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Revista Brasileira de Ciências Ambientais  –   número 46

CARACTERIZAÇÃO DE
RESÍDUOS SÓLIDOS DE
ALGUMAS INDÚSTRIAS

DE CERÂMICAS
ARTÍSTICAS DE PORTO

FERREIRA, SP

Antonio A. Mozeto
PhD em ciências da terra pela Universidade de

Waterloo, Canadá; fundador/coordenador do
Laboratório de Biogeoquímica Ambiental do DQ-

UFSCar. Professor de química e biogeoquímica
ambiental.

amozeto@dq.ufscar.br

Araceli C. Prezoto Gomes
Licenciada e mestre em química, área de

concentração: Química Analítica pelo Departamento de
Química, Universidade Federal de São Carlos.

Gerenciamento
de Resíduos

RESUMO
A caracterização e classificação dos resíduos de três indústrias cerâmicas artísticas de Porto Ferreira-
SP pelas normas da ABNT (NBR, SÉRIE 10.000/04) revelou a presença dos elementos Al, As, Cd, Cr,
Pb e Zn e de tolueno em desacordo com a legislação ambiental brasileira. Os resíduos da etapa de
decoração classificaram-se, em sua maioria, como classe I-perigosos, e as águas de lavagens geradas
nesta etapa, como classe IIA-não-inertes. Torna-se importante, portanto, a criação de um programa
de gestão de resíduos para esse tipo de indústria, pois sua disposição incorreta pode estar contami-
nando solos, águas subterrâneas locais e corpos d’água superficiais circunvizinhos, como o rio Moji-
Guaçu.

PALAVRAS-CHAVE
Resíduos sólidos, indústrias cerâmicas, caracterização, classificação, ABNT.

ABSTRACT
Solid wastes from three artistic ceramic industries of Porto Ferreira, SP-SE, Brazil, were characterized
and classified according to the Brazilian Association of Technical Norms (ABNT) (Series NBR 10.000/
04). They showed Al, As, Cd, Cr, Pb and Zn, and of toluene concentrations in disagreement to the
brazilian environmental legislation. Most of the solid waste generated in the decoration step is Class
I-hazardous waste, whereas liquid effluent is Class IIA-non inert. There is an urgent need to create a
solid waste management program as these wastes are being, in the present moment, incorrectly
disposed and their leachate may already be causing soil, ground water and water body (e.g., Moji-
Guaçu river) contamination.

KEY WORDS
Solid waste characterization, artistic ceramic industries, leachate, ABNT.

RESUMEN
La caracterización y clasificación de residuos de tres industrias cerámicas artísticas de Porto Ferreira
(SP) a través de las normas de la ABNT (NBR, SERIE 10.000/04) reveló la presencia de Al, As, Cd, Cr,
Pb, Zn y de tolueno, en concentraciones inaceptadas por la legislación ambiental brasileña. Los
residuos de la decoloración se clasificaron, en su mayoría, como Clase I-peligrosos, y las aguas de
lavaje generadas en esa etapa, como Clase IIA-no inertes. Por lo tanto se torna importante crear un
programa de gestión de residuos para esas industrias, pues la disposición incorrecta puede estar,
directa o indirectamente, contaminando suelos y aguas subterráneas locales, y caudales de agua
superficiales aledaños, como el rio Moji-Guaçu.

PALABRAS LLAVES
Residuos sólidos, industrias cerámicas, caracterización, clasificación, ABNT.



agosto  2006 7

INTRODUÇÃO
Segundo Rocca (1993), “resíduos

sólidos industriais (RSI), são todos os
resíduos no estado sólido ou semi-
sólido, resultantes das atividades
industriais, ficando incluídos nesta
definição os lodos provenientes dos
sistemas de tratamento de água,
aqueles gerados em equipamentos e
instalações de controle da poluição,
bem como determinados líquidos, cujas
particularidades tornem inviável seu
lançamento na rede pública de esgotos
ou corpos de água, ou exijam, para
isso, soluções técnicas e
economicamente inviáveis em face da
melhor tecnologia disponível”.

Este trabalho visou à caracterização e
à classificação dos RSI de um grupo de
indústrias cerâmicas artísticas da cidade
de Porto Ferreira, SP, segundo as
normas gerais de resíduos sólidos da
Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT), as normas NBR n. 10.004/04
(ABNT, 2004a), NBR n. 10.005/04
(ABNT, 2004b), NBR n. 10.006/04
(ABNT, 2004c) e NBR n. 10.007/04
(ABNT, 2004d) as quais tratam,
respectivamente, da classificação,
lixiviação, solubilização e amostragem de
resíduos sólidos.

Porto Ferreira (SP) é uma cidade de
médio-pequeno porte (mais de 52.000
habitantes), e conta, oficialmente, com
cerca de 108 indústrias de cerâmicas
artísticas (IZIQUE, 2001). Esse número
pode, evidentemente, ser bem mais alto,
pois se trata de uma atividade que faz
parte da economia informal da cidade. A
disposição dos lodos (ou resíduos)
provenientes do processo industrial aos
corpos d’água, ocorrido pela rede de
esgotos da cidade, já provocou
entupimentos (MESQUITA, Marcelo,
SINDICER/Porto Ferreira (SP), com. pess.,
2002; GOMES, 2003).

As cerâmicas artísticas são as
cerâmicas brancas, obtidas a partir de
argilas escolhidas com baixo teor de
ferro, as quais são aglutinadas mediante
quantidades variáveis de fundentes e
aquecidas em forno a temperaturas
relativamente altas (1.200 a 1.500 ºC)
(SHREVE e BRINK, 1980). Na decoração
das peças, as cerâmicas a quente
utilizam fritas (compostos vítreos,
insolúveis em água, segundo LÓPEZ et
al, 2001) e pigmentos inorgânicos (que
contêm metais); já as cerâmicas a frio
utilizam solventes orgânicos, purpurinas
e tintas a óleo. Nas indústrias estudadas,
a água empregada na lavagem de
materiais utilizados (pincéis, recipientes,
etc.), é decantada, sendo a parte líquida
escoada para a rede de esgoto da
cidade e/ou diretamente a um corpo
d’água adjacente, enquanto o resíduo
sólido é depositado em caçambas, e o
conteúdo enviado para o lixão da
prefeitura ou disposto, incorretamente,
em terrenos baldios, geralmente em
áreas adjacentes ao rio Moji-Guaçu,
oferecendo alto risco de contaminação
de solos e águas subterrâneas mais
superficiais.

A caracterização de RSI é um dos
passos essenciais para sua classificação,
sua correta gestão. Assim, a
classificação dos RSI é realizada com três
objetivos básicos (LORA, 2002): (a)
caracterização: conhecer propriedades
ou características dos resíduos que
possam causar algum dano ao homem
e ao meio ambiente; (b) disposição:
permitir a tomada de decisões técnicas e
econômicas em todas as fases do
tratamento dos resíduos sólidos; (c)
mobilização: da sociedade no controle
dos resíduos cuja liberação para o meio
ambiente seja problemática, de modo a
permitir a tomada de decisões técnicas e
econômicas em todas as fases do trato
de resíduo, visando à sua disposição.

A classificação de RSI no Brasil é feita
segundo a norma da ABNT NBR
n. 10.004/04: resíduos sólidos (ABNT,
2004a), que permite a classificação dos
RSI por meio de seus anexos A, B, C, D,
E, F, G e H. As normas ABNT NBR
n. 10.005/04 (ABNT, 2004b), NBR
n. 10.006/04 (ABNT, 2004c) e NBR
n. 10.007/04 (ABNT, 2004d) tratam da
lixiviação, solubilização e amostragem de
RSI devem ser aplicadas, caso também
não se obtenha a devida classificação
com base na NBR n. 10.004/04.
Segundo Ferrari (2004), “a classificação
dos resíduos envolve a identificação do
processo ou atividade que lhes deu
origem e de seus constituintes e
características e a comparação destes
constituintes com listagens de resíduos e
substâncias cujo impacto a saúde e ao
meio ambiente é conhecido, devendo
ser a identificação dos constituintes
criteriosa e estabelecida de acordo com
as matérias-primas, os insumos e o
processo que lhe deu origem”.

Conforme as normas antes citadas, os
RSI são classificados nas seguintes classes:

a) Resíduos Classe I – perigosos: são
todos os resíduos ou mistura de resíduos
que, em função de suas características de
inflamabilidade, corrosividade, reatividade,
toxicidade (incluindo quando o extrato –
obtido pela norma ABNT NBR n. 10.005/
04: lixiviação de resíduos – apresenta
substâncias com concentrações
superiores aos valores constantes na
listagem n. G da NBR n. 10.004/04) e
patogenicidade pode apresentar riscos à
saúde pública, provocando ou
contribuindo para o aumento da
mortalidade ou incidência de doenças, e
geram riscos ao meio ambiente, quando
manejados ou dispostos de forma
inadequada;

b) Resíduos Classe II – não-perigosos
que se subdividem em (i) Classe II A –
não-inertes: são os resíduos sólidos ou



Revista Brasileira de Ciências Ambientais  –   número 48

mistura de resíduos sólidos os quais não
se enquadram na Classe I – perigosos,
ou na Classe II B – inertes (poderão
estar incluídos na Classe II A os resíduos
combustíveis, biodegradáveis e solúveis
em água); e (ii) Classe III B – inertes:
são quaisquer resíduos, quando
amostrados de uma forma
representativa pela norma ABNT NBR
n. 10.007/04 e submetidos a um
contato dinâmico e estático com a água
destilada e deionizada, na temperatura
ambiente, conforme a norma ABNT NBR
n. 10.006/04, não tiverem nenhum de
seus constituintes solubilizados a
concentrações superiores aos padrões
de potabilidade da água, excetuando-se
aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor,
conforme o anexo G da norma ABNT
NBR n. 10.004/04.

Quando se consideram prováveis
riscos à saúde pública e aos
ecossistemas (meio ambiente), devido às
conseqüências das atuais disposições
dos resíduos das indústrias de cerâmicas
artísticas da cidade de Porto Ferreira
(SP), torna-se aparente a importância do
presente trabalho que visa subsidiar a
futura implantação de um programa de
gestão de resíduos gerados para esse
tipo de indústria.

MATERIAL E MÉTODOS
Para o levantamento ou estudo do

processo produtivo, utilizou-se o
inventário nacional de resíduos sólidos
industriais, embasado na Resolução
CONAMA n. 313/02 (BRASIL, 2002) e
nas normas da ABNT (SÉRIE NBR
n. 10.000/04). Esse levantamento
procurou responder a questões sobre
os tipos de resíduos gerados, sobre as
etapas e os fluxos que os mesmos eram
gerados, segundo um balanço de massa
do processo produtivo em que matérias-
primas mais insumos entram no

processo produtivo, sofrem o processo
industrial e geram produtos mais
resíduos.

As primeiras visitas às indústrias
permitiram a obtenção de dados gerais
do processo, identificação de matérias-
primas e de produtos gerados,
fluxograma do processo industrial,
estimativa da quantidade e composição
dos resíduos gerados e identificação e
quantificação das substâncias que
conferem riscos de contaminação
ambiental (riscos ecológicos) e à saúde
pública.

Além das normas da ABNT NBR
n. 10.007/04 (amostragem de resíduos),
NBR n. 10.006/04 (solubilização de
resíduos), NBR n. 10.005/04 (lixiviação
de resíduos) e NBR n. 10.004/04
(resíduos sólidos), contendo esta última
os valores numéricos de diversas
variáveis para classificação dos resíduos,
de acordo com limites máximos de
solubilização e de lixiviação, foram
também consultados o Decreto n. 8.468
(de 8/9/1976, do governo do estado
de São Paulo) (SÃO PAULO, 1998) e a
Resolução CONAMA n. 357/05 (do
governo federal) (BRASIL, 2005), que
estabelecem as concentrações máximas
permitidas para lançamento de efluentes
de qualquer fonte poluidora, uma vez
que algumas amostras analisadas
continham menos de 0,5% de sólidos
suspensos, ou seja, tinham aspecto
lodoso, porém praticamente líquidas;
nesses casos, a norma da ABNT NBR
n. 10.005/04 estabelece que seja
retirado uma nova alíquota da amostra,
que deve somente ser filtrada para a
obtenção do extrato; portanto, além de
comparados com os limites máximos
para concentração de extratos lixiviados,
neste trabalho, estes extratos foram
também comparados com esses
padrões de concentração máxima de
lançamento de efluentes das
supracitadas legislações.

As indústrias objeto deste estudo são,
doravante, designadas como indústrias A
e B que fabricam cerâmicas a quente, e
a designada como indústria C, que
fabrica cerâmica a frio, prioritariamente.
Os nomes das empresas foram omitidos
por questões de privacidade das
mesmas e por estabelecimento e
manutenção de uma relação de mútua
confiança entre pesquisadores e
pesquisados.

Nas indústrias em estudo foram
realizadas as seguintes amostragens, em
bases mensais entre as diferentes
amostras (S = Solubilizado; L = Lixiviado;
F = Efluente):

(a) Indústria A:
· Cinco amostras de diferentes argilas

empregadas como matéria-prima de
números 15 a 19S e 15 a 19L (todas
aqui apresentadas – ver Tabela 2);

· nove amostras das 30 variações de
cores de esmaltes utilizados por essa
indústria, numeradas de 20 a 28S
(todas aqui apresentadas – ver Tabela 2);

· nove amostras compostas de
resíduos de um amontoado de resíduos
a céu aberto na indústria de números 1
a 9S e 1 a 9L, das quais somente as de
números 5, 6 e 8S e 5, 6 e 8L são
apresentadas neste trabalho (ver Tabela
3), visto que os resultados das demais
são similares e o conjunto escolhido é
bastante representativo;

· uma amostra de efluente líquido de
uma poça de lixiviado adjacente de
número 1F apresentada neste trabalho
(ver Tabela 3);

· 16 amostras de efluente de aspecto
lodoso coletadas internamente na
indústria (oito na pia 1, lavagens dos
utensílios de preparo da massa e oito na
pia 2, lavagens dos utensílios utilizados
na decoração com esmalte), de
números 2 a 9S e 2 a 9L, das quais
apenas as de número 2, 6 e 9F e 10,11
e 16F têm os dados aqui apresentados
(ver Tabela 3) (seleção de amostras



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para apresentação de resultados seguiu
o critério acima descrito);

· três amostras do tanque exterior à
fábrica que junta os resíduos das pias 1
e 2, sendo as amostras 10S e 10F
tratadas como resíduo sólido e as de
números 18 e 19F (líquidas) (dados
apresentados de todas essas amostras –
ver Tabela 3);

· quatro amostras de peças
quebradas de chacote, de chacote com
esmalte e de decoração a frio de
números 11 a 14S e 11 a 14L (todas
aqui apresentadas – ver Tabela 4).

(b) Indústria B:
· Uma amostra de argila pronta de

números 39S e 30L (ver Tabela 2);
· uma amostra de fritas de números

38S e 38L (ver Tabela 2);
· oito amostras compostas de

resíduos (uma por mês) coletados em
três diferentes pontos em uma canaleta
coletora (única de toda a fábrica),
numeradas de 29 a 36S e 29 a 36L,
das quais são aqui apresentadas as
amostras de números 29 e 34S e 29 e
34L (ver Tabela 3);

· uma amostra composta de resíduo
das pias 1 e 2 (lavagem de utensílios de
preparo da massa cerâmica para
esmaltação e de pintura à mão,
respectivamente), de números 37S e
37L (ver Tabela 3);

· uma amostra de efluente (pia 2 –
decoração) de número 20F (ver
Tabela 3).

(c) Indústria C:
· Uma amostra de pupurina de

números 60S e 60L (ver Tabela 2);
· seis amostras de resíduos da

aerografia (amostras numeradas de 50
a 55S e 50 a 55L, das quais se
apresentam aqui as de números 50 e
54S e 50 e 54L (ver Tabela 3);

· quatro amostras de resíduos da
pintura a óleo da pia 1 (amostras
numeradas de 46 a 49S e 46 a 49L,
das quais se analisaram as amostras de

números 46 e 47S e 46 e 47L (ver
Tabela 3);

· seis amostras de resíduos da saída
da pia de lavagem de utensílios do
preparo da massa cerâmica e da
fabricação de estampos (pia 2) das
quais se apresentam aqui as amostras
de número 44 e 45S e 44 e 45L (ver
Tabela 3);

· quatro amostras de peças
quebradas de chacote, de chacote com
esmalte e de decoração a frio de
números 56 a 59S e 56 a 50L (todas
aqui apresentadas) (ver Tabela 4);

· duas amostras de efluente líquido
das pias 1 (tinta a óleo) e 2 (areografia)
para análise de BTX (ver Tabela 5).

Cada amostra coletada foi tratada
separadamente nos processos de
lixiviação e solubilização, e os extratos
individualmente analisados para os
diferentes analitos (espécies químicas).

Os resíduos sólidos foram coletados
com uma pá plástica e as amostras
armazenadas em saco plástico. Os
resíduos lodosos (às vezes praticamente
líquidos) foram coletados com concha
plástica e armazenados em saco plástico
e congelado. Esses resíduos eram
transportados das indústrias em Porto
Ferreira-SP até o Laboratório de
Biogeoquímica Ambiental (LBGqA)
(www.biogeoquimica.dq.ufscar.br) do
Departamento de Química da UFSCar
em São Carlos-SP, onde eram realizados
os ensaios de solubilização e lixiviação.

Os extratos dos processos de
solubilização e lixiviação, obtidos dos
resíduos amostrados segundo as
normas da ABNT antes mencionadas,
foram analisados no Laboratório de
Poços de Caldas, Poços de Caldas-MG
da Comissão Nacional de Energia
Nuclear (CNEN), para os metais Al, Cr, V
e Zn por espectrofotometria de emissão
atômica com plasma acoplado
indutivamente (do inglês: inductively
coupled plasma atomic emission

spectroscopy, ou, ICP-AES); para os
metais Cd, Co, Cu e Pb empregou-se a
técnica da espectrofotometria de
absorção atômica por chama (do inglês:
flame atomic absorption
spectrofotometry, ou, AAS), enquanto o
metalóide As foi analisado por AAS-
gerador de hidretos. Foram realizadas 20
réplicas de ensaios de lixiviação e
solubilização, com 10 amostras de
resíduos escolhidas aleatoriamente, e os
resultados das análises químicas de
metais e metalóide efetuadas,
excetuando-se as concentrações que
estiveram abaixo dos limites de
quantificação (LQ), mostram as seguintes
concentrações médias e os respectivos
desvios padrão para os diferentes
elementos (mg L-1): (a) Al: 0,60 ± 0,43
(72%) (N = 19); (b) As: 0,026 ± 0,011
(42%) (N = 13); (c) Cd: 0,017 ± 0,007
(42%) (N = 8); (d) Cr: as réplicas
estiveram abaixo do LQ deste elemento
(0,03 mg L-1), impossibilitando o cálculo
do desvio padrão; (e) Cu: 0,103 ±
0,061 (50%) (N = 20); (f) Pb: 18,14 ±
6,59 (36%) (N = 18); (g) Zn: 13,07 ±
4,56 (35%) (N=17); (h) V e Co:
amostras e réplicas abaixo dos LQs
respectivos de 0,12 e 0,03 mg L-1).

Esses desvios padrão porcentuais
acima listados para os diferentes
elementos podem ser considerados
relativamente altos, mas há de considerar-
se que eles refletem as réplicas não
somente das análises químicas, mas
também do quarteamento das amostras
de resíduos sólidos, as quais são, na
realidade, bastante heterogêneas, e das
extrações do processo de solubilização e
de lixiviação, processos estes com
potencial de introduzir significativa
variabilidade aos resultados finais.
Agregue-se a esses fatores de
variabilidade um fator extra vistos os
baixos valores de concentrações
determinadas para os diferentes
elementos nas amostras escolhidas.



Revista Brasileira de Ciências Ambientais  –   número 410

As amostras dos resíduos para a
análise de compostos orgânicos foram
coletadas em frasco de vidro âmbar, os
quais foram completados sem deixar
espaço de ar, lacrados, etiquetados e
acondicionados em caixa de isopor com
bolsas de gelo (cerca de 4ºC). As
análises das concentrações de benzeno,
tolueno e xileno desses resíduos foram
realizadas pela técnica da cromatografia
gasosa, com detecção por
espectrofotometria de massas (do
inglês: gas chromatography-mass
spectrometry, ou, GC-MS) (USEPA,
1996a). A técnica usada emprega o
sistema de preparação de amostras
chamado SPME (do inglês: solid phase
micro extraction), segundo método
protocolado da Agência de Proteção
Ambiental dos EUA (USEPA) (USEPA,
1996b). O limite de quantificação para
esses compostos é 0,005 mg L-1. Como
foi coletada apenas uma amostra em
dois pontos distintos na indústria C,
não foi possível se calcular o desvio
padrão.

É importante registrar que a
permissão para a execução do presente
estudo junto das diretorias e/ou
proprietários das três indústrias foi
obtida após algumas entrevistas e
negociações, nas quais se procurou
mostrar que o estudo a ser promovido
seria um importante aliado das
indústrias na caracterização da
qualidade dos resíduos gerados, uma
vez que tais dados inexistiam, bem
como pela percepção reinante nas
direções dessas indústrias e no povo,
em geral, na cidade de Porto Ferreira,
que os resultados desse estudo vieram
a demonstrar que as atividades desse
tipo de indústria não são geradoras de
resíduos os quais possam causar
contaminação e mesmo uma posterior
poluição ambiental.

Tabela 1 – Produção
de peças, quantidade
de matérias-primas e
de resíduos gerados,
pelas indústrias A, B e
C de cerâmicas
artísticas da cidade de
Porto Ferreira, SP,
estudadas neste
trabalho

 
Matérias-
primas da 
cerâmica 

Cerâmica a 
quente 

Pintura a óleo 
ou aerografia Moldagem no 

gesso 
1a 

queima 

Cerâmica a 
frio 

Estampos descartados 

Peças quebradas de chacotes 
Peças quebradas 

de vidrados 
Peças quebradas de 

chacotes com esmalte 

Esmaltação 
2a queima 

Peças quebradas 
decoradas a frio 

Figura 1 – Fluxograma
da fabricação da
cerâmica artística na
cidade de Porto
Ferreira, SP

Tabela 2 – Resultados das concentrações (em mg L-1) de metais e metalóide (As) nos extratos dos
processos de solubilização e lixiviação de amostras de algumas matérias-primas (argilas) e insumos
(esmaltes, fritas e purpurinas) das indústrias A, B e C da cidade de Porto Ferreira, SP

Nota: O número que antecede o tipo do extrato refere-se ao número da amostra individual coletada em
cada caso.

*Total: peças quebradas, decantação do lodo e estampos.



agosto  2006 11

RESULTADOS
Neste artigo são mostrados apenas

alguns dos resultados levantados,
julgados mais relevantes, que serviram
de base para estabelecer caracterização
e classificação dos RSI em questão (ver
discriminação das amostras na seção
Material e Métodos e Tabelas 2-5). Os
dados completos podem ser obtidos no
trabalho de dissertação de mestrado de
Gomes (2003), disponível no banco
eletrônico de teses e dissertações da
Biblioteca Central da UFSCar.

Na Tabela 1, são apresentadas
algumas informações das indústrias A, B
e C, obtidas no levantamento ou estudo
do processo produtivo, como dados
sobre produção, quantidades de
matérias-primas utilizadas e de resíduos
gerados pelas indústrias estudadas. A
Figura 1 apresenta, por sua vez, um
esquema simplificado da fabricação da
cerâmica artística (cerâmica branca).

As Tabelas 2-5 mostram resultados
(concentrações em mg L-1) das análises
químicas dos metais/metalóide nos
extratos dos processos de lixiviação e
solubilização (Tabelas 2-4) e de
benzeno, tolueno e xileno (BTX) (Tabela
5), para os tipos de amostras coletadas
e os respectivos locais de coleta. Além
disso, mostram os limites de
quantificação para cada elemento, os
limites máximos para extratos obtidos
pelos ensaios de lixiviação e solubilização,
e as concentrações máximas permitidas
para lançamento de efluentes de
qualquer fonte poluidora.

Os códigos de cores dos valores das
variáveis das Tabelas 2, 3 e 4 servem
para se identificar os limites máximos de
solubilização (cinza claro  ), lixiviação
(cinza  ), e as concentrações
máximas de lançamento de efluentes
(cinza escuro  ) (estes,
especificamente na Tabela 3) e as
amostras que violaram tais valores.

Tabela 3 – Resultados das concentrações (em mg L-1) dos metais nos extratos processados
de amostras de resíduos sólidos das indústrias A, B e C da cidade de Porto Ferreira, SP



Revista Brasileira de Ciências Ambientais  –   número 412

Na Tabela 5 estão listados os
resultados das análises dos compostos
orgânicos (BTX), das efluentes das pias
1 e 2 da Indústria C.

DISCUSSÃO
A cidade de Porto Ferreira-SP é de

médio-pequeno porte, contabilizando,
oficialmente, 108 indústrias de
cerâmicas artísticas, e visto que somente
em uma delas estudadas neste trabalho
(a Indústria A) a produção total é de
300.000 peças mês-1, o descarte é de
27 toneladas mês-1, entre estampos e
peças quebradas e 300 kg mês-1 de
resíduos da decoração (Tabela 1).
Esses dados, em si, já denotam a
necessidade da implantação de um
programa de gestão de resíduos nas
indústrias estudadas, existindo um
controle melhor das quantias de
matérias-primas e peças produzidas do
que das quantias de resíduos gerados
– estas últimas, estimadas pelo volume
e número de vezes que as caçambas
com os resíduos são retiradas das
indústrias. Por isso, como será
concluído neste trabalho, o
levantamento de dados da cadeia
produtiva, da caracterização e
classificação dos resíduos, constituem-se
a base adequada para a proposta de
formas de disposição destes RSI.

Às amostras de matéria-prima foram
aplicados os mesmos procedimentos
dos RSI estudados neste trabalho,
mesmo que tais matrizes não se
constituam RSI propriamente ditos. Os
resultados dessas análises, os quais
podem ser vistos na Tabela 2, indicam
que, nos extratos do processo de
solubilização, as concentrações de Al, As,
Cd, Cr, Pb e Zn ultrapassaram os limites
de solubilização, e conseqüentemente,
tais materiais foram classificados como
Classe IIA-não-inertes. Pode-se inferir

Tabela 4 – Resultados das concentrações (em mg L-1) dos metais e metalóide (As) nos extratos obtidos de
amostras de resíduos secos das indústrias A, B e C da cidade de Porto Ferreira, SP

Tabela 5 – Resultados de concentrações (em mg L-1) de compostos orgânicos (BTX) das amostras de
efluentes das pias 1 e 2 da Indústria C da cidade de Porto Ferreira, SP (LQ válido para os três diferentes
compostos é de 0,005 mg L-1)

Tabela 6 – Valores orientadores para águas subterrâneas, para solos (industrial) e limites de odor
estabelecidos pela Cetesb (2001)

(1) Padrão de potabilidade da água da Portaria n. 518/2004 do Ministério da Saúde para substâncias que
apresentam risco à saúde; (2) Padrão de potabilidade da água da Portaria n. 518/2004 do Ministério da
Saúde para aceitação de consumo (critério organoléptico).



agosto  2006 13

desses resultados que essas matérias-
primas produzem contaminação dos
materiais produzidos por seu emprego,
bem como nos RSI gerados.
Infelizmente, os limites de quantificação
(LQ) para os elementos Cd e Pb das
técnicas analíticas disponíveis e
empregadas neste estudo não tiveram a
sensibilidade necessária, isto é, os LQs
estavam acima dos limites máximos de
solubilização (ver Tabela 2). Mesmo
assim, para algumas amostras, as
concentrações dos extratos analisados
ficaram acima do LQ, portanto, também
acima do limite máximo de solubilização.
No entanto, se a técnica de
espectrofotometria de absorção
atômica por forno de grafite, por
exemplo, estivesse disponível, esta
inadequação teria sido evitada
(NASCIMENTO, 2003).

Para os resíduos (sólidos) lodosos
das indústrias estudadas (Tabela 3),
nos extratos de amostras coletadas da
etapa de decoração ou que tiveram
contato com esta etapa (como águas
de lavagens), a maioria das
concentrações de Pb ultrapassou os
limites de lixiviação, portanto, estes
resíduos são classificados como Classe
I-perigosos. Já nos extratos das
amostras das etapas anteriores à
decoração, como no preparo da massa
cerâmica ou dos estampos de gesso, as
concentrações de Al, Cd, Cr e Pb na
Indústria C, e Al e Pb na Indústria B,
ultrapassaram os limites de solubilização,
classificados como resíduos de Classe
IIA-não-inertes. Os extratos do processo
de lixiviação/efluente da Indústria A, as
concentrações obtidas de As, Cd, Cu, Pb
e Zn não ultrapassaram as
concentrações máximas de lançamento
de efluentes (Decreto n. 8.468/76 ou
da CONAMA n. 357/05) (SÃO PAULO,
1976; e BRASIL, 2005,
respectivamente), e estes resíduos são
classificados como Classe IIB-inertes.

Nas amostras de peças quebradas de
chacote (peça cerâmica que passou pela
1a queima) com esmalte (que ainda não
recebeu a 2a queima e, portanto, não
vitrificou), seus extratos obtidos na
lixiviação tiveram as concentrações de Pb
acima dos limites de lixiviação (Tabela 4),
sendo classificados como resíduos de
Classe I-perigosos. Já as demais
amostras de peças quebradas cerâmicas
e de estampos de gesso tiveram, em
seus extratos obtidos na solubilização,
concentrações de Al, Cd, Cr e Pb acima
dos limites de solubilização, sendo
classificadas como Classe IIA-não-inertes.
Os resíduos da Indústria B, de peças
quebradas, são do mesmo tipo que os
da Indústria A, e os resíduos de
estampos de gesso são do mesmo tipo
para as três indústrias, razão pela qual
não foram realizados mais ensaios com
esses, pois a expectativa seria de
resultados similares.

Os resultados de análises para os
compostos orgânicos benzeno, tolueno
e xileno (BTX), dos efluentes das pias 1
e 2 da Indústria C, estão dispostos na
Tabela 5. Como esses compostos
orgânicos foram analisados em efluente
líquido os resultados das análises
efetuadas teriam, obrigatoriamente, de
serem comparados a valores de
lançamento de efluentes tanto do
Decreto Estadual n. 8.648/76 (SÃO
PAULO, 1976) como da Resolução
CONAMA n. 357/05 (BRASIL, 2005). No
entanto, a lista de padrões referida não
inclui esses compostos (consta da lista
apenas cinco diferentes compostos
orgânicos: clorofórmio, dicloroeteno,
fenóis totais, tetracloreto de carbono e
tricloroeteno). Outra possibilidade de
comparação dos resultados da Tabela 5
seria com os limites de odor listados na
Tabela 6, o que também não é
compatível, pois os dados levantados se
referem à efluente e não à concentração
desses compostos da atmosfera. Apesar

dessas impossibilidades de comparações
com valores orientadores, fica aparente
que os efluentes analisados, e terem
concentrações significativamente acima
do LQ para o tolueno e xilenos, e serem
compostos muito voláteis e altamente
tóxicos, representam riscos aos
ecossistemas e seres humanos. O
benzeno é carcinogênico (leucemia) e
concentrações acima de 32 mg m-3

devem ser evitadas, enquanto o tolueno
tem sido associado a casos de danos
neurológicos permanentes em crianças
(CETESB, 2001). No entanto, esse
composto não se constitui em
preocupação para esse estudo de caso,
pois os resultados das análises das
amostras coletadas estiveram abaixo do
limite de detecção do método
empregado em laboratório (ver Tabela 6).

Deve ser também considerado que a
norma ABNT NBR n. 10.004/04
estabelece que os compostos orgânicos
benzeno, tolueno e xileno são
inflamáveis e tóxicos. Para o benzeno, a
concentração mínima, para que um
resíduo seja considerado perigoso, é de
20 mg kg-1 (não estão estabelecidos
valores equivalentes para tolueno e
xilenos). Registre-se também que o
tolueno está na listagem n. 4 – anexo D
de substâncias que conferem
periculosidade a resíduos industriais
(Classe I-perigoso) desta norma da
ABNT. Infelizmente, o presente estudo
não analisou BTX nos resíduos
estudados e o levantamento de
inferências a este respeito não são
possíveis no momento.

CONCLUSÕES
O presente estudo revelou que os

resíduos das indústrias de cerâmicas
artísticas da cidade de Porto Ferreira-SP
não são inertes como, popularmente,
supunha-se anteriormente. As



Revista Brasileira de Ciências Ambientais  –   número 414

concentrações de metais, metalóide e
dos compostos orgânicos determinadas
neste estudo foram, de certa forma, uma
surpresa ruim, pois como esses resíduos
cerâmicos provêm, basicamente, de
argilas, não se esperava que alguns
resíduos fossem classificados como
Classe I-perigosos. A expectativa era que,
no máximo, tais resíduos se
classificassem como Classe IIA-não-
inertes, especificamente, pela presença
dos esmaltes da decoração.

Reconhece-se ser essencial a
realização de estudos futuros (mais
amplos e sistemáticos) de caracterização
dos resíduos sólidos das indústrias de
cerâmicas artísticas da cidade de Porto
Ferreira-SP abordadas neste trabalho,
bem como de outras, para a devida
aplicação de tecnologias para segregar,
tratar e remediar o problema causado
pelos RSI desta cidade. Sugere-se
também seja investigada contaminação
atmosférica, uma vez que o Pb e,
eventualmente, outros elementos,
poderiam estar sendo liberados para a
atmosfera pela queima das peças
esmaltadas nos fornos. A título de
exemplo, pode-se citar que o estudo da
poluição desse tipo de indústria na
Espanha tem maior ênfase na avaliação
da contaminação atmosférica (LÓPES et
al, 2001).

Deve-se considerar também a
existência no mercado de tecnologias
de tratamento e até de
reaproveitamento possíveis de serem
aplicadas ao material cerâmico em geral,
como as que utilizam tais materiais na
construção civil. Portanto, ao invés de
serem construídos aterros industriais
Classes I e II, ou se realizarem gastos
excessivos com recursos públicos para
o envio dos resíduos de indústrias de
cerâmicas artísticas até aterros em
cidades distantes de Porto Ferreira (SP)
(como é feito no presente caso),
deveria ser montado um plano para o

reaproveitamento destes, pela
implantação de um programa de
gestão. Em decorrência dos resultados
obtidos por este trabalho sugere-se
que os resíduos das peças quebradas,
dos estampos de gesso descartados e
de lodo contaminado, possam ser
reutilizados na fabricação de cimento, e
os resíduos de lodos não-contaminados
possam ser reutilizados na massa
cerâmica.

Dentre as várias justificativas principais
para não se ter ainda implementado um
programa de gestão desses resíduos,
bem como suas conseqüências
negativas estão: (a) gastos na troca da
tubulação da rede de esgotos, entupida
pelos lodos provenientes do processo
industrial; (b) questão da saúde pública
e ambiental, por metais pesados e
alguns compostos orgânicos
incorporados a estas lamas; (c)
deposição desses resíduos em qualquer
localidade dessa cidade, como terrenos
baldios, garagens de domicílios e locais
adjacentes ao rio Moji-Guaçu,
verdadeiros chamarizes para deposição
de outros tipos de lixos, transformando
a área em lixão.

Decorrente disso, os compostos de
alta toxicidade ambiental (aos
ecossistemas e ao homem) estão sendo
lixiviados e/ou solubilizados desses
resíduos, inadequadamente dispostos, e
podem estar migrando direta e/ou
indiretamente em direção ao rio Moji-
Guaçu, o que demanda urgente ação
das empresas e dos poderes públicos
locais.

A sugestão final que se pode
apresentar é: os resíduos que
mostraram concentrações de metais e
metalóide estudados acima dos limites
máximos de lixiviação devem ser
segregados (isto é, separados dos
demais que não violam tais limites) e
dispostos em aterro industrial Classe I-
perigosos. Das três indústrias estudadas,

os resíduos da etapa de decoração ou
que tiveram contato com esta, devem ter
a mesma destinação, pois, entre os
metais investigados, o Pb apresentou as
maiores concentrações acima desse
limite. Os outros resíduos classificados
como Classe IIA-não-inertes e mesmo os
de Classe IIB-inertes devem ser
segregados dos demais e dispostos em
aterro industrial Classe IIA-não-inertes.

Agradecimentos: À Fapesp pela bolsa
de mestrado do segundo autor (Proc.
n. 01/12668-9, sob responsabilidade de
Antonio A. Mozeto) e aos técnicos do
Laboratório de Poços de Caldas-MG da
CNEN pelo treinamento da bolsista e
realização das análises químicas de
metais e metalóide.

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