Characterization of leachate from an old sanitary landfill and evaluation of its denitrification potential to remove nitrite f


Revista Brasileira de Ciências Ambientais – Número 28 – junho de 2013    44    ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478 
 

Caracterização e avaliação da capacidade de desnitrificação de um 
lixiviado de aterro sanitário antigo brasileiro 

 
Characterization and evaluation of the capacity of leachate denitrification from a mature 

landfill in Brazil 
 
 
RESUMO 
No gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos no Brasil, o aterramento dos 
resíduos é o processo mais aplicado, porém, possui como inconveniente a 
geração de lixiviado que deve ser apropriadamente tratado antes de ser 
lançado ao corpo receptor. Um dos compostos presentes em maior 
concentração no lixiviado de aterro sanitário é o nitrogênio amoniacal que 
pode ser removido por processos biológicos de tratamento como a 
nitrificação e a desnitrificação. Para a completa nitrificação é necessário o 
fornecimento de oxigênio dissolvido, e para a desnitrificação deve haver 
uma quantidade suficiente de carbono na forma de DBO5. Atualmente, tem 
havido interesse entre os autores no estudo da desnitrificação via nitrito, 
que requer menor quantia de oxigênio dissolvido e fonte de carbono. Este 
artigo objetiva a caracterização de um lixiviado de aterro sanitário antigo e 
avaliar a sua habilidade de desnitrificar o nitrito originado durante a 
nitrificação. Esse estudo foi realizado em escala laboratorial e indicou que o 
lixiviado avaliado, não possuiu a habilidade de remover totalmente o nitrito 
adicionado ao reator. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Lixiviado, nitrito, desnitrificação, aterro sanitário. 
 
 
ABSTRACT 
In the management of urban residues in Brazil, the landfilling is the process 
most applied, but the drawback is the generation of leachate that must be 
properly treated before the launching in the receiving body. One compound 
that is found in higher strength in landfill leachate is ammonia nitrogen that 
can be removed by biological processes like nitrification and denitrification. 
For the completely nitrification, is necessary the supplying of dissolved 
oxygen, and for the denitrification must have a sufficient amount of carbon 
on form DBO5. Currently, the authors have interest studying the 
denitrification over nitrite, that is less expensive with regard the 
requirement of dissolved oxygen and carbon source. This paper aims the 
characterization of an old landfill leachate and evaluate their ability 
denitrificating nitrite originated during nitrification. This study was realized 
in bench scale and indicated that the landfill leachate evaluated, don`t have 
the ability for the complete removal of the nitrite added in the reactor.  
 
KEYWORDS: Leachate, nitrite, denitrification, landfill. 
 
 
 
 

 
Luana Zilz 

Bacharel em Química Têxtil, Mestre em 
Engenharia Ambiental pela Fundação 
Universidade Regional de Blumenau 
(FURB) 
 Blumenau, SC, Brasil 
lu_zilz@hotmail.com 
 
Joel Dias da Silva 
Eng. Sanitarista,  Professor do 
Departamento de Engenharia de Produção 
e Design da Fundação Universidade 
Regional de Blumenau. Professor HV-01 do 
SENAI . 
Blumenau, SC, Brasil. 
dias_joel@hotmail.com 
 
Adilson Pinheiro 
Eng. Civil, Professor do Departamento de 
Engenharia Civil da Fundação Universidade 
Regional de Blumenau - (FURB) 
Blumenau, SC, Brasil. 
pinheiro@furb.br



Revista Brasileira de Ciências Ambientais – Número 28 – junho de 2013    45    ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478 
 

INTRODUÇÃO 
 
 O crescimento urbano e a 
expansão industrial têm elevado em 
grande escala a geração de resíduos 
sólidos que necessitam de disposição 
e tratamento adequados (CARNEIRO 
et al. (2004).  Neste sentido, no 
gerenciamento dos resíduos sólidos, 
uma das técnicas mais aplicadas no 
Brasil para a destinação final dos 
resíduos tem sido a disposição em 
aterros sanitários. Embora siga 
princípios de Engenharia para o 
confinamento seguro de resíduos, 
possui como inconveniente a geração 
de lixiviados de elevado potencial de 
contaminação ambiental (ABNT, 1984;  
BARBOSA, 1999; LANGE et al., 2006). 
 Desta forma, antes do seu 
lançamento no corpo receptor, o 
lixiviado deve ser tratado 
apropriadamente, minimizando assim 
os impactos ambientais (GUERRA; 
VIDAL; SOUZA, 2010). Os processos 
físicos, biológicos e/ou químicos 
poderão ser aplicados ao tratamento 
do lixiviado, que operados 
conjuntamente, têm oferecido 
eficiência maiores (DEL BORGUI et al., 
2003). 

 No tratamento de lixiviados 
de aterros sanitários, um dos 
elementos químicos presentes em 
maior concentração é o nitrogênio 
amoniacal, sendo a principal forma de 
nitrogênio encontrada no mesmo 
(GOMES, 2009; PEIXOTO; FILHO, 
2010). Processos físicos e químicos de 
remoção de nitrogênio podem ser 
aplicados, porém, não são tão 
difundidos como os processos 
biológicos, que em termos de 
eficiência e custo econômico, tem 
sido descrito como melhores. O 
nitrogênio amoniacal é um composto 
que pode ser removido 
biologicamente por reações de 
nitrificação e desnitrificação. O 
controle do lançamento de compostos 
nitrogenados nos corpos aquáticos é 
muito importante, pois em 

concentração excessiva esse nutriente 
pode causar vários problemas como: 
eutrofização, toxicidade a peixes, 
depleção de oxigênio dissolvido, entre 
outros (VON SPERLING et al., 2009). 
Visando garantir a biodiversidade, a 
legislação ambiental brasileira, em 
especial a Resolução CONAMA no 430 
de 2011 (Brasil, 2011),  estabelece 
limites para o lançamento do efluente 
tratado no corpo receptor, 
destacando-se dentre estes, o 
nitrogênio amoniacal, cujo limite de 
lançamento é de 20 mg.L-1 limite 
bastante restritivo, exigindo, desta 
forma, um levantamento adequado 
das características do lixiviado bruto a 
ser tratado e, consequentemente 
adotando-se as melhores tecnologias 
para garantir um efluente tratado de 
qualidade adequada. 
 
NITRIFICAÇÃO 
 Para a oxidação completa do 
nitrogênio amoniacal, faz-se 
necessário o fornecimento de 
oxigênio dissolvido, usado para a 
respiração de bactérias 
quimiolitoautróficas, que consumirão 
a alcalinidade do efluente e utilizarão 
compostos inorgânicos como (CO2) 
como fonte de carbono. 
 Para converter 1 g de 
nitrogênio amoniacal é necessário 4,7 
g de O2 para transformar a nitrato, 
sendo 3,6 g para oxidar amônia em 
nitrito e 1,1 g para oxidar nitrito a 
nitrato (VON SPERLING, 1997). Na 
primeira etapa, bactérias do gênero 
Nitrossomonas europea, N. monocella 
e Nitrosoccocus oxidam amônia à 
nitrito, sendo essa reação 
denominada nitritação e no segundo 
estágio, bactérias do gênero 
Nitrobacter winogradsky, Nitrocystis 
sp., Nitroccocus sp., Nitrospira sp. e 
Nitrobacter agilis convertem nitrito 
em nitrato, sendo denominada essa 
reação de nitratação (PEREIRA-
RAMIREZ et al., 2003). 
 Ultimamente tem havido um 
interesse crescente na nitrificação e 
na desnitrificação via nitrito, pois de 

acordo com o balanço 
estequiométrico, o fornecimento de 
oxigênio dissolvido para as bactérias 
autotróficas converterem amônia à 
nitrito é menor, assim como a 
quantidade de matéria orgânica 
doadora de elétrons para a 
desnitrificação (QUEIROZ et al., 2011; 
ZAFARZADEH et al., 2011). 

 Vários fatores poderão afetar 
a nitrificação, acumulando nitrito no 
sistema nitrificante. Dentre estes, o 
pH, temperatura e oxigênio dissolvido 
são algumas causas de acúmulo de 
nitrito. O pH menor que 6,0 inibe as 
bactérias nitrificantes (CAMPOS et al., 
2007). Por sua vez, a temperatura 
acima de 20oC afeta a reação de 
nitratação, por tornar a reação mais 
lenta, e como consequência, 
acumular nitrito no reator. Para 
otimizar a ação das bactérias do 
gênero Nitrobacter, o oxigênio 
dissolvido presente no reator deve 
também estar numa concentração 
próxima de 2,0 mg.L-1, por outro lado 
uma concentração menor pode 
também favorecer o acúmulo de 
nitrito. Outro fator que pode 
influenciar a oxidação é a presença de 
amônia. Em concentração entre 0,1 – 
1,0 mg.L-1 ocorre a inibição das 
Nitrossomonas, e em concentração 
entre 10 – 150 mg.L-1 ocorre a inibição 
das Nitrobacter. 
 
DESNITRIFICAÇÃO 
 Para ocorrer a desnitrificação 
completa dos compostos 
nitrogenados oxidados, deve existir 
uma quantidade suficiente de 
carbono orgânico para alimentar o 
meio biótico que operará em 
condições anóxicas. Os nitratos e/ou 
nitritos originados durante a etapa de 
nitrificação são convertidos à 
nitrogênio gasoso (N2) com o 
substrato orgânico como elétron 
aceptor. A redução de formas 
oxidadas de nitrogênio poderá ser 
realizada pela ação das Pseudomonas 
fluorescens, Pseudomonas 
denitrificans, denitrificans Paracoccus 



Revista Brasileira de Ciências Ambientais – Número 28 – junho de 2013    46    ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478 
 

e Micrococcus denitrificans, dentre 
outras bactérias (ESTUARDO et al., 
2008). 
 A desnitrificação é afetada 
por mudanças no pH, oxigênio 
dissolvido e substâncias inibidoras. 
Além disso, a eficiência da 
desnitrificação é também influenciada 
pela concentração de matéria 
orgânica biodegradável e pela 
temperatura do reator. 
 É importante mencionar que 
durante a exploração do aterro 
sanitário, a razão C/N diminui, 
ocorrendo menor disponibilidade de 
matéria orgânica facilmente 
degradável, afetando dessa maneira a 
eficiência da desnitrificação (KLIMIUK; 
KULIKOWSKA, 2006). Na 
indisponibilidade natural de realizar a 
completa desnitrificação dos nitritos e 
nitratos originados na etapa aeróbia, 
existe a possibilidade de adicionar 
fontes de carbono externas para as 
bactérias (CARRERA, VICENT, 
LAFUENTE, 2003). 

 A escolha da fonte externa de 
carbono é um item essencial para o 
projeto de instalações que tratam 
efluentes dessa natureza, porque ela 
influencia a eficiência da 
desnitrificação, sendo este processo 
mais eficiente utilizando-se fontes de 
carbono facilmente degradáveis 
(MARCHETTO et al., 2003). 
 
OBJETIVOS 
 
 O presente trabalho 
objetivou avaliar a capacidade de 
desnitrificação de um lixiviado de 
aterro sanitário antigo como fonte de 
carbono para a desnitrificação do 
nitrito originado na nitrificação 
biológica. Do mesmo modo, a 
caracterização do lixiviado de aterro 
sanitário foi aplicada para comparar 
com outros estudos que avaliaram 
lixiviados de aterros sanitários 
antigos. 
 
 

MATERIAIS E MÉTODOS 
 
Caracterização do Lixiviado de 
Aterro Sanitário em Estudo 
 O lixiviado bruto foi coletado 
de um aterro sanitário antigo 
localizado na vertente Atlântica 
catarinense. Dentre as técnicas 
aplicadas para o tratamento do 
lixiviado no local, tem-se a nitrificação 
com pré-desnitrificação. O lixiviado 
bruto foi caracterizado em triplicata 
para os seguintes parâmetros: 
alcalinidade total, DBO5, DQO, pH e 
nitrogênio nas formas de nitrato, 
nitrito, amoniacal e total. Os 
procedimentos adotados são 
baseados no Standard Methods for 
Examination of Water and 
Wastewater (2005). As análises 
colorimétricas foram realizadas em 
espectrofotômetro, marca: Hach, 
modelo: DR 2800. A análise 
potenciométrica de pH foi realizada 
com auxílio de um pHmetro, marca: 
Alfakit, modelo: AT 310. Os resultados 
das análises foram utilizados para 
comparar com outros estudos 

realizados com lixiviados de aterros 
sanitários antigos. 
 
Desnitrificação em Escala 
Laboratorial 
 Primeiramente, o inoculo foi 
coletado do reator nitrificante da 
estação de tratamento do lixiviado em 
estudo e aclimatado com lixiviado 
bruto por um período de quatro dias 
com adição progressiva do lixiviado na 
proporção de 0 a 0,33 L lixiviado.L-1 
inoculo. Em seguida, foram realizados 
ensaios de desnitrificação em escala 
laboratorial em um reator em 
batelada sequencial (RBS) de 
polipropileno e volume útil de 2L, 
com ciclos de três repetições (Figura 
1).  
 Cada ciclo de desnitrificação 
consistiu das seguintes fases: 
alimentação (0,25 h) com adição de 
lixiviado bruto ao reator contendo o 
lodo biológico aclimatado, reação 
anóxica (4,33 h), sedimentação (1 h) e 
descarte (0,25 h), mesmo 
procedimento adotado por Butkovskyi 
(2009). Antes da fase de reação 

 
 

Figura 1: Aparato experimental utilizado para os ensaios de desnitrificação. 
 



Revista Brasileira de Ciências Ambientais – Número 28 – junho de 2013    47    ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478 
 

anóxica adicionou-se 1000 mg/L de 
nitrito (nitrito de sódio) para 
padronizar a concentração de 
nitrogênio na forma de nitrito a ser 
desnitrificada (Figura 2). Durante a 
fase anóxica, a agitação do lodo 
biológico foi controlada em 40 rpm, 
para que o mesmo se mantivesse em 
suspensão em contato com o 
substrato (lixiviado). 
 Os parâmetros alcalinidade 
total, pH, temperatura, DQO, nitrato, 
nitrito e sólidos suspensos voláteis 
foram analisados para avaliar a 
desnitrificação do nitrito, conforme a 
frequência demonstrada na Tabela 1. 
 As amostras foram coletadas 
pelo método de amostragem simples 
e acondicionadas sob refrigeração a 4 
oC como método de preservação. Para 
os parâmetros analisados 2 vezes por 
semana, optou-se por coletar as 
amostras do primeiro ciclo 
experimental e do quarto ciclo 
experimental. DQO, nitrito e nitrato 
foram analisados após 0; 1,33; 3 e 
4,33 h de reação anóxica para avaliar 
a velocidade de desnitrificação. Para a 
análise de SSV coletaram-se amostras 
no início dos ciclos experimentais e 
após a finalização da fase anóxica no 
quarto ciclo experimental, sendo 
estes dados utilizados para cálculo do 
índice volumétrico de lodo. Amostras 
também foram coletadas após o 
período de sedimentação para todos 
os parâmetros analisados. 

RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Caracterização do Lixiviado 
Bruto em Estudo 
 O lixiviado bruto coletado 
apresentou características lixiviado de 
aterro sanitário antigo (Tabela 2). O 
conteúdo de matéria orgânica 
biodegradável foi baixo (DBO5 = 188,4 
mg.L-1) e com valor muito próximo ao 
encontrado por Lee, Nikraz e Hung 
(2010) que estudaram lixiviados de 
aterros sanitários antigos. A DQO 
encontrada (4005 mg.L-1) encontrou-
se sob uma concentração próxima a 
descrita como característica de 
lixiviados de baixa biodegradabilidade 
(WILLIAMS, 2006). A baixa razão 
DBO5/DQO e pH elevado foram 
consistentes com estudos realizados 
por Tengrui et al. (2007) e Martins, 
Castilhos Junior e Costa (2010). A 
fração principal de nitrogênio total 
encontrado está na forma de 
nitrogênio amoniacal (77%), sendo 

esta espécie química responsável pela 
concentração de DBO5 necessária 
para a completa desnitrificação.  
 
Desnitrificação com Lixiviado 
Bruto como fonte de Carbono 
(Dbo5/N-Nox = 0,37 e tempo 
total de fase anóxica de 4,33 H) 
 A razão DBO5/N-NOx obtida 
para desnitrificação foi de 0,37. Os 
resultados dos experimentos de 
desnitrificação baseados em quatro 
ciclos operacionais em RBS são os que 
seguem. O pH inicial dos ensaios 
desnitrificantes mostrou-se bem 
similar (8,1 a 8,2). A variação do pH 
apresentou-se significativa apenas no 
terceiro ciclo experimental. Observou-
se aumento do pH na primeira hora 
anóxica, ocorrendo posteriormente, 
uma redução do pH de 8,27 para 7,89. 
Essa redução pode ter ocorrido 
devido a oxidação do amônio 
presente no lixiviado bruto, que 

 
Figura 2: Operação do reator em batelada sequencial em escala laboratorial 
 

Tabela 1: Frequência de análise dos parâmetros utilizados para análise da 
desnitrificação de nitrito. 

PARÂMETRO FREQUÊNCIA 
Alcalinidade total Diária 

pH Diária 
DQO Duas vezes por semana 

Nitrato Duas vezes por semana 
Nitrito Duas vezes por semana 

Sólidos suspensos voláteis (SSV) Duas vezes por semana 
 



Revista Brasileira de Ciências Ambientais – Número 28 – junho de 2013    48    ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478 
 

destrói a alcalinidade, formando ácido 
carbônico. Por sua vez, durante a 
sedimentação do lodo, ocorreu um 
novo aumento do pH de 7,89 para 
8,18.   
 O aumento da alcalinidade 
devido à desnitrificação foi observado 
somente no Ciclo I (4 %) na primeira 
hora anóxica. Por sua vez, a maior 
redução de alcalinidade ocorreu após 
4,33 h de fase anóxica no Ciclo I (26 
%), sendo este resultado 
possivelmente explicado pela 
oxidação de nitrogênio amoniacal sob 
concentrações limitadas de oxigênio 
dissolvido. O maior consumo de DQO 
ocorreu durante a fase de 
sedimentação no primeiro ciclo 
experimental com consumo de 1532 
mg.L-1 de DQO correspondendo a uma 
eficiência de remoção de 34 % (Figura 
3). Em outro estudo avaliando a 
desnitrificação de nitrito com lixiviado 
de aterro sanitário antigo operado em 
RBS, Spagni, Marsili-Libbeli e 
Lavagnolo (2008) obtiveram como 
resultado uma redução de DQO na 
faixa de 30 a 40 %. Já no quarto ciclo 
experimental, observou-se um 
consumo gradual de DQO ao longo do 
estágio anóxico e na fase de 
sedimentação. A DQO remanescente 
deveu-se a presença de compostos 
recalcitrantes típicos de aterros 
sanitários antigos. Após adição do 
nitrito sintético observou-se que 
grande porção do reagente 
converteu-se a nitrato, um resultado 
inesperado que pode ter ocorrido 
pela oxidação do reagente devido a 
seu comportamento higroscópico. A 

Tabela 2: Caracterização do lixiviado bruto 
Parâmetro   Concentração média  Desvio padrão 
Alcalinidade total 9470 mg.L-1 ± 611  

DBO5,20oC 188,4 mg.L
-1 ± 274,2  

DQO 4005 mg.L-1 ± 59  

DBO5/DQO  0,05  
Nitrogênio amoniacal 2940 mg.L-1 ± 145  

Nitrogênio na forma de nitrato 22,4 mg.L-1 ± 14,1  

Nitrogênio na forma de nitrito 2,5 mg.L-1 ± 2,3  

Nitrogênio total 3783 mg.L-1 ± 284  

pH 9,0 ± 0,1 
 

100

150

200

250

300

350

0 1 2 3 4 5 6

Tempo [h]

N
itr

og
ên

io
 n

a 
fo

rm
a 

de
 

ni
tr

at
o 

[m
g/

L]

Ciclo I Ciclo IV
 

 
Figura 4: Variação da concentração de nitrogênio na forma de nitrato durante os ensaios 

desnitrificantes. 
 

2500

3000

3500

4000

4500

5000

5500

0 1 2 3 4 5 6

Tempo [h]

D
Q

O
 [m

g/
L]

Ciclo I Ciclo IV
 

Figura 3: Consumo de DQO durante os ensaios desnitrificantes 
 



Revista Brasileira de Ciências Ambientais – Número 28 – junho de 2013    49    ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478 
 

média de concentração de N-NO2
- e 

N-NO3
-
 a ser reduzida no reator 

anóxico foi de 667 mg.L-1.  Em relação 
a remoção de nitrato, observou-se 
diminuição da concentração entre 3 e 
4,33 h de reação anóxica nos Ciclos I e 
IV, com posterior aumento de 
concentração durante a fase de 
sedimentação biológica (Figura 4).  
 Uma hipótese que poderia 
explicar a concentração de N-NO3

- 
durante a fase de sedimentação 
superar a concentração inicial nos 
ciclos I e IV é a oxidação anaeróbica 
de amônia, processo conhecido como 
Annamox. No processo Annamox, 
microorganismos utilizam nitrito e/ou 
nitrato como elétron aceptor para 
oxidar o nitrogênio amoniacal (AHN, 
2006). 
 Em relação a redução na 
concentração de N-NO2

- observou o 
mesmo comportamento obtido nas 
análises de N-NO3

-. No Ciclo I ocorre 
redução da concentração de nitrito na 
primeira hora anóxica com posterior 
aumento da concentração. No Ciclo IV 
observou-se diminuição da 
concentração de nitrito entre 3 e 4,33 
h de fase anóxica, ocorrendo 
novamente aumento da concentração 
durante a sedimentação, superando a 
concentração de nitrito do estado 
inicial (Figura 5). A eficiência de 
redução de nitrito no reator 
correspondeu a 5 e 12 % nos Ciclos I e 
IV, respectivamente.  O aumento da 
concentração de nitrito observada 
possivelmente deve-se ao processo 
Annamox, mesma explicação exposta 
anteriormente para o aumento de 
nitrato. 
 A desnitrificação pôde ser 
observada após 1,33 h de fase anóxica 
no ciclo I e após 4,33 h de fase 
anóxica no ciclo IV. No ciclo IV, 38,5 
mg.L-1 de N-NOx foram reduzidos, mas 
com aumento de concentração das 
formas nitrogenadas oxidadas (N-NO2

- 
e N-NO3

-) durante a sedimentação 
(Figura 6). A taxa específica de 
desnitritação foi de 0,07 Kg nitrito.Kg-1 
SSV * d após 4,33 h de fase anóxica no 

ciclo IV.  Como o lixiviado bruto não 
foi capaz de desnitrificar totalmente o 
nitrito e o nitrato presentes no reator, 
indica-se a adição de fontes externas 
de carbono biodisponíveis como 
metanol, etanol, glicose, acetato e 
melaço de cana, de modo a ampliar a 
reação de desnitrificação. Spagni e 
Marsili-Libelli (2008) conseguiram 
remover 95% do nitrito presente no 
reator, pela adição de acetato. Quan 

et. al (2005) verificaram que a 
utilização de melaço hidrolisado 
proporcionou maiores índices de 
desnitrificação (91,6 ± 1,6 %) 
comparado ao uso do metanol (85,3 ± 
2,0 %). Kulikowska e Klimiuk (2004) 
por sua vez avaliaram a utilização de 
metanol como fonte de carbono, e 
verificaram a desnitrificação máxima 
aplicando-se uma dosagem de 
metanol de 5,4 mg DQO.mg-1 NNO3. 

200

250

300

350

400

450

500

0 1 2 3 4 5 6

Tempo [h]
N

itr
og

ên
io

 n
a 

fo
rm

a 
de

 n
itr

ito
 

[m
g/

L]
Ciclo I Ciclo IV

 
Figura 5: Variação da concentração de nitrogênio na forma de nitrito durante os 

ensaios desnitrificantes. 
 

0

10

20

30

40

50

0 1 2 3 4 5 6

Tempo [h]

D
es

ni
tr

ifi
ca

çã
o 

[m
g/

L]

Ciclo I Ciclo IV
 

Figura 6: Desnitrificação de nitrogênio na forma de nitrato e nitrito. 
 



Revista Brasileira de Ciências Ambientais – Número 28 – junho de 2013    50    ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478 
 

Diante do exposto, a avaliação da 
fonte de carbono de maior 
disponibilidade aos micro-organismos 
através de ensaios de bancada se 
mostra como importante ferramenta 
na busca de soluções que visem 
aumentar ao máximo a 
desnitrificação, e desta maneira, 
proporcionar um efluente tratado de 
melhor qualidade.  
 Em relação aos sólidos 
suspensos voláteis (SSV), o sistema 
apresentou perda de biomassa após o 
quarto ciclo experimental (12%), 
reduzindo de 3055 mg.L-1 de biomassa 
inicial para 2675 mg.L-1. Quanto ao 
índice volumétrico de lodo (IVL), o 
lodo apresentou boa decantabilidade 
e adensamento, com o lodo biológico 
ocupando um volume de 53,5 mL.g-1 
SSV após o quarto ciclo experimental. 
 
CONCLUSÕES 
 
 A DBO do lixiviado bruto não 
foi capaz de desnitrificar 
completamente as formas 
nitrogenadas oxidadas presentes no 
reator em estudo. Uma fonte de 
carbono externa é necessária para 
aumentar a eficiência da 
desnitrificação. 
 Após os ensaios 
experimentais, observou-se 
concentração elevada de DQO 
remanescente, devido a compostos 
recalcitrantes presentes em lixiviados 
de aterros sanitários antigos.  
 A redução das formas 
nitrogenadas (N-NO2 e N-NO3) não foi 
eficiente, devido a baixa razão C/N do 
efluente bruto, além do sistema sofrer 
a própria oxidação do nitrogênio 
amoniacal proveniente do efluente 
bruto, dadas as concentrações de 
nitrito e nitrato na fase de 
sedimentação superarem a 
concentração inicial dos ensaios 
experimentais. Os resultados 
observados de redução de pH e 
alcalinidade total também poderiam 
serem explicados pela ocorrência do 

processo Annamox no RBS. Análises 
de variação da concentração de 
nitrogênio amoniacal são necessárias 
para confirmar essa hipótese.  
 A taxa específica de 
desnitritação nos ensaios sem adição 
de melaço de cana foi de 0,07 Kg 
nitrito. Kg-1 SSV*d.  
 O sistema apresentou perda 
de biomassa e bom adensamento do 
lodo biológico. 
 Fontes externas de carbono 
devem ser avaliadas, como forma de 
otimizar a desnitrificação via nitrito e 
via nitrato, como forma de minimizar 
impactos ambientes pelo excesso de 
nutrientes.  
 
AGRADECIMENTOS 
 Os autores gostariam de 
agradecer a CAPES pelo suporte 
financeiro, a Proactiva Meio Ambiente 
Brasil pelo oferecimento da estrutura 
e apoio financeiro e a FURB 
(Fundação Universidade Regional de 
Blumenau) pelo suporte técnico 
prestado. 
 
REFERÊNCIAS 
 
AHN, Y. – H. Sustainable nitrogen 
elimination biotechnologies: A review. 
Process Biochemistry, v. 41, p. 1709–
1721, 2006. 
 
APHA, Standard  Methods for the 
Examination of Water and 
Wastewater. Ed: Port City Press, 
Baltimore, EUA, 2005. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS. Apresentação de projetos 
de aterros sanitários de resíduos 
sólidos urbanos – Procedimentos: 
NBR 8419. São Paulo. 13 p., 1984. 
 
BARBOSA, R. M. O chorume dos 
depósitos de resíduos urbanos: 
Composição, Evolução, Diluição, 
Extensão, Processos, Poluição e 
Atenuação. Revista Brasileira de 
Tecnologia, v. 14, p. 111-125, 1999. 

BRASIL. CONSELHO NACIONAL DO 
MEIO AMBIENTE. Resolução CONAMA 
no 430, de 13 de maio de 2011. 
Dispõe sobre as condições e padrões 
de lançamento de efluentes, 
complementa e altera a Resolução no 
357, de 17 de março de 2005, do 
Conselho Nacional do Meio Ambiente 
– CONAMA. 
 
BUTKOVSKYI, A. Leachate treatment 
at Filborna Landfill with focus on 
nitrogen removal. Dissertação de 
mestrado, Departamento de 
Engenharia Química, Universidade de 
Lund, Suécia, 2009. 
 
CAMPOS, J. L.; GARRIDO, J. M.; 
MOSQUERA-CORRAL, A.; MÉNDEZ, R. 
Stability of a nitrifying activated 
sludge reactor. Biochemical 
Engineering Journal, v. 35, p. 87–92, 
2007. 
 
CARNEIRO, R. M. A.; TAKAYANAGUI, A. 
M. M.; NERY, A. A.; BARBOSA, A. L. M. 
Experiências municipais sobre 
resíduos perigosos: avaliação, 
percepção e comunicação de riscos. 
Revista Brasileira de Ciências 
Ambientais, n. 2, p. 5-13, 2004. 
 
CARRERA, J.; VICENT, T.; LAFUENTE, F. 
J. Influence of temperature on 
denitrification of an industrial high-
strength nitrogen wastewater in a 
two-sludge system. Water SA, v. 29, n. 
1, 2003. 
 
DEL BORGUI, A.; BINAGHI, L.; 
CONVERTI, A.; DEL BORGHI, M. 
Combined treatment of leachate from 
sanitary landfill and municipal 
wastewater by activated sludge. 
Chem. Biochem. Eng. Q., v. 17, n. 4, p. 
277–283, 2003. 
 
ESTUARDO, C.; MARTÍ, M. C.; 
HUILIÑIR, C.; LILLO, E. A.; VON 
BENNEWITZ, M. R. Improvement of 
nitrate and nitrite reduction rates 
prediction. Electronic Journal of 



Revista Brasileira de Ciências Ambientais – Número 28 – junho de 2013    51    ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478 
 

Biotechnology, v. 11, n. 3, Pontificia 
Universidad Católica de Valparaíso, 
Chile, 2003.  
 
GOMES, L. P. In: Estudos de 
caracterização e tratabilidade de 
lixiviados de aterros sanitários para as 
condições brasileiras. Rio de Janeiro: 
ABES, 2009. 
 
GUERRA, A. F.; VIDAL, C. M. S.; 
SOUZA, J. B. Proposta de melhoria de 
aterro de resíduos sólidos urbanos 
para um pequeno município. Rev. 
Acad., Ciência Agrária e Ambiental, v. 
8, n. 2, p. 191-203, 2010. 
 
KLIMIUK, E; KULIKOWSKA, D. The 
influence of hydraulic retention time 
and sludge age on kinetics of nitrogen 
removal from leachate in SBR. Polish J. 
Environ. Stud. v. 15, n. 2, p. 283–289, 
2006. 
 
KULIKOWSKA, D.; KLIMIUK, E.  
Removal of Organics and Nitrogen 
from Municipal Landfill Leachate in 
Two-Stage SBR Reactors. Polish 
Journal of Environmental Studies, v. 
13, n. 4, p. 389 – 396, 2004. 
 
LANGE, L. C.; ALVES, J. F.; AMARAL, M. 
C. S.; MELO JÚNIOR, W. R. Tratamento 
de lixiviado de aterro sanitário por 
processo oxidativo avançado 
empregando reagente de Fenton. Eng. 
Sanit. Amb., v. II, n. 2, p. 175-183, 
2006. 
 
LEE, H. L.; NIKRAZ, H.; HUNG, Y. T. 
Influence of waste age on landfill 
leachate quality. International Journal 
of Environmental Science and 
Development, v. 1, n. 4, out. 2010. 
 
MARCHETTO, M.; GIANOTTI, E. P.; 
CAMPOS, J. R.; PIRES, R. C.; MORAES, 
E. M. Estimate of denitrifying 
microbiota in tertiary sewage 
treatment and kinetics of the 
denitrification process using different 
sources of carbon. Brazilian Journal of 

Microbiology, v. 34, p. 104–110, 2003. 
 
MARTINS, C. L.; CASTILHOS JUNIOR, A. 
B.; COSTA, R. H. R. Desempenho de 
sistema de tratamento de lixiviado de 
aterro sanitário com recirculação do 
efluente. Eng. Sanit. Ambient., v. 15, 
n. 4, p. 401–410, 2010. 
 
PEIXOTO, A. L. C.; IZÁRIO FILHO, H. J. 
Statistical evaluation of mature 
landfill leachate treatment by 
homogeneous catalytic ozonation. 
Brazilian Journal of Chemical 
Engineering, v. 27, n. 04, p. 531 – 537, 
2010. 
 
PEREIRA-RAMIREZ, O.; ANTUNES, R. 
M.; QUADRO, M. S.; KOETZ, P. R. 
Remoção da DQO e nitrificação em 
reator biológico aerado no pós-
tratamento de águas residuárias de 
suinocultura. Revista Brasileira de 
Agrociência, v. 9, n. 3, p. 279–286, 
2003. 
 
QUAN, Z.-X.; JIN, Y.-S.; YIN, C.-R.; LEE, 
J. J.; LEE, S.-T. Hydrolyzed molasses as 
an external carbon source in 
biological nitrogen removal. Abstract, 
Bioresource Technology, v. 96, n. 15, 
p. 1690-1695, out 2005.   
 
QUEIROZ, L. M.; AUN, M. V.; MORITA, 
D. M.; ALEM SOBRINHO, P. Biological 
nitrogen removal over 
nitritation/denitritation using phenol 
as carbon source. Brazilian Journal of 
Chemical Engineering, v. 28, n. 02, p. 
197–207, 2011. 
 
SPAGNI, A.; MARSILI-LIBELLI, S.; 
LAVAGNOLO, M. C. Optimisation of 
sanitary landfill leachate treatment in 
a sequencing batch reactor. Water 
Science & Techonology, 58.2, 2008. 
 
TENGRUI, L.; AL-HARBAWI, A. F.; BO, L. 
M.; JUN, Z.; LONG, X. Y. Characteristics 
of Nitrogen Removal from Old Landfill 
Leachate by Sequencing Batch Biofilm 
Reactor. American Journal of Applied 
Sciences, v. 4, n. 4, p. 211–214, 2007. 

VON SPERLING, M. In: Princípios do 
tratamento biológico de águas 
residuárias – Lodos Ativados. Belo 
Horizonte: Departamento de 
Engenharia Sanitária e Ambiental; 
Universidade Federal de Minas Gerais, 
v. 4, 1997. 
 
VON SPERLING, M.; NETO, C. O. A.; 
VOLSCHAN JÚNIOR, I.; FLORÊNCIO, L. 
Impacto dos nutrientes do esgoto 
lançado em corpos de água. In: MOTA, 
F. S. B.; VON SPERLING, M. 
(COORDENADORES). Nutrientes de 
esgoto sanitário: utilização e 
remoção. Rio de Janeiro: ABES, 2009. 
 
WILLIAMS, P. T. In: Waste Treatment 
and Disposal. England: 2 ed., 2006. 
 
ZAFARZADEH, A.; BINA, B.; NIKAEEN, 
M.; ATTAR, H. M.; KHIADANI, M. H. 
Effect of dissolved oxygen and 
chemical oxygen demand to nitrogen 
ratios on the partial 
nitrification/denitrification process in 
moving bed biofilm reactors. Iranian 
Journal of Biotechnology, v. 9, n. 3, 
2011. 
 
 
Recebido em: jun/2012 
Aprovado em: dez/2013