum constatado em outros estudos referentes 
à similaridade da composição faunística em diferentes 
áreas do semiárido, com o mesmo tipo de vegetação 
e condições climáticas. Quanto à composição de espé-
cies, constatou-se semelhança entre este trabalho e 
outros realizados na caatinga por Vieira et al. (2007) e 
Caldas et al. (2009), especialmente no tocante às espé-

Figura 2 – Espécies de “caçote” (gênero Leptodactylus) encontradas nas áreas agrícolas de 
Petrolândia e Itacuruba (PE), em janeiro e abril de 2013: (A) Leptodactylus vastus (A. Lutz, 1930); (B) Leptodactylus macrosternum 

(Miranda-Ribeiro, 1926); (C) Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799); (D) Leptodactylus troglodytes (A. Lutz, 1926).

A B

C D



Oliveira, I.S.; Freire, E.M.X.

206

RBCIAMB | n.36 | jun 2015 | 198-211

cies R. granulosa, Hypsiboas raniceps, Scinax x-signatus, 
Leptodactylus troglodytes e Pleurodema diplolister.

Os agricultores (89% de Petrolândia e 94% de Itacu-
ruba) relataram e descreveram alguns aspectos rele-
vantes da biologia dessas espécies, tais como hábitos, 
comportamento, alimentação e desenvolvimento, 
conforme destacado na Tabela 3. 

As informações dos agricultores locais sobre os ca-
çotes, listadas na cognição comparada (Tabela 3), 
principalmente quanto à dieta e à reprodução, re-
forçam tais itens como os aspectos mais marcantes 
observados pelos agricultores e evidenciados nas 
respostas aos formulários. Esse conhecimento de 
comunidades locais sobre a natureza e importância 
dos recursos biológicos, na sua maioria concernen-

Agricultores locais de 
Petrolândia

Agricultores locais 
de Itacuruba

Literatura científica

“Não possuem veneno, 
porque sua pele é 
lisa sem verruga” 
(informante 9)

“Pele fria e molhada” 
(informante 16)

As espécies de Leptodactylus apresentam a pele 
úmida para evitar ressecamento e auxiliar na 

respiração (GIARETTA & KOKUBUM, 2004)

“Não tem diferença, 
todos são caçotes. 
Uns pequenos, outros 
grandes” (informante 15)

“O caçote é marrom quando 
pequeno e escuro quando tá 

grande” (informante 33)

Essas espécies podem atingir de 5 a 12cm de 
comprimento. Suas colorações variam do amarelo 
ao marrom-escuro (FREITAS & SILVA, 2007; HEYER, 

1969; GIARETTA & KOKUBUM, 2004)

“Vivem entre o capim-
rasteiro” (informante 30)

“Vivem onde tem mato” 
(informante 12)

Habitam áreas preferentemente abertas e também 
de matas em todo o Nordeste (FREITAS & SILVA, 

2007; HEYER, 1969; GIARETTA E KOKUBUM, 2004)

“Vivem onde tem drenos 
e poças” (informante 28)

“Vivem onde tem água, lama e 
caixa-d’água” (informante 11)

Esses animais também habitam locais com água, 
principalmente no período de reprodução, para 

oviposição e equilíbrio da temperatura 
(GIARETTA & KOKUBUM, 2004)

“Quando se reproduzem, 
formam escuma” 
(informante 19)

“Fazem escuma para botar os 
ovos” (informante 8)

Quando o casal faz amplexo, a fêmea libera uma 
substância albuminoide pela cloaca e o macho bate 
forte essa substância com suas patas traseiras até 
formar espuma abundante. Em seguida, a fêmea 

libera os óvulos, os machos fertilizam-nos, e os ovos 
ficam envoltos pelo ninho de espuma até a eclosão 

(GIARETTA & KOKUBUM, 2004)

Envolve os ovos que aí são depositados (FREITAS & 
SILVA, 2007; GIARETTA & KOKUBUM, 2004)

“Fazem a limpeza do 
ambiente, pois comem 
insetos” (informante 50)

“Comem os insetos” 
(informante 38)

Espécies do gênero Leptodactylus têm por 
característica alimentar-se de artrópodes e 

pequenos vertebrados como outras rãs, serpentes e 
até camundongos (FREITAS & SILVA, 2007)

“São brabos” 
(informante 139)

“Pulam muito e vêm para cima 
da pessoa” (informante 36)

As espécies do gênero Leptodactylus são 
predadores muito vorazes (FREITAS & SILVA, 2007)

Tabela 3 – Cognição comparada entre citações e relatos dos agricultores locais de Petrolândia e Itacuruba (PE) 
acerca do modo de vida dos caçotes (espécies do gênero Leptodactylus) e a literatura científica sobre o tema.



Conhecimento ecológico local sobre anfíbios anuros por agricultores em sistemas agrícolas de região semiárida brasileira

207

RBCIAMB | n.36 | jun 2015 | 198-211

te à biologia das espécies, coincide com o destaca-
do em trabalhos que englobam os animais caçados 
por comunidades do sertão nordestino (ALVES et al., 
2010) e por pescadores em relação aos recursos pes-
queiros de regiões litorâneas (BEGOSSI et al., 1999; 
MOURÃO & NORDI, 2006).

Outra etnoespécie bastante citada pelos agricul-
tores foi a “rã-de-bananeira”, que corresponde à 
espécie Hypsiboas raniceps (Cope, 1862), a qual 
ocorre em abundância significativa especialmente 
nas plantações de banana em Petrolândia (77% das 
citações) e em árvores frutíferas, como goiabeiras 
e mangueiras, na região de Itacuruba (28% das afir-
mações). Ainda conforme relato dos agricultores, 
seu aparecimento em bananeiras dá-se sob e entre 
os cachos de bananas e entre as bases das folhas, 
local geralmente úmido que armazena água da 
chuva ou da irrigação. Algumas das características 
mencionadas pelos agricultores sobre a rã-de-ba-
naneira são confirmadas pela literatura, pois sua 
reprodução acontece na estação chuvosa, quando 
os indivíduos formam densas agregações em corpos 
d’água (brejos, poças, veredas). São de reprodução 
prolongada, isto é, reproduzem-se por várias sema-
nas ou meses, e territoriais. Ou seja, machos de-
fendem suas áreas de vocalização contra intrusos 
da mesma espécie (LINGNAU et al., 2004; PANSO-
NATO et al., 2011; SUGAI et al., 2014). Durante o 
dia permanecem imóveis, e sua aparência pálida e 
pele úmida causam repulsa aos agricultores. No pe-
ríodo da noite, segundo Ribeiro-Júnior & Bertoluci 
(2009), tornam-se mais ativos, e os machos emitem 
sons para atrair as fêmeas, além de caçar os insetos 
para alimentação. 

Também foi identificada, embora pouco observada 
pelos agricultores locais, a “rãzinha-puladeira”, Sci-
nax x-signatus (Spix, 1824), pertencente à família Hy-

lidae. De acordo com relatos dos agricultores de Ita-
curuba (72%) e Petrolândia (58%), essa etnoespécie 
é facilmente encontrada em árvores frutíferas, além 
de em residências, costumeiramente em potes de ce-
râmica em que é armazenada água para o consumo 
humano. Esses relatos coincidem com informações da 
literatura de que S. x-signatus é muito comum pró-
ximo às habitações humanas, tem hábito noturno e 
arborícola (GALATTI et al., 2007). Fora isso, é facil-
mente adaptável à perturbação humana, ocorrendo 
em savanas tropicais e bordas de floresta da Venezue-
la até o Suriname e em boa parte do Brasil (MIGUEL 
et al., 2010). As comunidades locais de Petrolândia 
(58%) e Itacuruba (72%) denominam essa espécie de 
rãzinha-puladeira porque ela emite som por meio da 
interação entre as patas. Essa afirmação pode estar 
relacionada ao movimento das patas em direção à 
região dorsal, pois a manutenção da umidade da su-
perfície externa da pele é fundamental para a difusão 
dos gases respiratórios, garantida pela secreção de 
muco produzido pelas glândulas mucosas (HUTCHIN-
SON & SAVITZKY, 2004). 

A pele dos anfíbios anuros em geral desempenha uma 
série de funções vitais, sobressaindo a respiração, 
o transporte de água e solutos, a regulação da tempe-
ratura corpórea e a defesa contra o ataque de micror-
ganismos e predadores (LEITE et al., 2005).

S. x-signatus habita áreas de mata atlântica e caatin-
ga, normalmente alcança comprimento de até 3,5 cm 
e sua coloração de fundo é parda mostarda com man-
chas dorsais bem definidas (FREITAS & SILVA, 2007).

Cabe destacar ainda outras etnoespécies de anfíbios 
anuros que foram menos citadas pelos agricultores lo-
cais das áreas averiguadas (Tabela 1), mas que são rele-
vantes no contexto deste estudo em agroecossistemas 
do semiárido brasileiro. 

CONCLUSÃO
Apesar das condições climáticas adversas e das alte-
rações ocorridas na paisagem da região semiárida es-
tudada, ela ainda abriga uma riqueza considerável de 
anfíbios anuros que é reconhecida e descrita à luz do 
conhecimento local dos agricultores de agroecossiste-
mas nos municípios de Petrolândia e Itacuruba, ao lon-
go do médio Rio São Francisco, em Pernambuco. 

O conhecimento ecológico local sobre as etnoespé-
cies de anfíbios anuros possibilitou identificar rela-
ções cognitivas e comportamentais dos agricultores 
com os recursos naturais, especialmente quanto à 
importância biológica dos anfíbios anuros. Com base 
nesses resultados, pôde-se iniciar um processo para 
a construção de alternativas viáveis ao controle de 



Oliveira, I.S.; Freire, E.M.X.

208

RBCIAMB | n.36 | jun 2015 | 198-211

pragas agrícolas nessa região, aliando o conhecimen-
to dos agricultores locais ao científico e viabilizando a 
popularização da ciência por meio da divulgação me-
diante cartilha escrita em literatura de cordel, típica 
do Nordeste brasileiro. É possível que esse veículo 
de popularização da ciência promova o incremento 

do conhecimento local a respeito da relevância dos 
anfíbios anuros e da sua utilização no biocontro-
le de insetos pragas em substituição paulatina do uso 
de agroquímicos e consequente diminuição dos riscos 
ambientais, para a conservação das espécies e a sus-
tentabilidade dos agroecossistemas. 

REFERÊNCIAS
ABÍLIO, F. J. P. (Org.). Bioma caatinga: ecologia, biodiversidade, educação ambiental e práticas pedagógicas. João 
Pessoa: Editora Universitária UFPB, 2010. 196 p.

ABROL, D. P. Pollination biology: biodiversity conservation and agricultural production. Nova York: Springer, 2012.

AB’SÁBER, A. N. Os domínios da natureza do Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê, 2003.

AGUIAR, M. I.; MAIA, S. M. F.; OLIVEIRA, T. S.; MENDONÇA, E. S.; ARAÚJO FILHO, J. A. Perdas de solo, água e nutrientes em 
sistemas agroflorestais no município de Sobral, CE. Revista Ciência Agronômica, Fortaleza, v. 37, n. 3, p. 270-278, 2006. 

ALBUQUERQUE, U. P. de. Re-examining hypotheses concerning the use and knowledge of medicinal plants: a study in 
the Caatinga vegetation of NE Brazil. Journal of Ethnobiology and Ethnomedicine, v. 2, n. 30, 2006. DOI: 10.1186/1746-
4269-2-30.

ALBUQUERQUE, U. P. de; ARAÚJO, E. L.; EL-DEIR, A. C. A.; LIMA, A. L. A.; SOUTO, A.; BEZERRA, B. M.; FERRAZ, E. M. N.; 
FREIRE, E. M. X.; SAMPAIO, E. V. S. B.; LAS-CASAS, F. M. G.; MOURA, G. J. B.; PEREIRA, G. A.; MELO, J. G.; RAMOS, M. A.; 
RODAL, M. J. N.; SCHIEL, N.; LYRA-NEVES, R. M.; ALVES, R. R. N.; AZEVEDO-JÚNIOR, S. M.; TELINO JÚNIOR, W. R.; SEVERI, 
W. Caatinga revisited: ecology and conservation of an important seasonal dry forest. The Scientific World Journal, 2012. 
DOI: 10.1100/2012/205182.

ALMEIDA, C. F. C. B. & ALBUQUERQUE, U. P. Uso e conservação de plantas e animais medicinais no estado de Pernambuco 
(Nordeste do Brasil): um estudo de caso. Interciência, v. 27, n. 6, p. 276-285, 2002.

ALVES, G. P. F. & RAMOS, R. da N. Commercialization and use of snakes in North and Northeastern Brazil: implications for 
conservation and management. Biodiversity and Conservation, v. 16, n. 4, p. 969-985, 2007. DOI: 10.1007/s10531-006-9036-7.

ALVES, R.; SOUTO, W.; BARBOZA, R. R. Primates in traditional folk medicine: a world overview. Mammal Review, v. 40, 
n. 2, p. 155-180, abr. 2010. DOI: 10.1111/j.1365-2907.2010.00158.x.

ALVES, R. R. N. & ALBUQUERQUE, U. P. Ethnobiology and conservation: why do we need a new journal? Ethnobiology 
and Conservation, v. 1, 2012. 

ALVES, R. R. N.; LÉO NETO, N. A.; SANTANA, G. G.; VIEIRA, W. L. S.; ALMEIDA, W. O. Reptiles used for medicinal and 
magic religious purposes in Brazil. Applied Herpetology, v. 6, p. 257-274, 2009. 

BEGOSSI, A.; SILVANO, R. A. M.; AMARAL, B. D.; OYAKAWA, O. T. Uses of fish and game by inhabitants of an extractive reserve (Upper 
Juruá, Acre, Brazil). Environment, Development and Sustainability, v. 1, n. 1, p. 73-93, mar. 1999. DOI: 10.1023/A:1010075315060.

BEUSCH, C.; MERTENS, J.; ARAÚJO FILHO, J. C.; GERMER, J.; KAUPENJOHANN, M. Suitability of biochar and clay as soil 
amendments for an Arenosol. Round Table 2: Sustainable management of terrestrial resources: land and biodiversity. 
In: INNOVATE STATUS CONFERENCE, 2014; SEMINÁRIO INTERNACIONAL BRASIL – ALEMANHA: USO SUSTENTÁVEL DE 
ÁGUA E DO SOLO DE RESERVATÓRIOS EM REGIÕES SEMIÁRIDAS, 3., 2014. Anais..., Recife, 2014.



Conhecimento ecológico local sobre anfíbios anuros por agricultores em sistemas agrícolas de região semiárida brasileira

209

RBCIAMB | n.36 | jun 2015 | 198-211

BLAUSTEIN, A. R. & WAKE, D. B. The puzzle of declining amphibian populations. Scientific American, v. 272, n. 1, 
p. 56-61, abr. 1995.

BORGES-NOJOSA, D. & SANTOS, E. M. Herpetofauna da área de Betânia e Floresta, Pernambuco. In: ARAÚJO, F. S.; 
RODAL, M. J. N.; BARBOSA, M. R. V. (Orgs.). Análise das variações da biodiversidade do bioma Caatinga: suporte a 
estratégias regionais de conservação. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, Secretaria de Biodiversidade e Florestas, 
2005. p. 276-289.

BUCKLEY, L. B.; URBAN, M. C.; ANGILLETTA, M. J.; CROZIER, L. G.; RISSLER, L. J.; SEARS, M. W. Can mechanism inform 
species’ distribution models? Ecology letters, v. 13, n. 8, p. 1.041-1.054, ago. 2010. DOI: 10.1111/j.1461-0248.2010.01479.

CALAMIA, M. A. A methodology for incorporating traditional ecological knowledge with geographic information 
systems for marine resource management in the Pacific. Traditional Marine Resource Management and Knowledge 
Information Bulletin, n. 10, p. 2-12, 1999.

CALDAS, F. L. S.; SANTANA, D. O.; CARVALHO, C. B.; FARIA, R. G.; SANTOS, R. A. Levantamento preliminar de anurofauna 
em uma área de caatinga no alto sertão sergipano. In: CONGRESSO DE ECOLOGIA DO BRASIL, 9., São Lourenço, 13-17 
set. 2009. Anais..., São Lourenço, 2009. Disponível em: <http://www.seb-ecologia.org.br/2009/resumos_ixceb/1351.
pdf>. Acesso em: 15 ago. 2015.

CALÓ, C. F. F.; SCHIAVETTI, A.; CETRA, M. Local ecological and taxonomic knowledge of snapper fish (Teleostei: 
Actinopterygii) held by fishermen in Ilhéus, Bahia, Brazil. Neotropical Ichthyology, Porto Alegre, v. 7, n. 3, set. 2009. 
DOI: 10.1590/S1679-62252009000300007.

CAMARDELLI, M. & NAPOLI, M. F. Amphibian conservation in the caatinga biome and semiarid region of Brazil. 
Herpetologica, v. 68, n. 1, p. 31-47, 2012. DOI: 10.1655/HERPETOLOGICA-D-10-00033.1

CASSEMIRO, F. A. S.; GOUVEIA, S. F.; DINIZ-FILHO, J. A. F. Distribuição de Rhinella granulosa: integrando envelopes bioclimáticos 
e respostas ecofisiológicas. Revista da Biologia, São Paulo, Especial Mudanças Ambientais, v. 8, p. 38-44, 2012.

CERÍACO, L. M. P. Human attitudes towards herpetofauna how preferences, fear and beliefs can influence the 
conservation of reptiles and amphibian. Dissertação (Mestrado em Biologia da Conservação)–Universidade de Évora, 
Évora, 2010. 164 p.

COMBESSIE, J. C. O método em sociologia: o que é, como se faz. São Paulo: Loyola, 2004.

COSTA, T. R. N.; CARNAVAL, A. C. O. Q.; TOLEDO, L. F. Mudanças climáticas e seus impactos sobre os anfíbios brasileiros. 
Revista da Biologia, São Paulo, v. 8, p. 33-37, 2012.

CROWDER, L. & NORSE, E. Essential ecological insights for marine ecosystem-based management and marine spatial 
planning. Marine Policy, v. 32, n. 5, p. 772-778, set. 2008. DOI: 10.1016/j.marpol.2008.03.012.

DUELLMAN, W. E. & TRUEB, L. Biology of amphibians. Baltimore: The Johns Hopkins University Press, 1994.

FREIRE, E. M. X.; SUGLIANO, G. O. S.; KOLODIUK, M. F.; RIBEIRO, L. B.; MAGGI, B. S.; RODRIGUES, L. S.; VIEIRA, W. 
L. S.; FALCÃO, A. C. G. P. Répteis squamata das caatingas do Seridó do Rio Grande do Norte e do Cariri da Paraíba: 
síntese do conhecimento atual e perspectivas. In: FREIRE, E. M. X. (Org.). Recursos naturais das caatingas: uma visão 
multidisciplinar. Natal: EDUFRN, 2009. 239 p. p. 51-84.

FREITAS, M. A. & SILVA, T. F. S. Guia ilustrado: a herpetofauna das caatingas e áreas de altitude do Nordeste brasileiro. 
Pelotas: Useb, 2007. 384 p.

FROST, D. R. Amphibian species of the world: an online reference. Version 5.5. 2011. Disponível em: <http://research.
amnh.org/herpetology/amphibia/>. Acesso em: 15 set. 2014.



Oliveira, I.S.; Freire, E.M.X.

210

RBCIAMB | n.36 | jun 2015 | 198-211

GALATTI, U.; ESTUPIÑAN, R. A. T.; DIAS, A. C. L.; TRAVOSSOS, A. E. M. (2007). Anfíbios da Área de Pesquisa Ecológica do 
Guamá (Apeg) e região de Belém. In: GOMES, J. I.; MARTINS, M. B.; MARTINS-DA-SILVA, R. C. V.; ALMEIDA, S. S. (Orgs.). 
Mocambo: diversidade e dinâmica biológica da Área de Pesquisa Ecológica do Guamá (Apeg). Belém: MCT/Museu 
Paraense Emílio Goeldi. p. 75-95.

GARCÍA, G. F. C. The mother – child nexus. Knowledge and valuation of wild food plants in Wayanad, Western Ghats, 
India. Journal of Ethnobiology and Ethnomedicine, v. 2, n. 39, 2006. DOI: 10.1186/1746-4269-2-39.

GERHARDINGER, L. C.; GODOY, E. A. S.; JONES, P. J. S.; GERHARDINGER, L. C. Local ecological knowledge and the 
management of marine protected areas in Brazil. Ocean & Coastal Management, v. 52, p. 154-165, 2009. DOI: 10.1016/j.
ocecoaman.2008.12.007.

GIARETTA, A. A. & KOKUBUM, M. D. C. Reproductive ecology of Leptodactylus furnarius Sazima & Bokermann, 1978, a 
frog that lays eggs in underground chambers. Herpetozoa, v. 16, p. 115-126, 2004.

HEYER, W. R. (Org.). Measuring and monitoring biological diversity: standard methods for amphibians. Washington: 
Smithsonian Institution Press, 1994.

HOFFMANN, M.; HILTON-TAYLOR, C.; ANGULO, A.; BÖHM, M.; BROOKS, T. M.; BUTCHART, S. H.; DARWALL, W. R. The 
impact of conservation on the status of the world’s vertebrates. Science, v. 330, n. 6.010, p. 1.503-1.509, 2010.

HUTCHINSON, D. A. & SAVITZKY, A. H. Vasculature of the parotoid glands of four species of toads (bufonidae: bufo). 
Journal of Morphology, v. 260, n. 2, p. 247-254, 2004.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Censo demográfico 2010: características da população 
e dos domicílios. Resultados do universo. IBGE, 2011. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/
populacao/censo2010/caracteristicas_da_populacao/resultados_do_universo.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2014.

IZECKSOHN, E. & CARVALHO-E-SILVA, S. P. Anfíbios do município do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, 2002.

KATZENBERGER, M.; TEJEDO, M.; DUARTE, H.; MARANGONI, F.; BELTRÁN, J. F. Tolerância e sensibilidade térmica em 
anfíbios. Revista da Biologia, São Paulo, v. 8, p. 25-32, 2012.

LEITE, J. R.; SILVA, L. P.; RODRIGUES, M. I.; PRATES, M. V.; BRAND, G. D.; LACAVA, B. M.; AZEVEDO, R. B.; BOCCA, A. L.; 
ALBUQUERQUE, S.; BLOCH JR., C. Phylloseptins: a novel class of anti-bacterial and anti-protozoan peptides from the 
Phyllomedusa genus. Peptides, v. 26, n. 4, p. 565-73, 2005. DOI: 10.1016/j.peptides.2004.11.002.

LEO NETO, N. A.; MOURÃO, J. S.; ALVES, R. R. N. “It all begins with the head’’: initiation rituals and the symbolic 
conceptions of animals in Candomblé. Journal of Ethnobiology, v. 31, n. 2, p. 244-261, 2011. DOI: http://dx.doi.
org/10.2993/0278-0771-31.2.244.

LEO NETO, N. A.; VOEKS, R. A.; DIAS, T. L. P.; ALVES, R. R. N. Mollusks of Candomblé: symbolic and ritualistic importance. 
Journal of Ethnobiology and Ethnomedicine, v. 8, n. 10, mar. 2012. DOI: 10.1186/1746-4269-8-10.

LEVIN, J. Correlação. In: ______. Estatística aplicada a ciências humanas. São Paulo: Habra, 1987. p. 276-316.

LINGNAU, R.; GUIMARÃES, L. D.; BASTOS, R. P. Vocalizations of Hyla werneri (Anura, Hylidae) in southern Brazil. Phyllomedusa: 
Journal of Herpetology, v. 3, n. 2, p. 115-120, 2004. DOI: http://dx.doi.org/10.11606/issn.2316-9079.v3i2p115-120.

MACIEL, D. C. & ALVES, A. G. C. Conhecimento e práticas locais relacionados ao aratu Goniopsis cruentata (Latreille, 
1803) em Barra de Sirinhaém, litoral sul de Pernambuco, Brasil. Biota Neotropical, v. 9, p. 29-36, 2009.

MARQUES, J. G. W. Pescando pescadores: ciência e etnociência em uma perspectiva ecológica. 2. ed. São Paulo: 
Nupaub/USP, 1995. 304 p.



Conhecimento ecológico local sobre anfíbios anuros por agricultores em sistemas agrícolas de região semiárida brasileira

211

RBCIAMB | n.36 | jun 2015 | 198-211

MIGUEL, T. R.; ULISSES, C.; ABRAHAM, M. Scinax x-signatus. IUCN Red List of Threatened Species. Version 2013.1. IUCN, 2010.

MONTEIRO, J. M.; ALBUQUERQUE, U. P.; LINS-NETO, E. M. F.; ARAÚJO, E. L.; AMORIM, E. L. C. Use patterns and 
knowledge of medicinal species among two rural communities in Brazil’s semi-arid northeastern region. Journal of 
Ethnopharmacology, v. 105, p. 173-186, 2006. DOI: 10.1016/j.jep.2005.10.016.

MOURÃO, J. S. & NORDI, N. Pescadores, peixes, espaço e tempo: uma abordagem etnoecológica. Interciência, Caracas, 
v. 31, n. 5, p. 358-363, 2006.

NARVAES, P. & RODRIGUES, M. T. Taxonomic revision of Rhinella granulosa species group (Amphibia, Anura, Bufonidae), 
with a description of a new species. Arquivos de Zoologia, v. 40, n. 1, p. 1-73, 2009.

PANSONATO, A.; TAMÍ, M.; STRÜSSMANN, C. Anuran amphibians’ diversity in a northwestern area of the Brazilian 
Pantanal. Biota Neotropica, v. 11, n. 4, p. 77-86, 2011. DOI: 10.1590/S1676-06032011000400008.

RIBEIRO-JÚNIOR, J. W. & BERTOLUCI, J. Anurans of the cerrado of the Estação Ecológica and the Floresta Estadual de 
Assis, southeastern Brazil. Biota Neotropica, v. 9, n. 1, 2009. Disponível em: <http://www.biotaneotropica.org.br/v9n1/
en/abstract?inventory+bn0270901>. Acesso em: 20 jul. 2015.

SAMPIERI, R. H.; COLLADO, C. F.; LUCIO, P. B. Metodologia de pesquisa. São Paulo: McGraw-Hill, 2006.

SEGALLA, M. V.; CARAMASCHI, U.; CRUZ, C. A. G.; GARCIA, P. C. A.; GRANT, T.; HADDAD, C. F. B.; LANGONE, J. Brazilian 
amphibians: list of species. 2014. Disponível em: <http://www.sbherpetologia.org.br>. Acesso em: 1.º mar. 2016.

SILVA, J. M. C.; SOUZA, M. A.; BIEBER, A. G. D.; CARLOS, C. J. Aves da caatinga: status, uso do habitat e sensitividade. In: LEAL, I. R.; 
TABARELLI, M.; SILVA, J. M. C. (Orgs.). Ecologia e conservação da caatinga. Recife: Editora Universitária da UFPE, 2003. p. 237-274.

SILVA, T. S. da & FREIRE, E. M. X. Perception and use of fauna resources in communities surrounding a conservation unit in 
northeast Brazil. Acta Scientiarum Biological Sciences, Maringá, v. 32, n. 4, 2010. DOI: 10.4025/actascibiolsci.v32i4.5668.

SOUTO, F. J. B. A ciência que veio da lama: etnoecologia em área de manguezal. Recife: Nupeea/Sociedade Brasileira 
de Etnobiologia e Etnoecologia, 2008. 

SPRADLEY, J. P. & MCCURDY, D. W. The cultural experience: ethnography in complex society. Tennessee: Kingsport Press 
of Kingsport, 1972.

STEBBINS, R. C. & COHEN, N. W. A natural history of amphibians. Nova Jersey: Princeton University Press, 1995.

SUGAI, J. L. M. M.; TERRA, J. D. S.; FERREIRA, V. L. Anurans of a threatened savanna area in western Brazil. Biota 
Neotropica, Campinas, v. 14, n. 1, p. 1-9, 2014. DOI: 10.1590/S1676-06034058.

TURVEY, N. Cane toads: a tale of sugar, politics and flawed science. Sydney: Sydney University Press, 2013.

VALENCIA-AGUILAR, A.; CORTÉS-GÓMEZ, A. M.; RUIZ-AGUDELO, C. A. Ecosystem services provided by amphibians and 
reptiles in neotropical ecosystems. International Journal of Biodiversity Science, Ecosystem Services and Management, 
v. 9, p. 257-272, 2013. DOI: 10.1080/21513732.2013.821168.

VIEIRA, W. L. S.; ARZABE, C.; SANTANA, G. G. Composição e distribuição espaço-temporal de anuros no Cariri paraibano, 
Nordeste do Brasil. Oecologia Brasiliensis, v. 11, n. 3, p. 383-396, 2007.

VIERTLER, R. B. Métodos antropológicos como ferramenta para estudos em etnobiologia e etnoecologia. In: AMOROZO, 
M. C. M.; MING, L. C.; SILVA, S. P. (Orgs.). Métodos de coleta e análise de dados em etnobiologia, etnoecologia e 
disciplinas correlatas. Rio Claro: Editora da Unesp, 2002. p. 31-46.

VITT, L. J. & CALDWELL, J. P. Herpetology: an introductory biology of amphibians and reptiles. 3. ed. Burlington: Academic 
Press, 2009.