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Reginaldo Aparecido Verri
Mestre em Tecnologias Limpas pela 
Unicesumar – Maringá (PR), Brasil.

Rosa Maria Ribeiro
Doutora em Engenharia Química 
pela Universidade Estadual 
de Maringá. Professora da 
Unicesumar – Maringá (PR), Brasil.

Francielli Gasparotto
Doutora em Agronomia pela 
Universidade Estadual de Maringá. 
Professora da Unicesumar – 
Maringá (PR), Brasil.

Endereço para correspondência: 
Reginaldo Aparecido Verri – 
Rua Argentina, 186 – Centro – 
86890-000 – Cambira (PR), 
Brasil – E-mail: verri13@gmail.com

Recebido: 25/01/2017 
Aceito: 09/07/2017

RESUMO
O objetivo deste trabalho foi verificar o desempenho de uma agroindústria 
do setor sucroenergético, localizada ao Noroeste do Estado do Paraná, em 
relação aos três aspectos da sustentabilidade: ambiental, social e econômico. 
A metodologia foi de natureza qualitativa, com pesquisa exploratória de 
campo. Os resultados mostram que o setor tem potencial de práticas 
alicerçadas no desenvolvimento sustentável. No pilar econômico, provou-se 
desempenho nos negócios com reduções de custos operacionais, emprego de 
mão de obra regional, aumento da produtividade com as variedades de cana 
RB e a utilização da agricultura de precisão. Comprovou-se ainda a inclusão 
social dos trabalhadores, com a qualificação profissional e com programa 
de moradias. Ambientalmente, refere-se a uma matriz energética renovável, 
com evolução do corte mecanizado da cana, o que reduz a emissão de CO

2 
na atmosfera; destaca-se também pela geração de energia elétrica a partir 
do resíduo bagaço. Tais iniciativas conferiram à unidade sucroalcooleira 
certificados ambientais, que atestam seu envolvimento com o tripé da 
sustentabilidade.

Palavras-chave: açúcar e álcool; bioenergia; sustentabilidade.

ABSTRACT
The objective of this work was to verify the performance of an agribusiness 
in the sugar and ethanol sector, located in the Northwest of Paraná State, in 
relation to three aspects of sustainability: the environmental, the social and 
the economic ones. The methodology was qualitative, with exploratory field 
research. The results show that the sector has practices based on sustainable 
development, and these practices are embodied in the governance policies 
of the company. The economic pillar has proven business performance 
with reductions in operating costs, regional personal workforce, increased 
productivity and use of precision agriculture. It was proved the social 
inclusion of workers with professional qualifications and residences program. 
Environmentally, it refers to a renewable energy matrix, with evolution of the 
cane cutting, from burning to the mechanized, which reduces the emission of 
CO

2
 in the atmosphere. It is also notable for the generation of electric energy 

from bagasse residue. These initiatives gave environmental certificates to 
the sugar- alcohol unit, which attest its concern with the sustainability.

Keywords: sugar-alcohol; bioenergy; sustainability.

DOI: 10.5327/Z2176-947820170228

SETOR SUCROENERGÉTICO: UMA ANÁLISE 
SOB O TRIPÉ DA SUSTENTABILIDADE

SUGAR-ALCOHOL SECTOR: AN ANALYSIS UNDER THE SUSTAINABILITY TRIPOD

mailto:verri13@gmail.com


Verri, R.A.; Ribeiro, R.M.; Gasparotto, F.

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INTRODUÇÃO
O setor sucroenergético no Brasil apresenta grandes 
avanços tecnológicos que culminam com o desen-
volvimento de tecnologias limpas. Contudo, o setor 
sucroalcooleiro, mesmo apresentando avanços frente 
às questões ambientais, ainda apresenta alguns as-
pectos negativos que devem ser mitigados. Os impac-
tos na qualidade do ar, por exemplo, segundo Macedo 
(2007), dividem-se em dois pontos: o primeiro refere-
-se ao uso do etanol, que proporciona melhorias con-
sideráveis à qualidade do ar em comparação à queima 
de combustíveis fósseis em centros urbanizados; e o 
segundo diz respeito à queimada da palha da cana-
-de-açúcar no campo, como alternativa de manejo, 
causando problemas como a dispersão de cinzas e fu-
maça que afetam negativamente a qualidade do ar e 
fatores ligados à saúde dos moradores aos arredores 
dos campos de cultivo.

A prática de queima da palha da cana-de açúcar, dis-
seminada até anos atrás e usada na colheita manual, 
tem sido apontada como a responsável por problemas 
ambientais e de saúde pública, o que levou a Secreta-
ria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos 
do Estado do Paraná à Resolução SEMA nº 76, de 20 
de dezembro de 2010, que dispõe sobre a eliminação 
gradativa da despalha da cana-de-açúcar por meio 
da queima controlada; o artigo 4° da referida reso-
lução diz que em áreas não-mecanizáveis a utilização 
da queima controlada deverá ser eliminada até 31 de 
dezembro de 2030, desde que exista tecnologia viável 
(PARANÁ, 2010).

Assim, fez-se necessário o aprimoramento das colhei-
tadeiras mecanizáveis, o uso de variedades de canas 
propícias para o corte mecanizado (cana crua) e o es-
tudo da topografia dos terrenos do cultivo da planta, 
que tem sido um problema na maioria dos canaviais 
em razão da declividade de várias regiões cultiváveis, 
além de problemas com adversidades climáticas.

Estudos também têm sido desenvolvidos para ava-
liar os impactos das práticas aplicadas a esse sistema, 
apresentados pelos processos de corte manual realiza-
do pós-queimada e de corte mecanizado, os quais ini-
cialmente se depararam com o problema humano – a 
necessidade de rearranjo de função dos cortadores de 
cana. As práticas de manejo da palhada da cana-de-
-açúcar devem ser monitoradas constantemente, uma 

vez que influenciam na qualidade do solo e estão dire-
tamente ligadas aos aspectos que contribuem para o 
desenvolvimento sustentável do processo de produção 
desse cultivo (OLIVEIRA et al., 2014).

A sustentabilidade vem ganhando posição de desta-
que entre os estudos sobre a temática, visto que há 
um acentuado crescimento de conscientização sobre a 
necessidade de aprimoramento das condições ambien-
tais, econômicas e sociais (SILVA, 2012).

Percebe-se então que temas como a responsabilida-
de ambiental interferem diretamente no processo de 
tomada de decisão organizacional, seja em níveis ope-
racionais e estratégicos durante o desenvolvimento de 
novos produtos e serviços, que afetam de forma signifi-
cativa a utilização de recursos naturais em curto prazo, 
seja com a renovação desses recursos em longo prazo, 
estendendo-se também a decisões acerca do processo 
produtivo em relação à proporção de energia e mão 
de obra que são desperdiçadas, assim como geração 
de resíduos (SLACK et al., 2008). Essas mudanças por 
parte das organizações envolvem fatores estratégicos, 
gerenciais e operacionais, necessitando de aporte tec-
nológico, que além de solucionar os problemas am-
bientais, também deve atender aos objetivos socioeco-
nômicos das organizações.

Uma fórmula de gestão para a sustentabilidade, que 
pode ser adotada pelos empreendimentos do setor 
sucroenergético assim como por organizações de ou-
tros segmentos, é o tripé da sustentabilidade (triple 
bottom line), que proporciona uma análise da atuação 
de uma organização sob os três pilares da base: social, 
econômico e ambiental. Esses pilares possibilitam que 
organizações atinjam seus objetivos de maneira equi-
librada perante as questões que as cercam, devendo 
ser inseridos nas estratégias da organização como um 
todo, tanto em seu processo decisório quanto ao longo 
de sua cadeia produtiva.

Para isso, buscam-se as tecnologias limpas (as energias 
renováveis, por exemplo), a conscientização do con-
sumo que colabora para medidas legais de proteção 
ambiental, a redução do uso de recursos esgotáveis e 
a sua substituição por recursos renováveis, fechando 
assim um ciclo sustentável que se estenderá por todo 
o ambiente no qual a organização encontra-se inserida. 



Setor sucroenergético: uma análise sob o tripé da sustentabilidade

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Assim, o objetivo desse trabalho consistiu em realizar 
uma verificação do desempenho de uma agroindústria 

do setor sucroenergético, localizada no Noroeste do Es-
tado do Paraná, em relação ao tripé da sustentabilidade.

MATERIAIS E MÉTODOS
Caracterização do local de estudo
A usina sucroalcooleira onde foi desenvolvido este es-
tudo está localizada na região Noroeste do Paraná, em 
uma propriedade particular, a 555 m de altitude em 
relação ao nível do mar. O clima da região é subtropi-
cal temperado com temperatura média anual de 22 °C. 
O estudo foi aplicado em uma das unidades, situada no 
bairro Iguatemi, no município de Maringá, pertencente 
a um grupo familiar. Trata-se de uma empresa brasilei-

ra de capital fechado. Os principais produtos produzi-
dos pelo grupo são açúcar VHP1, bioetanol (anidro e 
hidratado) e bioeletricidade; e os subprodutos são ba-
gaço da cana-de-açúcar, vinhaça e creme de levedura. 
Atualmente, possui dez unidades produtivas distribuí-
das no Estado do Paraná, no qual se concentra a maior 
parte de suas atividades, e uma unidade no Estado do 
Mato Grosso do Sul.

Procedimentos metodológicos
A pesquisa configura-se como qualitativa, ocorrendo 
por meio de levantamento de dados e informações na 
unidade de estudo, para posterior análise. O caráter 
exploratório e a pesquisa de campo adotados tiveram 
o intuito de investigar o funcionamento da usina, a fim 
de definir as variáveis que poderiam nortear o levan-
tamento, sob o olhar do tripé da sustentabilidade, dos 
dados desse projeto. Para isso, o estudo foi estrutura-
do partindo de uma breve análise geral de todo o gru-
po empresarial e uma análise mais detalhada de uma 
das unidades da organização.

Na análise geral, foram observados fatores como: es-
tratégia e análise, perfil e atuação e identidade orga-
nizacional. Nesse sentido, a análise possibilitou iden-
tificar quais são os pilares que sustentam as diretrizes 
políticas adotadas pela organização, sua origem, visão, 
missão e valores frente ao seu campo de atuação, as-
sim como o ambiente no qual está inserida. 

Na área da unidade em estudo, foram observados as-
pectos de desempenho econômico, social e ambiental. 
Por meio da pesquisa documental, direcionada a uma 
visão da organização na unidade, buscou-se levantar 
informações junto à unidade administrativa acerca da 
unidade produtiva em relação ao seu histórico quanto 
à mecanização da colheita já realizada, aos indicadores 
de desempenho e aos impactos gerados pelo proces-
so ao trabalhador, ao meio ambiente e à organização 

industrial em todos os segmentos. Buscou-se também 
dados de projetos desenvolvidos na região que pudes-
sem afetar diretamente aos trabalhadores da empresa 
e à comunidade como um todo.

Foram realizadas entrevistas semiestruturadas junto 
aos gestores das divisões agrícola e administrativa da 
unidade em estudo, sendo elas realizadas presencial-
mente em visitas e por disponibilidade de arquivos no 
período de fevereiro a outubro de 2016.

O levantamento dos dados por meio da entrevista 
ocorreu mediante um roteiro de assuntos, os quais 
foram organizados dentro da linha de pesquisa pre-
tendida, alicerçada nas três vertentes da sustentabili-
dade — consideradas a base de toda cadeia da susten-
tabilidade —, a partir das quais, posteriormente, outras 
vertentes foram elaboradas: desempenho econômico, 
desempenho social e desempenho ambiental.

Os pontos norteadores da pesquisa são característicos 
do setor sucroenergético: as variedades da planta “cana-
-de-açúcar” nos cultivares da unidade em estudo, sendo 
indicadas aquelas com maiores proporções; dados so-
bre cultivares renovados — novos plantios; histórico de 
mecanização; impactos do processo de mecanização e 
limpeza da cana crua; quantidade de implementos em-
pregados na mecanização da colheita; quantidade de 
mão de obra empregada na colheita no corte manual; 

1VHP significa Very High Polarization. O VHP é o açúcar bruto, que pode ser transformado em vários tipos de açúcar para consumo. 
Sua umidade é bem baixa, 0,10%, ideal para exportação.



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impacto da mecanização sobre a mão de obra do corte 
manual; ações sociais desenvolvidas; ações de preserva-
ção ambiental; e certificações adquiridas.

No uso da técnica por observação, foram realizadas visi-
tas in loco no distrito da central administrativa do grupo 

e na unidade industrial, a fim de compreender os pro-
cessos de produção local e observar o comportamento 
e as benfeitorias na comunidade inerentes às atividades 
da usina. Para fechamento, os dados levantados foram 
analisados e quantificados, auxiliando nas respostas às 
questões da pesquisa e aos objetivos traçados.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Análise Geral das Políticas do Grupo
Na análise geral da usina quanto aos fatores de estra-
tégias e análise, verifica-se que a empresa possui uma 
metodologia de governança corporativa voltada aos 
aspectos do desenvolvimento sustentável, apresentada 
por toda a estrutura organizacional que compõe o plano 
de negócios da organização, atuando estrategicamente 
sob enfoque de desempenho econômico, ambiental e 
social — segundo seu diretor-presidente —, e que po-
dem ser observadas pelas ferramentas utilizadas pela 
comunicação organizacional e divulgadas por meio de 
documentos de diretrizes políticas, pelo site corporativo, 
murais e outros informativos internos e externos.

Em relação ao perfil de atuação, no ano safra 
de 2014/2015, este foi encerrado com um quadro de 
20.938 colaboradores distribuídos em diferentes níveis 
e unidades que compõem o grupo. O total de área culti-
vada foi de 64 mil hectares, sendo moídas 18,2 milhões 
de toneladas de cana-de-açúcar, resultando na produ-
ção de 1,68 milhões de toneladas de açúcar.

O fator “Identidade Organizacional” apresenta a mis-
são, a visão e os valores do grupo, sendo que os mes-
mos também apresentam pontos voltados à sustenta-
bilidade, que segundo o relatório de sustentabilidade, 
são tratados na governança corporativa (USAÇÚCAR, 
2015), em que:

• Missão: “Atuar de forma segura e rentável, com pro-
dução de cana-de-açúcar, açúcar, etanol, energia 
elétrica e seus derivados. Atender aos mercados na-
cionais e internacionais, com responsabilidade so-
cioambiental e contribuição para o desenvolvimen-
to sustentável da companhia e da comunidade”;

• Visão: “Manter-se no mercado sucroenergético 
sempre entre as maiores do ranking, como garantia 
da remuneração do capital do acionista”.

• Valores: Integração; Resultados; Parceiros e Forne-
cedores; Prontidão para mudanças; Empreendedo-
rismo e Inovação; Ética e Transparência; Respeito à 
Vida; Diversidade Humana e Pessoas.

O grupo empresarial também conta com um Comitê 
de Sustentabilidade, órgão interno cujas ações estão 
voltadas para o monitoramento de todas as atividades 
corporativas que garantem a sustentabilidade do todo 
organizacional, sendo responsável direto pela elabora-
ção do Relatório de Sustentabilidade a cada ano safra.

Nascimento et al. 2008 (apud FARIAS; MORAES FILHO, 
2014) relatam que o planejamento estratégico, alinha-
do a práticas socioambientais, passou a ser tratado 
pelas corporações e apontado em literaturas da área a 
partir dos anos 1980.

Para Melo Neto e Froes (2011), com o passar dos anos, 
os aspectos socioambientais tornaram-se, para as or-
ganizações, um elemento presente no planejamento 
estratégico, haja vista o grande apelo comercial que 
os mesmos apresentavam frente às relações com di-
versos segmentos de públicos-alvo. Diante disso, a co-
munidade empresarial passou a optar por estratégias 
administrativas e tecnológicas que contribuam para a 
redução ou eliminação de problemas sociais e ambien-
tais no meio em que estão inseridas (BARBIERI, 2011).

Para Barbieri (2011), uma organização sustentável é 
aquela que pratica uma gestão socioambiental, con-
templando em suas políticas e estratégias o compro-
misso para com o crescimento econômico, equilibradas 
quanto aos aspectos ecológicos e ao progresso social, 
agregando valor, em longo prazo, a seus proprietários 
e investidores e contribuindo de forma contínua para a 
solução dos problemas socioambientais.



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Análise da Unidade
Os resultados da análise de uma das unidades do gru-
po empresarial referem-se aos pilares econômico, so-
cial e ambiental, mapeados ao final por suas variáveis 
de correlação.

Segundo pesquisas da Empresa Brasileira de Pesquisa 
Agropecuária (EMBRAPA), a escolha dos tipos de va-
riedades de plantas melhoradas geneticamente afeta 
significativamente a produtividade e influencia no pro-
cesso de colheita, devido a suas características e à sus-
tentabilidade do setor. A empresa objeto deste estudo 
realiza o plantio de diferentes variedades de cana-de-
-açúcar, sendo elas: RB867515, RB867515, RB966928, 
RB92579, CTC04 e RB855156.

Os tipos de plantas da cana-de-açúcar utilizadas pela 
usina, as quais são predominantemente variedades 
com a sigla RB, referem-se a plantas desenvolvidas 
pela República Brasileira em centros de pesquisa que 
fomentam programas de melhoramento genético da 
cana-de-açúcar em universidades federais do País e em 
Centros de Tecnologia Canavieira (CTC), que trata das 
variedades desenvolvidas. 

Segundo dados da Embrapa (2010), a variedade 
RB867515 — desenvolvida pela Universidade Federal 
de Viçosa (UFV), em Minas Gerais — lançada em 1998, 
apresenta como característica alto desempenho em 
produtividade agroindustrial, sendo uma planta com 
adaptabilidade em solo com índices de baixa fertilida-
de natural e que possui resistência a estresse hídrico, 
ou seja, é resistente a solos com baixa capacidade de 
retenção de água. Essa variedade, aliada ao manejo 
adequado, possibilita uma colheita antecipada me-
diante a aplicação de reguladores de crescimento.

Quanto à colheita mecanizada, a variedade RB867515 
apresenta bom rendimento — classificado com exce-
lente ou alto desempenho em relação à brotação em 
solo com acumulação de palha. 

Já a variedade RB966928, desenvolvida pela Universi-
dade Federal do Paraná (UFPR) e lançada em 2010, tem 
como característica médio teor de sacarose e elevada 
produtividade agrícola. A brotação da soqueira dessa 
espécie apresenta bom desempenho com o manejo 
por queima da palhada; sem esse processo, o rendi-
mento não apresenta boa eficiência (RIDESA, 2010).

Em relação à variedade RB92579, também desenvolvi-
da pela UFV e lançada no ano de 2003, a planta apre-
senta elevado índice de produtividade, assim como 
ótimo perfilhamento, fechamento da entrelinha e bro-
tação da cana soca, características essas que contri-
buem significativamente para a longevidade do plantio 
e para o processo de colheita mecanizada, devido ao 
seu porte semi-ereto. Essa variedade tem alta resposta 
a sistemas de irrigação, aproveitamento dos principais 
nutrientes e ótimo teor de sacarose (UFA, 2016).

O cultivar da variedade CTC04, de 2002 e desenvolvi-
da pelo CTC, apresenta características de alto perfilha-
mento — sendo as folhas mais novas eretas e as de-
mais arqueadas —, boa produtividade e elevado nível 
de brotação da soqueira para manejo de cana crua, 
características que beneficiam a colheita mecanizada 
(CTC, 2016).

A variedade RB855156, desenvolvida pela Universida-
de Federal de São Carlos (UFSCar),SP, lançada em 1995, 
possui como características alta precocidade e capaci-
dade de brotação da soqueira, e resistência a pragas 
como ferrugem e mosaicos. Apresenta ótimo desem-
penho para o manejo com a queima e para a cana crua 
durante a colheita. Quanto à produtividade, são ob-
servados médio desempenho e alto teor de sacarose. 
A Figura 1 relaciona os tipos de manejos — entre cana 
crua e queimada — mais adequados para cada cultivar. 

Verifica-se que entre as variedades de cada cultivo, al-
gumas características, quando combinadas ao ambien-
te no qual será cultivada, tornam a planta mais susten-
tável, trazendo benefícios quanto à produtividade e ao 
desempenho. Nesse sentido, as variedades de cultivo 
RB867515 (que representa 38,20%), RB92579 (4,80%), 
e CTC04 (3,80%) na unidade em estudo, conforme 
apresentado, possuem características para melhor de-
sempenho de produtividade e rendimento quanto ao 
manejo de cana crua, ou seja, sem a queimada da pa-
lhada, que é um forte problema ambiental ainda apre-
sentado pelo setor sucroalcooleiro. 

A variedade BR855156, utilizada em 3,50% do plantio, 
possui características de bom desempenho tanto para 
manejo de cana crua quanto para a queimada da pa-
lhada. Já a variedade RB966928, que compõe 29,10% 
das lavouras, possui melhor desempenho no manejo 



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pela queimada da palhada, ponto a ser melhorado pela 
unidade na busca por alternativas mais sustentáveis. 

Verifica-se que 20,60% da área plantada são destina-
das a diversas outras variedades não identificadas; 
contudo, é possível identificar os avanços para um pro-
cesso de manejo mais sustentável da cana-de-açúcar 
na unidade em estudo por meio da cana crua, visto que 
50,60% das variedades identificadas nas plantações da 
unidade apresentam ótimo desempenho sem o pro-
cesso de queimada da palhada, por conta do melhora-
mento genético da planta.

Para Carvalho e Furtado (2013), o Brasil apresenta 
grande capacidade tecnológica frente aos desafios do 
setor sucroenergético, e parte dessa capacidade refe-
re-se a programas de melhoramento genético, capaz 
de atender a exigências legislativas como a redução da 
queima da cana-de-açúcar, a mecanização e também 
aspectos relacionados à capacidade de adaptação hí-
drica da planta mediante a fatores climáticos. 

Os autores também relatam que o desenvolvimento de 
variedades de cana-de-açúcar contribui significativa-
mente para aspectos voltados à elevação da produtivi-
dade e à redução de custo da produção, criando plan-
tas mais resistentes a pragas e receptivas aos sistemas 
de plantio e colheita mecanizados.

Outro fator que aponta para a busca da sustentabili-
dade da unidade de Iguatemi quanto à utilização de 
plantas com o melhoramento genético é o histórico 
de renovação das lavouras, que entre 2014 e 2016 re-
novou 8.565 hectares, correspondentes a 31,33% de 

novos plantios do total de 27.050 hectares de área 
de plantação que a usina possui, sendo: ano de 2014, 
5.120 hectares; ano de 2015, 2.500 hectares; ano de 
2016, 945 hectares.

Sabendo que a maioria das variedades da planta de 
cana-de-açúcar cultivadas nas lavouras da unidade 
de Iguatemi é melhorada geneticamente para manejo 
enquanto cana crua, o tipo de colheita também acaba 
sendo diretamente afetado por esse fator, pois cada 
variedade de cana-de-açúcar apresenta viabilidade 
distinta aos processos de corte manual e mecanizado. 
Em relação ao corte manual e à utilização de operações 
mecanizadas da cana-de-açúcar, a unidade apresenta 
um histórico de evolução que iniciou no ano de 2008 e 
se estendeu até 2016 (Figura 2). 

Torquato et al. (2008) explicam os benefícios do pro-
cesso de mecanização, pois este possibilita a proteção 
do solo, melhorias na fertilidade e a redução de inci-
dência de plantas invasoras. 

A mecanização da cana crua trouxe alguns pontos ne-
gativos, como a redução do teor de açúcar da cana 
por conta de impurezas, minerais e vegetais. Essas im-
purezas também acabam exigindo mais do proces-
so industrial da usina, o que gera maior desgaste dos 
equipamentos e compactação do solo. O supervisor 
de planejamento da unidade explica que esse tipo de 
perda não ocorre no processo de colheita manual, visto 
que, com a queima da palhada, essas impurezas aca-
bam sendo eliminadas durante o processo de colheita 
pelos trabalhadores. Segundo o supervisor de Plane-

Figura 1 – Variedades de plantas e adaptação ao tipo de manejo.

MANEJO
Cana queimada

RB867515

RB9669285

RB92579

CTC04

RB855156

MANEJO
Cana crua



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jamento da unidade, “a limpeza da cana crua ocorre 
somente pelos extratores das colhedoras (primário e 
secundário) na indústria, pois não há nenhum sistema 
de retirada dessas palhas”.

O extrator primário refere-se a um dos principais com-
ponentes do sistema de limpeza e descarga da colhe-
dora de cana-de-açúcar, no qual a colheitadeira efetua 
o corte da planta, seguido de um processo de corte ba-
sal, em que a planta é picada em pedaços que variam 
de 30 a 40 cm. Esses pedaços são direcionados a um 
compartimento interno do implemento, no qual, por 
exaustão de ar, a maior parte das impurezas vegetais 
e minerais é eliminada dos colmos. Após esse proces-
so, os colmos são direcionados para um elevador, que 
passa pelo extrator secundário, no qual, também por 
exaustão, há uma nova etapa de limpeza, sendo os 
mesmos transferidos posteriormente aos transbordos, 
que transportam os colmos ao processo industrial (KA-
WAMOT et al., 2016)  

No entanto, com a especialização da usina, que foi se 
adequando às novas tecnologias para a utilização da 
colheita mecanizada, os problemas inicialmente apre-
sentados — como a perda da qualidade e o desgaste de 
equipamentos, entre outros fatores — passaram a ser 
eliminados de forma a apresentar um processo mais 
eficiente e sustentável da colheita da cana crua, favo-
recendo a redução da emissão de CO2 na atmosfera. 

O supervisor relata ainda que a unidade possui um ba-
lanço energético positivo, o que contribui para um ciclo 
equilibrado quanto à emissão de CO

2
.

Para Torquato et al. (2008), a substituição de combus-
tíveis fósseis por biocombustíveis é incentivada, prin-
cipalmente pela redução na emissão de CO

2
 e seus 

efeitos negativos na qualidade do ar. Dessa forma, o 
processo de queima da cana acaba sendo contraditório 
frente ao objetivo de redução de emissão de gases, vis-
to que esse processo possibilita elevado nível de emis-
são de CO

2
 na atmosfera.

Ainda conforme dados apresentados pela usina, com o 
advento da mecanização da colheita da cana-de-açúcar 
e dentro da análise unidade em estudo, há um custo 
de R$ 25,00 em relação ao desempenho econômico 
por tonelada de cana-de-açúcar em seu processo de 
colheita para áreas mecanizadas, enquanto esse cus-
to se eleva para R$ 50,00 por tonelada em relação ao 
corte manual e à utilização de áreas com o processo de 
colheita manual. Frente a isso, é evidente que a meca-
nização da colheita quanto ao custo e ao aspecto eco-
nômico, apresenta-se com maior viabilidade financeira 
e sustentável nesse aspecto. 

Embora apresente perdas quando comparada à colhei-
ta manual, o processo mecanizado torna-se de menor 
custo e mais eficiente. Nesse aspecto deve-se consi-
derar, também, que além do bagaço, a palha da cana 

Figura 2 – Evolução das áreas mecanizadas da unidade de estudo.

2016

Evolução/ano

100,00

90,00

80,00

70,00

60,00

50,00

40,00

30,00

20,00

10,00

0,00

28,86 29,15
32,22

60,91
65,22

80,61
87,31

93,02 94,52

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

%



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crua também está sendo utilizada como matéria-prima 
para a co-geração de energia nas usinas processadoras 
(TORQUATO et al., 2008, p. 13).

Em relação aos investimentos aplicados para o pro-
cesso de mecanização, segundo dados apresentados, 
o investimento inicial necessário para um conjunto 
mecanizado — ou seja, composto por um colhedora 
e dois transbordos (sendo trator ou caminhão e arras-
to) — somam mais de R$ 1,5 milhão em investimento 
por conjunto. Cada conjunto tem a capacidade de co-
lher em média 600 toneladas/dia de cana-de-açúcar, 
enquanto um trabalhador (cortador) colhe em média 
12 toneladas por dia. Ou seja, o rendimento na re-
lação entre conjunto de corte versus trabalhador em 
um dia de trabalho, é na proporção de 1 para 50, de-
monstrando assim o alto rendimento obtido por meio 
do corte mecanizado.

No ano de 2016, a unidade atribuiu à colheita da cana 
crua — 14 colheitadeiras e 36 transbordos, que alter-
naram entre as áreas a serem colhidas — alcançou a 
capacidade de colheita de 7.000 toneladas por dia, que 
se fossem colhidas pelo corte manual, necessitariam do 
emprego de aproximadamente 584 cortadores em um 
único dia. Em 2008, período no qual a mecanização da 
colheita foi iniciada, a usina empregava 850 colabora-
dores no corte; em 2016, a usina possuía 217 colabo-
radores no corte, o que corresponde a 25,53% da mão 
de obra empregada na colheita.

Os 217 cortadores mantidos no ano de 2016 podem 
chegar a colher aproximadamente 2.604 toneladas em 
um dia, ou seja, estima-se que a unidade em estudo 
apresenta capacidade para realizar 27,11% da colheita 
por corte manual e 72,89% por corte mecanizado. As-
sim, o processo de mecanização reduziu postos de tra-
balho de corte manual de cana-de-açúcar, sendo que a 
esses trabalhadores foi dado o direito de optar por se-
rem redirecionados a outros setores. Em depoimento 
do gerente operacional da unidade, identificou-se que 
uns dos motivos, além do ambiental, que levou ao pro-
cesso de mecanização da colheita é a escassez da mão 
de obra para a prática desse tipo de manejo. 

Vale ressaltar que a mão de obra empregada não é uti-
lizada diariamente durante toda a época de colheita em 
razão de algumas variáveis, como a rotatividade que 
ocorre devido aos períodos sazonais de início e término 
da safra, nos meses de março e dezembro; a assiduidade 

e os possíveis remanejamentos para outras áreas inter-
ferem diretamente nesses índices, ou seja, os números 
apresentados são estimados mediante à capacidade to-
tal da colheita mecanizada versus manual.

Esses índices também justificam a opção de variedades 
que possuem características favoráveis para ambos os 
tipos de manejo, uma vez que, conforme a necessida-
de, a usina opta, de forma estratégica, pela modalida-
de de corte a ser aplicada dentro de suas áreas, além 
de também contribuir de forma socialmente responsá-
vel, mantendo o emprego de mão de obra mesmo não 
havendo tal necessidade perante a tecnologia empre-
gada na unidade.

Para Torquato (2013), o mercado de trabalho na ativi-
dade sucroalcooleira está vinculado à modernização dos 
sistemas de processamento da cana-de-açúcar, que eli-
minam o exaustivo trabalho empregado à mão de obra, 
mas que também reduz a necessidade da mesma nas 
atividades de campo, acarretando no desemprego de 
parte dos cortadores. Esse não é o caso da unidade em 
estudo, pois, segundo o gestor da divisão agrícola, há 
um remanejamento dos trabalhadores. Com o avanço 
da mecanização da colheita nas áreas da usina, atual-
mente são necessários somente cerca de 20 trabalhado-
res no processo, distribuídos entre os cargos de chefes, 
encarregados, operadores de colheitadeira e transbor-
dos, sendo funcionários remanescentes do manejo pelo 
corte manual da cana-de-açúcar. Essa reposição se deu 
frente a inúmeros programas de capacitação desenvol-
vidos pela usina ao longo dos 8 anos durante os quais o 
processo de mecanização foi implantado.

Segundo o relatório apresentado pela unidade, 223 cur-
sos foram ofertados até 2015 na unidade de estudo; 
os programas de capacitação foram direcionados à for-
mação para a operação de colheitadeiras, caminhão 
canavieiro, trator e caminhão pipa, além de outras ca-
pacitações direcionadas à formação de eletricistas e me-
cânicos para oportunidades geradas dentro da usina, e à 
formação de lideranças e gestores de pessoas.

Ainda pensando no bem-estar de seus colaboradores, a 
usina desenvolve um programa de moradias em parceria 
com a Companhia de Habitação do Paraná e Banco Na-
cional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). 
Até o ano de 2015, o programa atingiu 2.797 famílias de 
colaboradores em todo o grupo empresarial.  Na região 
da unidade de Iguatemi, foram 249 famílias beneficia-



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das. A empresa mantém as casas, que são cedidas em 
sistema de comodato aos colaboradores e familiares, de 
acordo com uma análise da situação socioeconômica.

Diante do exposto, é possível observar os ganhos rela-
cionados a fatores sociais, visto que a empresa fomen-
tou o crescimento profissional de 5.437 colaboradores 
até 2015 em todo o grupo empresarial, oferecendo-lhes 
outras oportunidades em novos postos de trabalho e, 
assim, colaborando para que estes buscassem por me-
lhores condições de vida, prosperidade profissional e 
elevação de sua renda familiar.

Torquato (2013) relata que ocorreu aumento na deman-
da por mão de obra qualificada, com a finalidade de 
atender às novas necessidades do processo da colheita 
mecanizada e de gerenciamento. Com isso, as unidades 
produtoras tendem a investir mais em treinamento e 
qualificação dos funcionários, remanejando-os a novas 
frentes de trabalho e, consequentemente, elevando o 
nível de escolaridade e capacitação.

Essa situação pode ser identificada na usina por meio 
da implementação de programas de desenvolvimento 
social relacionados ao Pacto Global, movimento que 
visa ao desenvolvimento, à implantação e à divulgação 
de políticas sustentáveis. Esse programa é formado por 
dez princípios que contemplam os Direitos Humanos, 
do Trabalho, do Meio Ambiente e o Combate à Corrup-
ção, abordados pela Organização das Nações Unidas 
(ONU). Nesse quesito, a empresa apoia projetos do 
movimento “Nós Podemos Paraná” e do núcleo “Nós 
Podemos Maringá”, participando mensalmente de cír-
culos de diálogo, como instituições públicas, privadas, 
não governamentais e líderes da comunidade. 

Outras ações buscadas pela empresa estão elencadas 
no Pacto Global — as Metas do Milênio da ONU —, 
e referem-se às medidas embasadas em oito objetivos 
associados a indicadores socioeconômicos: 

• acabar com a fome e a miséria; 

• oferecer educação básica de qualidade para todos; 

• promover a igualdade entre os sexos e a autonomia 
das mulheres; 

• reduzir a mortalidade infantil; 

• melhorar a saúde das gestantes; 

• combater a Aids, a malária e outras doenças; 

• garantir qualidade de vida e respeito ao meio am-
biente; e 

• estabelecer parcerias para o desenvolvimento.

A usina participou de ações voltadas ao Programa de 
Desenvolvimento de Políticas Públicas em compromis-
so aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, do 
4º Movimento Nacional pela Cidadania e Solidarieda-
de, movimento mundial que possui a participação de 
56 países, realizado em 2014, com o objetivo de reafir-
mar o pacto e a transição para o programa de Objeti-
vos do Desenvolvimento Sustentável, que passou a ser 
foco do movimento após o ano de 2015. Na ocasião, 
a usina, ciente da transição do programa, firmou seu 
compromisso de atualizar os objetivos do Pacto Global 
alinhados às estratégias da organização, juntamente 
com 2.000 organizações da sociedade civil, empresa-
rial, governamental e parceiros do Brasil, com o objeti-
vo de criar metas a serem encaminhadas à ONU em um 
relatório, para que mesma possa definir uma agenda 
de ações para o ano de 2016.

Outra medida de fomento a políticas públicas se dá me-
diante a parcerias formadas entre a usina e outras entida-
des como a Federação das Indústrias do Estado do Paraná 
(FIEP), a Federação da Agricultura do Estado do Paraná 
(FAEP), a Associação de Produtores de Bioenergia do Es-
tado do Paraná (ALCOOLPAR), o Sindicato da Indústria 
do Açúcar do Estado do Paraná (Siapar), o Sindicado da 
Indústria de Fabricação de Álcool do Estado do Paraná 
(Sialpar), o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), a Rede 
Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Su-
croalcooleiro (RIDESA), e participação em sindicatos ru-
rais e trabalhadores rurais na região de atuação.

A usina também conta com ações de desempenho am-
biental, como: 

• recolhimento de embalagens descartáveis de pro-
dutos agroquímicos; 

• cogeração de energia; 

• programa de melhoria em infraestrutura de estra-
das rurais; 

• programas de conservação a bacias hidrográficas; 



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• manejo sustentável; 

• reutilização das águas; e 

• certificações e premiações de cunho ambiental.

O recolhimento de embalagens descartáveis de produtos 
agroquímicos está em cumprimento a disposições legais 
acerca da responsabilidade ambiental (Lei n° 7.802/1989); 
o grupo é associado da Associação dos Produtores de 
Insumo e Tecnologia Agropecuária (Adita) no Estado do 
Paraná, entidade que opera no recolhimento de emba-
lagens de insumos agroquímicos. Em 2014, a Adita reco-
lheu 1,4 tonelada de embalagens no Paraná, representan-
do 25% do total do estado; destes, 4% correspondem a 
recolhimento no grupo, correspondendo a 56.000 kg de 
embalagens vazias.

A unidade de estudo disponibilizou a quantidade de 
15.489 unidades de galões, que corresponde a 5,6% do 
total geral, e 4.977 unidades de sacas, que corresponde 
a 1,4% do total acumulado — estas percentagens são 
relacionadas ao recolhimento total do grupo. O mate-
rial recolhido pela Adita é destinado a atividades da 
construção civil, sendo processados e convertidos em 
matérias-primas de produtos como mangueiras corru-
gadas, luvas plásticas, cordas, madeiras plásticas, em-
balagens para óleos lubrificantes, barricas de papelão, 
sacos para armazenamento de lixo hospitalar, entre ou-
tros, que possibilitam a gestão correta na destinação 
de resíduos sólidos.  

As atividades do setor sucroenergético geram um gran-
de volume de resíduos sólidos. De acordo com Cruz 
et al. (2016c), o excedente desses resíduos necessita 
de adequada destinação, de forma a minimizar os im-
pactos ambientais que esses podem ocasionar ao meio 
ambiente. As atividades da cana-de-açúcar geram re-
síduos sólidos, líquidos e gasosos, sendo os principais 
deles o bagaço, a torta filtro, a cinza/fuligem e a leve-
dura seca (sólidos), e a vinhaça, as águas residuais e o 
melaço (líquidos). Os resíduos gasosos são constituídos 
basicamente de gases poluentes como o CO2.

O grupo empresarial possui capacidade de cogeração 
de energia elétrica a partir de 100% da biomassa da 
cana-de-açúcar. A safra de 2014/2015 atingiu a coge-
ração de energia de 694.784 megawatts/hora de bioe-
letricidade, sendo utilizada em consumo próprio e um 

excedente comercializado de 368 megawatts. A unida-
de de estudo na referida safra produziu 10.615 mega-
watts/hora em cogeração, o que representa 1,53% do 
total produzido por todo o grupo empresarial.

O consumo total de energia da unidade foi de 
11.160 megawatts/hora, sendo comprados somente 
545 megawatts/hora de concessionária, o que repre-
senta apenas 4,88% do consumo total, tornando os pro-
cessos mais sustentáveis tanto pelo aspecto ambiental 
por meio do aproveitamento de subprodutos, quanto 
do ponto de vista econômico, que apresentou econo-
mia nos gastos com a compra de energia termoelétrica, 
uma vez que 95,12% da energia elétrica necessária às 
atividades da usina advieram da cogeração. 

Entre as fontes de energia renovável existentes, a 
biomassa é atualmente a que possui maior destaque 
no Brasil, correspondendo a 15,7 dos 39,4% do to-
tal da produção da categoria no país (BRASIL, 2015). 
Para Rangel et al. (2009), o processo de cogeração de 
energia elétrica a partir da biomassa proporciona be-
nefícios ambientais, reduzindo a emissão de gases po-
luentes e trazendo benefícios econômicos. Nesse mes-
mo pensamento, Tomaz et al. (2015) descrevem que 
o setor sucroalcooleiro — fazendo uso de práticas de 
reaproveitamento do bagaço na cogeração de energia, 
além de beneficiar a empresa do ponto de vista econô-
mico — também contribui para a preservação ambien-
tal. O processo de cogeração de energia torna-se um 
diferencial também frente à escassez de chuvas e crises 
hídricas vivenciadas pelo país, o que representa ainda 
mais a sustentabilidade do setor.

Entre as práticas de manejo sustentável, a usina é 
adepta da agricultura de precisão, como medida de 
proteção e conservação do solo, realizando um prepa-
ro do solo profundo e canteirizado. O sistema contribui 
para a descompactação do solo, assim como para sua 
longevidade e fertilidade.

Grego et al. (2014) relatam que frente aos grandes 
avanços tecnológicos e à importância econômica do 
setor sucroenergético, a agricultura de precisão é uma 
ferramenta indispensável para o desenvolvimento do 
setor, visto que ainda existem desafios a serem supera-
dos no manejo da cana-de-açúcar, principalmente em 
decorrência da colheita da cana crua e do acúmulo da 
palha que fica depositada no solo, entre outros aspec-
tos da compactação do solo.



Setor sucroenergético: uma análise sob o tripé da sustentabilidade

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Assim, como alternativas para resolver esses desafios, 
uma das formas da utilização da agricultura de precisão 
ocorre a partir dos cuidados com a compactação do solo 
e controle de tráfego agrícola. Pesquisas apresentadas 
por Souza et al. (2012) descrevem que, por meio de ma-
nejo com controle de tráfego, ocorre a preservação das 
áreas não trafegadas, contribuindo para o crescimento 
das plantas e propriedades do solo. No manejo do solo, 
também são utilizados alguns resíduos do processo de 
industrialização, como as cinzas, a torta de filtro e a vi-
nhaça, que são incorporados ao local de plantio como 
um meio de adubação orgânica, não necessitando assim 
o uso de corretivos químicos no solo.

De acordo com Cacuro e Waldman (2015), as cinzas 
provenientes das caldeiras são um resíduo encontrado 
em grandes proporções, gerado pelo processo indus-
trial sucroenergético, mas que pode ser utilizado como 
adubo nas lavouras da cana-de-açúcar. Entre os benefí-
cios, os autores destacam a utilização das cinzas como 
corretor de pH do solo, assim como resultados positi-
vos em relação à sua capacidade de retenção hídrica 
apresentada ao solo mediante seu uso.

Para Vazquez et al. (2015), o uso da torta de filtro con-
tribui para a redução de falhas de colmos na linha de 
plantio da cana, além de apresentar grande retorno 
econômico quando utilizado em conjunto com alguns 
tipos de fertilizantes — como os organofosfatados — 
na cana-planta, tornando-se ainda mais viável seu uso 
no cultivo da cana-de-açúcar. González et al. (2014) 
também relatam os benefícios da utilização da tor-
ta de filtro. Segundo eles, sua utilização, acrescida de 
fosfato natural e biofertilizantes, ocasiona o aumento 
da população bacteriana, o que eleva as condições do 
solo, enriquecendo-o nutricionalmente, não havendo a 
necessidade de aumentar os tratamentos diretos com 
biofertilizantes. 

Um aspecto sustentável na utilização da fertirrigação 
ocorre pelo uso da vinhaça no processo. Martins e Oli-
veira (2015) explicam que essa prática é viável para as 
usinas, visto que os preços de fertilizantes químicos vêm 
sofrendo aumentos, o que torna seu custo mais onero-
so. O uso da vinhaça, além de ser vantajoso economica-
mente, também contribui para a longevidade e aumen-
to da produtividade quando aplicados em um manejo 
controlado, uma vez que, em grades proporções, ela 
pode causar danos aos plantios e contaminação do solo.

Como alternativas para a destinação de resíduos líqui-
dos, a usina apresenta um circuito de águas fechado, 
que favorece a reutilização desse recurso no processo 
industrial. Por exemplo, não há mais a possibilidade de 
reutilização da água da fase de lavagem da cana e das 
fases de resfriamento dos sistemas produtivos, logo, 
ela é destinada a fertirrigação, assim como a vinhaça.  

Cruz et al. (2016a) explicam que o processo industrial 
da cana-de-açúcar faz uso de grandes proporções de 
água, sendo essa uma preocupação do setor. Sua ex-
cessiva utilização ocorre principalmente no processo 
de lavagem, antes da moagem e outras fases de resfria-
mento. Contudo, as usinas apresentam circuito fecha-
do de águas, fazendo o reúso das mesmas, e quando é 
não possível, utilizando-as em processos de fertirriga-
ção. Essas práticas fazem com que a utilização de re-
cursos hídricos seja poupada, contribuindo, assim, de 
forma mais sustentável ao meio ambiente.

Além da utilização de resíduos sólidos e líquidos em 
seus próprios processos, a usina também contribui 
com um projeto que destina parte do bagaço da cana 
a uma central de compostagem, que distribui o com-
posto para o preparo de hortas no município de Ma-
ringá, beneficiando 22 hortas comunitárias por meio 
dessa iniciativa. A usina também conta com um dos 
dois laboratórios entomológicos, destinado à criação 
de vespas, que são utilizadas como controle biológico 
para brocas na cana-de-açúcar (prática utilizada desde 
1987). No ano safra de 2015/2016, foram depositados 
750.000 copos de vespas nas lavouras.

Arruda et al. (2014, p. 69) consideram que o controle 
biológico é um dos sistemas mais utilizados no Brasil 
em plantio da cana-de-açúcar devido à ineficiência de 
sistemas convencionais a partir de produtos químicos: 
“O controle biológico geralmente é feito com uso de 
inimigos naturais, que são predadores ou parasitoides 
das pragas das culturas. No caso da broca, os mais uti-
lizados são a Cotesia flavipes, uma vespa de aproxima-
damente 2 mm que parasita as lagartas”.  

Para Suguiyama e Moreira (2015, p. 96), o controle bio-
lógico contribui significativamente para uma agricul-
tura sustentável, haja vista a necessidade de práticas 
agrícolas mais rentáveis e que degradem menos o meio 
ambiente. Em comparação ao uso de inseticidas alta-
mente prejudiciais à saúde, o controle biológico, além 
de sustentável, também apresenta melhor custo, tor-



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nando-se economicamente mais viável. “A incorpora-
ção do controle biológico como parte de um programa 
integrado de controle de pragas reduz os riscos legais, 
ambientais e públicos do uso de produtos químicos”.

Para Cruz et al. (2016b), o setor sucroenergético mos-
tra seu grande potencial de melhorias nos processos 
de forma mais sustentável, atreladas às necessidades 
econômicas. Essas práticas podem ser aplicadas me-
diante à adequada gestão de resíduos e impactos ao 

meio ambiente. Neste sentido, a Figura 3 apresenta o 
mapeamento dos aspectos da sustentabilidade da usi-
na, conforme suas variáveis correspondentes.

Diante disso, constata-se que a usina apresenta uma 
gestão sustentável entre suas práticas em todas as suas 
divisões, abrangendo todo o escopo organizacional. Es-
sas medidas são alicerçadas no viés da sustentabilida-
de, contribuindo para a sustentabilidade do posto de 
vista econômico, social e ambiental da empresa.

Figura 3 – Mapa da sustentabilidade da unidade de estudo.

Políticas públicas

Mecanização da colheita

Melhoramento genético

Controle biológicos

Agricultura de precisão

Cogeração de energia

Resíduos e subprodutos

Econômico
Sustentabilidade

Social

USINA

Ambiental

Matriz energética

Redução da queima

Bioenergia elétrica

Programas/preservação

Controles biológicos

Reciclagem

Central de compostagem

Balanço energético +

Mão de obra empregada

Qualidade de vida

Programa de moradia

Qualificação profissional

Recuperação de estradas



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CONCLUSÕES
A usina do setor sucroenergético, objeto deste estudo, 
mostra-se alicerçada no desenvolvimento sustentável.

No pilar econômico, observaram-se medidas que re-
duzem significativamente os custos operacionais e 
que elevam a produtividade, como: o melhoramento 
genético de plantas (predominância da variedade RB); 
a mecanização proporciona maior rendimento no plan-
tio, na colheita e no manejo em geral; o uso de controle 
biológico de pragas de menor custo (quando compara-
do a tratamentos químicos); a utilização da agricultura 
de precisão na eliminação de desperdícios de recursos 
e insumos; a cogeração de energia; e o aproveitamento 
de resíduos e subprodutos da cadeia produtiva, usados 
como fertilizantes e adubos.

No pilar social, é possível observar o índice de mão de 
obra empregada na colheita acima da necessidade frente 
a mecanização, a melhoria na qualidade de vida do cola-
borador, o programa de moradia oferecido aos colabora-
dores, a aplicação de diversos programas de qualificação 
profissional oferecidos, programas de inclusão social e 
acesso à educação, programas de recuperação de estra-
das e rodovias utilizadas no setor, e  fomento a políticas 

públicas sociorresponsáveis em parceria com outras en-
tidades governamentais, não governamentais e privadas.

No pilar ambiental, pode-se destacar uma matriz ener-
gética renovável. Há uma redução na queima da palha-
da da cana-de-açúcar que vem se intensificando a cada 
safra, mitigando, assim, as emissões de CO

2
, gás que 

contribui para o efeito estufa. Possui ainda um siste-
ma para cogeração de bioenergia elétrica, a destinação 
correta de embalagem para reciclagem e o aproveita-
mento de subprodutos e resíduos de forma correta, a 
participação em programas de preservação de bacias 
hidrográficas e outros voltados à educação ambiental 
e preservação do meio ambiente. Também conta com 
central de compostagem e circuito fechado de águas, 
e faz uso de controle biológico de pragas, reduzindo a 
aplicação de controles químicos.

Dessa forma, é possível verificar que as empresas do 
setor sucroenergético podem trilhar o caminho do de-
senvolvimento organizacional de forma sustentável, 
por meio de uma governança corporativa que esteja 
pautada nos pilares econômico, social e ambiental da 
sustentabilidade, assim como o caso estudado.

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Setor sucroenergético: uma análise sob o tripé da sustentabilidade

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