Revista Brasileira de Ciências Ambientais – Número 31 – Março de 2014                               ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478 
 

76 

Potencial de uso da Moringa oleifera Lamarck na clarificação de 
água para abastecimento em comunidades difusas de áreas 

semiáridas 
 

Potential use of Moringa oleifera Lamarck in water clarification for supplying 
diffuse communities in semiarid areas 

 

 

RESUMO 
 
Este trabalho teve por objetivo avaliar o potencial da Moringa oleifera Lam no tratamento 
de águas provenientes de pequenos açudes, para consumo humano. O experimento, em 
escala-piloto, foi realizado com a utilização de um aparelho jar test e dois filtros 
cerâmicos, para uso doméstico, providos de velas porosas, um filtrando água bruta e o 
outro filtrando água previamente tratada com Moringa oleifera. Na monitoração foram 
realizadas análises de turbidez, cor aparente, condutividade elétrica, pH e DQO, sendo o 
tratamento eficiente para a adequação de turbidez e cor aparente ao padrão de 
potabilidade, ora em vigor no Brasil. A Moringa oleifera Lam apresentou excelente 
potencial para a clarificação da água em estudo, podendo ser considerada como 
alternativa para o tratamento de pequenas quantidades de águas de mananciais similares. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Tratamento de água em comunidades difusas; Moringa oleifera Lam; 
Abastecimento de água no meio rural 
 
 
 
 
ABSTRACT  
 
This study aimed to evaluate the potential of Moringa oleifera Lam for the treatment of 
water from small dams, for human consumption. The experiment, in pilot scale, was 
carried out by using a jar test apparatus and two ceramic filters, for domestic use, 
provided with porous filtration media, one of them filtering raw water and the other 
filtering water previously treated with Moringa oleifera. Monitoring was based on the 
determination of turbidity, apparent color, electrical conductivity, pH and COD, being the 
treatment efficient for the compliance of turbidity and apparent color to the potability 
standards, now in force in Brazil. The Moringa oleifera Lam showed excellent potential for 
clarifying the water under study, being considered as an alternative for treating small 
amounts of water from similar sources. 
 
KEYWORDS: Treatment of water into diffuse communities; Moringa oleifera Lam; Water 
supply in rural areas. 
 
 
 
 
 
 
 
 

Juscelino Alves Henriques 
Engenheiro Sanitarista, 
Mestrando em Engenharia Civil 
e Ambiental pela Universidade 
Federal de Campina Grande. 
Campina Grande, PB, Brasil 
henriqueskj@gmail.com 
 
Rui de Oliveira 
Professor Doutor do 
Departamento de Engenharia 
Sanitária e Ambiental (DESA) 
da Universidade Estadual da 
Paraíba (UEPB) 
Campina Grande, PB, Brasil 
ruideo@gmail.com 
 
Celeide Maria B. Sabino Meira 
Professora Doutora do 
Departamento de Engenharia 
Sanitária e Ambiental (DESA) 
da Universidade Estadual da 
Paraíba (UEPB). 
Campina Grande, PB, Brasil 
celeide.sabino@globo.com 
 
Ruth Silveira do Nascimento 
Professora do Departamento 
de Engenharia Sanitária e 
Ambiental (DESA) da 
Universidade Estadual da 
Paraíba (UEPB).  
Campina Grande, PB, Brasil 
ruthsn@gmail.com 
 
Emanuel Campos dos Santos 
Engenheiro Sanitarista e 
Ambiental, Doutorando em 
Engenharia Ambiental pela 
Estadual da Paraíba (UEPB).  
Campina Grande, PB, Brasil 
campos.uepb@yahoo.com.br 



Revista Brasileira de Ciências Ambientais – Número 31 – Março de 2014                          ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478 77 

INTRODUÇÂO 
 
 O abastecimento de água 
potável é um dos aspectos mais 
fundamentais do saneamento 
básico, com repercussões profundas 
sobre a saúde da comunidade. Mas, 
mesmo em centros urbanos de 
médio e grande portes de áreas em 
desenvolvimento do mundo a 
operação de sistemas públicos de 
abastecimento de água ainda é 
marcada pela falta de uma 
abordagem mais científica, 
sofrendo, frequentemente, de 
precariedade e ineficiência com 
graves reflexos sobre a qualidade da 
água e sobre a saúde da população 
(WHO, 2011). Nas comunidades 
rurais difusas dessas áreas a 
situação é ainda pior, sendo o 
abastecimento provido por águas 
transportadas em carros-pipa e por 
águas provenientes de barreiros, 
cisternas, poços e pequenos açudes.  
Nas áreas urbanas do Brasil, 
praticamente todos os domicílios 
são abastecidos com águas tratadas 
em estações de tratamento (ETA) as 
quais, na maioria das cidades (70%, 
principalmente nas regiões Sul e 
Sudeste), operam em ciclo 
completo, constituídas pelas 
operações unitárias de coagulação, 
floculação, decantação, filtração, 
desinfecção e fluoretação (IBGE, 
2002 apud DI BERNARDO & PAZ, 
2009).  
 No meio rural a situação é 
diferente, sendo raros os domicílios 
atendidos pelo serviço público de 
abastecimento; na maioria das vezes 
as populações são abastecidas por 
poços, cacimbas, barreiros, 
pequenos açudes, nascentes, 
cisternas e tanques de pedras que 
armazenam água da chuva (IBGE, 
2012). Tais tipologias de 
abastecimento de água representam 
perigo para a população, pois essas 
águas, em vista de sua não 
conformidade com o padrão de 
potabilidade (BRASIL, 2011), 
representam uma maior 
probabilidade de ocorrência de 
surtos de doenças de veiculação 
hídrica, além de ferirem o senso 

estético da população levando a 
objeções ao seu consumo.  
 A Moringa oleifera 
Lamarck é uma planta originária da 
Índia, presente em países como 
Etiópia, Sudão, países da América 
Central e da Ásia, entre outros, 
tendo sido difundida por todo o 
mundo pelo seu caráter adaptativo, 
principalmente em regiões de clima 
tropical, sendo tolerante à seca e 
crescendo em diversos tipos de solo, 
com melhor desenvolvimento em 
solo preto argiloso bem drenado e 
ligeiramente ácido (DALLA ROSA, 
1993). Nesses países, este vegetal é 
aproveitado por completo, desde as 
folhas até as vagens, utilizadas na 
alimentação humana, 
particularmente na África e na Índia, 
por seus altos teores de proteínas e 
vitaminas A e C (FREIBERGER et al., 
1998); as sementes possuem 40%, 
em peso, de lipídios, o que justifica o 
seu uso para produção de óleo 
utilizado em equipamentos que 
possuem engrenagens delicadas, 
tais como relógios (GALLÃO, 2006), 
bem como na indústria de 
cosméticos e perfumaria (SILVA & 
MATOS, 2008). 
 No Brasil a Moringa 
oleifera Lam foi implantada em 
1950, na Região Nordeste, mais 
precisamente nos estados do 
Maranhão, Piauí e Ceará (CYSNE, 
2006), tendo sido plantada com 
objetivos meramente ornamentais, 
conhecida vulgarmente como 
“quiabo de quina” ou “lírio branco”. 
Moringa oleifera Lam tem sido 
referida como de grande potencial 
para as tecnologias ambientais, 
especialmente no tratamento de 
águas, já que suas sementes podem 
ser utilizadas no processo de 
clarificação da água, agindo na 
diminuição da turbidez e da cor 
aparente. São diversos os trabalhos 
que atestam sua eficiência e 
recomendam seu uso para tal fim. 
Paterniani et al. (2009), utilizando 
água bruta com 100 uT, verificaram 
eficiência de 92% na remoção de 
turbidez, após tempo de 
sedimentação de 30 minutos, e de 
94% na remoção de cor aparente, 

valendo salientar que esses ensaios 
foram realizados em equipamento 
jar test; de modo semelhante, Borba 
(2001) obteve eficiências de 
remoção em torno de 98%, tanto 
para turbidez quanto para cor 
aparente. 
 Assim, Moringa oleifera 
Lam constitui-se em alternativa para 
os sais metálicos comumente usados 
na clarificação da água (SILVA & 
MATOS, 2008), particularmente em 
comunidades rurais difusas. 
 O objetivo deste trabalho 
é avaliar o potencial de uso da 
Moringa oleifera Lamarck no 
tratamento de águas provenientes 
de pequenos açudes localizados no 
Sítio Batente de Pedra, município de 
Ingá (PB), para consumo humano. 
 
MATERIAIS E MÉTODOS 
 

Para a realização deste 
trabalho foi selecionado um 
pequeno açude localizado na 
comunidade rural de Batente de 
Pedra, a qual dista 
aproximadamente 2 km da sede do 
município de Ingá (Figura 1), 
mesorregião Agreste do estado da 
Paraíba. 

Nessa localidade (7° 17´ 
4,8´´ - Sul, 35° 38´ 13,7´´ - Oeste, 179 
m acima do nível médio do mar) 
residem aproximadamente 20 
famílias abastecidas, na sua maioria, 
por carros-pipa e cisternas de 
preservação de água de chuva. Nos 
domicílios desprovidos de cisternas 
e na falta da água transportada em 
carros-pipa a população se utiliza de 
águas provenientes de dois 
pequenos açudes, “Açude de João 
Mago”, localizado no Sítio São João 
(dista aproximadamente 150 m da 
comunidade), e o “Açude de Seu 
Raminho”, localizado na Fazenda 
Santa Rosa (dista aproximadamente 
350 m da comunidade); sendo o 
primeiro utilizado como objeto de 
estudo (Figura 2).   
 
Preparo da suspensão de 
Moringa oleifera 

 



Revista Brasileira de Ciências Ambientais – Número 31 – Março de 2014                          ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478 78 

Com base em diversas 
metodologias de preparo (Rangel, 
1999; Mota, 2004; Folkard et al., 
1993; Okuda et al., 1999; Prince, 
2000 apud Silva e Matos, 2008), a 
suspensão de concentração 20 g L-1 
foi preparada da seguinte forma: (I) 
as sementes previamente 
descascadas foram colocadas em 
estufa (35 °C, 12 h); (II) logo após, 
foram pesados 10 g de sementes 
secas e (III) trituradas com a 
utilização de gral de porcelana com 
pistilo. (IV) Foi adicionada água 
destilada ao triturado com a 
finalidade de obter uma pasta, (V) a 
qual foi vertida para um béquer de 
500 ml, onde foi adicionado um 
volume de aproximadamente 300 ml 
de água destilada; (VI) a suspensão 
foi bem misturada, com vistas à 
liberação do princípio ativo contido 
nas sementes de Moringa oleifera. 
(VII) Após a mistura, todo o 
conteúdo do béquer foi transferido 
para um balão volumétrico de 500 
ml, o qual foi aferido com água 
destilada.  
 
Sistema de tratamento 
utilizado 

 
O tratamento, em escala-

piloto, foi constituído de um 
aparelho jar test, para os ensaios de 
coagulação floculação 
sedimentação, e 2 filtros cerâmicos 
caseiros do tipo clássico, providos de 
meio filtrante constituído de caulim 

como material base. Os 
experimentos foram realizados no 
Laboratório de Saneamento 
Ambiental, do Campus I, da 
Universidade Estadual da Paraíba 
(UEPB). 

Previamente, durante um 
período de 2 semanas, foram 
realizados ensaios em jar test com 
águas de mananciais superficiais 
situados na mesma microbacia do 
açude investigado, com vistas à 
obtenção da dosagem ótima de 
coagulante para a remoção de 
turbidez, bem como para testes de 
tempo de sedimentação e, para 
observação da melhor fase (em 
suspensão aquosa ou em pó) do 
coagulante a ser utilizado. Os 
resultados desses ensaios serviram 
de base para a definição das 
condições operacionais da etapa de 
aplicação do tratamento de 
clarificação da água. Após 6 ensaios 
preliminares, foram estabelecidos o 

tempo de sedimentação de 30 min, 
a dosagem de 300 mg L-1, 
administrada pela adição de 30 ml 
do coagulante em suspensão 
aquosa, na concentração de 20 g L-1. 
Tanto esses ensaios quanto os 
tratamentos posteriores foram 
baseados nas recomendações de 
Richter (2009) e os gradientes de 
velocidade foram estimados 
segundo Di Bernardo et al. (2011), 
com 45 segundos de mistura rápida 
e rotação de 300 rpm (gradiente 
estimado de 591 s-1). No início a 
floculação foi levada a efeito por 10 
min em rotação de 60 rpm 
(gradiente estimado de 51 s-1), 
seguida por 10 min em rotação de 
40 rpm (gradiente estimado de 28 s-
1) e, sedimentação por 30 min. 

Utilizando estas condições 
foram realizadas as seguintes 
etapas: 

• Coleta de água, a 20 cm 
abaixo da superfície, com 

 
 

Figura 1 – Localização do município de Ingá-PB 
Fonte: AESA, 2012 

 
 

Figura 2 – Vista completa do “Açude de João Mago”, Sítio Batente de Pedra, Ingá 
 



Revista Brasileira de Ciências Ambientais – Número 31 – Março de 2014                          ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478 79 

frequência semanal, ao longo 
de 7 semanas, entre 18 de 
abril e 30 de maio de 2012, 
sempre entre 5 e 6 horas da 
manhã, sendo as amostras 
transportadas para o 
laboratório com o auxílio de 
um recipiente de polietileno 
de 20 L; 

• Tratamento, em batelada, da 
água do manancial estudado 
em aparelho jar test, com a 
aplicação das condições 
definidas nos ensaios prévios. 
Cada batelada consistia de 5 
replicatas;  

• Após o tratamento no 
equipamento jar test, foram 
coletadas amostras para 
análises de qualidade da água 
sobrenadante. O líquido 
sobrenadante dos jarros do 
aparelho jar test foi 
transferido para um dos 
filtros cerâmicos, 
denominado Filtro 2 (Sistema 
2); 

• Simultaneamente ao 
tratamento no aparelho jar 
test a água bruta do 
manancial foi usada para 
encher o outro filtro 

cerâmico, denominado Filtro 
1 (Sistema 1);   

• Após a filtração, tanto no 
Filtro F1 como no Filtro F2, 
foi realizada a coleta das 
amostras para as análises de 
qualidade descritas 
posteriormente. 

 
Análises realizadas 
 

Em todos os testes, foram 
analisados, de acordo com os 
procedimentos padrões do Standard 
methods for the examination of 
water and wastewater (APHA, 
AWWA, WPCF, 2005) os seguintes 
indicadores de qualidade de água 
para consumo humano: turbidez 
(método nefelométrico 2130 B), cor 
aparente (método de comparação 
visual 2120 B), condutividade 
elétrica (método eletrométrico 2510 
B), pH (método eletrométrico 4500-
H+ B), demanda química de oxigênio 
(método da refluxação fechada com 
determinação titrimétrica do 
dicromato de potássio 5220 C), em 
triplicatas de amostras de água 
bruta e de águas após cada etapa 
(jar test, Filtro 1 e Filtro 2) de 
tratamento. Esses indicadores, de 

determinação muito simples, além 
de indicarem características de 
relevante importância na avaliação 
da qualidade da água destinada ao 
abastecimento humano, são capazes 
de predizer situações de perigo. 

Nas três últimas semanas, 
análises de condutividade elétrica e 
DQO também foram realizadas, em 
triplicata, em amostras de água do 
sistema público de distribuição 
(torneira) de Campina Grande – PB 
(7° 13′ 51″ Sul, 35° 52′ 54″ Oeste), 
com vistas a comparar os valores 
desses indicadores com os da água 
submetida aos tratamentos aqui 
propostos, pois o padrão de 
potabilidade, ora em vigor no Brasil, 
não preconiza parâmetros para 
esses indicadores.  
 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 

A comunidade rural de 
Batente de Pedra, localizada no 
município de Ingá - PB, possui 
aproximadamente 7 mananciais, 
sendo que apenas 2 são utilizados 
para o abastecimento humano, no 
entanto, isso só ocorre na ausência 
do fornecimento realizado por 

 

 
Figura 3 – Medidas de turbidez nos sistemas de tratamento 

 
 
 
 
 
 



Revista Brasileira de Ciências Ambientais – Número 31 – Março de 2014                          ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478 80 

carros-pipa. Estes abastecem uma 
cisterna, da qual a população local 
retira a água para seus usos. Este 
tipo de abastecimento também 
oferece risco à população, tanto em 
consequência do armazenamento da 
água como por utensílios, como 
baldes, bombonas e tonéis, usados 
para a retirada e transporte da água, 
podendo haver contaminação pela 
ausência de um residual de 
desinfetante. 

A Portaria 2914/2011 do 
Ministério da Saúde (BRASIL, 2011) 
dispõe sobre os procedimentos de 
controle e de vigilância da qualidade 
da água para consumo humano e 
seu padrão de potabilidade no 
Brasil. Este, por seu turno, é 
constituído por um conjunto de 
parâmetros dos indicadores físicos, 
químicos, radioativos e 
microbiológicos de qualidade da 
água potável.    

A Figura 3 ilustra o 
comportamento da turbidez nos 
dois sistemas estudados, sendo 
verificado que no Sistema 1 (Filtro 
1), inicialmente, a turbidez se 
manteve acima do valor preconizado 
pela Portaria 2914/2011 do 
Ministério da Saúde, no entanto, na 
terceira semana o referido sistema 
apresentou resultado satisfatório, 
bem abaixo de 5 uT, sendo esse 

comportamento justificado pela 
formação do filme biológico no 
elemento filtrante. Para o Sistema 2 
(tratamento com Moringa seguido 
do Filtro 2) foi observado que 
apenas o tratamento com as 
sementes de Moringa oleifera não é 
suficiente para adequar a turbidez 
ao padrão de potabilidade, todavia, 
após a filtração, foram atingidos 
valores bem abaixo de 5 uT e, até 
mesmo, valores inferiores a 1 uT, o 
que justifica a necessidade do uso 
do filtro no segundo sistema. De 
acordo com a já referida Portaria 
2914/2011, a turbidez deve 
apresentar valor de 1 uT após a 
filtração lenta e de 5 uT em qualquer 
ponto do sistema de distribuição de 
água, conforme ilustrada pelas 
linhas em vermelho. 

Conforme ilustrado na 
Figura 4, no Sistema 1 apenas dois 
ensaios foram satisfatórios no 
atendimento ao padrão de 
potabilidade do indicador cor 
aparente e no Sistema 2 foi 
observado que, em todos os 
tratamentos, a suspensão de 
Moringa oleifera, por si só, não 
conseguiu adequar a água à 
Portaria, o que foi alcançado com o 
uso posterior do filtro; no entanto, 
no último ensaio, mesmo com o uso 
do filtro, não foi atingido o valor 

máximo de 15 uH preconizado pelo 
padrão de potabilidade (Portaria 
2914/2011), ora em vigor no Brasil, 
conforme ilustrada pela linha em 
vermelho na referida figura. 

O pH da água bruta 
predominou entre 7 e 8, tendo sido 
observado que, nos ensaios iniciais, 
particularmente nas duas primeiras 
semanas, seus valores, pós-filtração, 
aumentaram sensivelmente, 
estando isso relacionado à idade e 
composição do material cerâmico, 
tanto das velas como das paredes 
dos filtros, que por serem novos, 
podem liberar hidroxilas pela 
dissociação de hidróxido de potássio 
associado ao caulim (LUZ & 
DAMASCENO, 1993). Após o 
primeiro ensaio foi constatado que 
esse indicador se manteve dentro da 
faixa (6,0 a 9,5) preconizada pela 
Portaria 2914/2011. No Sistema 2, o 
tratamento com a suspensão de 
Moringa oleifera não alterou 
significativamente o pH. 

Em ambos os sistemas a 
condutividade elétrica (Figura 5) se 
manteve entre 170 e 330 µS/cm, 
tendo os efluentes dos filtros 
apresentado tendência de aumento 
desse indicador, podendo isso ser 
atribuído à liberação de espécies 
iônicas, particularmente potássio 
(LUZ & DAMASCENO, 1993), pelo 

 

 
Figura 4 – Medidas de cor aparente nos sistemas de tratamento 

 
 
 
 
 
 



Revista Brasileira de Ciências Ambientais – Número 31 – Março de 2014                          ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478 81 

material cerâmico. A comparação 
dos efluentes dos filtros com a água 
do sistema de abastecimento de 
Campina Grande (torneira), feita nos 
três últimos ensaios, permitiu 
verificar que a condutividade 
elétrica daqueles foi bem inferior 
que a desta, atestando a boa 
qualidade da água tratada neste 
estudo, em termos desse indicador. 

A demanda química de 
oxigênio (DQO) quantifica, de modo 
equivalente, o oxigênio necessário 
para oxidar a matéria orgânica 
presente na água. Não há 
recomendação do padrão de 
potabilidade, ora em vigor, para 
esse indicador e por causa disso, nas 
3 últimas semanas, a DQO foi 
determinada em amostras de água 
coletadas do sistema público de 
distribuição de água (torneira) de 
Campina Grande, para comparar 
com os valores determinados em 
amostras de água das várias etapas 
dos sistemas experimentais.  

Conforme ilustrado na 
Figura 6, para o Sistema 1, no 
primeiro ensaio, houve um aumento 
da DQO, mas após a presumida 
formação do filme biológico na vela 
do filtro, foi verificada uma 
diminuição significativa desse 
indicador. No Sistema 2 foi 
constatado um aumento 
significativo da DQO após o uso da 
suspensão de Moringa oleifera, 
devendo ser observado que o Filtro 
2, devido à presumida formação do 
filme biológico na vela, contribuiu 
para atenuar esse efeito.  

Os dados obtidos 
permitiram verificar que o 
tratamento da água bruta do açude 
estudado, foi eficiente na remoção 
de turbidez e cor aparente, 
conformando-as ao padrão de 
potabilidade, ora em vigor no Brasil. 
A utilização da suspensão de 
Moringa oleifera (Sistema 2) na 
dosagem de 20 g/L exerceu 
significativo papel nesse resultado, 

embora tenha sido observado um 
aumento significativo da DQO.  

Os resultados 
encontrados neste trabalho, para a 
remoção de turbidez e cor aparente 
foram semelhantes aos encontrados 
nos trabalhos desenvolvidos por 
Pinto & Hermes (2006) e Silva et al. 
(2011), embora seja observado que 
nenhum deles utilizou filtros 
cerâmicos caseiros após tratamento 
com Moringa, o primeiro utilizou 
filtração lenta em filtro de areia e o 
segundo filtração ascendente em 
filtro de cascalho, após o tratamento 
com o referido coagulante natural. 

Embora haja, atualmente, 
a difusão de programas para a 
implantação de cisternas de 
preservação de águas de melhor 
qualidade, são ainda frequentes nas 
áreas semiáridas situações em que 
até águas de mananciais usados 
ordinariamente para dessedentação 
animal e/ou irrigação são 
demandadas para abastecimento 

 

 
 

Figura 5 – Resultados das análises de condutividade elétrica nas etapas de tratamento 

 
 

Figura 6 – Resultados das medidas de DQO nas etapas de tratamento 
 



Revista Brasileira de Ciências Ambientais – Número 31 – Março de 2014                          ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478 82 

humano. No contexto da Região 
Nordeste do Brasil, principalmente 
em áreas desse tipo, as quais sofrem 
anualmente com a escassez de água 
potável, a utilização de Moringa 
oleifera apresenta potencial para o 
tratamento de pequenas 
quantidades de águas provenientes 
de açudes e barreiros. No entanto, 
visando a segurança do usuário da 
água clarificada, de acordo com os 
sistemas aqui monitorados, deveria 
ser considerado o acréscimo da 
etapa de desinfecção através de 
metodologias comumente adotadas 
em nível doméstico em 
comunidades dessas áreas.  

Como essas áreas 
apresentam condições ambientais 
favoráveis ao desenvolvimento da 
planta Moringa oleifera Lam, a 
inserção do uso desse vegetal 
parece representar importante 
alternativa, não só para o 
tratamento de pequenas 
quantidades de água, mas também 
outros usos, incluindo a alimentação 
animal e humana. De fato, em países 
africanos e asiáticos, já ocorre o 
aproveitamento completo da planta 
que, segundo Jahn (1986), não 
apresenta nenhum efeito tóxico 
sobre humanos e animais. Outro uso 
potencial para a região seria a 
utilização da planta como lenha pela 
comunidade, tendo em vista seu 
rápido crescimento 
(aproximadamente 4 m por ano). 
Tudo isso, no entanto, requereria a 
implementação de programas em 
escala-piloto patrocinados por 
organizações governamentais e não 
governamentais com o 
envolvimento da comunidade.  

 
CONCLUSÃO 
 

 Moringa oleifera Lam 
apresenta potencial para a 
clarificação de água para consumo 
humano, representando uma 
alternativa viável para o tratamento 
de águas superficiais de má 
qualidade em comunidades rurais 
difusas, contribuindo para a 
adequação de turbidez e cor 
aparente ao padrão de potabilidade.  

REFERÊNCIAS 
 
 
AESA - Agência Executiva de Gestão 
das Águas do Estado da Paraíba. 
Disponível em: 
<www.aesa.pb.gov.br>. Acesso em: 
29 abr 2012. 
 
APHA, AWWA, WPCF. Standard 
Methods for the Examination of 
Water and Wastewater. 21th ed., 
Washington, D.C: American Public 
Health Association/ American Water 
Works Association/Water 
Environment Federation, 2005. 
 
borba, l. r.. Viabilidade do uso da 
moringa oleifera lam no tratamento 
simplificado de água para pequenas 
comunidades. João Pessoa – PB: 
UFPB, 2001. Dissertação (Pós-
Graduação em Desenvolvimento e 
Meio Ambiente). Universidade 
Federal da Paraíba. 2001. 
 
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. 
Portaria 2914, 14 de dezembro de 
2011. Dispõe sobre os 
procedimentos de controle e de 
vigilância da qualidade da água para 
consumo humano e seu padrão de 
potabilidade. Brasília: Ministério da 
Saúde, 2011. 
 
CYSNE, J. R. B.. Propagação in vitro 
de moringa oleifera l. Fortaleza – 
CE: UFC, 2006. Dissertação (Pós-
Graduação em Fitotecnia). 
Universidade Federal do Ceará. 
2006. 
 
DALLA ROSA, K. R. Moringa oleifera: 
a perfect tree for home gardens. 
Hawai: NFTA, Agroforestry Species 
Highlights, 1993.  
 
DI BERNARDO, L.; PAZ, L. P. S.. 
Seleção de Tecnologias de 
Tratamento de Água. São Paulo: 
LDiBe editora, 2009. 
 
DI BERNARDO, L.; DANTAS, A. Di B.; 
VOLTAN, P. E. N. Tratabilidade de 
água e dos resíduos gerados em 
estações  de tratamento de água. 
São Carlos: LDiBe, 2011. 

 
FOLKARD, G.K.; SUTHERLAND, J.P.; 
GRANT,W.D. Natural coagulants at 
pilot scale; In: Pickford,J., ed. Water, 
Environment and Management: 
Proc. of the 18th WEDC Conference, 
Kathmandu, Nepal, 30 Aug.3 
Sept.1992. Loughborough University 
Press, p. 51-54, 1993. 
 
FREIBERGER, C. E.; VANDERJAGT, D. 
J.; PASTUSZYN, A.; GLEW, R.S.; 
MOUNKAILA, G.; MILLSON, M.; 
GLEW, R.H. Nutrient content of the 
edible leaves of seven wild plants 
from Niger. Plant Foods Human 
Nutri, p. 57-69, 1998. 
 
GALLÃO, M. I.; DAMASCENO, L. F.; 
BRITO, E. S. de. Avaliação química e 
estrutural da semente de moringa. 
Revista Ciência Agronômica, 
Fortaleza, CE, v.37, n.1, p.106-109, 
2006. 
 
IBGE - Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística. Disponível 
em: <www.ibge.gov.br>. Acesso em: 
22 mar 2012. 
 
JAHN, S. A. A. Proper use of African 
natural coagulants for rural water 
supllies – Research in the Sudan and 
a guide for new projects. Rossdorf: - 
Verlagsgesellschaft, 1986. 
 
LUZ, A. B. da; DAMASCENO, E. C. 
CAULIM: Um mineral industrial 
importante. Rio de Janeiro: 
CETEM/CNPq, 1993. 
 
MOTA, G. M.; PATERNIANI, J. E. S. 
Eficiência da semente de moringa 
oleífera como coagulante em 
tratamento de água. RESUMO (XII 
Congresso Interno de Iniciação 
Científica da UNICAMP. 
Universidade de Campinas, 
Faculdade de Engenharia Agrícola, 
2004. 
 
OKUDA, T. et al.. Improvement of 
extraction method of coagulation 
active components from Moringa 
oleifera seed. Water Research, vol. 
33, p. 3373-3378, 1999.   
 



Revista Brasileira de Ciências Ambientais – Número 31 – Março de 2014                          ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478 83 

PATERNIANI, J. E. S.; MANTOVANI, 
M. C.; SANT’ANA, M. R. Uso de 
sementes de Moringa oleifera para 
tratamento de águas superficiais. 
Revista Brasileira de Engenharia 
Agrícola e Ambiental, Campina 
Grande, v.13, n.6, p.765–771, 2009. 
 
PINTO, N. O.; HERMES, L. C. Sistema 
Simplificado para Melhoria da 
Qualidade da Água 
Consumida nas Comunidades Rurais 
do Semi-Árido do Brasil. Documento 
55. Jaguariúna: Embrapa, 2006. 
 
RANGEL, M. S. A. Moringa oleifera. 
Uma Planta de Uso Múltiplo. 
Circular Técnica nº9. Aracajú: 
Embrapa Tabuleiros Costeiros, 1999.  
 
RICHTER, C. A. Água: métodos e 
tecnologia de tratamento. São 
Paulo: Editora Blucher, 2009. p 310-
311. 
 
SILVA, F. J. A. de; MATOS, J. E. X. de. 
Sobre dispersões de moringa 
oleifera para tratamento de água. 
Revista Tecnologia. Fortaleza, CE, v. 
29, n. 2, p.157-163, dez. 2008. 
 
SILVA, M. J. M.; PATERNIANI, J. E. S.; 
FRANCISCO, A. R.; SILVA, G. K. 
APLICAÇÃO DE SEMENTES DE 
Moringa oleifera COMO AUXILIAR 
DE PRÉ-FILTRAÇÃO EM SISTEMAS DE 
FILTRAÇÃO EM MULTIPLAS ETAPAS. 
Engenharia Ambiental, Espírito 
Santo do Pinhal, v. 8, n. 4, p. 146-
154, out./dez. 2011. 
 
World Health Organization - WHO. 
Guidelines for drinking-water 
quality. Fourth edition. Genebra: 
WHO, 2011. 
 
 
 
 
Recebido em: nov/2012 
Aprovado em: mar/2014