Revista Brasileira de Ciências Ambientais – Número 26 – Dezembro  de 2012                                     ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478 
 

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A Revista Brasileira de Ciências Ambientais no contexto do 
Sistema Brasileiro de CT&I 

 
The Brazilian Journal of Environmental Sciences in the context of the Brazilian 

System of Science, Technology and Innovation 
 

RESUMO 
O registro e a divulgação de artigos tornam as revistas científicas bases de 
conhecimento para o sistema de ciência, tecnologia e inovação em que se 
inserem. O histórico de publicações em um periódico estabelece uma 
memória de conhecimentos, caracterizada tanto por seu conteúdo científico 
como pelo processo que levou à criação desse conteúdo. A análise desses 
veículos de publicação é objeto de estudo da bibliometria, cienciometria, 
informetria e webometria. Essas áreas aplicam diferentes técnicas e 
enfoques para estudar aspectos quantitativos e qualitativos da produção e 
da comunicação científica. Neste trabalho, aplicam-se técnicas da 
informetria e da engenharia do conhecimento para acrescentar novos 
enfoques à análise de publicação científica, que permitam verificar fatores 
como a natureza e o posicionamento do conhecimento registrado em 
veículos científicos no sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) em 
que se contextualizam suas publicações. Para tal, foi analisada a totalidade 
dos artigos na base de conhecimentos da Revista Brasileira de Ciências 
Ambientais (Rbciamb), considerando-se os dados das publicações do 
número 1 (agosto de 2005) ao número 22 (dezembro de 2011), a 
caracterização dos autores na Plataforma Lattes e dos financiamentos em 
CT&I realizados por meio dos fundos setoriais nas temáticas de publicação 
da revista, no mesmo período das publicações. Além de caracterizar o 
universo de autores, suas afiliações institucionais e as temáticas de 
publicação, a análise permitiu verificar o grau de aderência entre a base de 
conhecimento da Rbciamb e as prioridades de financiamento em CT&I na 
área do País. 
PALAVRAS-CHAVE: Cienciometria; Engenharia do Conhecimento; Análise de 
periódicos; Sistema de CT&I 
 
ABSTRACT 
By registering and publishing articles, scientific journals create knowledge 
bases in the science, technology and innovation system (ST&I). Journal 
analysis is usually an object of study of bibliometrics, scientometrics, 
informetrics, and webometrics. These areas apply different approaches to 
study quantitative and qualitative aspects of scientific production and 
communication. In this work we apply knowledge engineering techniques as 
an additional approach for scientific publication analysis. We verify how 
knowledge created by the scientific journal is related to the ST&I studied by 
its authors. We analyzed all articles in the knowledge base created by the 
"Revista Brasileira de Ciências Ambientais" (Rbciamb), based on publication 
data, authors characterization (in Lattes Platform), and funding analysis 
(from "fundos setoriais" database analysis). Besides characterizing the 
universe of authors, institutional affiliation and publication subjects, the 
analysis has shown the degree of adhesion between the knowledge base of 
Rbciamb and funding priorities in ST&I in Brazil. 
KEYWORDS: Scientometrics; Knowledge engineering; Scientific journal 
analysis; Science, technology and innovation system 
 

 
 
 
Roberto Carlos dos Santos Pacheco 
Programa de Pós-Graduação em 
Engenharia e Gestão do 
Conhecimento (EGC), Universidade 
Federal de Santa Catarina (UFSC) 
Florianópolis, SC, Brasil 
pacheco@egc.ufsc.br 
 
Denilson Sell 

Programa de Pós-Graduação em 
Engenharia e Gestão do 
Conhecimento (EGC), Universidade 
Federal de Santa Catarina (UFSC) 
Florianópolis, SC, Brasil 
 
Andrea Valéria Steil 
Programa de Pós-Graduação em 
Engenharia e Gestão do 
Conhecimento (EGC), Universidade 
Federal de Santa Catarina (UFSC) 
Florianópolis, SC, Brasil 
 
 
Flavio Ceci 

Programa de Pós-Graduação em 
Engenharia e Gestão do 
Conhecimento (EGC), Universidade 
Federal de Santa Catarina (UFSC) 
Florianópolis, SC, Brasil 
 



 

Revista Brasileira de Ciências Ambientais – Número 26 –  dezembro de 2012                  76                   ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478 
 

INTRODUÇÃO 
 
 Historicamente a análise de 
produção técnico-científica tem sido 
objeto de estudo das áreas de 
Bibliometria, Cienciometria, 
Informetria e, mais recentemente, 
da Cibermetria e Webometria. Com 
propósitos complementares, essas 
disciplinas exploram diferentes 
fontes de informação, em variados 
formatos e aplicam métodos e 
técnicas em problemas que incluem 
a análise da atividade científica e de 
pesquisa, a avaliação de revistas 
científicas e o apoio à tomada de 
decisão em gestão de CT&I.  
 Em estudos mais recentes 
têm-se procurado aplicar métodos 
da Informetria para verificar 
questões de interesse mais amplo à 
sociedade, como o papel de 
diferentes países na criação de 
conhecimento científico (ex. HUANG 
et al. 2012), ou mais gerais ao 
conjunto de atores de CT&I, como o 
fluxo de conhecimento e intersecção 
entre literaturas de disciplinas em 
contextos multi e interdisciplinares 
(BHUPATIRAJU, et al., 2012). 
 Estudos como esses têm 
mostrado que os resultados de 
análises sobre processos e atores de 
um sistema de criação e difusão de 
conhecimento, tecnologia e 
inovação são fortemente 
melhorados pelo acréscimo de 

múltiplos indicadores e por novas 
abordagens de avaliação (NELSON, 
2009).  
Neste artigo analisamos a Revista 
Brasileira de Ciências Ambientais 
(Rbciamb) com base em uma nova 
abordagem de análise de revistas 
científicas que está sendo 
desenvolvida sob preceitos das 
disciplinas da memória 
organizacional, engenharia do 
conhecimento e sistemas de CT&I 
(SCTI), que se adicionam às análises 
da Informetria. Nesse modelo, a 
revista científica é concebida como 
um agente de memória e 
comunicação no conjunto de 
processos e atores de inovação 
envolvidos. Sua missão de registrar e 
difundir conteúdos científicos é 
analisada com a ajuda de técnicas da 
engenharia do conhecimento e de 
análise de informação 
complementares aos resultados de 
análise informétricas.  
 Para tal, foi analisado o 
histórico de publicações da Rbciamb, 
desde o primeiro número em agosto 
de 2005 até o último número de 
2011. Com isso, apresentam-se 
elementos referentes ao perfil de 
conteúdos, autores e instituições 
associadas às publicações da revista, 
bem como sua relação com o perfil 
de projetos financiados com 
recursos dos fundos setoriais do 
Ministério da Ciência, Tecnologia e 

Inovação (MCTI), nas temáticas afins 
à revista. 
 O artigo está estruturado 
da seguinte forma: inicialmente 
apresenta-se a abordagem proposta 
para análise de revistas científicas 
no contexto de um SCTI. Em seguida 
descrevem-se os procedimentos 
metodológicos adotados na 
pesquisa realizada sobre a Rbciamb 
e os resultados de sua análise. Ao 
final apresentam-se os resultados 
das análises e as conclusões que 
puderam ser evidenciadas quanto ao 
posicionamento da revista no SCTI 
do País. 
 

VISÃO GERAL DA 
ABORDAGEM PROPOSTA 
 
 Na Figura 1, a seguir, 
apresenta-se a visão geral da 
abordagem proposta nesta pesquisa 
para analisar o papel de revistas 
científicas no contexto de um 
sistema de CT&I. 
 No alto da Figura 1, o 
primeiro retângulo representa o 
objetivo da abordagem proposta: 
contextualizar uma revista científica 
no sistema de CT&I em que a mesma 
está posicionada. Esse sistema, por 
sua vez, está representado no 
retângulo inferior da figura. O SCTI 
pode ser internacional, nacional, 

 
Figura 1: Visão de mundo da abordagem proposta  



 

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regional ou mesmo local, 
dependendo da política editorial da 
revista. Os demais elementos na 
figura identificam as fontes de 
informação que são analisadas na 
abordagem e as disciplinas que 
oferecem fundamentos conceituais, 
métodos e técnicas para as análises 
propostas.   
 As fontes de informação 
são representadas pela própria 
revista e por bases de dados do SCTI. 
Da revista a proposta considera a 
memória de artigos, autores e 
respectivas afiliações. As bases de 
dados do SCTI são derivadas de 
sistemas de informação utilizados 
por agências de fomento e gestão de 
CT&I. Na figura representam-se as 
bases de currículos e de projetos 
financiados. Para as bases de 
revistas e currículos, a figura 
explicita os dados que são objetos 
de análise (artigos, autores e 
afiliações e formação e produção, 
respectivamente).  
 No centro da Figura 1 estão 
as quatro disciplinas que oferecem 
métodos e técnicas para as análises 

previstas na abordagem proposta. 
Para a análise cientométrica dos 
dados das revistas e das bases de 
dados em CT&I, utilizam-se 
procedimentos oriundos da 
Cienciometria e da Informetria. Na 
abordagem proposta, são acrescidas 
as visões, métodos e técnicas das 
disciplinas de memória 
organizacional e engenharia do 
conhecimento. A primeira ajuda a 
modelar uma revista como veículo 
de difusão, armazenamento, 
retenção e comunicação científica 
que efetiva parte da memória do 
SCTI. A segunda oferta métodos e 
técnicas de extração de 
conhecimentos sobre bases de 
dados, úteis nas análises propostas. 
 Para estabelecer o método 
de análise proposto, os elementos e 
disciplinas de estudo representados 
na Figura 1 foram organizados, 
conforme ilustrado no Quadro 1. 
 A seguir são apresentados 
os elementos no Quadro 1, desde o 
contexto da pesquisa até a 
contribuição das disciplinas 
consideradas. 

Sistema de CT&I  
 
 Historicamente os SCTI têm 
sido concebidos como sistemas 
compostos por atores responsáveis 
pelos fluxos de conhecimentos e de 
tecnologia em uma sociedade. Esses 
fluxos incluem os processos de 
criação e transformação de 
conhecimentos em produtos e 
serviços e os incentivos e 
mecanismos promotores, tanto dos 
fluxos como dos atores 
protagonistas de CT&I.  
 Um dos primeiros modelos 
de concepção de um SCTI foi 
proposto por Vannevar Bush, no 
pós-segunda guerra mundial, com 
uma percepção linear de causa-
efeito entre a pesquisa realizada 
pelo setor acadêmico (pesquisa 
básica) e sua transformação em 
tecnologia (pesquisa aplicada) pelo 
setor industrial (BUSH, 1945). Desde 
então, os modelos de SCTI evoluíram 
para proposições de modelos não 
lineares, mantendo-se em comum a 
referência ao trinômio ciência, 
tecnologia e inovação e aos atores e 

Quadro 1: Elementos do procedimento metodológico da abordagem proposta. 

Contexto da pesquisa: SCTI, seus atores e o papel de uma revista científica como veículo de memória e difusão de CT&I. 
Objeto de investigação: a revista científica como componente do SCTI. 
Objetivo: analisar o posicionamento de uma revista científica em seu SCTI, sob as perspectivas de produção de ciência e de relação 
com os demais processos nesse sistema (ex. planejamento e fomento). 
Fontes de informação: repositório de artigos da revista e bases de dados de sistemas de informação do SCTI. 

Questões de investigação 
1. Qual é o perfil do conhecimento registrado pela revista científica? 

• Qual é seu conteúdo? Que temáticas têm sido priorizadas? 
• Quem é e como é o perfil de seus autores? Como são a formação e a experiência dos mesmos? 
• Qual é o capital relacional/social de sua comunidade de autores? A que ICTIs pertencem os autores? 

2. Como a revista se posiciona no SCTI? 
• Perfil do SCTI: como contextualizar o perfil da revista no SCTI em que ela se situa? 
• Planejamento: as temáticas da revista são frequentes em editais ou em programas de CT&I? 
• Fomento: qual é a aderência das temáticas na revista às prioridades de fomento? Os autores na revista têm 

recebido fomento à sua prática científica? 

Procedimentos metodológicos 
• Gestão da informação: coleta e análise dos dados da revista e das demais fontes de informação utilizadas. 
• Análise do conhecimento registrado na revista: natureza, conteúdo e implicações no SCTI. 
• Análise da memória criada pela revista percebida como veículo de difusão e comunicação do SCTI. 

Disciplinas 
• Sistemas de CT&I: para caracterizar os atores de CT&I, seus perfis e relações no contexto da revista científica. 
• Cienciometria e Informetria: para incluir análises cientométricas e informétricas da revista na proposta. 
• Memória organizacional: para caracterizar a revista científica meio de armazenamento, retenção e difusão em um SCTI. 
• Engenharia do conhecimento: para adicionar métodos e técnicas aos procedimentos de análise. 

 

 



 

Revista Brasileira de Ciências Ambientais – Número 26 –  dezembro de 2012                  78                   ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478 
 

processos associados a CT&I. 
Enquanto sistema, o SCTI funciona 
como “elo de cadeia” entre 
conhecimento gerado e 
oportunidades de mercado (KLINE e 
ROSENBERG, 1986). 
 As diferentes abstrações de 
um SCTI são resultado das distintas 
percepções e representações da 
natureza, da missão e do 
posicionamento de cada ator de 
CT&I nesse “elo de cadeia”. Para 
Freeman, por exemplo, quando 
percebido como um sistema 
promotor de inovação, o SCTI é uma 
“rede de instituições dos setores 
público e privado cujas atividades e 
interações iniciam, importam, 
modificam e disseminam novas 
tecnologias” (FREEMAN, 1987, p. 1). 
Essa visão de atores, relações e 
processos está na base dos 
principais modelos de concepção de 
sistemas de inovação, como no 
triângulo de Sábato (SÁBATO; 
BOTANA, 1968), no modelo de 
hélice tríplice (LEYDESDORFF; 
ETZKOWITZ, 1996) e no modelo 
sistêmico da Organização de 
Cooperação para o Desenvolvimento 
Econômico - OCDE (OECD, 1997). 
Todos identificam atores de CT&I 
posicionados como governo, 
comunidade científica (ou setor 
acadêmico) ou como organizações 
empresariais.  
 Na Figura 2 estão 
representados alguns dos processos 

efetivados por esses atores de um 
SCTI, particularmente aqueles com 
relação mais direta com o processo 
de publicação em revistas 
científicas.  
 A representação espacial 
adotada na Figura 2 enfatiza a não-
linearidade do fluxo de processos e, 
também, a complementariedade de 
papéis dos atores de CT&I. Mas, 
para efeitos da compreensão dos 
mesmos, consideremos um fluxo 
linear semelhante ao que propôs 
Vannevar Bush (BUSH, 1945) entre 
criação e utilização de 
conhecimentos, com ênfases nas 
missões prioritárias dos atores. 
Assim, a percepção do fluxo de 
processos em um SCTI pode se 
iniciar pelos atores acadêmicos e 
técnico-científicos, dado que os 
diferentes modelos costumam 
atribuir a esses atores a missão de 
formação de pessoal e de criação de 
conhecimentos (em parceria e sob o 
apoio dos demais atores). Por serem 
agentes formadores e criadores de 
conhecimento, os atores 
acadêmicos e técnico-científicos 
oferecem ao SCTI profissionais 
especializados, insumos à inovação e 
podem se posicionar como elos 
entre o setor industrial e agentes 
formadores de negócios, como 
incubadoras e spin-offs acadêmicos 
(TÖDTLING, 2006). Na Figura 2, 
foram destacados os processos de 

formação e de publicação dos 
conhecimentos produzidos. 
 O segundo ator de CT&I na 
análise do SCTI é o setor 
empresarial, percebido tanto como 
protagonista de inovação como 
gerador e beneficiário de 
conhecimentos que lhe são insumos. 
Esse setor espera, principalmente, 
acesso a profissionais qualificados, 
formados pelo setor acadêmico 
(SCHIBANY et al., 2002) e, também, 
a conhecimentos de valor potencial 
para o desenvolvimento de novos 
processos, produtos ou serviços. Na 
Figura 2, estão representados os 
processos de empreender, produzir 
e inovar, como principais 
responsabilidades das empresas no 
SCTI. 
  Finalmente, 
independentemente do modelo de 
referência, as modelagens de SCTI 
incluem os atores governamentais 
como principais responsáveis por 
condicionantes favoráveis à 
promoção dos fluxos de 
conhecimento. Espera-se que os 
agentes públicos criem ações e 
mecanismos para promover e 
estimular a criação e disseminação 
de conhecimento e de tecnologias 
no país ou na região a que se refere 
o SCTI (HARTWICH; JANSEN, 2007), 
incluindo-se condições econômicas e 
regulatórias. Na Figura 2, estão 
exemplificados os processos de 
planejamento, fomento e avaliação, 

 

Figura 2: Exemplos de processos em um sistema de ciência, tecnologia e inovação. 



 

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que estabelecem, respectivamente, 
diretrizes, recursos e critérios que 
afetam a atividade técnico-científica. 
 Outro aspecto importante 
para a compreensão do SCTI está na 
perspectiva de análise de sua 
abrangência. A mais tradicional está 
em sua abrangência geográfica, que 
pode ser nacional, (FREEMAN, 1987; 
NELSON, 1993; LUNDVALL, 1993) ou 
regional/local (COOKE et al., 1997). 
Os SCTI também têm sido analisados 
quanto ao uso de tecnologia por 
parte de seus atores (HUGHES, 
1984; CALLON, 1992) e quanto ao 
setor produtivo a que se referem 
(MALERBA, 2002). A definição do 
enfoque e da abrangência da análise 
do SCTI influencia a explicitação das 
questões estratégicas, das variáveis 
de estudo e a escolha de dados 
sobre os atores e processos de CT&I 
que serão explorados para se 
compreender a dinâmica desses 
elementos.  
 Para a abordagem 
proposta, o SCTI caracteriza o 
ambiente, o domínio sobre o qual se 
está definindo um método para 
verificar o papel e a influência de 
uma revista científica no SCTI 
definido. Para tal, na seção a seguir, 
verifica-se de que forma as revistas 
científicas têm sido percebidas na 
literatura que as focaliza como uma 
unidade de um SCTI, 
particularmente em sua relação com 
os atores de CT&I. 
 
O PAPEL DAS REVISTAS 
CIENTÍFICAS NO SCTI 
 
 Revistas científicas têm a 
missão de apoiar o progresso da 
ciência por meio do registro e da 
divulgação de novas pesquisas 
(MAGNO, 2010).  Em uma visão mais 
geral, periódicos científicos atendem 
a objetivos e expectativas da ciência, 
de seus autores (i.e., da comunidade 
científica) e do ambiente/sociedade 
na qual são produzidos (MARUSIC; 
MARUSIC, 2009).  
 É principalmente sob a 
visão da própria comunidade 
científica que o papel das revistas 

científicas é percebido, dado que, 
por séculos, o processo de 
publicação científica tem sido 
protagonizado quase que 
exclusivamente por esses atores, 
com posterior participação do 
Estado no fomento ao processo de 
editoração (SHANK, 1962). 
Conforme representado na Figura 2, 
a publicação tem protagonismo 
principal da comunidade técnico-
científica, responsável pela criação, 
gestão e evolução da revista, mas 
conta, também, com o apoio de 
agentes públicos (fomento à difusão 
CT&I) e privados (financiamento de 
grupos editoriais).  
 Se a criação e manutenção 
das revistas científicas exige a 
articulação, principalmente, dos 
atores técnico-científicos e 
governamentais, o acesso às 
publicações geradas também se dá, 
principalmente, pela comunidade 
científica, provedora e beneficiária 
do conhecimento registrado e 
difundido no contexto de sua 
política editorial. No entanto, em 
um SCTI, os benefícios potenciais 
das publicações estão para todos os 
atores de CT&I. 
 Para o setor 
governamental, as publicações 
científicas têm influência relativa em 
decisões de planejamento, fomento 
e avaliação da atividade técnico-
científica, tomadas por decisores 
públicos em ações como na criação 
de programas de governo ou na 
seleção de beneficiários às ações de 
fomento e da definição e aplicação 
de critérios de avaliação. Um 
exemplo dessa influência está nas 
discussões surgidas nos Estados 
Unidos no pós 11 de setembro. 
Vistas como veículos acessíveis a 
“inimigos da nação” buscando 
conhecimentos científicos com 
potencial danoso à segurança 
nacional, tem-se discutido o direito 
de censura governamental, ao 
menos no caso das pesquisas e 
publicações financiadas pelo 
governo (JACOBS, 2005). 
 Já para o setor empresarial, 
o principal papel das revistas 
científicas é o de ser fonte potencial 

de ideias no fluxo de criação da 
inovação. Um dos primeiros 
trabalhos que verificou o papel das 
revistas cientificas nesse contexto 
foi desenvolvido por Bjarne Ruby. 
Analisando o processo de inovação 
de empresas de dois setores, o autor 
concluiu que engenheiros e técnicos 
não liam ou utilizavam periódicos 
científicos nem os consideravam 
como fontes de ideias (RUBY, 1973). 
O autor comparou a política de 
assinatura de periódicos entre 
diferentes empresas e concluiu que 
o processo de gerar ideias e levá-las 
à inovação é dependente da rede 
social e de comunicação da empresa 
e essa, por sua vez, tem correlação 
negativa com o acesso a revistas 
científicas. Pesquisas mais recentes 
indicam, no entanto, que essa 
situação modificou-se. Embora 
permaneça a conclusão de que a 
rede social e de comunicação 
interna é o fator mais importante 
para a geração de inovação, as 
revistas científicas estão entre as 
fontes de informação externa à 
empresa mais utilizadas 
(KRIAUČIONIENĖ, 2009).  
 Esse novo papel das revistas 
científicas no contexto empresarial 
guarda relação com formas 
contemporâneas de inovação, 
particularmente com os conceitos 
de inovação aberta e de ciência 
aberta. Ao mesmo tempo em que 
entendem que uma fonte de criação 
pode estar em diversos elos da rede 
de inovação de sua empresa, as 
organizações empresariais têm 
participado (ou mesmo criado) 
revistas para difundir e conhecer 
conhecimentos no estado-da-arte e 
não patenteáveis (GASSMANN et al., 
2011). 
 Em síntese, quando 
percebida com parte de um SCTI, 
uma revista científica pode ser 
analisada como uma unidade 
organizacional, com uma missão 
principal (criação e difusão de 
conhecimentos) e com 
relacionamentos com atores e 
processos do ambiente promovido 
por esse sistema (ex. formador de 
capital relacional em CT&I). Essa 



 

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abstração do papel das revistas 
científicas oportuniza novas 
abordagens à análise desses veículos 
de divulgação, que se adicionam 
àquelas tradicionalmente ofertadas 
pela Informetria (BINI et al. 2008). 
Exemplos desses enfoques incluem a 
identificação e análise dos processos 
provocados pela revista científica 
(e.g., MRYGLOD; HOLOVATCH, 2007) 

e o estudo do fluxo de 
conhecimentos no qual sua 
publicação participa (e.g., ZHUGE, 
2006). 
 Nessas abordagens, o 
objeto de análise é o conjunto de 
dados relativos ao macroprocesso 
de publicação e seu ciclo de 
processos, que inclui a definição e a 
gestão das diretrizes editoriais da 

revista, a recepção, a avaliação, a 
revisão, a editoração e a publicação 
de artigos, assim como a formação 
de bases indexadas com os 
trabalhos publicados. A efetivação 
desses processos gera um conjunto 
de bases cujo modelo de dados é 
verificado nas disciplinas de análise 
bibliométrica (ex. MRYGLOD; 
HOLOVATCH, 2007). Na seção a 

 
 

Figura 5: Dados sobre revistas científicas que podem ser objeto de análise da informetria e da abordagem proposta 
 
 
 

 
Figura 3: Classes de dados identificáveis na estrutura de informações sobre Revistas Científicas 

 
 
 
 
 
 
 
 
 

                  
 
 
 



 

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seguir explicitam-se os dados que 
podem ser encontrados ou 
organizados em torno de uma 
revista científica.  
 
MODELO DE DADOS DE 
REVISTAS CIENTÍFICAS 
 
 Para a abordagem 
proposta, procura-se por um modelo 
de dados que permita a agregação 
de informações de diferentes 
sistemas de informação em um SCTI 
e que tenha potencial para análise 
de inferências semânticas 
futuramente.  Na Figura 3, estão 
apresentados os dados gerais que 
foram evidenciados em um processo 
de publicação de revista científica. 
 Conforme indicado na 
Figura 3, no modelo de dados 
propostos, uma revista científica é 
registrada a partir de seus dados de 
identificação, de sua editora, do 
sistema de financiamento, do 
conselho e da política editorial, com 
previsão de acesso por bases de 
dados de periódicos. Além disso, no 
modelo proposto entende-se que 
uma revista científica é distribuída 
em volumes, em que cada volume é 
composto por números, nos quais 
estão os artigos publicados.  
 Em termos de estrutura da 
informação, verifica-se que há um 
conjunto de dados que podem ser 
organizados em classes, como a 

Editora (que é um tipo de 
Instituição), os Editores, os Revisores 
e os Autores (que são classes do tipo 
Pessoa), assim como as áreas do 
conhecimento a que se direciona a 
Revista. A Figura 4, a seguir, 
apresenta essas classes e os dados 
(atributos) que permitem seu 
detalhamento no universo das 
revistas científicas. 
 Além das classes de dados 
comuns na estrutura de informação 
sobre revistas científicas, destaca-se, 
para fins da análise da memória, que 
a mesma produz o detalhamento de 
seus artigos. Como ilustrado na 
Figura 5, os artigos possuem 
identificação, contexto e conteúdo 
comuns. Em seu detalhamento de 
atributos, destacam-se as classes 
sobre autores (do tipo Pessoa) e 
sobre as referências bibliográficas 
(do tipo Referência). 
 Com base no modelo de 
informação apresentado na Figura 3, 
na Figura 4 e na Figura 5, é possível 
se estabelecer uma série de análises 
informétricas encontradas em 
diversos estudos na literatura. Além 
disso, a estruturação dos dados 
informétricos permite a comparação 
entre a base de dados formada pela 
revista e a de outras fontes de 
informação em um SCTI. Quando 
outras fontes de dados estão 
disponíveis, o modelo de dados 
proposto permite ampliar as 

dimensões de análise sobre os 
autores (incluindo nacionalidade, 
titulação e instituição de lotação, 
por exemplo), afiliações 
(caracterização das instituições) e 
temáticas (referências a áreas do 
conhecimento).  
 Os dados produzidos por 
revistas científicas e por outras 
fontes de informação bibliométricas 
têm sido objeto de análise de um 
conjunto de disciplinas, desde a 
Bibliometria até a mais recente 
Webometria. Na seção a seguir 
verificam-se o que são essas 
disciplinas e como cada uma 
contribui para a compreensão do 
processo e dos resultados da 
publicação científica. 
 
INFORMETRIA E A 
ABORDAGEM PROPOSTA 
 
 O histórico de proposição 
de cada abordagem à análise de 
dados bibliométricos guarda relação 
com a forma com que cada 
disciplina percebe (ou é demanda a 
perceber) seu objeto de estudo e os 
objetivos das análises (BROOKES, 
1990).  Ao analisar os objetivos e as 
fontes de estudo de cada disciplina, 
Björneborn e Ingwersen propõem 
um diagrama de Venn, ampliado 
pelas respectivas definições e pelos 
trabalhos seminais de proposição de 

 
Figura 6: Dados sobre artigos em uma revista científica. 

 
 
 
 
 
 

                  
 
 
 



 

Revista Brasileira de Ciências Ambientais – Número 26 –  dezembro de 2012                  82                   ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478 
 

cada disciplina, conforme ilustrado 
na Figura 6. 
 Como se pode verificar na 
Figura 6, todas as disciplinas 
possuem métodos e técnicas para 
estudos quantitativos de 
informação, distinguindo-se pelo 
objeto de estudo (revista científica, 
artigo científico, projeto, etc.) e pela 
abrangência e propósito das análises 
geradas. Há, também, uma 
cooperação de métodos entre essas 
disciplinas, caracterizando o campo 
geral da informetria como multi (nas 
aplicações) e interdisciplinar (na 
sobreposição de pesquisas e 
avanços em novos métodos). 
 No caso dos estudos 
informétricos e bibliométricos sobre 
revistas científicas, as análises mais 
frequentes têm verificado tanto o 
conteúdo histórico formado pelo 
volume de artigos publicados como 
o processo de publicação. Os 
conteúdos têm sido analisados por 
critérios que incluem o perfil 
temático das publicações na revisa, 
a evolução cronológica desse perfil, 
os tipos de estudo e de abordagens 
metodológicas adotadas pelos 
autores, o índice de impacto de suas 
publicações, o perfil de seus autores 

e o perfil das referências 
bibliográficas que utilizam. O perfil 
editorial tem sido analisado por 
critérios que incluem o processo de 
revisão e publicação (tempo e 
índices de rejeição), a evolução do 
perfil de editoração (estilo e 
legibilidade ao longo do tempo) e o 
custo-benefício das publicações. 
Acrescentam-se, ainda, diversos 
trabalhos de análise qualitativa de 
revistas científicas, com ampla 
variedade de abordagens para 
compará-las em termos de 
qualidade e impacto na ciência 
(TURBAN, et al. 2004).  
 Desde o surgimento da 
disciplina da Bibliometria, suas 
análises estão relacionadas com um 
de seus principais objetivos: apoiar a 
tomada de decisão dos diferentes 
atores em um SCTI, considerando 
enfoques distintos de necessidades 
desses atores. Segundo Brookes 
(1990), quando criaram o Instituto 
Internacional de Bibliografia, em 
1895, os advogados e senadores 
belgas Paul Otlet e Henri La Fontaine 
já incluíam entre os objetos de 
análise de sua preocupação registros 
públicos de todos os tipos, dados 
estatísticos, arquivos legais, cartas e 

cartões postais. Esses objetos eram 
considerados pelos bibliotecários 
como efêmeros ou triviais, mas os 
senadores argumentavam que os 
registros dos processos de negócio e 
de governo deveriam ser coletados 
sistematicamente, processados e 
tornados públicos pelas tecnologias 
então disponíveis (BROOKES, 1990). 
 Ao longo de sua evolução, 
os métodos e técnicas de 
organização, processamento e 
disponibilização de documentos 
oriundos ou relacionados à 
publicação científica têm apoiado 
processos de planejamento, 
avaliação, acompanhamento e 
difusão do conhecimento em CT&I. 
Em comum, essas técnicas têm o 
insumo da análise, que são os dados 
sobre as revistas científicas e dados 
oriundos de sistemas de CT&I.  
 Na abordagem proposta, 
conforme descrito nas seções a 
seguir, adicionam-se dois enfoques: 
(i) a percepção da revista científica 
como uma unidade formadora de 
memória do SCTI, conforme o 
enfoque da área de memória 
coletiva/organizacional; e (ii) a 
contribuição da engenharia do 
conhecimento com métodos e 

 

Figura 8: Contextos das disciplinas de Informetria, Bibliometria, Cienciometria, Cibermetria e Webometria.  

Fonte: baseado em Björneborn e Ingwersen (2004). 



 

Revista Brasileira de Ciências Ambientais – Número 26 –  dezembro de 2012                  83                   ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478 
 

técnicas para exploração e análise 
dessa memória em relação a 
elementos de tomada de decisão do 
SCTI. 
 
MEMÓRIA ORGANIZACIONAL 
 
 A noção de memória 
coletiva originou-se dos estudos da 
escola sociológica de Durkheim, para 
quem esse tipo de memória refere-
se ao processo social de articular e 
comunicar informação, levando a 
interpretações compartilhadas, que 
são armazenadas como normas 
sociais e costumes (TRAUGOTF, 
1978, citado em STEIN, 1995). Desta 
formulação inicial emergiu a noção 
metafórica da memória de um 
sistema social particular (STEIN, 
1995), como uma organização, uma 
rede, um SCTI, entre outros. Na 
abordagem proposta 
compreendem-se as organizações 
como entidades sociais 
intencionalmente construídas e 
reconstruídas, a fim de atingir 
objetivos específicos (ETZIONI, 
1989), por isso a expressão memória 
organizacional é utilizada para 
representar um tipo específico de 
memória coletiva (HASEMAN et al., 
2005). 
 Apesar do campo da 
memória coletiva ter se expandido 
rapidamente nas últimas décadas de 
forma interdisciplinar, permanece 
como um tema não paradigmático 
(OLICK, 2008). Um exemplo disso é a 
ampla terminologia existente nos 
estudos sobre memória coletiva, 
que compreende termos como 
memória organizacional, memória 
corporativa, base de conhecimentos 
da organização ou corporativa, 
conhecimento organizacional ou 
corporativo, memória cooperativa, 
memória social, inteligência coletiva 
ou corporativa, genética corporativa 
e memória de equipes (LEHNER; 
MAIER, 2000).  
 A análise desses diferentes 
focos de pesquisa sugere que há 
duas visões acerca da memória 
coletiva: uma visão focada no 
conteúdo da memória (ROWLINSON; 
BOOTH; CLARK; DELAHAYE; 

PROCTER, 2010) e outra visão focada 
nos processos da memória (STEIN, 
1995). A primeira visão define a 
memória pelo seu conteúdo, 
considerado a soma dos 
conhecimentos existentes na 
coletividade (MORT, 2001; NISSLEY; 
CASEY, 2002, WALSH; UNGSON, 
1991; ROWLINSON; BOOTH; CLARK; 
DELAHAYE; PROCTER, 2010). 
Quando analisada pelo seu 
conteúdo, uma revista científica é 
um grande repositório de 
informação e de conhecimento 
acumulado, produzido por outros 
atores do SCTI (pesquisadores, 
organizações científicas, etc.). Essa 
visão adequa-se à compreensão de 
que o conteúdo da memória é a 
informação e o conhecimento, que 
podem ser recuperados e 
reutilizados (ANDERSON; SUN, 2010) 
pela comunidade científica ou por 
outros atores do SCTI. 
 A noção de “repositório” 
(NISSLEY; CASEY, 2002, p. 37) está 
ancorada na visão de Walsh e 
Ungson (1991) de “storage bins”, 
que “compõem a estrutura da 
memória para a organização e para 
aqueles que estão fora da 
organização” (WALSH; UNGSON, 
1991, p. 63). No caso da revista 
científica, esta visão explicita uma 
preocupação com a utilidade da 
informação e do conhecimento 
recuperados de sua memória para o 
desempenho do SCTI.  A imagem de 
repositório de memória é 
amplamente aceita e central para a 
literatura de sistemas de memória 
organizacional, assim como é 
predominante na literatura da área 
de sistemas de informação 
(ROWLISON; BOOTH; CLARK; 
DELAHAYE; PROCTER, 2010).  
 A visão focada nos 
processos da memória, também 
denominada de visão dinâmica 
(STEIN, 1995), busca compreender 
os processos de criação, codificação, 
armazenamento e uso do 
conhecimento de uma coletividade 
particular (RAO; ARGOTE, 2006; 
CORBETT, 2000), ou seja, a forma 
por meio da qual o conhecimento se 
torna parte da organização e é 

utilizado em suas atividades 
presentes (STEIN, 1995). A visão 
processual ou dinâmica da memória 
coletiva tem se equacionado com o 
compartilhamento desta 
aprendizagem entre os membros da 
coletividade (RAO; ARGOTE, 2006). 
Um recente estudo bibliométrico 
sobre memória organizacional 
(SANTOS et al., 2012) identificou os 
macro temas de artigos indexados 
nas áreas de Gestão e Negócios da 
base Web of Science.  Verificou-se 
que os artigos que utilizam uma 
abordagem mais tecnológica 
possuem como foco o conteúdo da 
memória e a utilização de 
tecnologias da informação para 
apoiar a estruturação da memória 
organizacional. Esses artigos 
apoiam-se em diferentes 
abordagens conceituais, entre elas a 
Engenharia do Conhecimento. 
“Exemplos de temas incluem 
sistemas de informação baseados 
em computador (computer-based 
information systems) tratados como 
repositórios de conhecimentos 
(p.ex. Kankanhalli et al., 2005); 
tecnologias colaborativas 
(collaborative technologies) e 
sistemas de apoio à decisão 
(decision support systems) tratados 
como sistemas baseados em 
conhecimento (p.ex. Abecker et al., 
1998); e ontologias (ontologies) 
empregadas para representação da 
memória organizacional (p.ex. Ju, 
2006; Weinberger et al., 2008) 
(SANTOS et al., 2012, p. 11)“ 
 O interesse científico na 
memória coletiva pode ser 
verificado pelo número crescente de 
pesquisas empíricas (MINER; 
MEZIAS, 1996; ACKERMAN; 
ALVERSON, 2000; SANTOS, URIONA-
MALDONADO; MACEDO DOS 
SANTOS, 2011) sobre o conteúdo e 
os processos da memória coletiva 
(STEIL; SANTOS, 2012). Entretanto, 
ainda precisam ser desenvolvidos 
(OS, 2006) tanto uma maior 
compreensão sobre como a 
aprendizagem e o conhecimento são 
incorporados e recuperados em 
organizações quanto um framework 



 

Revista Brasileira de Ciências Ambientais – Número 26 –  dezembro de 2012                  84                   ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478 
 

unificado acerca dos mecanismos da 
memória coletiva. 
 Para a abordagem proposta 
neste artigo, a Memória 
Organizacional contribui 
diretamente com o referencial de 
análise sobre o conteúdo produzido 
por revistas científicas. Há, também, 
potencial para estudos futuros 
focados no processo de formação da 
memória da revista (por exemplo, 
financiamento, editoração, avaliação 
por pares, disponibilidade, citação, 
etc), assim como para o papel da 
memória dos registros científicos no 
SCTI. Para a análise do conteúdo 
produzido por revistas científicas, a 
abordagem proposta neste artigo 
alia a visão trazida pela Memória 
Organizacional com técnicas da área 
de engenharia do conhecimento, 
conforme descrito na seção a seguir. 

Engenharia do Conhecimento 

 A Engenharia do 
Conhecimento (EC) surgiu nos anos 
1960 como disciplina dedicada ao 
desenvolvimento de sistemas 
especialistas (DURKIN, 1994), 
técnica da Inteligência Artificial (IA) 
que estabelece sistemas 
computacionais com capacidade de 
representação e inferência lógica 
sobre uma base de regras de um 
determinado domínio. Nessa época, 
o trabalho de um engenheiro do 
conhecimento consistia em 
transferir conhecimentos da cabeça 
de um especialista para uma base de 
conhecimento. Duas décadas mais 
tarde, com base nos aprendizados 
sobre as limitações dos 
procedimentos e técnicas da 
primeira fase e ciente dos avanços 
das áreas de engenharia de software 
e de disciplinas coirmãs da IA, a EC 
foi reestruturada como uma nova 
disciplina, com o objetivo de prover 
métodos e técnicas para 
desenvolver sistemas baseados em 
conhecimento de forma controlável 
e sistemática (STUDER, et al. 2000, 
SCHREIBER et al. 2002). 
 Essa sistematização tem 
fundamentos na elaboração de 

modelos de conhecimento que 
permitam reuso, padronização, 
representação semântica e 
inferências em domínios específicos 
(i.e., conhecimentos).  
 Nessa ótica, algumas 
abordagens têm sido propostas para 
identificar de que forma a EC pode 
contribuir em cada um dos 
macroprocessos de conhecimento 
observado em organizações. Um 
exemplo é o trabalho de Lai (2007), 
que propõe uma abordagem para 
identificar as fases em que a EC 
pode contribuir com a Gestão do 
Conhecimento (Método KMKE) – 
definidas nos macroprocessos de 
modelagem, verificação, 
armazenamento, busca e 
atualização de conhecimentos. Para 
cada macroprocesso há um conjunto 
de possibilidades que a EC e 
disciplinas correlatas oferecem em 
termos de métodos e técnicas de 
extração de conhecimentos a partir 
de fontes de dados e de 
informações, tais como modelo de 
contexto organizacional e de 
conhecimento (ex. SCHREIBER, et al. 
2002), descoberta de conhecimento 
sobre dados – KDD (FAYAD, 1996), 
engenharia de ontologias 
(MIZOGUCHI; IKEDA, 1998) e 
representação visual de conceitos 
com mapas de conhecimentos 
(DAVENPORT; PRUSAK, 1998), 
mapas conceituais (NOVAK, 1998) 
ou mapas de tópicos (RATH, 2003). 
Para a abordagem proposta, a 
adição da Engenharia do 
Conhecimento e de suas disciplinas 
correlatas tem por objetivo destacar 
a camada semântica que pode ser 
derivada dos dados e informações 
informétricas em um SCTI, a 
exemplo de trabalhos que estudam 
os fluxos de conhecimento no 
processo científico (ZHUGE, 2006). 
Objetiva-se extrair conhecimentos a 
partir dos dados gerados pelo 
processo de publicação de uma 
revista científica e por sistemas de 
informação do SCTI no qual a revista 
se contextualiza.  
 Conforme apresentado nas 
seções a seguir, no caso da Revista 
Rbciamb, foram aplicados 

algoritmos de análise de correlação 
e apresentação de mapas de tópicos 
sobre os dados produzidos por suas 
publicações e sobre o contexto de 
fomento aos fundos setoriais nas 
temáticas da revista, considerando a 
base de dados do MCTI. Por meio da 
análise desses mapas de tópicos, 
compara-se o perfil bibliométrico do 
que a revista produz com o contexto 
de suas temáticas em um dos 
processos-chave do sistema 
brasileiro de CT&I, que é o fomento.  
 

ANÁLISE DA REVISTA 
Rbciamb 
 
 Nas próximas seções 
apresenta-se a aplicação da 
abordagem proposta em um estudo 
sobre a Revista Rbciamb. Além de 
estudos contextualizados na 
Cienciometria e na Informetria 
aplicam-se sistemas de 
conhecimento na análise de dados 
disponíveis no sistema brasileiro de 
CT&I (Fundos Setoriais). Espera-se 
que a combinação desses métodos 
ajude a explicitar elementos que 
subsidiem como a Rbciamb tem se 
posicionado nesse sistema e a 
natureza da memória que a revista 
tem criado para as ciências 
ambientais no País. Inicialmente, são 
explicitados os procedimentos 
adotados na preparação dos dados 
do estudo. Nas seções seguintes, são 
detalhados tanto os métodos e os 
resultados obtidos. 
 
Preparação das bases de dados 
 
 Na Figura 7 a seguir estão 
representados os 4 passos 
efetivados para o tratamento e 
preparação dos dados que dão base 
às análises da Revista Rbciamb. 
 Como ilustra o primeiro 
passo na Figura 7, inicialmente todos 
os artigos da revista foram baixados 
para um diretório de arquivos de 
documento (formato PDF). Em esses 
artigos foram analisados e tabulados 
quanto aos dados bibliométricos 
disponíveis para essa revista em 



 

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seus documentos de artigos (i.e., 
data, título, autores, afiliações, 
palavras-chave e resumo). O terceiro 
passo consistiu na análise dos 
autores que publicaram na revista. 
Para cada autor foi verificado o 
currículo Lattes, do qual foram 
extraídos dados complementares de 
identificação (nome e link do CV), 
vinculação profissional (UF, nome e 
tipo da instituição) e titulação (ano, 
país/UF e IES da formação, nível e 
área do curso). Além disso, foram 
feitas consultas ao Portal Inovação 
(www.portalinovacao.mct.gov.br) 

para indicar a quantidade de 
pessoas no País que atuam nas 
temáticas publicadas na Rbciamb. A 
quarta atividade consistiu em extrair 
os dados de projetos financiados por 
fundos setoriais do MCTI nas 
temáticas de publicação da 
Rbciamb, durante o mesmo período 
de publicação. Esses procedimentos 
estão descritos no Quadro 2. 
 Uma vez concluída a 
preparação dos dados, foi possível 
efetivar os estudos informétricos e 
aplicar sistemas de conhecimento 
para análise do universo de atores e 

temáticas associadas à Revista 
Rbciamb, conforme descrito a 
seguir. 
 
CONTRIBUIÇÃO DA 
INFORMETRIA 
 
 Como visto anteriormente, 
a Bibliometria, a Cienciometria e a 
Informetria oferecem uma gama de 
métodos e critérios de análise sobre 
os dados produzidos por uma revista 
científica. No estudo da Rbciamb, as 
análises viabilizadas referem-se 

 

 

Figura 9: Atividades de tratamento dos dados relativos à Revista Rbciamb e seu contexto no SCTI do País. 

 
 
 
 
 

                 
 

 
 
 

Quadro 2: Fontes de dados e procedimentos de tratamento efetivados no estudo da Revista 
Rbciamb 

Fonte de dados Dados analisados Procedimento 
Artigos da Revista 
Rbciamb (PDFs) 

Data, título, autores, afiliações, 
palavras-chave e resumo. 

Todos os artigos foram manualmente analisados, 
produzindo-se tabela normalizada com os dados 
procurados. 

Currículos Lattes 
(*) 

Nome, Instituição de vínculo 
profissional (UF, nome e tipo) 
Titulação (nível, país/UF, ano, 
curso, área, IES). 

Todos os autores tiverem seu currículo Lattes verificado 
nos campos procurados e tabulados na mesma tabela 
extraída do artigo. 

Portal Inovação 
(**) 

Palavras-chave, títulos de 
produção intelectual. 

Utilização da ferramenta de buscas do Portal, que permite 
indexação por frequência de termos entre os currículos 
Lattes e apresenta résumé com base em informações 
acadêmicas e profissionais. 

Fundos Setoriais 
(***) 

Projetos financiados (título, 
resumo, ano e recursos). 

Base de projetos foi analisada com os mesmos 
procedimentos de EC aplicados à base de artigos. 

(*)      Base de currículos da Plataforma Lattes do CNPq, disponível em consulta pública em seu site de busca textual. 
(**)    Portal do MCTI que permite buscar sobre toda a base de currículos Lattes atualizados nos últimos 18 meses. 
(***) Sistema de informação mantido pelo MCTI para consulta aos projetos financiados pelos fundos setoriais. 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 



 

Revista Brasileira de Ciências Ambientais – Número 26 –  dezembro de 2012                  86                   ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478 
 

tanto às informações extraídas por 
tabulação dos dados dos artigos da 
revista como pela análise do 
currículo Lattes de seus autores.  

Histórico de publicações 

 Na Figura 8 a seguir estão 
representadas as evoluções 
cronológicas de dois parâmetros 
informétricos: o total de artigos e o 
total de autores em cada ano da 
revista Rbciamb. 
 Em 7 anos de existência, a 
Revista Rbciamb publicou 134 
artigos, com um total de acumulado 
de 414 autorias (i.e., 414 registros 
de autor nos artigos, incluindo dupla 

contagem de autores que escrevem 
mais do que um artigo). Na média, a 
cada ano a revista registrou um total 
de 19,1 artigos escritos por 59,1 
autores (retirada as duplas 
contagem de autores com mais de 
uma autoria). Nos dois últimos anos, 
a revista ampliou sua média 
histórica em 50% para o total de 
artigos e em 56% para o total de 
autores. 

Perfil temático (via palavras-chave) 
e contexto no SCTI brasileiro 

 Em relação ao perfil 
temático, ao longo dos 7 anos de 
publicações foram utilizados 305 
termos diferentes pelos autores 

para indexar as palavras-chave de 
seus artigos. Os primeiros 12 termos 
mais frequentes correspondem a 
14% do total de palavras-chave, com 
a seguinte distribuição: Educação 
ambiental (2,2%), Reciclagem 
(1,9%), Cambio climático (1,6%), 
Gestão ambiental (1,6%), Resíduos 
sólidos (1,3%), Sustentabilidade 
(1,3%), Indicadores de 
sustentabilidade (1,1%), Mudanças 
climáticas (1,1%), Políticas públicas 
(1,1%), Vulnerabilidade (1,1%), 
Desenvolvimento sustentável (0,8%) 
e Pobreza (0,8%). 
 Para verificar a presença e o 
contexto desses mesmos termos em 
todo o sistema brasileiro de CT&I, 
foram realizadas buscas no Portal 

 

 
Figura 11: cronologia das publicações na revista Rbciamb 

 
 
 
 
 
 
 

Tabela 1: Presença das palavras-chave mais frequentes nos artigos da Rbciamb em currículos do 
SNCTI do País (por titulação ) 

 
Fonte: www.portalinovacao.mct.gov.br – elaborado pelos autores. 

http://www.portalinovacao.mct.gov.br/


 

Revista Brasileira de Ciências Ambientais – Número 26 –  dezembro de 2012                  87                   ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478 
 

Inovação, com contagem do número 
de pessoas que têm essas mesmas 
palavras-chave em seu currículo. O 
resultado dessa consulta está 
apresentado na Tabela 1. 
 Conforme os dados 
apresentados na Tabela 1, os termos 
mais frequentes na Rbciamb são 
objeto de pesquisa e trabalho de 
milhares de doutores, mestres, 
especialistas e graduados do País. 
Percebe-se que os autores da 
Rbciamb destacam-se em algumas 
áreas mais específicas, como no caso 
da Reciclagem, termo no qual dos 10 
indivíduos com o maior número de 
ocorrências da palavra em seu 
currículo, 4 deles são autores da 
revista. Quando a busca exigiu a 
presença concomitante dos 
primeiros 5 termos em português 
(excetuando-se “cambio climático”), 
o resultado foi um total de 672 
pessoas, com 451 doutores. Nesse 
caso, entre os 10 primeiros em 
números de ocorrências, há 3 
autores na Rbciamb. Para a segunda 
faixa de termos mais frequentes na 
Rbciamb, a exigência de todas as 
palavras-chave no mesmo currículo 
é cumprida por apenas 23 pessoas 
(todos doutores), dos quais, entre os 
10 primeiros em termos de número 
de ocorrências, há 1 autor na 
revista. 
 Outra forma de verificar a 
aderência dos temas tratados na 
Rbciamb com o Sistema brasileiro de 
CT&I é pela comparação entre as 

palavras-chave dos artigos da revista 
e os termos mais frequentes nos 
currículos da Plataforma Lattes. Essa 
comparação está ilustrada na Tabela 
2. 
 As cinco palavras-chave 
presentes em currículos da 
Plataforma Lattes na Tabela 2 são 
retornadas no sistema de busca do 
Portal Inovação como as mais 
frequentes em currículos que têm o 
termo de busca procurado. No caso 
do termo “Educação ambiental”, por 
exemplo, além de retornar 34.159 
currículos (conforme Tabela 1), o 
Portal Inovação informa que, dentre 
os 100 primeiros currículos com o 
termo “Educação Ambiental” mais 
frequente, também estão os termos 
“Saúde”, “Professores”, “Meio 
Ambiente”, “Saúde Pública” e 
“Sustentabilidade”, em ordem 
decrescente de frequência.  
 Na Tabela 2 estão 
hachuradas as palavras que também 
aparecem entre a relação de 305 
termos usados pelos autores da 
Rbciamb (quanto mais escuro mais 
frequente na revista). Pode-se notar 
que, no total, as palavras-chave mais 
frequentes nos artigos da Rbciamb 
estão relacionadas a outros 49 
termos, dos quais 15 (31%) estão 
expressos em sua forma exata na 
relação de palavras usadas pelos 
autores da revista. Entre os termos 
que não são utilizados pelos autores 
da Rbciamb estão palavras de 
sentido mais geral (ex. 

“Desenvolvimento”, “Trabalho”, 
“Saúde”), para os quais há termos 
correlacionados na Rbciamb (ex. 
“desenvolvimento regional”, 
“trabalho de campo”, “saúde 
ambiental”). Há, também, termos 
mais relacionados a outras 
disciplinas, como “AIDS” (Saúde), 
“Geografia” (Ciências Sociais 
Aplicadas), “Formação” (Educação). 
Curiosamente, a relação retirada dos 
currículos também contém termos 
diretamente ligados às ciências 
ambientais que não aparecem com a 
mesma morfologia entre as 
palavras-chave da Rbciamb (como 
no caso de “Adequação ambiental”, 
“Amazônia”, “Antártica”, “Área de 
preservação permanente”, 
“Aquecimento global”, 
“Desmatamento”, “Clima”, 
“Climatologia”, “Conflito legal”, 
“Microbacia”, “PET”, “Plásticos”, 
“Polipropileno”, “Reserva legal”, 
“Saneamento ambiental”). Entre 
esses há termos correlacionados na 
Rbciamb (ex. “Polímeros” com “PET, 
“Polipropileno” e “Plásticos”), mas 
também palavras não utilizadas 
como palavras-chave na revista (ex. 
“Amazônia”, “Antártica”). 
 
Distribuição de autorias  
 
 Com os dados extraídos da 
revista é possível analisar, também, 
informações sobre os autores que 
publicaram artigos em toda sua 
história, incluindo o perfil de 

Tabela 2: Presença das palavras-chave mais frequentes nos artigos da Rbciamb em currículos do SNCTI do 
País (por frequência nos currículos) 

 
Fonte: www.portalinovacao.mct.gov.br  

http://www.portalinovacao.mct.gov.br/


 

Revista Brasileira de Ciências Ambientais – Número 26 –  dezembro de 2012                  88                   ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478 
 

autorias e afiliações. A Tabela 3 a 
seguir apresenta as distribuições de 
autorias em todo o histórico da 
revista Rbciamb. 
 Na Tabela 3, apresentam-se 
as distribuições históricas na 
Rbciamb do número de autorias por 
autor (i.e., o total de artigos escrito 
por cada autor) e do número de 
autores por artigo. No caso da 
distribuição de autorias, nota-se, por 
exemplo, que houve 1 autor que 
publicou 7 artigos, 1 com 6 artigos e 
314 autores que publicaram apenas 
um artigo. Já no caso do número de 
autores por artigo, percebe-se que 
houve 1 artigo com 10 autores, 2 
com outro autores e 9 com 1 autor. 
Além disso, pode-se concluir que as 
414 autorias de artigos na Rbciamb, 
ao longo de sua história, devem-se a 
exatos 350 autores. Essas pessoas 

escreveram 134 artigos. Assim, na 
média, um artigo na revista Rbciamb 
é escrito por 3 autores. 

Perfil dos autores (atuação 
profissional) 

 Outra análise importante na 
verificação do perfil dos autores em 
uma revista científica diz respeito à 
vinculação profissional de seus 
autores. Com a abordagem proposta 
é possível verificar duas fontes de 
informação para essa análise: a 
própria revista, a partir do registro 
das organizações de vínculos de seus 
autores (quando disponível na 
identificação das autorias dos 
artigos) e o currículo dos autores (a 
partir das informações sobre vínculo 
profissional corrente, também 

quando disponível na Plataforma 
Lattes). 
 Do total de 350 autores na 
revista, foi possível identificar o 
currículo Lattes de 56 autores (i.e., 
16%). Combinando as informações 
sobre vínculo constantes na revista 
com as registradas pelos autores em 
seus currículos Lattes à época da 
elaboração desse artigo, tem-se as 
distribuições apresentadas na 
Tabela 4. 
 As diferenças entre as 
distribuições por vínculo profissional 
evidenciadas na Tabela 4 se devem a 
dois fatores: (i) distinção entre os 
tempos de registro de vínculo (a 
informação da revista é referente ao 
tempo da última publicação do 
autor e a do currículo de seu estado 
atual no currículo); e (ii) diferença de 
disponibilidade de dados (há um 

Tabela 4: Histórico de autorias e de número de autores por artigo na Revista Rbciamb  

 
 
 
 
 
 
 
 

Tabela 3: Tipo de instituições de vínculo dos autores da Revista Rbciamb 

 
 
 
 
 
 
 
 



 

Revista Brasileira de Ciências Ambientais – Número 26 –  dezembro de 2012                  89                   ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478 
 

total de 56 autores sem currículo 
Lattes, além de currículos sem 
informação de vínculo). 
 Mesmo com essas 
diferenças, é possível confirmar nos 
currículos as análises percebidas 
pelos registros da revista: a maioria 
dos autores é oriunda do setor 
acadêmico, com a presença de 
autores atuantes nos setores 
empresarial, governamental de 
pesquisa. Há uma participação de 
autores vinculados a instituições 
internacionais (cuja grande maioria 
é do setor universitário). 
 

Perfil dos autores (titulação) 

 Com a disponibilidade de 
consulta aos currículos dos autores, 
torna-se viável analisar, entre outros 
fatores, a titulação dos mesmos. Na 
abordagem proposta, sugere-se 

verificar o perfil da formação de 
cada autor, quanto à instituição de 
origem, nível de formação (se 
doutorado, mestrado ou outro), 
área do conhecimento de formação 
e ano de titulação. 
 A análise sobre a titulação 
revela que 75% dos autores da 
Rbciamb tem sua formação de nível 
máximo no Brasil (9% no exterior e 
16% têm esse dado indisponível). 
Para o conjunto de autores com 
titulação disponível, foram 
analisadas as distribuições por nível, 
tempo, área e origem de formação. 
Os dados na Tabela 5 e na Figura 9 a 
seguir permitem verificar que a 
maioria dos autores da Rbciamb 
possui doutorado (52%). Desses 
doutores, a maioria tem titulação 
entre 5 e 10 anos. 

 Na Figura 10 estão 
apresentadas as áreas de titulação 
máxima dos autores da revista 
Rbciamb. Pode-se notar a 
diversidade de áreas de formação, 
confirmando a característica 
multidisciplinar das temáticas de 
interesse da revista. Nota-se que, 
em termos da relação como SNCTI, 
os autores na revista Rbciamb têm 
formações em praticamente todas 
as grandes áreas do conhecimento, 
com ênfase para as ciências da 
saúde, engenharias e ciências sociais 
aplicadas. O perfil de áreas revela, 
também, a juventude de algumas 
disciplinas derivadas das ciências 
ambientais, que começam a 
oferecer seus primeiros profissionais 
(casos do desenvolvimento regional 
e meio ambiente). 

Tabela 5: Nível de titulação dos autores da Revista Rbciamb 

  
 
 
 
 
 
 
 

 
Figura 12: Distribuição do tempo de titulação dos autores da Rbciamb 

 
 
 



 

Revista Brasileira de Ciências Ambientais – Número 26 –  dezembro de 2012                  90                   ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478 
 

 Ainda em relação à origem 
da titulação dos autores, a análise 
dos currículos permitiu identificar as 
instituições de formação dos autores 
da Rbciamb. Ao todo são 93 
Instituições de titulação, das quais 
apenas 13 têm mais do que 4 
autores da revista titulados em seus 
cursos. As instituições com o maior 
número de autores formados são: 
Universidade de São Paulo (85), 
Universidade Federal do Rio Grande 
do Sul (16), Universidade Estadual 
de Campinas (15), Universidade 

Federal de Santa Catarina (13), 
Universidade Federal do Paraná (11) 
e Universidade Federal de Minas 
Gerais (9). 

Mobilidade dos autores (titulação e 
atuação profissional) 

 Tanto na titulação como em 
sua atuação profissional, é possível 
identificar a UF (unidade da 
federação) de endereço associada 
aos autores da revista Rbciamb. Esse 
tipo de análise ajuda a verificar 

aspectos relativos à mobilidade de 
profissionais em um SNCTI. A Figura 
11 a seguir é resultado do 
cruzamento entre a informação 
sobre o estado de origem da 
titulação e da atuação profissional 
dos autores da Rbciamb. Com isso, 
uma célula identifica o total de 
autores que atuam em um estado 
do Brasil (linha da matriz), tendo 
obtido sua formação em outro 
estado (coluna da matriz). 

 
Figura 14: Distribuição das áreas de formação dos autores da Revista Rbciamb (áreas com 4 autores no mínimo). 

 
 

           
 
 
 

 
 

Figura 13: Matriz de mobilidade entre formação e atuação profissional dos autores residentes no País 
 
 
 



 

Revista Brasileira de Ciências Ambientais – Número 26 –  dezembro de 2012                  91                   ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478 
 

 A matriz de mobilidade 
representada na Figura 11 permite 
ver o grau com que cada estado do 
País participa no processo de 
formação e vinculação profissional 
dos autores da Rbciamb. Nas 
colunas da matriz, as unidades da 
federação representam endereços 
de instituições de formação 
acadêmica e nas linhas os endereços 
de organizações de trabalho. Em 
uma célula da matriz, portanto, tem-
se o total de pessoas que estudaram 
na UF de sua respectiva coluna e 
que trabalham na UF de sua 
respectiva linha.  
 Para se analisar o fluxo de 
pessoas, deve-se descontar as que 
estudam e trabalham no mesmo 
estado. No caso da Rbciamb, há um 
total de 162 autores que têm tanto 
sua formação como sua vinculação 
no mesmo estado (somatório da 
diagonal da matriz). Assim, em 
relação aos estados que receberam 
autores da revista para exercer a 
formação em suas instituições de 
ensino, tem-se a seguinte 
classificação: São Paulo (onde 35 
autores de outros estados se 
titularam), Santa Catarina e Minas 
Gerais (8 autores) e Rio de Janeiro (6 
autores). Com relação aos estados 
que receberam autores titulados em 
outros estados para trabalhar, tem-
se a seguinte classificação: Paraná 
(recebeu 17 autores titulados em 
outros estados), São Paulo (9 
autores), Santa Catarina e Rio de 
Janeiro (8 autores cada) e Minas 
gerais (6 autores). 
 Em relação à abordagem 
proposta neste trabalho, o conjunto 
de análises anteriores classifica-se 
no contexto da Informetria. Na 
seção a seguir apresentam-se os 
procedimentos contextualizados no 
âmbito da Engenharia do 
Conhecimento aplicados sobre os 
dados da revista Rbciamb. 

Contribuição da Engenharia do 
Conhecimento 

 
 Na abordagem 
informétrica, as temáticas da revista 
foram analisadas sobre as palavras-
chave utilizadas pelos autores em 
seus artigos (Tabela 1) e pela 
verificação das mesmas nos 
currículos Lattes do País (Tabela 2). 
Nesta seção são aplicadas técnicas 
da Engenharia do Conhecimento 
sobre os resumos dos artigos, 
visando ampliar o poder de análise 
das temáticas produzidas da revista 
e, ao final, são analisados projetos 
que receberam fomento no sistema 
federal no âmbito das temáticas 
tratadas. A seguir apresentam-se os 
procedimentos adotados e os 
resultados das análises baseadas em 
referenciais da Engenharia do 
Conhecimento. 

Procedimentos metodológicos da 
EC 

 Para efetivar a descoberta 
das temáticas tratadas pela revista 
ao longo do tempo, aplicou-se uma 
ferramenta de identificação de 
entidades em corpos de texto (i.e, 
unidades de informação descobertas 
no texto, como cidades, instituições, 
pessoas). Com isso, identificam-se 
termos nos presentes resumos dos 
artigos da revista Rbciamb (i.e. 
termos empregados na 
caracterização dos estudos 
publicados). 
 Para fazer a identificação 
dos termos, neste estudo foi 
utilizada a ferramenta ISNER®, 
desenvolvida pelo Instituto Stela. 
Esta ferramenta foi concebida 
baseada nos estudos apresentados 
em Ceci, Pietrobon e Gonçalves 
(2012) e Ceci, Silva, Sell e Gonçalves 
(2010). CPara aplicá-la, o processo 

implementado é realizada 
atendendo às seguintes etapas:  

1. Reconhecimento dos 
termos candidatos: Nessa 
etapa são identificados os 
termos (simples ou 
compostos) candidatos a 
termos relevantes, ou a 
entidades do domínio. Para 
tal, na ferramenta ISNER® é 
possível selecionar 
diferentes estratégias para 
cada tipo de documento. 
Para esse estudo foi 
utilizada uma abordagem 
estatística que combina 
termos em um conjunto de 
palavras (sete palavras em 
sequência numa sentença) 
e os ordena de acordo com 
a frequência conjunta no 
documento. Essa estratégia 
permite identificar termos 
relevantes, incluindo 
termos compostos (ex. 
“Educação Ambiental”).  

2. Validação: essa etapa tem 
como função analisar as 
entidades reconhecidas na 
etapa anterior, de modo a 
verificar se são 
representativas (válidas) 
para o domínio sob análise. 
Para a validação no âmbito 
do presente estudo, foi 
utilizada uma base de 
dados da Wikipédia, de 
modo que uma entidade é 
considerada válida caso 
conste nessa base de 
termos, ou caso haja um 
termo relacionado nesta 
coleção de termos. Para tal, 
a busca é feita com base no 
índice textual criado apara 
a coleção de resumos de 
artigos, em cada período e, 
quando bem-sucedida, tem 
a entidade encontrada 
adicionada à lista e 
marcada como válida. 

 Para a análise dos textos, os 
resumos dos artigos foram reunidos 
de acordo com o ano da edição das 
revistas e separados em triênios, 



 

Revista Brasileira de Ciências Ambientais – Número 26 –  dezembro de 2012                  92                   ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478 
 

sendo os seguintes períodos 
estratos: (a) 2004 a 2006, (b) 2007 a 
2009 e (c) 2010 a 2011. Os resumos 
de cada período foram, então, 
inspecionados com a ferramenta 

ISNER©. A seguir descrevem-se os 
resultados obtidos. 

Análise de frequência de termos 

 Conforme ilustra a Figura 12, os 
trabalhos publicados nas edições do 
período 2004 a 2006 enfocaram a 
gestão de resíduos, com ênfase no 
tratamento de efluentes de 

 
Figura 18: Termos mais frequentes nas edições de 2004 a 2006. 

 
 
 

 

Figura 16: Termos mais frequentes nas edições de 2007 a 2009. 

 

Figura 17: Termos mais frequentes nas edições de 2010 a 2011. 



 

Revista Brasileira de Ciências Ambientais – Número 26 –  dezembro de 2012                  93                   ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478 
 

indústrias (principalmente paulistas) 
e de resíduos sólidos. Políticas 
públicas e estratégias para a 
promoção da educação ambiental e 
reciclagem foram também vertentes 
destacadas nas publicações dos 
primeiros anos da revista. 
  Conforme ilustra a Figura 
13, nos anos seguintes, entre 2007 e 
2009, as pesquisas continuaram 
concentradas em tratamento de 
resíduos. Neste período, verifica-se 
uma crescente busca no 
estabelecimento de ferramentas de 
avaliação baseadas em indicadores 
para nortear práticas ambientais em 
entidades públicas e privadas e para 
promover o desenvolvimento 
sustentável. Verifica-se ainda neste 
período uma ênfase em pesquisas 
sobre monitoramento da 
contaminação da água aplicando 
parâmetros físicos e químicos. 
 Finalmente, conforme 
ilustrado na Figura 14, nas edições 
realizadas entre 2010 e 2011, 
verificou-se uma concentração de 
estudos sobre a temática das 
mudanças climáticas. A temática foi 
acompanhada por estudos 

envolvendo agentes impactantes no 
clima, políticas públicas, questões 
socioambientais e econômicas e 
metodologias para análise dos 
efeitos das mudanças no clima. A 
partir da análise dos termos mais 
frequentes nas edições da revista, 
foi possível identificar 5 temáticas 
recorrentes, a saber: (i) Resíduos 
(sólidos e líquidos); (ii) Meio 
Ambiente; (iii) Educação Ambiental; 
(iv) Gestão Ambiental; e (v) 
Mudança Climática. 
 Apesar das temáticas 
estarem presentes em praticamente 
todas as edições, verifica-se que a 
ênfase e o desdobramento ao longo 
dos anos foram diferentes, 
conforme ilustrado nas nuvens de 
termos.   
 

Análise de temáticas x Análise de 
palavras-chave 

 Uma possibilidade de 
análise adicional oportunizada pela 
abordagem proposta é a 

comparação entre os resultados dos 
estudos sobre as temáticas da 
revista baseados em palavras-chave 
(Tabela 1 e Tabela 2) e as 
verificações baseadas em 
descoberta de entidades (Figura 12, 
Figura 13 e Figura 14). Na Tabela 6 a 
seguir estão listadas as dez 
entidades mais representativas 
descobertas na abordagem da 
engenharia do conhecimento 
discutida anteriormente e as 
respectivas posições no ranking do 
número de ocorrências entre as 
palavras-chave dos artigos. 
 Na Tabela 6, os percentuais 
nas colunas com períodos indicam a 
proporção relativa que a temática 
encontrada ocupa entre todas as 
frequências de ocorrência nos 
resumos publicados naquele 
período. Os índices Total e Médio 
correspondem ao número de 
ocorrências do termo nos resumos, 
acumulados nos oito anos e na 
média por período, 
respectivamente. As duas últimas 
colunas da Tabela 6 registram a 
frequência relativa do termo entre o 
total de palavras-chave utilizadas 
nos artigos e a respectiva posição no 
ranking de frequências de 

Tabela 6: Comparação de resultados da informetria e da engenharia do conhecimento entre os estudos sobre 
temáticas na revista 

 
 
 



 

Revista Brasileira de Ciências Ambientais – Número 26 –  dezembro de 2012                  94                   ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478 
 

ocorrências das palavras-chave1. 
 Pode-se perceber que há 
diferenças entre os termos utilizados 
por autores para indexar seus 
artigos (i.e., palavras-chave) e as 
palavras com que comunicam o 
propósito e resultado de suas 
pesquisas (i.e., termos utilizados nos 
resumos). O termo mais presente 
entre as palavras-chave (“Educação 
ambiental”) é o sétimo termo 
encontrado nos resumos, enquanto 
o termo mais frequente nos 
resumos (“resíduo”) tem, nesta 
forma exata ou em seu plural, 
apenas uma ocorrência entre as 
palavras-chave (embora tenha 8 
outras variações relacionadas). 
Outra diferença está na localização 
de referência para as pesquisas 
apresentadas: enquanto o termo 
“São Paulo” é o 11º mais frequente 
entre as temáticas dos resumos, ele 
não aparece em nenhum artigo 
como palavra-chave. 
 Essas diferenças entre os 
resultados da abordagem 
informétrica e da engenharia do 
conhecimento são compreensíveis, 
dada a diferença de propósitos entre 
os corpos de texto analisados: 
enquanto as palavras-chave são 
índices de busca geral para os 
artigos, as temáticas encontradas 
em resumos revelam a síntese do 
contexto, objetivos, métodos e 
resultados dessa pesquisa. De forma 
análoga, a aplicação das técnicas da 
engenharia do conhecimento sobre 
todo o texto do artigo poderia 
indicar, nesse caso, as temáticas que 
melhor descrevem os conteúdos na 
plenitude do conteúdo gerado (e 
                                              
1 Tanto no caso das temáticas como das 

palavras-chave, é considerada a forma 
exata dos termos utilizados nos artigos 
(com exceção das variações 
plural/singular e 
maiúsculas/minúsculas). Assim, 
termos compostos não são 
considerados na contagem de 
ocorrências de termos simples (ex. 
“resíduo sólido” não conta para 
“resíduo”) e variações morfológicas 
também representam palavras 
diferentes (ex. “magues” é diferente 
de “manguezais”). 

não apenas indexado, como nas 
palavras-chave, ou comunicado, 
como nos resumos). 
 Como última seção de 
análise para a abordagem proposta, 
combinam-se a seguir os enfoques 
da informetria e da engenharia do 
conhecimento por meio da análise 
do fomento nacional em CT&I nas 
temáticas identificadas nos resumos 
dos artigos da revista Rbciamb. Para 
tal, exploram-se os projetos 
financiados pelos fundos setoriais, 
verificando-se a aderência das 
temáticas às prioridades de 
financiamento de projetos de 
pesquisa. 

Financiamento Público no Âmbito 
das Temáticas da Revista  

 Nas seções anteriores 
foram apresentadas as análises 
decorrentes da identificação das 
temáticas em ciências ambientais 
identificadas nos resumos da revista 
Rbciamb entre 2004 e 2011. Como 
ilustrado na Figura 1, um dos 
objetivos da abordagem proposta é 
combinar resultados da engenharia 
do conhecimento com outras 
análises da informetria. Uma dessas 
combinações possíveis no caso 
brasileiro é a análise da presença 
das temáticas encontradas na 
revista em projetos financiados 
pelas organizações públicas de CT&I. 
No plano federal, uma das bases que 
permite essa verificação é a base de 
fundos setoriais do Ministério da 
Ciência, Tecnologia e Inovação2.  

                                              
2 Os Fundos Setoriais de Ciência e 

Tecnologia foram criados em 1999 
para estabelecer um novo modelo de 
financiamento de projetos de pesquisa 
e para apoio ao desenvolvimento e 
inovação no País (DO VALLE et al., 
2002). O objetivo é garantir a 
estabilidade de recursos para o 
desenvolvimento de áreas prioritárias 
para o Brasil, articulado por um novo 
modelo de gestão, com a participação 
de vários segmentos sociais, 
promovendo sinergia entre as 
universidades, centros de pesquisa e o 
setor produtivo (FINEP, 2012). 

 Ao se verificar a presença 
das temáticas da Rbciamb na base 
de projetos financiados, pode-se 
verificar a aderência das temáticas 
da revista com as prioridades de 
investimentos em CT&I do governo 
brasileiro. Para tal, foi necessário 
efetivar as seguintes atividades: (i) 
escolher as temáticas/palavras-
chave a serem inspecionadas entre 
os projetos financiados 3; (ii) 
identificar os projetos financiados 
pelos fundos setoriais 
contextualizado nas temáticas 
escolhidas (a partir das descrições 
dos projetos) 4; (iii) apurar o 
montante aplicado nesses projetos; 
e (iv) estabelecer a cronologia de 
financiamentos para cada temática 
analisada. 
 Ao final dessas quatro 
atividades foi possível identificar a 
evolução do valor destinado à 
contratação de projetos associados 
às cinco temáticas enfatizadas nas 
edições da revista, conforme ilustra 
a Figura 15. 

                                              

3 Essa escolha deve balancear as 
presenças do termo na base de 
projetos, entre as temáticas e entre as 
palavras-chave dos artigos. No caso da 
Rbciamb os 5 termos analisados 
foram: “Resíduos” (1ª temática mais 
frequente), “Educação ambiental” (1ª 
palavra-chave e 7ª temática mais 
frequente), “Meio ambiente” (6ª 
temática e 24ª palavra-chave mais 
frequente), “Gestão ambiental” (4ª 
palavra-chave e 14ª temática mais 
frequente), “Mudança climática” (3ª 
temática e 8ª palavra-chave mais 
frequente). 

4 A pesquisa sobre os projetos 
financiados foi viabilizada pela 
ferramenta Painel de Conhecimento 
da Plataforma Aquarius - iniciativa do 
MCTI de apoio à governança pública 
de CT&I (PACHECO et al., 2012). O 
Painel sobre os Fundos Setoriais da 
Plataforma Aquarius viabiliza o livre 
acesso a diversas informações sobre os 
projetos financiados, incluindo os seus 
objetivos e o valor aportado. 

 



 

Revista Brasileira de Ciências Ambientais – Número 26 –  dezembro de 2012                  95                   ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478 
 

 Conforme se pode verificar 
no gráfico da Figura 15, em todas as 
temáticas pesquisadas há um 
crescimento significativo no volume 
de recursos aportados em 
contratação de projetos de P&D 
pelos fundos setoriais entre os 
períodos 2003-2005 e 2010-2012.
 Em alguns casos, esse 
crescimento no período é 
coincidente com o aumento do 
número de artigos publicados nas 
temáticas financiadas, identificando 
um alinhamento entre a ênfase dos 
artigos publicados na revista e o 
volume dos investimentos aplicados 
pelos fundos setoriais. Esse é o caso, 
por exemplo, da temática 
“Mudanças climáticas”, que tanto 
nos fundos setoriais como na 

Rbciamb tinha baixa incidência nos 
primeiros períodos, mas entre 2010 
e 2011 saltou para 11% do total de 
temas nos resumos da Rbciamb (ver 
Tabela 6) e teve um aumento de 
recursos financiados de 156% de 
2010-2012 para 2007-2009 (Figura 
15).  
 Em outros casos parece 
haver uma constância na presença 
editorial das temáticas na revista e 
uma variação no fluxo de 
investimentos em P&D. Esse é o 
caso, por exemplo, da temática 
“Educação ambiental” e da temática 
“Gestão ambiental”, que 
apresentam uma certa constância na 
ênfase editorial da Rbciamb (ver 
Tabela 6) e uma variação de volume 
de investimentos (com máximo no 

período entre 2007-2009 para 
“Educação ambiental” e entre 2010-
2012 para “Gestão ambiental”). 
 Além do fluxo de recursos 
aplicados em projetos nas temáticas 
associadas à Rbciamb, é interessante 
analisar o volume desses 
investimentos no cômputo geral dos 
projetos nos fundos setoriais. Essa 
comparação está apresentada na 
Tabela 7. 

 
Figura 19: Evolução dos investimentos pelos fundos setoriais nas temáticas da revista. 

Tabela 7: Evolução dos investimentos nas temáticas sobre o total aplicado pelos fundos setoriais 

 2003-2005 2004-2006 2007-2009 2010-2012 
Total investido nas 
temáticas da 
Rbciamb 

R$ 49.547.632 R$ 123.069.910 R$ 334.525.645 R$ 172.520.182 

Total geral 
investido pelos 
fundos 

R$ 954.715.222 R$ 2.548.410.521 R$ 5.463.873.746 R$ 2.269.119.805 

% Investido nas 
temáticas sobre 
total geral 

5,2% 4,8% 6,1% 7,6% 

 



 

Revista Brasileira de Ciências Ambientais – Número 26 –  dezembro de 2012                  96                   ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478 
 

 Conforme apresentado na 
Tabela 7, houve uma redução de 
investimentos nas cinco temáticas 
analisadas entre os períodos 2004-
2006 e 2003-2005, mas com 
aumentos sucessivos nos dois 
períodos subsequentes. 
Considerando-se as temáticas 
pesquisadas, pode-se dizer que tem 
ocorrido aumento na prioridade dos 
investimentos em novos projetos 
afins às pesquisas registradas na 
revista Rbciamb. 
 Sob essa ótica surge uma 
nova questão de investigação: qual é 
o grau de afinidade entre esses 
projetos e o conteúdo publicado na 
Rbciamb? Uma forma de se analisar 
essa questão é pela aplicação da 
técnica de descoberta de temáticas 
sobre a base de projetos dos fundos 
setoriais. Para tal, foram extraídas os 
termos mais frequentes nas 
descrições dos projetos contratados 
pelos fundos setoriais 
contextualizados nas 5 temáticas 
pesquisadas. O resultado dessa 
análise para o primeiro período está 
representado na Figura 16. 
 Na Figura 16 estão 
representados os 30 termos mais 
frequentes entre os projetos 
financiados no período 2004-2006. 
Os cinco mais frequentes são: 
“Sustentabilidade”, “Legislação 
ambiental”, “Petróleo”, “Resíduos 
sólidos” e “Recursos hídricos”. 
Desses, três aparecem entre as 20 
primeiras temáticas e/ou palavras-

chave mais frequentes nos artigos. O 
termo “Legislação ambiental” está 
entre as 25 palavras-chave mais 
frequentes, mas não foi identificado 
entre as temáticas dos resumos em 
nenhum dos períodos (embora se 
tenha descoberto “Legislação 
brasileira”). Já o termo “Petróleo” 
nem foi utilizado para indexar 
palavras-chave de nenhum artigo na 
história da revista e nem encontrado 
entre as temáticas tratadas em 
resumos. Dentre os demais termos 
com maior recorrência nos projetos, 
estão “Suinocultura” e “Logística”. 
Embora não sejam enfatizados nas 
edições da Rbciamb (não foram 
utilizados nem como palavras-chave 
nem surgem da descoberta de 
temáticas em resumos), são 
claramente prioridades entre os 
financiamentos nos fundos setoriais 
associados às temáticas da revista. 
 Para a compreensão desta 
diferença de enfoques é preciso 
ampliar a análise dos termos. O que 
pode parecer diferença de 
prioridade entre a produção e o 
fomento de conhecimento pode ser, 
em realidade, distinção de enfoques. 
Esse é o caso de termos como 
“Pilhas e Baterias”, “Tratamento de 
Efluentes”, “Biomassa” ou 
“Estabilização de Iodos”, que são 
utilizados nos resumos e têm 
relação com termos descobertos nos 
projetos e que não aparecem nas 
descrições dos artigos.  

Por outro lado, por vezes o 
acompanhamento de um termo que 
já está presente na revista e transita 
entre ausente a presente nos 
financiamentos pode indicar que nas 
prioridades de financiamento do 
governo emergem prioridades antes 
restritas à produção do 
conhecimento (como foi o caso de 
“Mudanças climáticas”, que surgiu 
primeiro na Rbciamb e depois nos 
fundos setoriais). 
 De forma geral, portanto, 
no caso da Rbciamb percebe-se uma 
relativa aderência entre as temáticas 
da revista e as prioridades de 
financiamento, com diferenças que 
parecem indicar aplicações ou visões 
de interesse do poder público no 
fomento (como no caso do merco 
regulatório).  
 

ESTUDOS E TENDÊNCIAS 
FUTURAS 

 As análises realizadas neste 
trabalho sobre a revista Rbciamb 
permitem identificar várias 
possibilidades de estudos para 
contribuir com o avanço na pesquisa 
e no desenvolvimento tecnológico 
no Brasil. Os estudos confirmam um 
dos pressupostos da abordagem 
proposta, segundo o qual as revistas 
científicas criam bases de 
conhecimento relevantes para o 
SCTI no qual se inserem e, como tal, 
ajudam na identificação das 

 

Figura 20: Termos frequentes nos projetos financiados entre 2004 a 2006 associados às temáticas da revista. 



 

Revista Brasileira de Ciências Ambientais – Número 26 –  dezembro de 2012                  97                   ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478 
 

fronteiras da pesquisa em temáticas 
relevantes a seu SCTI. No caso da 
revista Rbciamb, são caracterizadas 
as abordagens aplicadas pela 
comunidade científica para analisar 
questões ambientais e para a 
identificação de alternativas para a 
melhoria das condições da 
sociedade. Esse fato é atestado pelo 
alinhamento que se percebe entre 
as prioridades de fomento a CT&I do 
governo federal em temas do meio 
ambiente e as temáticas de 
publicação da revista. 
 Uma das questões cruciais 
ao avanço de estudos como o 
proposto é o acesso a dados 
públicos. Em 2012, com a entrada 
em vigor da Lei de Acesso à 
Informação, o Brasil uniu-se aos 
países desenvolvidos que dispõem 
de marco regulatório que garante 
aos seus cidadãos esse direito à 
transparência e à coprodução. O 
acesso a dados é um dos princípios 
do chamado governo aberto, que, 
segundo Gavelin et al. (2009), 
caracteriza-se pela governança 
transparente, acessível e 
responsável, com livre fluidez de 
informação entre os canais 
interessados. A prática de gerar e 
disponibilizar dados abertos é um 
dos principais instrumentos à 
disposição do gestor público para 
efetivar esses princípios (DAWES, 
2008). 
 O livre acesso aos dados 
mantidos pelo governo pode, por 
exemplo, possibilitar várias análises 
que permitirão à comunidade 
científica entender a evolução da 
pesquisa em diversas áreas, 
visualizar o que está ou não está 
sendo enfatizado pelos canais de 
fomento público, verificar 
tendências sobre problemáticas e 
técnicas de estudo, identificar as 
mudanças nas abordagens de 
pesquisa e a emergência dos 
trabalhos multi e interdisciplinares. 
Este movimento pode contribuir 
com a própria gestão pública. As 
análises efetuadas pela comunidade 
científica podem constituir 
importante insumo para políticas 
públicas, identificando, por exemplo, 

possibilidades de melhoria na 
política de fomento com a 
identificação das áreas prioritárias 
para o Brasil e pouco enfatizadas 
nos canais de fomento ou a 
concentração de investimentos em 
determinadas temáticas ou grupos 
com pouco retorno para o 
desenvolvimento do País. 
 É no contexto do livre 
acesso e exploração de informações 
que se situa uma das premissas da 
abordagem proposta. No plano das 
publicações científicas, esse 
princípio está associado à chamada 
“ciência aberta” (GASSMANN et al., 
2011). Sem o acesso à base de 
artigos da revista científica e às 
bases de dados criadas pelo SCTI 
associado (no caso do presente 
artigo, à base Lattes, ao Portal 
Inovação e à base de fundos 
setoriais), não se viabilizam as 
análises informétricas e a aplicação 
das técnicas de engenharia do 
conhecimento prevista. Ao colocar 
seus artigos disponíveis online por 
livre acesso, a revista Rbciamb adota 
prática editorial sintonizada com os 
princípios do governo aberto, bem 
como ocorre com o CNPq no caso da 
base Lattes e do MCTI nos casos das 
bases dos fundos setoriais e do 
Portal Inovação.  
 

CONCLUSÕES 

 Neste artigo foi 
apresentada uma nova abordagem 
para a análise de revistas científicas. 
Nesta proposta, as análises da 
informetria e da engenharia do 
conhecimento são combinadas para 
se verificar como esses veículos de 
registro de conhecimentos se 
posicionam em um SCTI. Trata-se de 
um modelo em construção, cujo 
aperfeiçoamento e sistematização 
tem como pressuposto sua aplicação 
e revisão crítica em análises efetivas 
de revistas científicas, inicialmente 
no contexto brasileiro de CT&I (em 
função da disponibilidade de dados 
informétricos). 
 Além da apresentação da 
abordagem proposta, o trabalho 

registra sua aplicação à Revista 
Brasileira de Ciências Ambientais – 
Rbciamb. Para tal, foram analisados 
todos os artigos publicados nesta 
revista, tendo-se por referência 
tanto os dados referentes aos seus 
artigos como informações 
complementares obtidas de bases 
pertencentes ao sistema brasileiro 
de CT&I (i.e., currículos Lattes de 
autores e projetos financiados pelos 
fundos setoriais). 
 Os resultados da análise 
corroboram as premissas do modelo 
proposto quanto à relevância a todo 
o SNCTI sobre os estudos que 
podem ser derivados de veículos 
científicos, especialmente quando 
complementados com outras bases 
informétricas. No caso específico da 
Rbciamb, percebe-se um 
alinhamento entre as prioridades de 
produção de conhecimento 
(identificadas na análise da revista) e 
de fomento a projetos na área 
ambiental (identificado por meio das 
análises da base de fundos 
setoriais).  
 Para o futuro, o trabalho 
realizado confirma a necessidade de 
novos estudos e diferentes análises, 
tanto no âmbito específico da 
Rbciamb, como no plano geral de 
indicadores e métricas que podem 
ser criados pela combinação dos 
enfoques da informetria e da 
engenharia do conhecimento. Outra 
área de ampliação de possibilidades 
está na ampliação do número de 
fontes de informação adicionais à 
revista, incluindo-se as bases de 
dados de redes sociais em que 
atuam os autores da revista e o 
acesso a outras bases de dados 
produzidas pelo SCTI, tendências 
cada vez mais viáveis com os 
adventos da ciência aberta e do 
governo aberto, respectivamente. 

AGRADECIMENTOS 
 
 Os autores agradecem a 
Juliana T. Sartortt e a Maria Elisa 
Rosa pelo trabalho de extração e 
tratamento dos dados 
bibliométricos desta pesquisa. 



 

Revista Brasileira de Ciências Ambientais – Número 26 –  dezembro de 2012                  98                   ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478 
 

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Recebido em: jan/2012 
Aprovado em: dez/2012 


	Materia 7a
	Materia 7b
	VISÃO GERAL DA ABORDAGEM PROPOSTA
	Engenharia do Conhecimento

	ANÁLISE DA REVISTA Rbciamb
	Histórico de publicações
	Perfil temático (via palavras-chave) e contexto no SCTI brasileiro
	Perfil dos autores (atuação profissional)
	Mobilidade dos autores (titulação e atuação profissional)
	Contribuição da Engenharia do Conhecimento
	Procedimentos metodológicos da EC
	Análise de temáticas x Análise de palavras-chave
	Financiamento Público no Âmbito das Temáticas da Revista


	AGRADECIMENTOS
	REFERÊNCIAS