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RBCIAMB | n.49 | set 2018 | 1-14

Giordani Rafael 
Conceição Sodré 
Doutorando, Programa de 
Pós-Graduação em Ciências 
Ambientais, Universidade Federal 
do Pará (UFPA). Bolsista do 
Instituto Tecnológico Vale (ITV) – 
Belém (PA), Brasil.

Everaldo Barreiros 
de Souza 
Professor e pesquisador, 
Programa de Pós-Graduação 
em Ciências Ambientais, UFPA – 
Belém (PA), Brasil. 

Juarez Ventura de Oliveira 
Doutorando, Programa de 
Pós-Graduação em Ciências 
Ambientais, UFPA. Bolsista do 
ITV – Belém (PA), Brasil.

Bergson Cavalcanti Moraes 
Professor e Pesquisador, UFPA – 
Belém (PA),Brasil. 

Endereço para correspondência: 
Giordani Rafael Conceição Sodré – 
Faculdade de Meteorologia, 
Departamento de Geociências, 
Universidade Federal do 
Pará – Rua Augusto Corrêa, 1 – 
Guamá – CEP 66075-110 – 
Belém (PA), Brasil – E-mail: 
rafaelsodre2009@hotmail.com

Recebido em: 04/05/2018 
Aceito em: 30/07/2018

RESUMO
O sensoriamento remoto e o índice de risco de fogo são as formas de detecção e 
previsão de queimadas utilizadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais 
para monitorar a frequência de queimadas no Brasil, no entanto observa-se que a 
ocorrência de uma queimada nem sempre é prevista pelo índice do risco de fogo, 
particularmente na região da Amazônia oriental. Assim, esta pesquisa foi motivada 
pelo objetivo de analisar o padrão espaçotemporal das queimadas detectadas via 
satélite e a eficiência dos alertas de previsão de queimadas gerados pelo cálculo 
do risco de fogo, considerando a variabilidade dos fenômenos meteorológicos 
que podem influenciar o regime pluviométrico e alterar a ocorrência de focos 
de queimada na região da Amazônia oriental. As análises desta investigação 
consideraram as alterações das condições meteorológicas moduladas pela 
variabilidade interanual do fenômeno El Niño Oscilação Sul ocorridas entres os 
anos de 2000 e 2017. Os resultados mostraram que, em anos menos chuvosos, 
os focos de queimada apresentaram maior frequência ao longo do ano. Já nos 
mais chuvosos, tenderam a concentrar-se no segundo semestre em proporção 
superior à observada nos anos mais secos. A maior parte dos focos de queimada 
(80%) ocorreu em áreas alteradas pela atividade humana, resultado não captado 
pelo índice de risco de fogo, indicando que, por este levar em conta somente 
variáveis ambientais e não incluir a ação do homem como parâmetro, a eficiência 
em antecipar a ocorrência de uma queimada se torna limitada.

Palavras-chave: focos de calor; El Niño/La Niña; risco de fogo.

ABSTRACT
Remote sensing and fire risk index are forms of detection and prediction 
of wildfire commonly used by the National Institute for Space Research to 
monitoring the frequency of fires in Brazil. However, fire risk index does not 
detect the wildfire occurrence in some cases, particularly in Eastern Amazon. 
Thus, this research was motivated by the objective of analyzing the space / time 
pattern of the fires detected by satellite and the efficiency of the fire prediction 
alerts generated by fire risk calculation, considering the variability of these 
meteorological phenomena that can influence the rainfall regime and change 
the occurrence of wildfires in the region of Eastern Amazonia. The analyses 
of this research considered the changes in the meteorological conditions 
modulated by the interannual variability of the phenomenon El Niño / Southern 
Oscillation occurred between the years of 2000 to 2017. The results showed that 
in less rainy years the fires were more frequent throughout the period, while, 
in rainier years, tended to be more concentrated in the second semester, in a 
higher proportion than that observed in drier years. The largest portion of the 
wildfires (80%) ococurred in areas altered by human activity”, this result is not 
perceived by fire alerts, ddue ti the fact that only environmental variables are 
considered in the calculation, not considering human activity as a parameter, 
therefore limiting the accuracy in anticipating wildfire occurrence.

Keywords: active fire; El Niño/La Niña; fire alerts.

DOI: 10.5327/Z2176-947820180345

CÁLCULO DE RISCO E DETECÇÃO DE QUEIMADAS: 
UMA ANÁLISE NA AMAZÔNIA ORIENTAL

CALCULATION OF ALERT AND DETECTION OF  WILDFIRE: AN ANALYSIS IN THE EASTERN AMAZON

https://orcid.org/0000-0002-8918-973X
https://orcid.org/0000-0001-6045-0984
https://orcid.org/0000-0001-9853-6660
https://orcid.org/0000-0003-0052-1570


Sodré, G.R.C. et al.

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INTRODUÇÃO
O uso tradicional do fogo por produtores rurais no Bra-
sil é comum, principalmente nas regiões consideradas 
mais pobres como Norte e Nordeste. A resistência à as-
similação de novas técnicas que desestimulem a prática 
do uso do fogo entre os produtores rurais tradicionais 
tem levado a números recordes de queimadas em todo 
o país (GONÇALVES, 2005; SCHROEDER et al., 2009).

Os esforços empregados desde o início da década de 1980 
ainda não conseguiram resultados positivos, por ques-
tões econômicas e culturais que envolvem o uso da prá-
tica da queimada na Amazônia. Do ponto de vista econô-
mico, o uso do fogo apresenta-se, para o produtor rural, 
como uma técnica rápida e barata para a limpeza e ferti-
lização do solo, o que torna necessário o desenvolvimen-
to de uma tecnologia de baixo custo. Do ponto de vista 
cultural, o uso do fogo está atrelado à questão de práticas 
agrícolas tradicionais, condição que reduz a aceitação de 
novas tecnologias que possam alterar o seu modo de uso 
da terra (DE ABREU SÁ et al., 2006-2007).

A região da Amazônia oriental, constituída do nordeste e 
sudeste do estado do Pará, é a que mais produz queimadas 
relacionadas ao desmatamento, à pecuária e à produção 
agrícola de grande, médio e pequeno porte do Norte do 
Brasil. É o caso do município de Paragominas, que possui 
características do ponto de vista físico, geográfico e políti-
co que ilustram bem o quadro geopolítico e ambiental da 
Amazônia. Em termos físicos, a cidade não possui estações 
climáticas bem definidas ao longo do ano, além de sofrer in-
fluência das variações térmicas dos oceanos mais próximos 
como do El Niño Oscilação Sul (ENOS) no Pacífico equatorial 
e do Dipolo do Atlântico equatorial, cujos mecanismos tro-
picais oceano–atmosfera alteram os padrões atmosféricos 
e a configuração de precipitação regional (CAPISTRANO, 
2012; SODRÉ et al., 2015). O ENOS é um fenômeno de inte-
ração acoplado oceano–atmosfera associado às alterações 
dos padrões normais da temperatura da superfície do mar 
(TSM) e dos ventos alísios na região do Pacífico equatorial 
(MORAES NETO et al., 2007; COSTA, 2017) em que, na fase 

negativa (La Niña), as chuvas na Amazônia são geralmente 
acima do normalclimatológica, e, na fase positiva, (El Niño) 
abaixo do normal (GRIMM et al., 1998; 2000; CAPISTRANO, 
2012; MORAES et al., 2015).

Sob o aspecto geográfico, o município de Paragominas 
está situado na zona do Arco do Desmatamento, local 
onde a persistente degradação ambiental levou à supres-
são de grande parte da vegetação primária e à instalação 
de diversas formas de uso e ocupação do solo. Tal condi-
ção levou Paragominas a ser o primeiro município amazô-
nico a aderir às políticas federais de conservação ambien-
tal e desenvolvimento sustentável por meio do Projeto 
Município Verde, no entanto, 10 anos após tal adesão e 
obtendo significativas reduções no desmatamento, a de-
gradação ambiental provocada pelos recorrentes focos de 
queimada colocaram Paragominas entre os municípios 
mais vulneráveis à ocorrência de incêndios florestais na 
Amazônia (CARNEIRO; ASSIS, 2015; SANTOS et al., 2017).

Em razão da dificuldade de evitar o uso do fogo e das 
frequentes queimadas que ocorrem todos os anos em 
diversas localidades do Brasil, o Instituto Nacional de 
Pesquisas Espaciais (INPE) desenvolveu uma metodo-
logia para o cálculo do risco de fogo (RF) sobre todos 
os biomas brasileiros para previsão por meio de alertas 
de queimada. Porém, por o referido cálculo ser gera-
do para todo o território brasileiro e ser baseado nas 
características de uso e cobertura do solo, torna-se ne-
cessária uma análise mais pontual, em alta resolução, 
para avaliar na escala municipal a precisão da metodo-
logia proposta pelo INPE (SETZER et al., 2017).

Esta pesquisa teve por objetivo analisar o padrão espa-
çotemporal das queimadas detectadas via satélite e a 
eficiência dos alertas de previsão de queimadas gera-
dos pelo cálculo do risco de fogo, considerando a varia-
bilidade dos fenômenos meteorológicos que podem in-
fluenciar o regime pluviométrico e alterar a ocorrência 
de focos de queimada na região da Amazônia oriental.

MATERIAIS E MÉTODOS
Localização da área de estudo
O município de Paragominas, fundado por meio da Lei esta-
dual nº 3.235, em 4 de janeiro de 1965, situa-se às margens 
da rodovia Belém–Brasília (BR-010), a 320 quilômetros da 

cidade de Belém, possui área de 1,93 milhões de hectares 
(1,5% da área do Pará) e abriga uma população de quase 
104 mil habitantes (IBGE, 2013) (Figura 1A). Apresenta cli-



Cálculo de risco e detecção de queimadas: uma análise na Amazônia Oriental

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ma quente e úmido, com temperatura média do ar diária 
de 26ºC, pluviosidade média anual de 1.800 mm e umida-
de relativa média do ar de 81%. O município é caracterizado 
por apresentar um período mais chuvoso entre os meses 
de dezembro a maio e outro mais seco entre junho e no-
vembro (INMET, 2013). Originalmente, Paragominas era co-
berta por floresta tropical, a qual sofreu mudanças ao lon-
go das últimas cinco décadas, e, no ano de 2008, em torno 
de 45% da sua área total, o equivalente a 874 mil hectares 
(BRASIL, 2009), estava completamente desmatada ou alta-
mente degradada pela atividade humana. O restante (55%) 

do território permanecia coberto por florestas em diversos 
estágios de uso e conservação (SANTOS et al., 2017).

As principais atividades econômicas do município são 
pecuária, madeireira, produção de carvão, agricultura 
de pequena, média e grande escala e mineração de 
bauxita, que, em conjunto, movimentam os setores da 
indústria e de serviços, tornando-os as principais fon-
tes do produto interno bruto (PIB) e de empregos de 
Paragominas. Em 2006, a cidade atingiu o 11º maior 
PIB do Pará, com produção de R$ 575 milhões a preço 
de mercado corrente (SANTOS et al., 2017).

MATERIAIS
Precipitação
Os dados de precipitação utilizados nesta pesquisa perten-
cem ao banco de dados Merge Tropical Rainfall Measuring 
Mission (TRMM). e são gerados e disponibilizados operacio-
nalmente pelo Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climá-
ticos (CPTEC)/INPE, mesclando informações de precipitação 
e realizando correções no volume pluviométrico. Para isso, 
é utilizada a estimativa de precipitação do TRMM e do Mul-
tisatellite Precipitation Analysis (TMPA) (HUFFMAN et al., 
2007), além   da precipitação observada por estações me-
teorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). 

Mais detalhes da metodologia podem ser observados em 
Rozante et al. (2010). Os dados do Merge TRMM são pro-
duzidos continuamente pelo CPTEC, com atualizações diá-
rias, e disponibilizados no endereço: http://ftp.cptec.inpe.
br/modelos/io/produtos/MERGE), com dados de janeiro 
do ano de 1998 até os dias atuais. O Merge está disponível 
em formato binário, possui resolução temporal de 3 horas 
e resolução espacial de 0.25° (~ 27 km), com saídas diárias 
(acumulado em 24 horas) cobrindo toda a América do Sul 
(82.8°W–34°W e 52.2°S–12.2°N).

Temperatura do ar e umidade relativa
As informações de temperatura do ar e umidade relati-
va foram obtidas por meio do banco de dados ERA-Inte-

rim, que pertence ao European Centre for Medium -Ran-
ge Weather Forecasts (ECMWF), e disponibilizadas 

Figura 1 – (A) Localização do município de Paragominas, no estado do Pará (Amazônia oriental); 
(B) classificação realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) da cobertura e uso do solo até o ano de 2014; 

(C) extração das áreas com predominância de floresta ombrófila; (D) extração das áreas com predominância de culturas agrícolas; 
(E) extração das áreas com predominância de pastagem; (F) área de estudo ajustada para a pesquisa, em que as zonas com 

hachuras indicam os locais onde os cálculos foram realizados.

Legenda
B

C

A
60O0.0’W 56O0.0’W60O0.0’W 52O0.0’W 48O0.0’W

60O0.0’W 56O0.0’W60O0.0’W 52O0.0’W 48O0.0’W

44O0.0’W
3O0.0’N

0O0.0’

3O0.0’S

6O0.0’S

9O0.0’S

0O0.0’

3O0.0’S

6O0.0’S

9O0.0’S

44O0.0’W

D

E
F

Uso do solo (IBGE, 2014)
Área urbanizada (~ 56 km2)
Área de pastagem (~ 5.790 km2)
Área agrícola (~ 982 km2)
Área agrícola com floresta preservada (~ 737 km2)
Área florestal com atividade agrícola de pequeno porte (~ 2.124 km2)
Área com silvicultura (~ 102 km2)
Área florestal (~ 9.770 km2)



Sodré, G.R.C. et al.

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no endereço: http://apps.ecmwf.int/datasets/data/in-
terim-full-daily/levtype=sfc, cujo conjunto de dados é 
produzido por um sistema de assimilação consistente 
que inclui uma série de observações diárias distribuídas 
em todo o mundo mediante o sensoriamento por saté-
lite, in situ, radiossondas, perfiladores etc. Tais dados 
abrangem o período de janeiro de 1979 até o presente, 
e os detalhes encontram-se em Dee et al. (2011). Os da-
dos disponibilizados fornecem estimativas de diversas 

variáveis meteorológicas, como: precipitação, tempe-
ratura do ar, umidade relativa, vento, entre outros. 
A resolução espacial desses dados é variável, e é possí-
vel escolher entre baixa e alta resolução. As resoluções 
disponibilizadas pelo ERA-Interim são: 3° (~ 333 km), 
2.5° (~ 277 km), 2° (~ 222 km), 1,5° (~ 166 km), 
1° (~ 111 km), 0.5° (~ 55 km), 0.4° (~ 44  km), 0.25° (~ 27 
km) e 0.12° (~ 13 km). 

Uso do solo
Os dados de uso e cobertura do solo da cidade de 
Paragominas foram adquiridos no Instituto Brasileiro 
de Geografia e Estatística (IBGE), o qual gerencia um 
projeto sobre formas de uso do solo que tem o obje-
tivo de monitorar as alterações da cobertura vegetal 
do Brasil a cada dois anos. O último levantamento, 
publicado em 2016, mostra as variações ocorridas 
entre 2012 e 2014. Nesse período, 4,6% do território 
brasileiro sofreu algum tipo de alteração. Essa taxa 
de mudança é maior que a observada no período 
anterior (2010–2012), que foi de 3,5%. Parte dessa 
diferença deve-se à atualização motivada pela dispo-
nibilização de novos insumos, como os mapeamen-

tos estaduais de vegetação e de uso da terra publi-
cados pelo IBGE e as imagens de satélite LANDSAT 8, 
cujo comissionamento ocorreu em 2013. Entretanto 
a maior parte dessa diferença está diretamente rela-
cionada às alterações nas formas de cobertura e uso 
da terra (IBGE, 2016).

Assim, foram utilizadas neste estudo as definições de 
uso e cobertura do solo definidas pelo relatório Mu-
danças na cobertura e uso da terra do Brasil 2000 – 
2010 – 2012 – 2014, publicado pelo IBGE no ano de 
2016 e disponibilizado em seu endereço: http://geoftp.
ibge.gov.br/informacoes_ambientais.

Focos de calor: queimadas
Os focos de calor utilizados aqui compreendem o pe-
ríodo de 1º de janeiro de 1999 a 31 de dezembro de 
2016 e foram obtidos no banco de dados de queima-
das do INPE (2016). Esses focos foram detectados por 
intermédio de métodos operacionais desenvolvidos 
pelo INPE que utilizam imagens de satélites meteo-
rológicos de órbita polar da série National Oceanic 

Atmospheric Administration (NOAA) e Earth Obser-
ving System (EOS) (Terra/Aqua — Sensor Moderate 
Resolution Imaging Spectroradiometer — MODIS) e 
dos satélites em órbita geoestacionária Geostationary 
Operational Environmental Satellit (GOES) e METEO-
SAT. Mais detalhes sobre esse banco de dados em An-
derson et al. (2005; 2017).

MÉTODOS
Ajuste da área de estudo para análise do risco de fogo
As características de cobertura e uso do solo do mu-
nicípio de Paragominas foram descritas pelo IBGE 
em sua análise mais atual, publicada em 2016,  com-
preendendo as alterações ocorridas entre os anos de 
2012 e 2014, conforme ilustração da Figura 1B. No-
ta-se que o município possui grande fragmentação 
em relação a cobertura e uso do solo, porém, como 
a classificação do tipo de cobertura de solo utilizada 
pelo INPE abrange somente três categorias, foi reali-

zada uma subclassificação da área de estudo baseada 
na metodologia proposta por Rocha et al. (2007), que 
seleciona o tipo de uso e cobertura do solo predo-
minante por pixel e, assim, a adapta ao objetivo des-
ta pesquisa.

Para realizar os ajustes, foi necessária a extração dos 
tipos de cobertura do solo que foram alvo dessa aná-
lise. Assim, na Figura 1C, tem-se o destaque das áreas 
de floresta; na Figura 1D, das áreas de agricultura; e na 



Cálculo de risco e detecção de queimadas: uma análise na Amazônia Oriental

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Figura 1E, das áreas de pastagem. Após essa extração, 
foi selecionada a subárea que apresenta respectiva-
mente maior predominância, resultando na Figura 1F, 
que representa a adaptação da cobertura e uso do solo 
de Paragominas, apontando as áreas com predominân-
cia de floresta, agricultura e pastagem. As áreas com 
hachuras indicam o local onde foi realizado o cálculo 

da média da área para os parâmetros (usando o soft-
ware GRADS), delimitando as áreas de acordo com as 
zonas das hachuras (Figura 1F) e calculando a média da 
área do total diário de precipitação, da variação diária 
da umidade relativa e da temperatura do ar, números 
necessários para o cálculo do RF sobre cada uma das 
três categorias de uso e cobertura do solo.

Cálculo do risco de fogo 
O cálculo do RF adotado nesta pesquisa foi desenvolvi-
do pelo INPE, e podem ser encontrados mais detalhes 
em Setzer et al. (2017). O RF é calculado com base em 
dados meteorológicos de precipitação, umidade relati-
va e temperatura do ar. A sequência do cálculo possui 
a seguinte ordem: 

1. fator de precipitação (FP) (equações subsequentes), 
seguindo para o cálculo do número de dias secos 
(Equação 1), 

2. cálculo do risco básico (Rb) (Equação 2); 
3. Ajuste da umidade relativa (Equação 3); 
4. Ajuste da temperatura do ar (Equação 4); 
5. cálculo do risco de fogo observado (RF) (Equação 5). 

Têm-se as principais equações atualizadas:
fp1 = e−0.14×prec1
fp2 = e−0.07×(prec2−prec1)
fp3 = e−0.04×(prec3−prec2)
fp4 = e−0.03×(prec4−prec3) 
fp5 = e−0.02×(prec5−prec4) 
fp6a10 = e−0.01×(prec10−prec5) 
fp11a15 = e−0.008×(prec15−prec10) 
fp16a30 = e−0.004×(prec30−prec16) 
f31a60 = e−0.002×(prec60−prec30)
fp61a90 = e−0.0001×(prec90−prec60)
fp91a120 = e−0.0007×(prec120−prec90)

Em que:
fp “n” = o acumulado de precipitação normalizada a 
partir dos 120 dias que antecedem a data de análise.
Assim, fp1 é o acumulado do dia anterior à data de estudo, 
fp2 é o acumulado do penúltimo dia em relação à data de 
estudo, e assim por diante, até o fp91a120, que consiste 
no acumulado ocorrido 120 dias antes da data de estudo.

FP = 105 × fp1 × fp2 × pf3 × fp4 × fp5 × fp6a10 ×
fp11a15 × fp16a30 ×× fp31a60 × fp61a90 × fp91a120Q 

(1)

Rb
-(n=,17)

 =
 

(2)

UR = [UR × (-0.006)] + 1,3 (3)

Ta = (T
max

 × 0,02) + 0,4 (4)

RF = Rb × UR × Ta (5)

Em que:
FP = usado para calcular o número de dias secos ocorri-
dos antes da data de análise, considerando os últimos 
120 dias; 
Rb = ajusta a quantidade de dias secos com o objetivo 
de estimar o grau de umidade presente no tipo de uso 
e cobertura do solo da área de estudo; 
A constante “A_n=(1,7)” = o tipo de uso e cobertura 
o solo e pode assumir os seguintes valores, definidos 
pelo INPE: 
• 1.5 (ombrófila densa; alagados); 
• 1.7 (floresta decídua e sazonal); 
• 2.0 (floresta de contato; campinarana);, 
• 2.4 (savana arbórea; caatinga fechada); 
• 3.0 (savana; caatinga aberta); 
• 4.0 (agricultura); 
• 6.0 (pastagem; gramíneas). 

Ur = ajusta de forma linear a umidade relativa sobre a 
área de estudo;
Ta = ajusta de forma linear a temperatura do ar sobre 
a área de estudo; 
RF = o índice de fogo calculado com base no resultado 
obtido pela multiplicação de todos os índices anteriores. 

A escala de risco é definida pelo INPE, em que: 
• mínimo (RF < 0,15); 
• baixo (0,15 < RF ≤ 0,40);
• médio (0,40 < RF ≤ 0,70); 
• alto (0,70 < RF ≤ 0,95); 
• crítico (RF > 0,95).



Sodré, G.R.C. et al.

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Análise dos focos de queimadas
Para realizar a análise dos focos de queimada, foram 
selecionados cinco anos normais (2002, 2004, 2006, 
2007, 2013), cinco anos de La Niña (2000, 2001, 2008, 
2009, 2011) e cinco anos de El Niño (2003, 2005, 2010, 
2015, 2016). Essa seleção dos anos sob influência de 
cada mecanismo oceano-atmosfera foi baseada nas 
anomalias de TSM definidas pelo Multivariate ENSO 
Index (MEI) (WOLTER & TIMLIN, 2011).

Em seguida, utilizando ferramentas do Sistema de In-
formação Geográfica (SIG), os focos de queimada fo-
ram organizados por tipo de superfície — agricultura, 
pastagem e floresta —, de acordo com a classificação 
proposta na área de estudo (Figura 1F).

Foi calculada a média do acréscimo/decréscimo do nú-
mero de focos de queimada em anos de El Niño e La 
Niña em relação aos anos normais.

Risco de fogo e focos de queimada
A análise do cálculo do RF em detectar queimadas 
utilizou ferramentas SIG para gerar uma classificação 
com o número total de queimadas ocorrido conforme 
o tipo de alerta de RF para cada tipo de uso e cobertura 
do solo. Em seguida, foi verificado o tipo de alerta de 

RF mais recorrente em relação ao número de focos de 
queimada observado, para avaliar a eficiência de de-
tecção de tais focos. Todas as análises consideraram os 
períodos de anos normais, de La Niña e de El Niño defi-
nidos no item anterior.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na análise da distribuição anual da quantidade de focos 
de queimada em relação aos tipos de uso e cobertura 
do solo (Tabela 1), notou-se que as áreas de pastagem 
apresentam predominância sobre o número de focos 
de queimada detectados. Essa característica pode es-
tar relacionada à concentração de biomassa disponível 
para servir de combustível para queima. White et al. 
(2014) afirmam que, em razão da baixa quantidade de 
material combustível nos campos cobertos por gramas, 
os incêndios nessas áreas geralmente são de pequeno 
porte, com queima rápida de todo o material combus-
tível. Quando comparados tais campos com outras ve-
getações, essa condição favorece os processos de quei-
ma sobre esse tipo de cobertura vegetal. 

Outra característica importante que contribui para as 
altas taxas de queimada sobre áreas de pastagem é a 
variabilidade climática. Segundo Reyes (2017), por cau-
sa da baixa densidade de biomassa das pastagens, 
a concentração de umidade altera-se mais rapidamen-
te em relação a outras formas de vegetação mais den-
sas, tornando a pastagem mais sensível às variações 
meteorológicas, condição que pode ser observada na 
Tabela 1, na qual se verifica que, tanto em anos nor-
mais quanto em anos sob a influência dos mecanismos 
El Niño e La Niña, a maior concentração de queimadas 
ocorre na área de pastagem. Em 17 anos de observa-
ções, 47,3% das queimadas registradas no município 
de Paragominas ocorreram em áreas de pastagem. 

Pastagem Agricultura Floresta

Normal 602 393 254

La Niña 627 430 272

El Niño 721 530 294

Total 1.950 1.353 820

% 47,3 32,8 19,9

Tabela 1 – Total de focos de queimada observados no período de 15 anos, 
envolvendo anos normais (2002, 2004, 2006, 2007, 2013), de La Niña (2000, 2001, 2008, 2009, 2011), 

e de El Niño (2003, 2005, 2010, 2015, 2016), classificados por tipo de uso e cobertura do solo. 



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As áreas com predominância da agricultura apresenta-
ram a segunda maior concentração dos focos de quei-
mada, condição associada à prática da coivara (MISTRY 
& BIZERRIL, 2011), que consiste na roçagem e queima 
da biomassa na preparação do solo para o plantio. 
O número inferior de focos observados nessa forma de 
uso do solo está em consonância com o mesmo prin-
cípio analisado na área de pastagem. Como a concen-
tração de biomassa é maior em áreas de agricultura, 
por conservar áreas com vegetação mais densa, a con-
centração de umidade é maior e consequentemente 
necessita de mais tempo para que a área resseque a 
ponto de queima. Esse fator pode ser constatado no 
estudo conduzido por Souza (2015), que averiguou a 
suscetibilidade à combustão de diferentes tipos de ve-
getais. Assim, a concentração do número de focos de 
queima sobre áreas de agricultura concentrou 32,8% 
do total apontado para o município de Paragominas 
em 17 anos.

Seguindo o padrão ambiental das demais formas de 
uso e cobertura da terra, a área com predominância 
de floresta foi a que indicou a menor densidade de 
focos de queimada, concentrando 19,9% do total de 
focos observados. Segundo Araújo et al. (2013), em ra-
zão da alta umidade retida pelos vegetais e ambiente, 
sobretudo no solo e entorno (raízes, resíduos vegetais 
e líter), pode-se afirmar que o ecossistema florestal 
amazônico é dotado de imunidade natural contra quei-
madas. Todavia, quando exposto a condições climáti-
cas anormais, é verificado que esse ecossistema não 
possui defesas e se torna vulnerável ao fogo. Ainda de 
acordo com os resultados de Araújo et al. (2013), flo-
restas primárias tendem a ser mais resistentes à pro-
pagação de queimadas do que florestas secundárias 
ou formações vegetais mais recentes. Assim, o número 
reduzido de focos de queimada sobre a área de floresta 
em Paragominas (Tabela 1) pode estar relacionado à 
conservação da floresta primária local.

Viu-se também na Tabela 1 que o número de focos de 
queimada ocorridos em anos anômalos (El Niño e La 
Niña) é superior aos de anos normais. Essa característi-
ca será abordada adiante com mais detalhes.

Observando a Figura 2, nota-se que a variabilidade 
dos focos de queimada, quando comparados de forma 
semestral, exibe uma dinâmica diretamente ligada à 
variação climática no primeiro semestre, sendo o se-
gundo semestre uma consequência do quadro apre-

sentado no início de cada ano. A relação entre primei-
ro e segundo semestres é inversamente proporcional 
para todas as formas de uso e cobertura do solo anali-
sado, independentemente do fenômeno meteorológi-
co predominante.

Em anos com ocorrência do fenômeno La Niña, 
pela predominância de mais dias de precipitação aci-
ma do normal durante o primeiro semestre (DE SOUZA 
et al., 2009; ARAÚJO et al., 2013), a tendência é a re-
dução do número de focos de queimada em função da 
grande concentração de umidade sobre o solo (SOUZA, 
2015), ao passo que no segundo semestre, quando a 
influência dos mecanismos El Niño/La Niña deixa de 
ser significativa (ARAÚJO et al., 2013), se aponta a ele-
vação do número de focos de queimada. 

Em anos de El Niño, o comportamento é contrário. 
No primeiro semestre predominam altas taxas de quei-
mada, por conta da redução dos dias de precipitação 
decorrente desse fenômeno (DE SOUZA et al., 2009; 
ARAÚJO et al., 2013). Já no segundo semestre é obser-
vada redução do número de focos de queimada, fican-
do abaixo da quantidade de focos verificados em anos 
de La Niña.

Essa característica pode estar ligada à dinâmica de ma-
nejo do solo, pois, como descrito por Schroeder et al. 
(2009), as florestas primárias e/ou vegetação secundá-
ria são cortadas nos primeiros meses da estação seca 
e a biomassa derrubada é deixada para secar sob o sol 
por dois ou três meses, dependendo do volume da bio-
massa. Em seguida, o fogo é utilizado como um méto-
do de baixo custo que propicia a transformação rápida 
da matéria orgânica seca em fertilizante. Assim, a de-
pendência da concentração de umidade na vegetação 
a ser queimada passa a ser o fator limitador para os 
produtores, condição que eleva a relação entre o nú-
mero de focos de queimada e os fenômenos El Niño e/
ou La Niña. Em anos de El Niño, quando o volume plu-
viométrico fica abaixo do normal, a taxa de umidade 
sobre o ambiente a ser queimado é menor e os focos 
de queimada tendem a aumentar. 

Em anos de La Niña, com maior índice de pluviosidade, 
a taxa de umidade eleva-se acima do normal, inibindo 
o ambiente de sofrer queimadas e reduzindo o núme-
ro de focos observados. No entanto, a partir do segun-
do semestre, seja em anos de La Niña, seja em anos de 
El Niño, a configuração do número de queimadas passa 



Sodré, G.R.C. et al.

8

RBCIAMB | n.49 | set 2018 | 1-14

a ser modulada somente pela atividade antrópica (PRA-
DO & COELHO, 2017), o que explica a taxa de elevação 
em anos de La Niña aos anos de El Niño, pois, como não 
foi possível queimar o material orgânico no primeiro 
semestre, em anos de La Niña as áreas que deveriam 
ter sido queimadas no primeiro semestre passam a ser 
queimadas no segundo, juntamente com as demais 
áreas, o que ocasiona a elevação do número de focos. 

Em anos de El Niño, como é possível elevar a quantida-
de de áreas a serem queimadas, no segundo semestre 
se queima apenas o remanescente do território, condi-

ção que leva à aparente redução do número de focos 
de queimada na segunda metade dos anos mais secos.

As características descritas podem ser mais bem com-
preendidas ao observar a Figura 3, com os anos de 
El Niño apresentando acréscimo de ocorrência de fo-
cos, em relação aos anos normais durante os dois se-
mestres, indicando a distribuição proporcional do nú-
mero de queimadas ao longo do ano. 

Percebe-se que a área de pastagem é a que sofre a me-
nor elevação do número de focos durante o primeiro 

Figura 2 – Percentual de focos de queimada semestrais considerando o  
tipo de uso e cobertura do solo em anos normais, anos de La Niña e anos de El Niño.

Pastagem (1º semestre)

Pe
rc

en
tu

al
 d

e 
qu

ei
m

ad
as 100,0

80,0

60,0

40,0

20,0

0,0
Normal La Niña El Niño

31,4
14,1

54,5

Pastagem (2º semestre)

Pe
rc

en
tu

al
 d

e 
qu

ei
m

ad
as 100,0

80,0

60,0

40,0

20,0

0,0
Normal La Niña El Niño

30,8 34,1 35,1

Agricultura (1º semestre)

Pe
rc

en
tu

al
 d

e 
qu

ei
m

ad
as 100,0

80,0

60,0

40,0

20,0

0,0
Normal La Niña El Niño

Agricultura (2º semestre)

Pe
rc

en
tu

al
 d

e 
qu

ei
m

ad
as 100,0

80,0

60,0

40,0

20,0

0,0
Normal La Niña El Niño

36,1

4,7

59,2

27,2
38,8 34,0

Floresta (1º semestre)

Pe
rc

en
tu

al
 d

e 
qu

ei
m

ad
as 100,0

80,0

60,0

40,0

20,0

0,0
Normal La Niña El Niño

Floresta (2º semestre)

Pe
rc

en
tu

al
 d

e 
qu

ei
m

ad
as 100,0

80,0

60,0

40,0

20,0

0,0
Normal La Niña El Niño

41,4

2,7

55,9

29,3
37,9 32,7

Fenômeno oceano-atmosfera Fenômeno oceano-atmosfera



Cálculo de risco e detecção de queimadas: uma análise na Amazônia Oriental

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RBCIAMB | n.49 | set 2018 | 1-14

semestre, e as áreas agricultáveis e de florestas são as 
que apresentam a maior concentração de queimadas no 
primeiro semestre durante os anos de El Niño. A partir 
do segundo semestre, a área de pastagem concentra o 
maior número de queimadas, seguida da área de agri-
cultura. Em anos de La Niña, percebe-se que a anomalia 
de focos de queimada é negativa durante todo o primei-
ro semestre, elevando-se significativamente no segundo 
semestre, principalmente sobre as áreas agricultáveis, 
em concordância com as análises anteriores.

Uma importante alteração observada ocorre na área de flo-
resta: tanto em anos de El Niño como nos anos de La Niña, 
a ocorrência de queimadas parece estar sendo influencia-
da pela atividade humana das áreas agricultáveis, uma vez 
que, quando há o aumento do número de queimadas so-
bre a área de agricultura, se tem também aumento sobre 
a área de floresta, o que não se vê quando o número de 
focos sobre a área de pastagem sofre variação. Essa carac-
terística pode estar relacionada ao efeito de borda, o qual 
foi analisado por Costa (2012). O autor constatou que áreas 
florestais que sofrem cortes seletivos, fragmentando a ve-
getação, acabam por criar áreas com grande concentração 
de serapilheira, funcionando como combustível no mo-
mento de uma queimada e podendo atingir áreas acima 
de 100 metros adentro da floresta.

A fragmentação florestal é um dos fenômenos mais mar-
cantes e graves do processo de expansão da fronteira 
agrícola no Brasil, provocando o isolamento de trechos 
de floresta de diferentes tamanhos em meio a áreas per-
turbadas, ficando a periferia do fragmento mais exposta 
à insolação e à modificação do regime dos ventos. Essas 
mudanças provocadas pelos limites artificiais da floresta 
são chamadas efeito de borda e têm enorme impacto 

sobre os organismos que vivem nesses ambientes frag-
mentados (VIANA et al., 1992; MURCIA, 1995; ALVES 
JÚNIOR et al., 2006; COSTA, 2012). Assim, na área onde 
predomina a agricultura, fragmentos florestais estão 
amplamente presentes, favorecendo o efeito de borda 
(VIANA et al., 1992; COSTA, 2012), o que pode estar rela-
cionado à anomalia de queimadas positiva mais elevada 
no primeiro semestre e à significativa redução no segun-
do, pois a área da floresta sob efeito de borda já foi redu-
zida pelas queimadas do primeiro semestre, diminuindo 
a área passível do mesmo efeito no decorrer do ano.

Em conformidade com essa condição, observa-se que no 
segundo semestre do ano de La Niña a anomalia de focos 
de queima sobre a área de floresta é superior à ocorrida 
em anos de El Niño, concordando com as análises apresen-
tadas, pois, com o significativo aumento do número de fo-
cos em áreas agrícolas, o efeito de borda sobre os fragmen-
tos de florestas será maior, bem como, consequentemente, 
o número de queimadas na área de floresta.

Esses resultados apontam que o segundo semestre dos 
anos de La Niña precisa de mais atenção por parte dos 
órgãos fiscalizadores, porque, diferentemente de anos 
normais e de El Niño, que apresentam distribuição das 
queimadas ao longo do ano, em anos de La Niña o que 
se observa são as limitações naturais do primeiro semes-
tre, alta concentração de focos de queimada somente 
nesse período do ano, levando a números superiores ao 
mesmo período dos anos menos úmidos, o que pode vir 
a contribuir para a ocorrência de incêndios florestais.

O resultado obtido pelo cálculo do RF semestral, consi-
derando os tipos de uso e cobertura do solo e mecanis-
mo oceano-atmosfera atuante (Figura 4A), mostra que 

Figura 3 – Anomalia de focos de queimada considerando a diferença 
entre anos com ocorrência de El Niño/La Niña e anos normais.

El Niño
150
100

50
0

-50
-100
-150

1º Semestre 2º Semestre

Pastagem Agricultura Floresta

La Niña
150
100

50
0

-50
-100
-150

1º Semestre 2º Semestre



Sodré, G.R.C. et al.

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Figura 4 (A) Percentual de ocorrência dos tipos de alerta de risco de fogo para 
cada tipo de uso e cobertura do solo analisado, de forma semestral, em relação ao mecanismo 

oceano-atmosfera predominante; (B) percentual de ocorrência de focos de queimada por tipo de alerta de 
risco de fogo para cada tipo de uso e cobertura do solo, em relação ao mecanismo meteorológico predominante.

La Niña

Pe
rc

en
tu

al
 d

e 
oc

or
rê

nc
ia 100%

80%

 60%
40%

0%
Pastagem Agricultura Floresta

1º Semestre
Pastagem Agricultura Floresta

2º Semestre

20%

El Niño

Pe
rc

en
tu

al
 d

e 
oc

or
rê

nc
ia 100%

80%

 60%
40%

0%
Pastagem Agricultura Floresta

1º Semestre
Pastagem Agricultura Floresta

2º Semestre

20%

Normal

Pe
rc

en
tu

al
 d

e 
oc

or
rê

nc
ia 100%

80%
60%
40%

0%
Pastagem Agricultura Floresta

1º Semestre
Pastagem Agricultura Floresta

2º Semestre

20%

La Niña

A

B

Pe
rc

en
tu

al
 d

e 
oc

or
rê

nc
ia

100%

80%

60%

40%

0%
Pastagem Agricultura Floresta

1º Semestre
Pastagem Agricultura Floresta

2º Semestre

CríticoMínimo Baixo Médio Alto

20%

90%

70%

50%

30%

10%

100%

80%

60%

40%

0%

20%

90%

70%

50%

30%

10%

100%

80%

60%

40%

0%

20%

90%

70%

50%

30%

10%

El Niño

Pe
rc

en
tu

al
 d

e 
oc

or
rê

nc
ia

Pastagem Agricultura Floresta
1º Semestre

Pastagem Agricultura Floresta
2º Semestre

Normal

Pe
rc

en
tu

al
 d

e 
oc

or
rê

nc
ia

Pastagem Agricultura Floresta
1º Semestre

Pastagem Agricultura Floresta
2º Semestre



Cálculo de risco e detecção de queimadas: uma análise na Amazônia Oriental

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RBCIAMB | n.49 | set 2018 | 1-14

no primeiro semestre, tanto nos anos normais como 
nos anos anômalos, há a predominância do alerta mí-
nimo, indicando que, por conta do período chuvoso, 
a taxa de umidade permanece elevada nesse período. 
Nota-se também que em anos sob influência do El Niño 
o número de alertas mínimo apresenta redução e os 
outros alertas passam a ter mais representatividade, 
concordando com os resultados exibidos, que mostram 
anomalias positivas de focos de queimada em anos de 
El Niño. No segundo semestre, o percentual de alertas 
observado praticamente não se altera entre os anos 
normais e anos de El Niño ou La Niña.

Tais condições ocorrem porque o cálculo do RF mede 
o grau de suscetibilidade do ambiente em sofrer com-
bustão, seja ela natural, seja antrópica, no entanto 
viu-se que, como esse índice foi concebido para seguir 
a variabilidade pluviométrica diária, condicionando 
a concentração de umidade como fator limitante para 
a ocorrência de queimadas, existe tendência a captar 
principalmente a condição natural para a ocorrência do 
fogo sem, contudo, ser suficiente para antecipar uma 
queimada atribuída à atividade humana, como será 
analisado na Figura 4B.

Analisando a precisão do cálculo de RF em relação ao 
número de focos detectados (Figura 4B), observou-se 
que o tipo de risco não representa diretamente o núme-
ro de ocorrência de queimadas. Nota-se que, em anos 
normais, a maior parte das queimadas ocorridas no pri-
meiro semestre se deu quando o alerta era mínimo para 
todos os tipos de uso e cobertura do solo analisados. 

Em anos com a ocorrência de La Niña, o padrão ob-
servado em anos normais se repete, com exceção ape-
nas para áreas de floresta, em que o alerta de maior 

ocorrência de focos de queimada passa a ser o médio. 
Para anos sob a influência do El Niño, o padrão de focos 
por alertas foi semelhante, tanto entre os semestres 
quanto em relação às formas de uso e cobertura do 
solo, o qual evidencia que o tipo de alerta identificado 
não permite afirmar se, de fato, ocorrerá ou não quei-
mada sobre a região de interesse. 

Como já descrito anteriormente, o cálculo do RF indi-
ca o grau de suscetibilidade quando o ambiente sofre 
queimadas, no entanto não prevê a atividade humana. 
Assim, percebe-se nessa análise que, por causa dos al-
tos níveis de umidade e chuva que caracterizam a re-
gião amazônica e que normalmente previnem a ocor-
rência de fogo natural (GOLDAMMER, 1990; RAY et al., 
2005; UHL & KAUFMANN, 1990), isso leva o RF a detec-
tar a possibilidade de ocorrência de um evento princi-
palmente por ações antrópicas e não naturais.

Segundo Sorrensen (2004), o processo de queimadas 
na Amazônia inicia-se tipicamente por meio do corte 
da floresta ou vegetação predominante nos primeiros 
meses da estação seca. A biomassa derrubada é dei-
xada para secar sob o sol por dois ou três meses, de-
pendendo do volume da biomassa, conteúdo inicial de 
umidade e condições do tempo. 

Esse método é utilizado no processo de desmatamento 
por pequenos fazendeiros de subsistência, na agricul-
tura mecanizada de grande escala e por criadores de 
gado, similarmente. O mesmo processo é usado para 
converter tanto florestas jovens quanto florestas em 
estágio avançado de sucessão, conhecidas localmen-
te como capoeiras, no processo de rotação de cultivo 
usado por proprietários rurais na Amazônia brasileira 
(SORRENSEN, 2004).

CONCLUSÕES
O cálculo da distribuição semestral dos focos de quei-
mada em função dos mecanismos oceano-atmosfera 
mostrou que estes contribuem com o número total de 
queimadas anuais, levando a mudanças na frequência 
com que os focos de queimada são observados.

Em anos de La Niña, o segundo semestre apresenta in-
tensa ocorrência de queimadas, com índices superio-
res ao mesmo período em anos de El Niño, sobretudo 
nas áreas predominantemente agrícolas, evidenciando 
a ligação direta da atividade humana com a frequên-

cia dos focos de queimada. Esse fator, não considerado 
nas equações de risco, acaba por reduzir a precisão do 
cálculo do risco de fogo. 

Na região amazônica, especificamente para o municí-
pio de Paragominas, como os focos de queimada pos-
suem origem onde predomina a atividade humana, 
o cálculo do RF realizado atualmente deve ser limitado 
como somente um indicativo ambiental, e não como 
alerta ou previsão.



Sodré, G.R.C. et al.

12

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